A barata está meio doente hoje.
E está meio desanimada também.
Mas mesmo assim, ela reúne forças e vai sair do boeiro novamente.
Ela não espera encontrar ninguém desta vez.
Vai apenas aproveitar a boa música na cidade.
Ela sabe que precisa de bons momentos para seguir em frente, mesmo que os tenha sempre sozinha e cause apenas nojo e tragédia por onde quer que passe.
sábado, 30 de agosto de 2014
terça-feira, 26 de agosto de 2014
O idiota idiota
Eu sou um idiota.
Por que?
Eu não sei!
Se eu soubesse, talvez eu não fosse tão idiota!
Por que?
Eu não sei!
Se eu soubesse, talvez eu não fosse tão idiota!
domingo, 24 de agosto de 2014
O abandono enlatado
Ele tem o dom de desfazer laços, repelir pessoas, envelhecer e enfraquecer bons sentimentos.
Expulsão, exclusão, separação, distanciamento, esquecimento.
Isolamento, solidão, falsa esperança, ilusão, desilusão, abandono.
Ele tem o poder de deprimir as pessoas, de trazer o desespero e a infelicidade.
A pessoa que é inserida em seu campo de negatividade se sente mal, fraca e carente.
Mas, em geral, as pessoas conseguem conforto com outras pessoas quando saem do campo de negatividade.
Elas pensam que ele é uma pessoa normal, não sabem explicar o porquê de "não irem com a cara dele".
Na verdade, todo mundo até finge que não há nada de errado, e as pessoas até, as vezes, voltam ao seu campo de negatividade, para evitar que alguém perceba o quanto o campo lhe fez mal.
Mas, é claro, ninguém se envolve profundamente, ou chega muito perto, pois o campo é realmente poderoso e extremamente prejudicial à saúde mental.
E mesmo que alguém tente se envolver, chegar mais perto, aí é que ele põe seu poder no máximo.
O dom de desfazer laços, repelir pessoas, envelhecer e enfraquecer bons sentimentos.
E aí ele garante que todos vão embora para bem longe.
Para então continuar sua caminhada pelo gigantesco, vazio e solitário deserto.
Expulsão, exclusão, separação, distanciamento, esquecimento.
Isolamento, solidão, falsa esperança, ilusão, desilusão, abandono.
Ele tem o poder de deprimir as pessoas, de trazer o desespero e a infelicidade.
A pessoa que é inserida em seu campo de negatividade se sente mal, fraca e carente.
Mas, em geral, as pessoas conseguem conforto com outras pessoas quando saem do campo de negatividade.
Elas pensam que ele é uma pessoa normal, não sabem explicar o porquê de "não irem com a cara dele".
Na verdade, todo mundo até finge que não há nada de errado, e as pessoas até, as vezes, voltam ao seu campo de negatividade, para evitar que alguém perceba o quanto o campo lhe fez mal.
Mas, é claro, ninguém se envolve profundamente, ou chega muito perto, pois o campo é realmente poderoso e extremamente prejudicial à saúde mental.
E mesmo que alguém tente se envolver, chegar mais perto, aí é que ele põe seu poder no máximo.
O dom de desfazer laços, repelir pessoas, envelhecer e enfraquecer bons sentimentos.
E aí ele garante que todos vão embora para bem longe.
Para então continuar sua caminhada pelo gigantesco, vazio e solitário deserto.
A barata (o show na praça)
A barata resolveu sair do boeiro.
Ir em um grande show gratuito na praça.
Tentou chamar alguém, ninguém quis ir com ela.
Nem responderam, pra falar a verdade.
Quem iria perder tempo falando com tal inseto imundo e asqueroso?
Foi mesmo assim, foi sozinha.
Tentar, talvez, encontrar alguém, sem muita esperança.
Coitada da barata.
Por sorte, ninguém pisou nela.
Tirando as dores, cansaço, fome, frio, solidão e dano psicológico por inveja das pessoas normais, o show foi muito bom!
Ela conseguiu sobreviver e até voltou para seu boeiro.
Deitou em sua cama de esgoto,
abriu seu computador
e foi escrever um post em seu blog sobre como foi o seu dia.
Ir em um grande show gratuito na praça.
Tentou chamar alguém, ninguém quis ir com ela.
Nem responderam, pra falar a verdade.
Quem iria perder tempo falando com tal inseto imundo e asqueroso?
Foi mesmo assim, foi sozinha.
Tentar, talvez, encontrar alguém, sem muita esperança.
Coitada da barata.
Por sorte, ninguém pisou nela.
Tirando as dores, cansaço, fome, frio, solidão e dano psicológico por inveja das pessoas normais, o show foi muito bom!
Ela conseguiu sobreviver e até voltou para seu boeiro.
Deitou em sua cama de esgoto,
abriu seu computador
e foi escrever um post em seu blog sobre como foi o seu dia.
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domingo, 17 de agosto de 2014
Doses de conta-gotas
Olá! Tudo bem com você?
São 3 da manhã de Domingo e eu estou aqui meio gripado vendo qualquer besteira na internet.
Resolvi vir aqui conversar um pouco porque estava sentindo um pouco de falta de conversar com alguém, mas não tem realmente ninguém com quem eu possa conversar agora.
Pois é, eu geralmente estou solitário a este ponto.
Eu vivo a vida em doses de conta-gotas.
Mas isso não é assim tão ruim.
Neste blog eu acabo exagerando demais as coisas, fazendo tempestade em copo d'água.
Na maioria do tempo eu estou bastante tranquilo.
É engraçado que, os meus colegas da época do ensino médio são muito mais animados que eu.
Estão correndo atrás de programas de intercâmbio, ir para outros países, etc.
Eu não tenho nenhuma perspectiva deste tipo.
Eu realmente tenho o ânimo de alguém cerca de 100 anos mais velho que eu, e a inteligência de alguém talvez 10 ou 15 anos mais novo.
Eu nem quero tirar habilitação para dirigir.
O mundo gira rápido demais pra mim.
Eu fico aqui sozinho no quarto ouvindo o meu relógio de corda fazendo tic-tac-tic-tac...
Bom, acho que vou indo dormir agora.
São 3 da manhã de Domingo e eu estou aqui meio gripado vendo qualquer besteira na internet.
Resolvi vir aqui conversar um pouco porque estava sentindo um pouco de falta de conversar com alguém, mas não tem realmente ninguém com quem eu possa conversar agora.
Pois é, eu geralmente estou solitário a este ponto.
Eu vivo a vida em doses de conta-gotas.
Mas isso não é assim tão ruim.
Neste blog eu acabo exagerando demais as coisas, fazendo tempestade em copo d'água.
Na maioria do tempo eu estou bastante tranquilo.
É engraçado que, os meus colegas da época do ensino médio são muito mais animados que eu.
Estão correndo atrás de programas de intercâmbio, ir para outros países, etc.
Eu não tenho nenhuma perspectiva deste tipo.
Eu realmente tenho o ânimo de alguém cerca de 100 anos mais velho que eu, e a inteligência de alguém talvez 10 ou 15 anos mais novo.
Eu nem quero tirar habilitação para dirigir.
O mundo gira rápido demais pra mim.
Eu fico aqui sozinho no quarto ouvindo o meu relógio de corda fazendo tic-tac-tic-tac...
Bom, acho que vou indo dormir agora.
sábado, 16 de agosto de 2014
Doente mental
Sim, eu sou um doente mental.
O que eu tenho?
Não sei, deve ser virose.
Virose mental.
Mas, fato é que eu sou doente mental.
Eu tenho um varal de rolos de papelão de papel higiênico no meu quarto.
Eu sou quase incapaz de criar e manter relações interpessoais.
Eu estou sozinho agora no meu quarto debaixo das cobertas.
E você é a única pessoa com quem eu posso conversar agora.
Eu vou ir sozinho no cinema assistir um filme da década de 60.
Você quer ir comigo?
Acho que não, né.
Mas não tem problema.
Eu não sei quem você é,
mas se está lendo isso, não deve ser alguém confiável.
Que tipo de gente leria uma conversa fiada dessas?
Bem, mas certamente é a única pessoa com quem posso conversar agora.
Saiba que, eu sou um doente mental.
Acho que eu nasci assim. Com virose no cérebro.
Virose.
Mas, afinal, que diabos você está fazendo aqui?
O que eu tenho?
Não sei, deve ser virose.
Virose mental.
Mas, fato é que eu sou doente mental.
Eu tenho um varal de rolos de papelão de papel higiênico no meu quarto.
Eu sou quase incapaz de criar e manter relações interpessoais.
Eu estou sozinho agora no meu quarto debaixo das cobertas.
E você é a única pessoa com quem eu posso conversar agora.
Eu vou ir sozinho no cinema assistir um filme da década de 60.
Você quer ir comigo?
Acho que não, né.
Mas não tem problema.
Eu não sei quem você é,
mas se está lendo isso, não deve ser alguém confiável.
Que tipo de gente leria uma conversa fiada dessas?
Bem, mas certamente é a única pessoa com quem posso conversar agora.
Saiba que, eu sou um doente mental.
Acho que eu nasci assim. Com virose no cérebro.
Virose.
Mas, afinal, que diabos você está fazendo aqui?
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
O humano
Aquele é o humano.
Ele sangra e sente cheiro.
Ele corre e bate.
Ele transpira e não se limpa.
Ele atende o telefone
e pode-se ouvir a voz do outro lado dizendo:
"Oi amor!"
Ele não se importa nem um pouco com a música,
apenas se importa com o momento.
Ele tem atitude, raiva e demostra tudo isso.
Suas imperfeições fazem com que outros gostem dele.
Ele fuma, bebe, se droga e se intoxica.
Ele pisa em todos em seu caminho.
O mundo gira ao seu redor.
Ele exibe a chave do carro do lado de fora do bolso.
Ele leva a garota para casa no fim do dia.
Não, o robô não faz nada disso.
O robô apenas caminha solitário pelo deserto.
Ele sangra e sente cheiro.
Ele corre e bate.
Ele transpira e não se limpa.
Ele atende o telefone
e pode-se ouvir a voz do outro lado dizendo:
"Oi amor!"
Ele não se importa nem um pouco com a música,
apenas se importa com o momento.
Ele tem atitude, raiva e demostra tudo isso.
Suas imperfeições fazem com que outros gostem dele.
Ele fuma, bebe, se droga e se intoxica.
Ele pisa em todos em seu caminho.
O mundo gira ao seu redor.
Ele exibe a chave do carro do lado de fora do bolso.
Ele leva a garota para casa no fim do dia.
Não, o robô não faz nada disso.
O robô apenas caminha solitário pelo deserto.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Cuidado
Cuidado aí!
Criança andando pela loja de brinquedos!
Se tocar em qualquer coisa, a natureza arranca sua mão fora!
Cuidado aí você!
Faminto andando pela fábrica de chocolate!
Se botar qualquer coisa na boca,
a natureza arranca todos os seus dentes,
um por um, com um alicate gigante!
Ei, ei! Cuidado aí!
Você que está sem dormir há uma semana!
Se demorar muito pra piscar, a natureza te arranca os dois olhos!
Cuidado, cuidado!
Você que caminha pelo deserto há anos.
Suas pernas não aguentam mais,
mas você tem que continuar andando.
Se você se sentar, a natureza arranca seus braços e pernas!
Seja cuidadoso.
Resista à essa tentação.
Mesmo sem ser religioso
Enfrento tanta limitação.
Meu Deus é "a natureza".
E não tem nada de bom.
A natureza cerca a mente e a aprisiona.
E pune qualquer ousadia com muita severidade.
É como ter todo o mundo destruído.
De novo e de novo.
Ter que reconstruir tudo.
Para chegar mais alguém e destruir tudo de novo.
Limpar a mente e resistir.
Eu já não tô mais falando coisa com coisa.
É hora de ir dormir.
Criança andando pela loja de brinquedos!
Se tocar em qualquer coisa, a natureza arranca sua mão fora!
Cuidado aí você!
Faminto andando pela fábrica de chocolate!
Se botar qualquer coisa na boca,
a natureza arranca todos os seus dentes,
um por um, com um alicate gigante!
Ei, ei! Cuidado aí!
Você que está sem dormir há uma semana!
Se demorar muito pra piscar, a natureza te arranca os dois olhos!
Cuidado, cuidado!
Você que caminha pelo deserto há anos.
Suas pernas não aguentam mais,
mas você tem que continuar andando.
Se você se sentar, a natureza arranca seus braços e pernas!
Seja cuidadoso.
Resista à essa tentação.
Mesmo sem ser religioso
Enfrento tanta limitação.
Meu Deus é "a natureza".
E não tem nada de bom.
A natureza cerca a mente e a aprisiona.
E pune qualquer ousadia com muita severidade.
É como ter todo o mundo destruído.
De novo e de novo.
Ter que reconstruir tudo.
Para chegar mais alguém e destruir tudo de novo.
Limpar a mente e resistir.
Eu já não tô mais falando coisa com coisa.
É hora de ir dormir.
Resistir é preciso
O tempo vai passar.
A oportunidade vai passar.
A vida vai acabar.
Ótimo.
Eu vou me arrepender por desistir?
Isso eu decido depois.
Agora quero mais é que tudo passe e acabe mesmo.
Precisamos fugir!
Fugir
Distância, distância, distância!
Manter o foco!
Minha cabeça vai explodir!
A oportunidade vai passar.
A vida vai acabar.
Ótimo.
Eu vou me arrepender por desistir?
Isso eu decido depois.
Agora quero mais é que tudo passe e acabe mesmo.
Precisamos fugir!
Fugir
Distância, distância, distância!
Manter o foco!
Minha cabeça vai explodir!
terça-feira, 12 de agosto de 2014
A lei empírica
O fracasso não é mais uma dúvida ou possibilidade,
como costumava ser.
O fracasso já é uma consequência direta da tentativa.
Se tentarmos, vamos falhar.
Por que?
Não faço ideia!
É uma lei empírica,
baseada em todas as minhas tentativas passadas.
Existem sim teorias, mas não confio totalmente nelas.
Tão certo quanto os corpos caem:
Se eu tentar, chegarei ao fracasso.
Não se cogita mais aquela conversa fiada de
"Você nunca vai saber se não tentar."
Não preciso tentar, eu já sei.
Eu sou algo alheio à natureza.
Um erro da criação.
Sou a prova de que Deus não existe.
Sou o andarilho amaldiçoado do deserto infinito.
Eu sou o menino que pulava, tentando alcançar as estrelas,
que voltava violentamente ao chão de mãos vazias,
e que hoje se perde na imensidão, na vastidão do deserto.
como costumava ser.
O fracasso já é uma consequência direta da tentativa.
Se tentarmos, vamos falhar.
Por que?
Não faço ideia!
É uma lei empírica,
baseada em todas as minhas tentativas passadas.
Existem sim teorias, mas não confio totalmente nelas.
Tão certo quanto os corpos caem:
Se eu tentar, chegarei ao fracasso.
Não se cogita mais aquela conversa fiada de
"Você nunca vai saber se não tentar."
Não preciso tentar, eu já sei.
Eu sou algo alheio à natureza.
Um erro da criação.
Sou a prova de que Deus não existe.
Sou o andarilho amaldiçoado do deserto infinito.
Eu sou o menino que pulava, tentando alcançar as estrelas,
que voltava violentamente ao chão de mãos vazias,
e que hoje se perde na imensidão, na vastidão do deserto.
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terça-feira, 5 de agosto de 2014
Higiene
Sim, eu sou podre. Por dentro e por fora.
Sou putrefato, pútrido, fétido.
Sou o indesejado, o inamável, o insuportável.
Sou o anti-herói, o anticristo, o anti-humano.
Sou um antro de vermes, bichos e insetos.
Eu sou um zumbi, do qual as larvas se alimentam no cérebro.
Sou um corpo que caiu de um saco preto e saiu andando sem rumo.
Eu sou o inexistente, o inimaginável, o intocável.
Eu sou solitário por ser como sou.
Eu sou como sou por ser solitário.
Sou putrefato, pútrido, fétido.
Sou o indesejado, o inamável, o insuportável.
Sou o anti-herói, o anticristo, o anti-humano.
Sou um antro de vermes, bichos e insetos.
Eu sou um zumbi, do qual as larvas se alimentam no cérebro.
Sou um corpo que caiu de um saco preto e saiu andando sem rumo.
Eu sou o inexistente, o inimaginável, o intocável.
Eu sou solitário por ser como sou.
Eu sou como sou por ser solitário.
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domingo, 3 de agosto de 2014
O voto de desistência - Parte 3
O Voto de Desistência é um documento que define que o menino poderá caminhar ao lado da Fênix, mas jamais poderá tocá-la, ou criar qualquer prototipagem, ou imagem idealizada, dela em sua mente, ou qualquer tipo de laço de dependência com ela.
O Voto de Desistência dita que o ideal é a eliminação total de todo e qualquer indício de existência da Fênix em sua mente e cortar toda interação com ela, mesmo que a distância. Fingir que a Fênix nem mesmo existe.
O que o Voto de Desistência impõe ao menino, é uma resistência à tentação, um auto controle que vai quase o levar a loucura.
É como estar com muito sono, deitado na cama bem coberto em uma noite fria mas não poder dormir.
É como entrar em um armazém de chocolate e não poder comer nada.
É como mudar de assunto, mudar a rádio dentro da cabeça, toda vez que surgir qualquer pensamento que invoque a presença da Fênix.
É uma promessa que ele faz a si mesmo, de desistir de qualquer tentativa de contato, para evitar as destruições em seu planeta que foram observadas no passado, e que o tornaram um planeta deserto e gelado.
É, de fato, uma rendição.
Com muito pesar, o menino assina o Voto de Desistência.
Neste momento, a Fênix levanta voo e risca o céu, se tornando uma estrela lá no alto.
O menino continua sua caminhada no escuro e frio do deserto sem esperança.
Não entende por que as coisas precisam ser desse jeito para ele, enquanto os outros seres podem viver em bandos, em outros planetas exuberantes e cheios de vida.
Mas fato é que, ninguém gostaria de viver no deserto, ninguém gostaria de explorar aquele lugar, não há nada de bom lá.
Ele vai tentar cumprir o voto que assinou.
Deixando de olhar para o céu, abaixando a cabeça e seguindo em frente, ele continua a sua caminhada sem rumo pelo deserto.
O Voto de Desistência dita que o ideal é a eliminação total de todo e qualquer indício de existência da Fênix em sua mente e cortar toda interação com ela, mesmo que a distância. Fingir que a Fênix nem mesmo existe.
O que o Voto de Desistência impõe ao menino, é uma resistência à tentação, um auto controle que vai quase o levar a loucura.
É como estar com muito sono, deitado na cama bem coberto em uma noite fria mas não poder dormir.
É como entrar em um armazém de chocolate e não poder comer nada.
É como mudar de assunto, mudar a rádio dentro da cabeça, toda vez que surgir qualquer pensamento que invoque a presença da Fênix.
É uma promessa que ele faz a si mesmo, de desistir de qualquer tentativa de contato, para evitar as destruições em seu planeta que foram observadas no passado, e que o tornaram um planeta deserto e gelado.
É, de fato, uma rendição.
Com muito pesar, o menino assina o Voto de Desistência.
Neste momento, a Fênix levanta voo e risca o céu, se tornando uma estrela lá no alto.
O menino continua sua caminhada no escuro e frio do deserto sem esperança.
Não entende por que as coisas precisam ser desse jeito para ele, enquanto os outros seres podem viver em bandos, em outros planetas exuberantes e cheios de vida.
Mas fato é que, ninguém gostaria de viver no deserto, ninguém gostaria de explorar aquele lugar, não há nada de bom lá.
Ele vai tentar cumprir o voto que assinou.
Deixando de olhar para o céu, abaixando a cabeça e seguindo em frente, ele continua a sua caminhada sem rumo pelo deserto.
O voto de desistência - Parte 2
No planeta deserto onde o menino caminha, a noite é quase uma constante.
Devido a imensas formações gasosas no espaço próximo ao planeta,
existem épocas em que não há luas e nem estrelas,
apenas a escuridão, solidão, e as tempestades de areia.
As vezes, o menino se assusta com luzes que surgem do nada e iluminam fracamente o planeta.
As miragens então se iniciam.
O menino vê uma Fênix cruzando o céu.
Ela é linda, simplesmente linda. Ela faz o menino se perder em seus pensamentos e viajar novamente pelos mundos da ilusão.
Seus longos cabelos lisos e marrom claros, com uma franja que tenta de leve esconder seus olhos prendem a atenção do menino, o hipnotizam e enfeitiçam. Ele não consegue pensar em outra coisa por horas, a não ser tocar aquela linda fênix, acariciar seus cabelos e abraçá-la ternamente
A Fênix (ilusão criada pela própria mente do menino), gosta muito daquele menino, quase tanto quando ele gosta da Fênix. Porém, ela percebe que o tipo de viagem mental pela qual o menino está passando pode ser extremamente prejudicial a saúde dele.
Ela pousa em uma pedra próxima, o menino corre em sua direção, mas ela logo o para e o faz se concentrar em um documento que ela traz consigo.
O documento é O Voto de Desistência.
Devido a imensas formações gasosas no espaço próximo ao planeta,
existem épocas em que não há luas e nem estrelas,
apenas a escuridão, solidão, e as tempestades de areia.
As vezes, o menino se assusta com luzes que surgem do nada e iluminam fracamente o planeta.
As miragens então se iniciam.
O menino vê uma Fênix cruzando o céu.
Ela é linda, simplesmente linda. Ela faz o menino se perder em seus pensamentos e viajar novamente pelos mundos da ilusão.
Seus longos cabelos lisos e marrom claros, com uma franja que tenta de leve esconder seus olhos prendem a atenção do menino, o hipnotizam e enfeitiçam. Ele não consegue pensar em outra coisa por horas, a não ser tocar aquela linda fênix, acariciar seus cabelos e abraçá-la ternamente
A Fênix (ilusão criada pela própria mente do menino), gosta muito daquele menino, quase tanto quando ele gosta da Fênix. Porém, ela percebe que o tipo de viagem mental pela qual o menino está passando pode ser extremamente prejudicial a saúde dele.
Ela pousa em uma pedra próxima, o menino corre em sua direção, mas ela logo o para e o faz se concentrar em um documento que ela traz consigo.
O documento é O Voto de Desistência.
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
O voto de desistência - Parte 1
O menino, hoje, caminha sozinho pelo deserto.
Depois de tantos anos cultivando sonhos utópicos e falsas ilusões, aqui ele veio parar.
Não que seja o único caminho.
Isto poderia ser diferente, se ele realmente quisesse.
De certa forma, ele escolheu este caminho.
Foi o que lhe pareceu menos ameaçador.
Ainda assim, é um caminho difícil e extremamente solitário.
As vezes ele nem sequer consegue escrever para si mesmo.
Depois de tantos anos cultivando sonhos utópicos e falsas ilusões, aqui ele veio parar.
Não que seja o único caminho.
Isto poderia ser diferente, se ele realmente quisesse.
De certa forma, ele escolheu este caminho.
Foi o que lhe pareceu menos ameaçador.
Ainda assim, é um caminho difícil e extremamente solitário.
As vezes ele nem sequer consegue escrever para si mesmo.
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