domingo, 2 de julho de 2017

Começo do recomeço

Este fim de semana eu tinha marcado de tocar umas músicas com um grande amigo e outros dois amigos dele.
Mas eu não fui.
A "desculpa oficial" foi a de que eu estava tendo mais um dos meus já clássicos devastadores ataques de alergia. E era verdade, eu estava mesmo. Mesmo que eu fosse um bom músico (E EU NÃO SOU MESMO!) seria difícil tocar com o meu nariz no estado em que estava, e eu não ia conseguir me divertir muito.
Mas, talvez não tenha sido esta a principal razão.
Essa semana eu passei muito tempo no estágio, pratiquei muito pouco com meu baixo.
Além de que meu psicológico ainda está quase completamente destruído, ainda há muito trabalho a fazer para ir juntando os pedaços.
Eu não me sinto preparado para tocar com mais gente, eu ainda nem conheço as escalas, e não combinamos nenhuma música específica, ia ser mais um "improviso" mesmo.
Eu ia só atrapalhar o som e a diversão dos caras.
Por outro lado, eu queria bastante ter ido. Por mais que eu seja péssimo, é sempre divertido tocar com o pessoal e eu sempre saio inspirado e com a cabeça a mil, por mais que passe por muita pressão. É uma forma muito eficaz de enfrentar e avançar sobre minhas barreiras psicológicas.
Tomara que hajam novas oportunidades, seria bom se, pelo menos dessa vez, uma decisão que eu tome em um momento difícil não destrua um futuro promissor.

Pelo menos, eu fiquei em casa, pude desfrutar bem da minha solidão, sem ficar triste por isso.
Dei umas voltas a pé pelo bairro, a procura de uma pizza!
Voltei a jogar jogos que eu jogava nos primeiros anos de vida.
Comecei a organizar vários arquivos antigos que eu tinha em um computador velho. Vou usar o espaço para fazer uns ajustes no computador que eu uso atualmente. Pretendo, assim, avançar nos meus conhecimentos sobre programação e eletrônica.

Estranho foi a forma com que comecei o dia de hoje. Estranho, e talvez um pouco triste.
Bem, eu não sei porque, mas eu sonhei com a Fênix. Eu juro que estava fazendo um bom trabalho me isolando dela! Nem estava entrando em redes sociais onde a imagem dela poderia aparecer!
Não sei porque minha mente resolveu ressuscitar este tema sem o meu consentimento.
No sonho, nós caminhávamos por um lugar (que eu não me lembro bem os detalhes, mas parecia ser a faculdade, mesmo) e a cada vez que chegávamos em uma bifurcação, nos despedíamos, nos abraçávamos longamente, porém, depois acabávamos seguindo pelo mesmo caminho (como realmente fizemos algumas vezes pela faculdade, na época em que ainda conversávamos), e fizemos isto várias e várias vezes, só caminhando e jogando conversa fora.
Foi triste, porque o sonho parecia tão real.

Enfim, assim está sendo o começo do recomeço.
Ainda não estou conversando quase nada com os amigos que eu abandonei durante os últimos anos.
Ainda não voltei para aquele aplicativo do desespero afetivo (haha!), na verdade, nem passa pela minha cabeça a possibilidade de conhecer alguém novo tão cedo (e nem tenho vontade).
Ainda não estou cuidando de mim mesmo da maneira certa.
Estou passando meu tempo sozinho, revivendo antigos hábitos e interesses, organizando minhas coisas.
Reconstrução.
Este é o momento de ter paciência com si mesmo.
Aos poucos o gelo vai derretendo.
Não dá para simplesmente sair da câmara criogênica e esperar que a vida te preencha plenamente de um segundo pro outro.
Vai levar um tempinho, mas aos poucos eu vou colocando as coisas no lugar!

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