domingo, 30 de setembro de 2018

The wall breaker

Ontem, the wall breaker nos visitou novamente.
Ultimamente ele tem vindo bastante por aqui, o que é muito bom.
Tomou um cafezinho, com uns pães de queijo.
E sussurrou no meu ouvido: "Agora você tem permissão para cantar".
E logo somos preenchidos por aquela sensação gostosa de olhar através da mais nova parede derrubada e contemplar uma vista enorme e muito linda.
Muito obrigado, the wall breaker, espero te ver novamente em breve!

Pequenos momentos que formam um post 2.0

 - 13 -
Há algum tempo passava pela minha cabeça o pensamento de que, as pessoas "normais" não se importavam nem um pouco com a música que estivesse passando no lugar. Talvez seja verdade.
Mas, o 13 me fez perceber de uma forma bastante agradável que uma música com a qual nos identifiquemos pode salvar nossa vida nesses eventos cotidianos.

 - A Fábrica -
Qual é o sentido?
É tudo tão abrupto, tão explícito e vazio de significado.
Tão superficial.
E perguntas se tornam tão irrelevantes.
E a energia deles parece funcionar por sugar a minha.
E aquelas luzes tão fortes me machucam os olhos.
E cada estrondo sangra meus ouvidos.
E aquelas paredes negras me engolem.

 - O passageiro -
O passageiro do trem, com os olhos tão inchados, que estariam tão felizes por finalmente estar dentro do trem. Mas, isso seria apenas em sua mente.
Do lado de fora, o passageiro continua a puxar a caminhada dos queridos amigos até onde consegue.
Mas, as vezes, ele simplesmente não consegue.
Não há pele nos olhos grossa o bastante que consiga sempre conter a escuridão interna.
E quando a escuridão o põe de joelhos ao ponto de que ele simplesmente não consegue mais andar, o abandonamos sozinho, porque também não podemos o alcançar de dentro de nossa própria escuridão.

- A partida -
Quanto ao meu trem?
Talvez eu tenha perdido a viagem de mais cedo.
Acho que, vou ficar mais um pouco.
Me sento aqui com vocês, vamos conversar mais um pouco.
Ainda me parece que pegar o trem é o melhor a se fazer.
Mas, a companhia de vocês realmente me faz querer ficar mais um pouco. Talvez eu ainda tenha mais algumas coisas a dizer.
Por enquanto eu não vou pegar este trem. Prometo que vou ficar aqui, pelo menos até a tardinha.
Acho que a fraca luz dessa vela que tenho acendido me protege da infinitude do frio e escuridão o suficiente para, pelo menos começar a enfrentar a noite.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

It's pretty sad if you ask me

A trajetória de Vinícius foi interrompida prematuramente, deixando um vazio infinito.
Um fato trágico e que nos alerta sobre a necessidade de valorizar a vida, a importância de orientar o pensamento sobre o tema.
E o filme que se baseia neste fato se faz de maneira responsável, sem romantismos perigosos, sem detalhes desnecessários.
Um filme que exalta a beleza das criações do artista, e dá uma ideia da tristeza colossal que é causada com a sua partida. Como se um universo inteiro tivesse deixado de existir por causa de um momento em que um garoto desorientado e em grande sofrimento mental precisou da ajuda de alguém preparado, mas em vez disso, foi estimulado a cessar a própria vida.
Muitas lágrimas que caem no cinema e fora dele.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Money for nothing

O dinheiro seco que escorre pela boca
O dinheiro molhado, cheio de borra
Dinheiro analógico e dinheiro digital
Dinheiro comum, dinheiro normal

Ganha dinheiro! Ganha dinheiro!
Monta no porco e tira o pé do freio!
Chute no saco, puxa o cabelo!
Assina o contrato e foge com o recheio!

Sou meliante e fumo antrax
Bebo urânio de frente pra trás!
Nada me importa, eu ganho dinheiro!
Não sou herói, sou trapaceiro!

Apenas danço conforme a música
Num lançamento livre de astúcia!
Minha alma eu alugo sem nenhum receio
Tudo depende de quanto dinheiro

Ninguém te obrigou a me chamar aqui
Assim o fez somente porque quis
Se se sente mal, pule do abismo
E, para o seu deus, suplique armistício

Confiança só existe para os tolos
Dinheiro é o que me põe à frente de todos
E sigo em frente de cabeça erguida
Com tudo o que coube dentro da barriga

O nada que eu fiz é o tudo que entrego
Problema seu se para sempre estará cego
Pois o mundo é assim, astuto e traiçoeiro
Desapareça, morra, e me dê seu dinheiro.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Dança dimensional

Um cometa Lucy passa próximo do planeta deserto.
Um cometa Lucy já se colidiu com o planeta deserto num passado remoto, quando o planeta deserto ainda estava no processo de congelamento que o transformou numa bola de gelo errante.
E agora, o cometa passa a apenas alguns km da bola de gelo, aquecendo-a.

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Enquanto isso, em uma diferente dimensão do universo:
O planeta Fênix, formando um sistema binário na órbita de um outro planeta desconhecido, passa pela posição espacial do planeta deserto.
A posição espacial é a mesma, mas, em outra dimensão.
Uma dimensão é totalmente alheia à outra.
São perpendiculares entre si, e podem até se sobrepor, sem que nenhuma das duas perceba qualquer coisa.
Apenas a força destruidora maior tem o conhecimento do todo, e se delicia com a dança dimensional.

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Em sua própria dimensão, em sua pequena e desprezível bolha que contém todo o seu infinito, o planeta deserto já era uma bola de gelo admiravelmente formada e desprovida de qualquer sinal de vida. Na verdade, desprovida de qualquer sinal de qualquer coisa. Seus átomos já estavam o mais próximo que era possível do zero absoluto. (Mas, exponencialmente, é sempre possível se aproximar mais do zero...).
O planeta deserto sente a perturbação gravitacional do cometa Lucy, e algo começa a se mover em suas entranhas mortas e compactadas.
E o narrador observador se choca abruptamente com a borda da subdimensão de tempo presente na bolha do planeta deserto.
Não há como continuar contando a história por enquanto, pois o restante ainda está no futuro.

domingo, 2 de setembro de 2018

A primeira

Nada disso que você está pensando, seu pervertido!
(Ei, como alguém pode ser pervertido sem nem mesmo existir?)
Enfim, me refiro àquela de 2012, a primeira que teve uma grande coragem.
A garota que gostava de Beatles e que era o George Harrison.
Eu pesquisei no meu blog para ver o que eu tinha escrito sobre ela e encontrei... nada.
Sim, eu fui tão negligente, com alguém que foi tão importante, e que estava em um momento tão difícil.
Karine, ela existiu.
Eu realmente, profundamente, sinto muito por como as coisas aconteceram.
Naquela época, eu (travei nessa parte, porque simplesmente não tem como explicar... talvez lendo o blog naquela época, o leitor possa ter uma ideia. Mas nada que eu diga aqui é capaz de indicar o quão colossal pode ser a estupidez de um... ah, desisto).
Enfim, espero que esteja bem. Provavelmente está bem melhor do que eu.
Não sei se ainda existe alguma esperança de o escritor se tornar algum dia, num futuro distante, uma pessoa decente (alguns esforços estão sendo feitos.. the doctor...), mas, se num acaso algum dia nos vermos novamente, espero que eu tenha forças para te pedir minhas tão inúteis e insignificantes desculpas.