Eis que, de tempos em tempos, sua imagem preenche minha mente.
E os ratos que tenho dentro de mim, roem minhas vísceras, evidenciando o meu vazio, vácuo interior que me compõe como apenas uma fina casca seca e sem vida.
Como você faz falta.
Passo na frente da sala e lá está você, linda.
Distraída, conversando com pessoas de verdade.
O quão desesperadamente eu queria pelo menos te abraçar e te dizer um "oi".
Não ouso entrar, nem te chamar.
Talvez porque não exista nada em meu interior, e este nada é incapaz de fazer este tipo de coisa, explicando corretamente o porquê de eu ser tão só.
Mas, ainda, é um nada que é capaz de sentir a sua falta.
E como você faz falta.
Imerso em lembranças e pensamentos a seu respeito, suavemente abandono minha consciência.
Me permito sonhar um pouco antes de ir dormir.
Enquanto meus terríveis sistemas de proteção de integridade mental vão corroendo e destruindo minha mente até abafar tal vontade tão inconcebível.
Espero poder te ver antes que nossa convivência acabe definitivamente.
Tomara que eu possa ao menos te dizer adeus.
Agora eu sei! (?)
Há 4 semanas
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