Eu me considero existencialista.
Mas, quando ela se apresenta como a mais pura forma de existencialismo prático que eu já presenciei, eu caio para trás e fico correndo em círculos em minha mente por alguns instantes.
Mas tudo bem, eu preciso ser gentil comigo mesmo.
A mentira do amor romântico sempre foi muito forte no meu passado e isso não se apaga tão facilmente.
Ficam ainda alguns vestígios para serem eliminados pouco a pouco, agora que finalmente estou vivendo um existencialismo amoroso na prática.
Eu e meus 70 anos.
Nunca é tarde.
É um tanto frustrante quando os episódios acontecem.
Mas, tudo bem, eu preciso ser gentil comigo mesmo.
Ela já me disse que está tudo bem.
Meu cérebro arma uma conspiração contra si mesmo.
E é ele mesmo que precisa ser forte para não deixar que isso o tome por completo.
É difícil aceitar que, por mais que eu odeie, eu tenho um passado.
Um passado desprezível, mas que foi a única forma de eu ter chegado até aqui.
Eu preciso abraçar esse passado, e dizer que está tudo bem.
Eu preciso.
É verdade que eu cheguei muito tarde pra festa.
Mas, em compensação, eu saí cedo a ponto de pedalar até lindas paisagens, praias, cachoeiras, montanhas, sentir o vento no rosto, ver o sol nascer,
A minha mente tem muita facilidade em ser dura, agressiva, violenta, julgadora contra si própria e tem muita dificuldade em em ver tanta coisa boa que a gente faz.
Mas eu preciso ser gentil comigo mesmo.
Eu tenho meus 70 anos de vez em quando, mas também tenho meus 30.
Que eu consiga manter minha mentalidade concentrada nesses 30, e que eu possa me perdoar pelos meus 70 e por todo o passado que os trouxe até aqui.
Que eu possa me aceitar.
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