Neste universo flutuamos.
Torcendo para que nenhum detrito nos atinja fatalmente.
Em meio a uma nuvem de detritos viajando a velocidades absurdas.
Mas, o universo é muito grande, não é mesmo?
Hipnotizado pelos ouvidos, dou mais um passo.
E outro passo e outro.
Volto um, mudo de direção.
Bato a cabeça na parede com muita força.
Caio no chão e começo a bater a cabeça no chão.
Bato o nariz no chão até perder a consciência.
Acordo meio atordoado sem saber bem o que aconteceu.
Mas, estou aliviado.
Vejo muito sangue no chão e fico feliz.
Pois aí me vem aquela lembrança que eu gosto.
Danço sozinho no meu quarto trancado.
Respiro pesadamente, mas tranquilo.
Dou mais um passo.
E outro passo e outro.
Volto um, mudo de direção.
E aquela agenda?
É uma agenda apertada.
Tento adicionar uma entrada.
Levo um soco tão forte na cara que fico inconsciente imediatamente.
E flutuo pelo universo.
Eu escuto a música que só eu escuto.
Eu vou no lugar que só eu vou.
Eu uso a droga que só eu uso.
Eu pulo do viaduto que só eu pulo.
Dou mais um passo.
E outro passo e outro.
Volto um, mudo de direção.
Dançando pelo viaduto.
Que só eu pulo.
Eu pulo do viaduto com uma corda amarrada no pescoço.
Eu danço sozinho no meu quarto trancado.
Acordo do meu transe violentamente.
Choro desesperadamente.
Pego meu lápis.
Vou tentar novamente...
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