O meu ceticismo sobre as coisas sobrenaturais não é capaz de me proteger delas.
Hoje mais cedo, conversava com meus colegas de trabalho sobre um desenho animado muito bom e que eu me identificava muito com o protagonista que tinha uma paixão tão intensa com uma certa princesa Bubblegum que não dava bola para ele.
Um deles me perguntou "quem era a minha princesa Bubblegum" e, assim, a imagem vívida da Fênix revisitou e aqueceu minha mente após tanto tempo.
Eu apenas disse que não era ninguém e ficou por isso mesmo.
Mais tarde, andando pelos jardins da faculdade, eis que a vejo, majestosa ave a pairar por entre as árvores, tão bela. Olho para o outro lado e aperto o passo. Já estou atrasado, tomara que ela não tenha me visto. Tudo está indo tão "bem", não é hora de perder a cabeça.
Após a primeira aula, quase no fim do intervalo, eu me reunia com colegas para discutir o trabalho que apresentaríamos na próxima aula quando, de repente aparece na porta a criatura de blusa de frio (como sempre), óculos, longos cabelos levemente avermelhados, sorrindo, acenando para mim. Quase como se dissesse "Ei! Eu queria conversar um pouco com você, mas parece que você está meio ocupado agora, talvez seja melhor depois". Eu sorrio e aceno de volta e ela vai embora.
É claro que ela não queria dizer nada. Estava procurando alguma outra pessoa e não encontrou, só isso.
Todo o resto é apenas a criação de uma mente inaceitavelmente perturbada e irrecuperavelmente danificada.
Isso se é que ela de fato apareceu naquela porta, ou naquele jardim. Talvez ela nem sequer exista.
Não sei se isso seria pior ou melhor.
Talvez seja apenas mais uma das tantas sobrenaturalidades, que eu renego tão indiferentemente e que me perseguem tão insistentemente.
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