Que o dia mais inacreditavelmente legariótico e o dia mais decepcionante e depressivo ocorreram (com menos de 24 horas de tempo entre eles).
Ela até devolveu meus livros que eu tinha emprestado.
Nem terminou de ler.
Disse que "Não estava conseguindo ler.. estava sem tempo".
É claro que ela não deu pessoalmente pois não teria coragem (quem diria que algum dia eu estaria aqui falando de falta de coragem sem estar falando de mim, não é mesmo?), ela pediu pra alguém me entregar.
Eu estava me identificando tanto com aquele time de futebol que ganhou um campeonato importante esses dias.
Quero dizer, os torcedores (pelo menos os mais novos) nunca tinham presenciado um momento tão importante. E agora que aconteceu, eles quase nem acreditam. É como se tivesse acontecido a melhor coisa que poderia ter acontecido em todo o universo, uma coisa que nunca aconteceu antes e que quase não havia esperanças de acontecer mais. A cidade inteira solta foguetes, bombas, gritos, buzinas.. É uma festa como nunca antes vista.
E eu me sentia exatamente assim na terça feira passada.
Mas as semelhanças param por aí.
Ninguém vai acabar com a festa dos torcedores tão cedo.
Ninguém seria tão cruel.
É algo que, para eles, aconteceu e não vai acabar por um bom tempo.
Enquanto para mim isto não chegou a durar 24 horas..
Foi tudo ilusão.
E eu ainda nem consegui reconstruir meu pâncreas..
Ainda estou absurdamente chocado, frustrado, indignado.
Como algo que poderia dar tão certo pôde acabar tão abruptamente.
E o meu pâncreas, em milhões de pedaços, se reconstrói bem lentamente.
"Rest in pieces" - Duke Nukem
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