sábado, 30 de novembro de 2013

Destaque do deserto

Houve uma época em que um pé na bunda bem dado faria o guilherme ir mal nas matérias e até tomar recuperação.
Mas o pâncreas se renova, não é mesmo?
Hoje, um pé na bunda de alta periculosidade coloca o Guilherme como um concorrente de peso a conseguir o destaque acadêmico.
Vamos ver o que dá, né.

domingo, 24 de novembro de 2013

Do deserto dava pra ouvir o som.

Ei, doutor. Você ainda está acordado?
Oh, me desculpe por te acordar doutor, pode voltar a dormir.
Era só que.. hoje esta festinha destruiu nosso dia de estudos, não é mesmo, doutor?
Nossos dias são quase sempre assim.
Alguma coisa destruindo alguma coisa.
O trabalho para o laboratório de sistemas digitais ficou ótimo.
Mas não estudamos nada para física e nem sistemas digitais teórica.
A prova é amanhã, doutor, e eu nem sei o que é aquela corrente de deslocamento.
Ok, doutor, pode ir dormir. Amanhã conversamos.
Não sei o que fazer.

Alguma coisa se perdeu no deserto

Oi, doutor.
Até que as coisas estão mais ou menos. Vim aqui só para conversar mesmo.
Estava lendo uma reportagem sobre a rua dos Guaicurus. Li que, quando colocam uma luz vermelha no quarto, é porque tem uma novinha lá, também chamadas de "brotinho".
Ah, doutor.. eu ri demais quando li isso. "brotinho".
Aquela risada meio desanimada né, mas ainda assim foi uma risada.
Me estampou um leve sorriso no rosto por alguns segundos. "brotinho".
Mas depois eu fiquei de novo olhando para o horizonte do deserto.
Não muda muita coisa, não é mesmo?

Pois é, doutor. Alguma coisa se perdeu no deserto no final de 2007. Faz muito tempo né.. e é praticamente impossível encontrar de novo.
Naquela época, não parecia que estávamos fazendo interrogatórios por aí. Era tudo quase natural. As pessoas vinham falar com a gente, lembra, doutor?
Naquela época nós simplesmente não sabíamos tratar isso. Quantas oportunidades perdemos?
Hoje nós saberíamos perfeitamente o que fazer e faríamos grandes conquistas! mas o tempo acabou, não é mesmo? agora nós estamos aqui, doutor, no deserto.
Estamos aqui, eu e você.. sendo que você é apenas uma voz na minha cabeça, e uma voz muda.
Sozinhos no deserto.
Não sei o que se perdeu, doutor. Além de nós mesmos, é claro.

Realmente, doutor. Ainda tenho aquelas recaídas de vez em quando.
Mas as férias estão chegando, doutor, em breve estaremos de férias.
Você acha que tudo vai ficar bem, doutor?
Vou me cobrir com a areia do deserto e apoiar minha cabeça nesta pedra.
Vou ficar deitado aqui olhando para este céu absurdamente estrelado.
Como o chão está frio, doutor.
Amanhã conversamos mais, vou ficar aqui em silêncio admirando as estrelas, doutor.
Pode ir dormir se quiser, doutor, não vamos mais conversar hoje.
Vou ficar aqui. Olhando aquelas estrelas.
Tantas delas possuem planetas, doutor.
Alguns deles possuem mais de um habitante.
Diferente daqui no deserto, né?
Boa noite, doutor.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O portal para o deserto

O portal para o deserto.
A janela para o imenso vazio.

Não olhe!

É bem parecido com o de um ser humano.
Mas ele não olha diretamente para você.
Não tem nada lá.
É a janela para o vazio.


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

É muita coisa no deserto

É muita coisa pra minha cabeça.
Acho que já tá bom pra acabar o mês, né?
Meu pâncreas vai melhorando aos poucos mas ainda está instável.
Vão vir por aí algumas provas pras quais eu precisaria de mais tempo pra estudar.
É um tempo que eu não vou ter.
As provas vão passar por mim sem que eu tenha nem pegado algum exercício pra fazer.
Isto é só uma das coisas que me incomoda agora.
Tem o forever alone, constantemente cutucando minha cabeça.
Tem o deserto...


Aah.. como eu procurei esta música. É bom tê-la achado na internet.
Talvez daqui a algum tempo ela não esteja mais aqui.
Mas ela é bastantemente legariótica.

domingo, 17 de novembro de 2013

A vida é assim mesmo, no deserto.

Não consegui terminar tudo o que tinha que fazer e estudar cálculo.
Algumas notas minhas vão despencar feiamente

Mas a vida é assim mesmo.

A vida é a jaca pra você enfiar o pé.
O lego pra você pisar descalço.
A tela azul pro seu computador travar.
A peça com graxa pra você botar a mão.
A casca de banana pra você escorregar.
O banco com tinta fresca pra você sentar.
A uva passa pra você não ver no salpicão.
O pão pra você deixar cair com a manteiga para baixo.
O seu jogo favorito pra alguém arranhar o CD e não rodar mais.
O pendrive com vírus pra você plugar no PC e formatar seu HD.
O fim de semana antes das provas pra você não conseguir estudar.

...

A vida é a água pra molhar e amassar seus livros.
A vida é a voz pra dizer "olá" e a escrita pra dizer "adeus".
A vida é a agulha mal regulada pra furar o seu vinil favorito do Supertramp.

A vida é assim mesmo.

"Life. Don't talk to me about life"

O cara errado no deserto

Eu sou o cara errado.
Eu sou a combinação mais rara de software e hardware incompatíveis.
Quero dizer, muitos caras tem software e hardware perfeitamente compatíveis e interagem com outras máquinas com perfeitas performance e naturalidade.
Alguns não tem um hardware bom, mas o software se adapta e ele acaba se acoplando em outras máquinas também.
Outros tem um software realmente pobre, mas o hardware é tão avançado que eles se comunicam muito bem também.
Mas eu sou a combinação única.
Eu sou a tela azul ambulante.
Eu sou o desafio à probabilidade.
Eu sou o ponto mínimo da combinação de hardware repugnante e software mal desenvolvido.
Eu sou, simplesmente, o cara errado.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O bilhete

Droga! eu acordei antes de consegui ler o bilhete que ela me mandou no sonho.
Agora nunca mais poderei saber o que estava escrito, mesmo que tenha sido criado pela mina própria mente

FIC: Sucesso total no deserto!

Hoje eu vi um pássaro, tentei laçá-lo para que ele me carregasse para longe do deserto.
Mas ele foi mais esperto e fugiu de mim.
Mal sabe esse pássaro que, só de eu tê-lo visto e corrido em sua direção, eu já estou mais perto de escapar do deserto do que jamais estive.

A FIC foi um sucesso total. Cada pequeno esforço valeu a pena quando vi o resultado da apresentação.
Até mesmo o pássaro ter fugido de mim foi uma coisa positiva naquela noite.
Fiquei muito orgulhoso de mim mesmo por ter tentado e fracassado! Foi algo que eu jamais tentaria há uns meses atrás.

Mas agora existe um rombo de mais ou menos um mês na execução dos meus trabalhos e estudos para provas. Tenho quatro provas e quatro trabalhos para entregar semana que vem. Vai ficar um bocado de coisa mal feita e sem fazer. Minhas notas vão afundar na lama. Ainda bem que garanti notas boas na maioria das disciplinas.

Agora eu realmente estou exausto.
Vou terminar o post com esta espetacular música do Supertramp:

http://www.kboing.com.br/supertramp/1-1129566/#

domingo, 10 de novembro de 2013

Bruxa do mal bate à porta do deserto

Muito obrigado, mas não.

Nada de bruxas do mal no meu deserto.

Pode insistir à vontade, o guilherme do futuro até pode mudar de ideia, mas eu acho muito difícil.
Na minha administração (guilherme do presente) a resposta continua sendo "não" assim como foi com todos os guilhermes do passado desde o ano passado.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Retirando curativos do pâncreas no deserto

Incentivado por um colega de trabalho, resolvi começar a tirar meus curativos do pâncreas.
Expor novamente as feridas ao ambiente para ver se estão cicatrizando.
Por enquanto ainda tem um pouco de sangue e insulina vazando.

A areia do deserto bate no ferimento e dificulta um pouco o processo.

Meu auto controle, força de vontade e capacidade de abaixar meu nível mental à idioticidade suprema realmente serão testados.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Um cara especial no deserto

Eu sou um cara realmente diferente.
Mas isto não significa que eu seja legal, descolado, original, tenho meu próprio "estilo".
Não mesmo, nada disso.
Ser diferente neste caso não é algo bom.
Eu sou um idiota e retardado mental, psicológico, social e até fisicamente falando.
Todas as pessoas que me abandonam dizendo que eu sou um cara legal e que logo eu vou superar isto, seguir em frente e partir para a próxima estão fazendo um favor a elas mesmas e à sociedade em geral.

Enfim, nem sempre eu fico triste por isto.
As vezes é até "bastantemente legariótico" ter que criar um mundo inteiro na minha cabeça por não conseguir viver no mundo de verdade dos humanos.
Vivo ouvindo por aí pessoas que encontram outras pessoas com algo em comum dizendo "Nossa, como esse mundo é pequeno!".
Bem, eu não conheço ninguém, não tenho nada em comum com ninguém. Pra mim, a minha cidade já é algo infinito, quanto mais o mundo inteiro.

O meu mundo é infinito, e o deserto no qual caminho agora é um infinito dentro do infinito.

Já não sei se estou caminhando para frente, para os lados, verticalmente para cima, para baixo, ou apenas na dimensão do tempo, ou apenas na dimensão do espaço...

Agora seria uma excelente hora para eu escrever aquele post do ponto de ônibus.. pena que tenho que ir dormir.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Não tem essas máquinas no deserto

Levando em conta o estado de ultra atraso do meu projeto para a FIC, este post deve ser absurdamente importante, né? ou então eu sou um idiota daqueles que se você der duas tartarugas com pernas quebradas pra ele cuidar, ele deixa uma fugir.

Então é assim?
Elas tem um código de ativação?
Elas não passam de máquinas em que você digita uma senha e aí pode sair beijando por aí?
Eu queria uma coisa diferente disso. Algo transcendental, com conexão mental mesmo.
É claro que isto não existe de verdade.
E nem mesmo existem essas máquinas aqui no deserto.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Instabilidades no deserto

Hoje o dia foi extremamente cansativo.
Meu projeto para a FIC apresentou muita instabilidade. A única solução que eu encontrei foi mudar de compilador e, felizmente, funcionou pelo menos "aceitavelmente".
Só que isto tomou muito tempo! este fim de semana tinha muita coisa do projeto para ser feita, e eu praticamente não saí do lugar.
Esta semana eu realmente vou ter problemas com muita coisa pra fazer em pouco tempo, provavelmente vou ter que pedir um dia de folga.

Falando em instabilidade, hoje o broto resolveu vir aqui em casa (como se a minha mente já não estivesse saturada, né?). Mais uma thread pro meu sistema tratar!
Ainda bem que eu estava tão concentrado que não pude dar atenção a ela. Ela ficou conversando com a minha irmã em outro lugar enquanto minha cabeça fervia na programação do projeto. Aposto que ela esperava chegar aqui e eu ir correndo ligar o Xbox pra gente jogar GTA. Mas, mesmo se eu pudesse interromper meu projeto, acho que não ficaria lá jogando com ela. Seria insanidade.



Há quem diga que eu não tenho nada a perder tentando de novo desde que eu consiga me manter frio e tentar apenas aproveitar a situação.
Mas eu não tenho um escudo psicológico forte o bastante para isto. O jeito é me isolar mesmo.

Nossa... meia noite!! que merda! preciso correr com esse trabalho (e estou aqui postando no blog..)

sábado, 2 de novembro de 2013

O grande telão no céu do deserto

É claro que meu subconsciente está querendo fazer algo que com certeza daria errado.
E o meu trabalho é impedir que ele consiga. apesar de ele já ter avançado bastante.

Acho que depois de algumas experiências a gente aprendeu que um "não" já é o suficiente, né? Não temos que ficar insistindo até ouvir o segundo e acabar com o pâncreas em baixo de uma viga de aço.

"Try again" o vinil do Supertramp martela na minha cabeça.
Mas é tudo mentira, apenas interesse em meu GTA 5.

"Que, estranho o Xbox na gaveta, não acha?" O que será que deve ter causado isso?

É claro que é difícil pro meu pâncreas, com as mãos no pescoço de um broto a estrangulá-lo, vê-lo pedindo mais uma chance e continuar a estrangulá-lo. Mas se meu pâncreas der mais uma chance e confiar em um broto, nós sabemos que o final será extremamente triste para o pâncreas.
O único jeito é estrangulá-lo até que ele pare de se mover completamente, o que pode demorar alguns meses, mas temos que ser fortes. Um dia ele (o broto ou meu pâncreas?) vai entender que tudo está diferente agora e não vale a pena tentar voltar ao que era antes (ou ir para algo melhor que isto) e finalmente aceitará ir embora sem deixar vestígios.

Com o broto aqui, o deserto só se torna um lugar mais melancólico e dramático. Tudo fica tão mais difícil.
É como se um gigantesco telão, ocupando todo o céu, mostrasse o quão melhor o mundo das ilusões é "melhor" que o mundo real, nos convidando a nos drogar novamente e acreditar que tudo pode ser bem diferente da real realidade que é viver no deserto.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Posts no deserto

Outubro teve menos posts que Setembro, que teve menos posts que Agosto, que teve menos posts que Julho o mês do bisturi no olho.
Isto é excelente. Mostra que, muito lentamente, meu psicológico está se recuperando apesar de meu isolamento estar levemente progredindo.
Ou talvez foi porque eu me dediquei exclusivamente à feira da PUC e não tive tempo de postar. E assim, minha mente estaria silenciosamente caminhando para se transformar em um pudim de morango salgadinho e quentinho para ser servido para casaisinhos em praças de alimentação de shoppings.
A "volta" do broto tem piorado consideravelmente o meu quadro mental, mesmo que sem nenhum tipo de comunicação.

...

Estive lendo meus posts deste ano..
Fico impressionado com o quão baixo a natureza chegou para enfiar um bisturi no meu olho.

Mas enfim.. tenho muito o que fazer hoje. Provavelmente vou começar a cochilar antes de terminar tudo, mas vamos ver o que dá.

Tudo poderia estar bem pior né. (Sempre achei este argumento inválido para consolar qualquer pessoa, mas por enquanto é o melhor que temos).