segunda-feira, 31 de julho de 2023

Desconvidado

Desta vez, por incrível que pareça, eu até cheguei a ser convidado.
Tudo bem que não foi lá um convite muito convidativo...
Mas ainda assim, tinha sido um convite.
Só que, eu atrapalharia tudo se estivesse lá.
É melhor eu permanecer debaixo do tapete, no deserto.

Até porque eu já tinha forçado um super estardalhaço na rede social.
Que inclusive, me custou um domingo de concentração.
Era necessário um descanço.

Bom, por mais que eu tenha me sentido excluído,
eu também acho necessário os rolês individuais.
Esse fim de semana, vou fazer trilha sozinho.
E talvez seja por isso que eu escreva,
para dissipar as coisas ruins, e deixar com que as boas se firmem.



quinta-feira, 27 de julho de 2023

De volta ao deserto

Olá, meu não querido diário!
Estou no deserto de novo.
Sentiu saudades de mim?
Hahaha é claro que não, né!
Estou no deserto de novo.
Não, ainda não saí do pacote de chips.
Mas, ainda assim, do nada, me materializei aqui.
Me materializei neste lugar de onde talvez eu nunca tenha saído.
Por um longo tempo, eu não me sentia no deserto.
Mas, sabe o que todas as ideias de sair do deserto têm em comum?
Todas elas são ilusões, miragens, fantasmas.
Eu pertenço ao deserto e o deserto pertence a mim.
Somos um só.
Não estou exatamente triste.
Nem sei se eu realmente vou sair do pacote de chips ou não.
Está nebuloso aqui, não sei bem o que vem por aí no futuro próximo.
Hoje, acho que vou fazer o que fazia nos velhos tempos.
Vou pregar um sorriso na cara para tampar o abismo, e sair por aí.

De toda forma, o deserto não é mais tão aterrorizante quanto já foi alguns anos atrás. Muita coisa mudou. Eu mudei, estou muito mais forte. E agora, tenho meu próprio veículo.

Eu posso até estar no deserto.
Mas eu me deito no sol com a bunda pra cima.
Eu pego um bronzeado e produzo minha dose diária de vitamina D.

Aqui estou eu novamente, o rei do meu próprio deserto!




quarta-feira, 26 de julho de 2023

Como nos velhos tempos da faculdade

Como nos velhos tempos da faculdade.
Ansiedade.
Um pensamento constante, praticamente uma obsceção que vai crescendo dia após dia.
Meses e meses lutando contra as vozes na minha cabeça.
Até a impossibilidade de beijar é praticamente a mesma.
Conflito mental.
Minha mente me cobra a cada dia, para tomar uma decisão.
E eu vou escrevendo para desabafar.
Ai que saudade que eu NÃO tenho da faculdade.
Mas, as vezes, me vejo como se tivesse sido teletransportado de volta àquela triste época.

Tenho que chacoalhar minha cabeça, pesar bem as coisas e tomar uma decisão.
Na verdade, acho que já tomei essa decisão antes, e minha mente fica me mostrando que foi a decisão errada.

Sinto vontade de abandonar o barco, mas me questiono se não é um exagero da minha mente.
Sei que este barco é o mais "feito para mim" que eu poderia imaginar.
Ainda assim, penso que todos os anos que passei à deriva me ensinaram a nadar tão bem sozinho.. será que preciso mesmo deste barco?

Talvez seja só uma questão que eu esteja tendo comigo mesmo.. baixa auto estima.
Talvez eu só precise me reaproximar de mim.
Talvez eu possa tentar aguentar mais um pouco e ver se, eu me dando a devida atenção, consiga relevar os furos do barco e aproveitar as partes boas.

Sim, existem partes boas de estar neste barco.
Coisas que, só de pensar em abandoná-lo, me dá um aperto tão forte no pâncreas...
O Pharael me disse: "É legal, mas não vale a pena. Você está sofrendo".

Eu vivo entre a realidade e o mundo da fantasia, mas não sei qual é qual.
Sei que tenho que escolher um dos dois.
Já tentei escolher, mas minha mente insiste em me puxar pro outro lado.

Enfim...



quarta-feira, 3 de maio de 2023

Invisível

Eu tenho uma mania bem danosa de fingir que está tudo bem quando não está tudo bem.
Hoje eu tive o que talvez tenha sido uma micro crise de ansiedade.
Leve diarreia, pulsação acelerada, fortes calafrios.
Depois de algum tempo, eu percebi o que estava acontecendo.
Fiz um grande esforço para me acalmar e entrei para um banho quente demorado.
Aos poucos fui retomando o controle da minha mente e dos meus pensamentos.
...
O quanto eu consigo ser invisível?
O quanto eu preciso conseguir ser invisível?
Eu mesmo disse que é preciso constantemente avaliar o equilíbrio e tomar a decisão.
Avaliar até que ponto estamos dispostos a mudar/evoluir e a partir de quando essa mudança acaba sendo danosa, avançando por cima de nossos princípios.
Até onde devemos nos podar para encaixar e a partir de onde devemos sair de onde não nos cabe.