quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Combustão Humana Espontânea

Sim, ela disse que estaria me esperando na praça da liberdade pra me dar outra chance.
E eu aproveitei esta chance.
Comprei um Rifle Sniper com alta potência, precisão, silenciador e mira telescópica, subi em um dos coqueiros e esperei ela chegar.
Fiquei lá durante umas 3 horas até que ela chegou. E ela estava muito linda.
Quando ela estava chegando na praça eu dei um tiro na cabeça dela.
Ninguém soube de onde veio o tiro, eu continuei lá parado sem fazer barulho.
A polícia veio e retirou o corpo dela.
No meio da confusão eu desci do coqueiro e fui embora.

Travou tudo, morreu e foi para o inferno. O ódio eterno.
O sangue bebido se transformou em urina e foi descartado.
O rim e o pâncreas deram as mãos. Vão passar por uma fase difícil, juntos.

"Você não fez modificação nenhuma no seu programa?" - Disse o professor pensando: "Meu Deus! este cara deve ser tão retardado!".

Por favor, como faço para este mês (ou talvez ano) acabar logo?
Já estamos em Dezembro?

Palavrões

Se os palavrões nunca fossem censurados, em pouco tempo ia se perder a graça de falar palavrões.

Hoje eu realmente não quero sair de casa, doutor.
Não poderia ficar aqui mesmo e dormir a tarde toda?
Tudo bem, doutor. Estou indo então.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O final feliz

Bom ver que tudo terminou bem.
Todos se confraternizaram.
E nenhum ser humano foi machucado.
Nada realmente importante foi perdido ou descartado.
Só mesmo o que realmente não fazia sentido.
O insignificante.
O que não faz diferença para ninguém.
O mau que foi derrotado.
O intruso.
Aquele que, desde o início, não deveria estar ali.
O otário e o escravo.
O colecionador de vozes e amigos imaginários.
O escritor anônimo.
Um robô inexpressivo.
Não passa de uma lata velha.
Um pedaço de metal enferrujado...

Que bom que tudo terminou bem.

domingo, 26 de janeiro de 2014

hoje eu

Eu queria que o dia tivesse mais algumas horas.
Talvez umas 100 horas... umas 100 horas seria legal hoje.
Pra eu poder me afundar mais e mais e mais no deserto...
Mas já é hora de ir.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Uma historinha no deserto

Mas ninguém sabe o futuro não é mesmo?
Talvez algum dia eu escorregue na rua, bata a cabeça no meio fio, fique em coma por 5 anos e acorde com a cabeça curada: querendo todas estas coisas que as pessoas normais acham boas.
Neste dia talvez eu arrume uma namorada e depois me case, tenha filhos.
Depois eu me separo, caso de novo e repita o ciclo até que algum dia eu morra de ataque cardíaco devido à obesidade.
Aí serei levado para o cemitério na minha Ferrari novinha que eu nem tinha usado ainda, vestindo o meu terno que eu usei durante toda a vida para atingir tanta riqueza.

FIM

South Park no deserto

O modelo de Kübler-Ross (obtido na Wikipédia):

1 - Negação: "Isso não pode estar acontecendo."
2 - Raiva: "Por que eu? Não é justo."
3 - Negociação: "Me deixe viver apenas até meus filhos crescerem."
4 - Depressão: "Estou tão triste. Por que me preocupar com qualquer coisa?"
5 - Aceitação: "Tudo vai acabar bem."



Vi esta música num episódio de South Park.
O episódio é disponibilizado neste link: http://www.southparkstudios.com/full-episodes/s07e14-raisins
E pode ficar tranquilo, você não estará consumindo pirataria, pois a própria Comedy Central disponibiliza os episódios online. Só que é em inglês e tem propagandas.

1 - Negação e 2 - Raiva

A namorada do Stan termina com ele e ele fica deprimido. Aí começa a passar músicas assim.
Me identifiquei bastante com o episódio.
Aliás, a série em geral é muito boa.
Este episódio em especial fez um robô relembrar algumas coisas que foram escritas neste blog há alguns meses atrás.
O pior é que coincidiu com o dia em que eu vi um certo cadáver.
Não que eu tenha nada contra ela mas, é um cadáver, né. Cadáveres não deveriam sair andando por aí falado com a gente sobre o GTA 5 e tal, isso não é legal..

Digamos que 2014 não começou exatamente bem.
2013 tinha começado muito bem mas, hoje, nós sabemos o que estava por vir.
Eu geralmente sou pessimista, mas para este ano minhas perspectivas são realmente, profundamente negativas no aspecto pessoal.
A solidão continua avançando na minha mente. A cada dia eu adentro mais pelo deserto, cada dia mais próximo de algum ponto sem volta. E cada vez mais eu estou aprendendo a reprimir tudo o que passa pela minha cabeça.
Se ano passado eu estava me abrindo e procurando novas experiências, agora eu estou conformado, quieto, medroso e excepcionalmente inexpressivo.

3 - Negociação

Não fiz uma retrospectiva para 2013. E não foi por falta de vontade.
Eu quis fazer mas, sei lá, eu precisava de uma forma de anestesiar minha mente. Comecei a assistir South Park em cada mínimo tempo livre que eu tivesse disponível.
Anestesiar minha mente... encher com qualquer pensamento que não fosse meu.
Tem tanto o que eu gostaria de escrever sobre esses últimos dias e que não vai ser escrito.

4 - Depressão

Amanhã começa o meu curso das 08:00 às 11:00. Vai ser realmente um sacrifício acordar tão cedo.
Doutor, você sabe como eu gosto de ficar até bem tarde acordado. Eu escrevo muito melhor à noite, e você sabe o quanto eu estou precisando escrever.

5 - Aceitação

Mas tudo bem, talvez eu realmente esteja precisando encher minha mente com coisas realmente úteis, como os conhecimentos que vou obter neste curso.
As vezes não temos o tempo que precisamos pra sentar num beco escuro e solitário para ficar resmungando e reclamando. As vezes a vida simplesmente aparece chutando a gente e dizendo: "Ok, levanta esta bunda gorda daí e vai fazer alguma coisa que presta".
Vou parar de reclamar então. Amanhã será um novo dia de correr atrás de algo que nos interessa, não é mesmo doutor?
Só mais um episódio de South Park e nós vamos dormir.
Até amanhã, doutor.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Censura e opressão no deserto

Tanta coisa passando na minha cabeça, e eu nem posso postar sobre isto.

Hoje eu tive que conversar com um cadáver.

Mas não tenho tempo para escrever sobre isto.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Não existem camisas do Supertramp no deserto

Sinto muito, cara.
Não existem camisas do Supertramp.
E quem é que gosta de Supertramp afinal?
Esta banda sequer já existiu algum dia?

As esperanças de guilherme foram tão massacradas.
Talvez sua doença mental esteja ficando bem mais forte que o comum.
Talvez tenha algo a ver com o calor excessivo.

guilherme gosta de caçar coisas impossíveis para si mesmo.
guilherme vive no deserto.

Digam adeus, crianças, vamos embora daqui.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

A morte no deserto

Todo dia é dia de merda.
Dia de Folia.
Dia de alegria.

Todo dia é dia de merda.
É dia de festa.
No seu coração.
Vaso.
E pulmão.

Hoje tinha visita técnica.
Indo pro trabalho eu caí num boeiro, me afoguei no esgoto de fezes e urina humana e morri.
Chegando na empresa, encostei o dedo na tomada e morri.
Depois me mandaram para a visita técnica.
No caminho para a visita técnica o carro capotou e eu morri.
Depois, quando eu tava voltando pra casa, um atirador de elite me deu um tiro na cabeça achando que eu era um terrorista, e eu morri.
Quando cheguei em casa, estava exausto, fui tomar um banho.
Estava tão cansado que cochilei no banho.
Caí no chão, quebrei o vidro do box que cortou meu pescoço.
Foi assim que eu morri.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Gatos imortais do deserto

É impossível você ter sido um gato na vida passada porque os gatos nunca morrem de verdade. Eles só fingem a própria morte, colocando corpos falsos em seu lugar, para que possam voltar para seu planeta natal. Gatos apenas passam as férias aqui no planeta Terra, o planeta deles é milhares de vezes mais evoluído que o nosso.


Pra falar a verdade, eu estou meio desanimado para ir no boliche amanhã. Preguiça infinita. Eu queria ficar em casa dormindo ou ficar sozinho o dia todo. Mas vou tirar a minha bunda metálica desta cadeira e vou para o boliche com os caras.
Vai ser legal.
Talvez depois eu assista o (ia escrever nesta linha que ia assistir o filme "A vida secreta de Walter Mitty" de novo, mas acabei descobrindo que não está mais em cartaz).

Eu tenho medo de ir lá, pra falar a verdade. Vai ter pessoas lá, as pessoas vão ficar conversando sobre coisas legais enquanto eu serei cada vez mais empurrado para um canto onde ficarei isolado e quando eles finalmente me matarem, vão roubar minhas peças e vender para o ferro velho.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

A semana milenar do deserto

A semana passou tão rápido para todo mundo, não é mesmo, doutor?
Exceto para nós que temos a impressão de que estamos aqui desde que o deserto foi criado.

cpskmlfçdskfvk

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O ano do deserto - mais forte que nunca, doutor

Então, doutor. As vezes a vida precisa nos mostrar que pode ser decepcionante mesmo quando não esperamos nada dela.

Ontem meu amigo Preto Velho morreu, doutor.
Hoje eu fui assaltado. Eu tentei correr, mas o cara estava de moto. Felizmente só pegou o celular que a bateria não dura nem um dia, um MP4 todo gambiarrado que a bateria não dura nem um dia, um relógio que as pulseiras já estão totalmente detonadas, e uns trocados.
He he! ele deve ter passado muita raiva quando viu o que tinha roubado!
Aquelas coisas podiam ser porcarias, mas tinham valor para mim, doutor.
Agora fico olhando toda hora para o meu braço para ver as horas mas o relógio. E ainda terei que arrumar um despertador para amanhã cedo.
Sim, amanhã tenho viagem técnica, tenho que estar na empresa às 8 horas.
O pior é não poder caminhar e ouvir minhas músicas do Supertramp.
Está tudo bem ruim por aqui, doutor.
Se o ano continuar assim, eu me questiono se vou sobreviver até o final.
Talvez eu morra amanhã na viagem.
Espero que não, doutor, pois eu estava me adaptando bem ao deserto.

Sim, doutor, meu isolamento está bem forte neste momento. Apesar de que sábado eu tenho boliche com uns amigos do CEFET. Mas é só um evento isolado, doutor. No geral estou me adentrando no deserto cada vez mais.
Meus "sentimentos" estão quase inexistentes.

Bom, doutor, agora tenho que ir, pois, amanhã vou acordar tão cedo que poderia até ser considerado uma violação dos direitos humanos. Até mais, doutor!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Preto velho

Preto velho está morto.

Mas os bons momentos que passamos vão continuar comigo.
Vou sentir muito a sua falta, amigo.
Descanse em paz.

domingo, 5 de janeiro de 2014

O grande idiota no deserto

Hora de voltar a ser o grande idiota.
As férias acabaram.

Foram excelentes férias, deu pra fazer muita coisa legal, deu pra descansar bastante.
Deu pra assistir o final de Dexter.
Assistir uns episódios inéditos de Family Guy.
Começar a assistir South Park.
Assistir os filmes: "A vida secreta de Walter Mitty", "Salt", "Gente grande"...
Jogar muito Xbox.
Programar em Java, C sharp, começar a estudar USB.

Agora tudo vai voltar aos poucos ao ritmo normal.
E acho que vai ser muito bom retornar às atividades.

Hora de voltar ao normal.
Hora de voltar a ser o grande idiota.
O idiota da cidade.
Olá, eu sou o idiota da cidade.
O que? você não me conhece?
Oi.., não faz mal... todos conhecem o idiota da cidade.
Pergunte a qualquer um e terá a resposta.
O grande idiota.

Eu deixei um piano cair em cima da minha cabeça.
Eu queria ir no boliche, mas tem tanta gente!!!
Eles podem querer me caçar, me matar e vender minhas peças para um ferro velho!!

E se eles tirarem minhas calças e serrarem minhas pernas fora!!

É claro que eu não sou autista!!
Eu não sou autista!
Eu não sou louco!
Apenas não olhem para mim.

O garoto que presta atenção em tudo ao mesmo tempo, mas não consegue se concentrar em nada.
Ele de fato é...
Somente ele pode ser...
O meu, o seu e o nosso...

O grande idiota.

O ventilador no deserto

O ventilador e o vento sempre foram amigos.
O ventilador deu um tiro no vento e o vento morreu.
Do outro mundo, o vento planejou um golpe de vingança para matar o ventilador.
O golpe deu certo e o ventilador morreu.
A luta se estendeu para o inferno e jamais vai acabar.