sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

6 anos atrás

Onde você estava há 6 anos atrás?

Me conte o que fazia,
sobre o que pensava?
Por onda andava?

Porque eu acabei de chegar lá.
Estou há 6 anos atrás de agora.
Tenho, hoje, a mente que deveria ter há 6 anos atrás.

Acabei de chegar há 6 anos atrás.
Vejo velhos amigos e colegas que eu vou abandonar nos próximos 6 anos.
Vejo a lua com quem eu não saberei me envolver nos próximos 6 anos.
Tenho uma cultura interessante (para alguém 6 anos mais novo que eu), que eu vou demorar os próximos 6 anos pra adquirir.
Me diga por onde andava! Talvez possamos nos encontrar lá e mudar o presente e o futuro!

Mas tudo já está feito. Qualquer desvio não passaria de uma mera ilusão. E minha mente já andou perdendo a capacidade de se iludir.

Tenho o conhecimento de alguém 6 anos mais novo que eu.
Tenho a energia, disposição e vitalidade de alguém 80 anos mais velho.

Por onde andará o guilherme que deveria ter 21 anos?
Será que ele vai demorar muitos anos para aparecer?
Ou será que ele vai conseguir evoluir num ritmo bom, para tentar alcançar alguém da mesma idade dele?
Ou será que... (não havia nada de importante aqui)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Sobre qualquer coisa que não tenha a mínima importância

O zumbi que caminha pelo planeta deserto relembra suas velhas histórias com melancolia.

O sol sem luz visível, ultra quente, constante, incessante.
A estiagem, a umidade quase nula, a atmosfera ultra rarefeita.
A solidão, o desespero, o medo, a vontade, a frustração.
A gravidade elevada, a areia cortante voando em alta velocidade, os ventos quentes e ácidos.

O telefone toca. Ele se levanta da cadeira e corre para atender. Abre-se um buraco no meio do corredor onde ele cai eternamente. Ele jamais atendeu a ligação. Mas não importa, não era para ele. Ele caiu no deserto.

 - Há algo de errado com seus olhos. Não consigo sentir a sua luz interior. Na verdade, parece até que os seus olhos são portais para o inexistente. Seus olhos sugam o que há ao redor sem transmitir qualquer tipo de energia.

O zumbi já não sabe mais quem ele é.
Aparentemente, isto já foi escrito em algum lugar, mas esta é a vida do zumbi: Um eterno loop, um paradoxo temporal não resolvido e não resolvível, um beco sem saída, um cão de três cabeças, uma trilogia de apenas dois capítulos, uma instância do abandono, uma chamada perdida, um teto sem chão, um eterno loop.

O zumbi mal consegue abrir os olhos. A tempestade de areia está excepcionalmente forte hoje.
Ele se senta no chão de areia fina do deserto e tenta escrever alguma coisa. Não dá muito certo. Ele acaba caindo no chão e dorme por ali mesmo.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O fantasma - Na pança de um bagre

Hahaha!!  Eu sou realmente um fantasma!
Exatamente como diz naquela música...
Nunca vou quebrar "A corrente que me prende a minha ilusão"...
"A liberdade que eu sinto é acomodação"...

Em Setembro de 2012 eu caí na pança de um bagre, tudo deu errado e eu tive que reconstruir do zero, assim como estava escrito lá. Por incrível que pareça, no ano seguinte eu consegui construir todo um mundo de ilusões de novo!
E ele foi totalmente destruído de novo, até não sobrar nada.
Caí na pança do bagre de novo. Agora está acabando 2014, mais de 1 ano depois, e ainda lá estou eu, na Pança do bagre. E dessa vez, parece que cheguei para ficar.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Amizade de mão única

Quando toda sugestão é irrelevante.
Quando toda a confidência é escancarada.
Quando não há confiança, e não há resposta.
Quando as conversas são sempre na mesma direção.
Qualquer outra tentativa só retorna silêncio.

Amizade de mão única.
Realmente nunca acaba.
Enquanto durar a paciência infinita de um robô.

Férias do pâncreas no ventilador

Férias bastantemente legarióticas.
Não tenho muito o que escrever agora,
Mas finalmente estou tendo um tempo pra mim.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Liberdade!

Acabou uma etapa muito importante da minha vida, que foi um estágio de 3 anos.
Eu realmente gostava de trabalhar lá, mas estou muito feliz em estar finalmente de férias.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O dinossauro

Será que devo compartilhar aquela música "Socorro"?

 - Mas por que?

 - Porque eu posso.

...

Eu costumava escutar aquelas músicas dos Beatles e pensar sobre as letras.
Costumava conversar, imaginar, escrever cartas.
Agora já tenho um escudo contra tudo isto.
Eu realmente envelheci muito.
Eu sequei, enferrujei, me automatizei.
Eu desevoluí, retrocedi, murchei e morri.
Eu sou um robô.
Eu sou um velho, aposentado, um dinossauro de 21 anos.

Não que eu queira voltar àquele tempo, por favor, não!
A verdade é que nem eu sei o que eu estou querendo dizer e aonde quero chegar.