sábado, 31 de janeiro de 2015

post inútil da abundância de ausência

Oi, Doutor! Como vão as coisas aí na minha mente?
Não precisa responder, eu já sei, eu também moro aí.

Nós somos realmente estranhos, não é mesmo, Doutor?

As férias estão acabando, Doutor.
Devemos ter feito uns 10% do que gostaríamos de ter feito.
Mas pelo menos nos divertimos bastante.
Eu diria que foram férias excelentes, e valeram a pena.
Estou com as energias renovadas.
Pronto para os próximos desafios.

E eu vou aprender a dirigir, Doutor!
Acho que vai ser bem legal, mas bem caro também.

Agora estou indo dormir, Doutor.
Obrigado por conversar comigo!
Não que eu não tenha outras pessoas para conversar.
É porque as vezes é difícil para caras como nós iniciarmos uma conversa por aí, não é mesmo, Doutor?
Até a próxima.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Vida dura

A vida é dura como o cimento que cai pra cima quando chove e mata as gotas de água que somos nós.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O viciado

Com ele, nem houve esse negócio de "começou com pequenas doses".
Desde suas mais antigas lembranças, ele usava aos montes.
Ele é um viciado em se afastar de pessoas queridas.
O viciado em solidão.

Ele já tentou se livrar do vício algumas vezes.
Havia uma época em que ele podia conversar com estranhos e conhecidos, quase como se fosse uma pessoa normal.
Mas alguns eventos o desviaram deste caminho, e ele voltou a consumir.

Hoje, seu vício está extremamente poderoso.
E mesmo se ele tiver um grande desejo de conversar com alguém distante, seu vício o impede.
Ele se prepara para escrever para a pessoa, mas simplesmente não consegue.
Vem aquele pensamento dizendo:

"Não escreva agora.
Esta pessoa deve estar ocupada.
Com aquela outra, você não conversa há muito tempo, é melhor não.
Por que ele vai querer falar com você?
O que você tem em comum com ela?
Sobre que assuntos você poderá conversar? melhor ficar calado."

Ele, então, acaba não dizendo nada.
Penetrando ainda mais fundo em seu mundo isolado.
Alimentando seu vício, se afastando dos amigos.

Certamente essa história ficaria faltando um final se ela acabasse agora.
Mas, ainda não sabemos o final.
Não sabemos o que acontecerá ao Viciado.
Sua história está sendo escrita a cada dia.
Infelizmente, este texto acaba aqui.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Blue Monday

Vi num episódio de uma série bastante legal.
Um caso de ilusão e falsas esperanças.

"Você entra em uma situação em que
você sabe exatamente como tudo vai acabar.
Mas você continua assim mesmo.
E quando seus temores vem à tona,
você se tortura porque já sabia.
Mas isso é o que você é,
e você fica se punindo e se punindo por isso."

Parei de assistir quando cheguei nessa parte.
Não porque não estava gostando, eu estava achando realmente muito boa.
Mas até este ponto, eu vi praticamente a história da minha vida ali.
Sei que, se eu continuar assistindo, tudo vai ficar "melhor" para os personagens, e isto não ocorre na vida real. Por algum motivo misterioso, quero que as coisas continuem para eles, como ficou comigo.
Não quero receber o final feliz deles para esquecer os meus "finais".
Eu gosto de caminhar sozinho pois, as vezes, é bom estar tão solitário fisicamente quanto como você se sente mentalmente.
Enfim, eu estou só falando um monte de besteiras sem sentido algum.
Vou parar de escrever agora.
Até mais.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A semente

Hoje eu sou um fazendeiro.
Possuo uma fazenda gigante.
Uma das maiores que existem.
Ocupa vários planetas, várias galáxias.
A todo vapor, a todo instante.
Sua produção não para nunca.
Tão vasta a sua extensão,
que até me perco em sua lavoura.
Uma verdadeira floresta universal.
Árvores enormes que se proliferaram infinitamente.
Originadas de uma semente que plantei um dia.
A semente do abandono.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

"Se sentiu especial"

Se os traidores soubessem uma linha sobre o deserto, não diriam alguma coisa desse tipo.
 - "Traidores?" Como assim? E então quer dizer que não foi assim?
Talvez tenha sido. Mas apenas isto não necessariamente seria motivo para minimizar tanto o deserto ou as palavras de um robô que, sem isso, já teria dificuldade de falar. A menos é claro que se tratasse de um traidor. O seu instinto fala mais alto que qualquer outra coisa. A necessidade de enganar, massacrar e humilhar mesmo os que estão ao seu lado é algo sedutor e incontrolável para a sua mente.

Eu certamente preciso escrever alguma coisa sobre os traidores.
Mas não vai ser agora.

O Parabéns

Introdução:
O protocolo do disfarce humano, a que o robô andarilho do deserto está submetido, propõe que ele dê os parabéns quando uma pessoa humana próxima a ele faz aniversário.
Acontece que, o andarilho não é realmente próximo a ninguém. Sua mente vive no deserto. Não existe ninguém lá, além do robô.
Ainda assim, ele precisa passar diariamente pelo mundo dos humanos.
Ele é parte da sociedade humana, mesmo que apenas superficialmente.

A Fênix:
Uma criatura mágica com a incrível capacidade para vencer longos desafios, e que pode ressurgir das próprias cinzas, caso algo dê errado.
Carrega em seu pescoço um colar com pingente em forma de coração. Um órgão que o robô nem sequer se lembra se já teve algum dia e, convenientemente, substituiu pelo pâncreas. Um símbolo de tudo que o andarilho não pode ter e não pode tocar.
Mesmo que a habilidade de curar qualquer mal com suas lágrimas não fosse capaz de conquistar a amizade de alguém mais insensível, a simpatia da fênix seria suficiente para tal conquista. Desta forma, a Fênix, ao contrário do robô, jamais está sozinha.

Um robô na multidão humana:
O andarilho se sente extremamente incomodado de ser um no meio de uma multidão a parabenizar a Fênix pelo seu dia. Seria isto uma necessidade de "se sentir especial", como dizem alguns traidores?
Talvez. Mas pode ser também uma sensação de incapacidade, ridicularização, de auto discriminação por ser um robô, e não um humano igual aos demais que estarão ali. Se a Fênix convidasse a todos os amigos para uma gigantesca celebração, o robô iria comparecer? É claro que não.

Conclusão:
Este é um tema tão ridículo, minúsculo, inexistente no universo, que nem mesmo no meu blog eu consigo fazer com que pareça ser algo significativo. E a minha incapacidade intelectual é tão pronunciada que eu não consigo escrever mais nenhuma palavra sobre o assunto.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Aura

O fantasma branco reapareceu no deserto.
Seu poder de atração aumentou incrivelmente.
Não veio para me visitar, obviamente,
Até porque, não há mais o que tirar de mim.
Passou pela região por outros motivos.
Mas sua presença foi notada no deserto mesmo assim.
E como não notar tão bela e destruidora presença?

A Aura da destruição.
Cabelos feitos de nuvens e raios do sol em planetas já esquecidos.
Os olhos são portais para a dimensão do inferno, construídos com vegetação exótica de diferentes pontos da galáxia, modelados com magia e dotados de manipulação e ilusão.
Sua boca é coberta de magia de aprisionamento de almas.
Embora tenha baixas concentrações de coragem, ousadia e honestidade, isso não lhe faz falta nenhuma. Assim como não faz falta para a maioria da sua espécie.
Seu poderio foi suficiente para destruir tudo o que havia em meu planeta antes do deserto. De tal forma que, até hoje, ninguém nem quis reconstruir.

Embora seu poder de atração realmente esteja ordens de grandeza mais potente, estes efeitos não me afetam mais. Não moveria uma palha para me aproximar do fantasma.
Mas sua presença ainda tem poder para enfraquecer minha mente, deixando o deserto extremamente escuro, solitário e impregnado com substância de fracasso eterno.

Por sorte, o fantasma não fica na região por muito tempo.
Me deito com a cabeça apoiada em uma pedra e aprecio sozinho o belo pôr do sol no meu planeta, seguido pelo pôr de planetas vizinhos numa visão bela e reconfortante.
Não há ninguém aqui além de mim.
Aos poucos recupero minhas forças.
A caminhada no deserto continua sempre, pelo menos enquanto eu ainda for capaz de me regenerar de danos como estes.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Quem quiser falar comigo

"Quem quiser papo comigo tem que calar a boca enquanto eu fecho o bico!
E estamos conversados!"

Bastantemente eu!
Adorei essa música! Haha!
Assim como outras do Arnaldo Antunes.
Pena que eu não conhecia as músicas dele quando fui no show que ele fez há pouco tempo na praça da estação.

sábado, 3 de janeiro de 2015

O navio azul da garrafa transparente

 - Por que você escreve?
 - Porque eu gosto e é divertido.
 - Mas por que você só escreve desgraças?
 - Porque funciona como um desabafo. E a minha mente funciona melhor desse jeito.
 - Depois de tanto tempo, por que resolveu fazer outro post desse tipo, em que você conversa com você mesmo? Não acha isto muito solitário?
 - Não é tão solitário assim. Quis fazer o post só pra lembrar dos velhos tempos, mesmo.
 - Por que você parou de colocar fotos nos posts?
 - Preguiça.
 - Por que você parou de conversar assim com pessoas do mundo real? Antes você conversava com outras pessoas igual está conversando agora: enchendo elas de perguntas inúteis, mas ainda assim era algum tipo de conversa. E pessoas gostam de falar de si mesmas, então eu realmente não entendo o que há de errado em fazer isto. Por que você parou?
 - Não sei ao certo quando isto se perdeu, mas foi por volta de 2010. Aliás, 2010 deve ser o ano mais bonito do meu blog, pois foi um dos mais degradantes da minha vida. Talvez eu realmente tenha um "Bloqueio emocional", como ouvi dizerem por aí.
 - E como foi o ano de 2014? Vai escrever uma "Retrospectiva"?
 - Foi um ano medíocre, mas pelo menos não foi um ano tão ruim. Com certeza vai ter retrospectiva, eu acho, talvez, bem, não sei, se me der vontade e se eu não estiver com preguiça,
 - Hum, entendo. E como vai ser 2015? Vai ter um clássico post "Coisas sem noção que só eu entendo 2015" ? quais são as metas?
 - Acho que não vai ser tão diferente de 2014, mas não faço ideia. Vou fazer o post sim, eu acho.
 - Enfim, foi bom conversarmos novamente após tanto tempo, mas acho que precisamos ir dormir. Estamos com preguiça infinita de fazer o que vamos fazer amanhã, e já passaram das 2 da madrugada.
 - Concordo, outro dia conversamos mais.
 - Até mais!
 - Até mais.
 - O que essa música tem a ver com isso tudo?
 - Absolutamente nada. Mas eu gosto dela.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Escondido na grama

Ei! Esse é um blog secreto!
Dê um jeito de sair daqui agora mesmo!
E não volte!

Certamente você leu um bocado de besteiras aqui, mesmo que tenha lido apenas alguma linha aleatória.
E com certeza você entendeu algumas coisas bem erradas.

Recomendo dar uma olhada neste post: http://coisassemnocaoquesoeuentendo.blogspot.com.br/2014/11/o-meu-blog.html

É sério!
Aqui é o meu lugar de falar um monte de besteira! Entendeu?
Aqui eu uso e abuso da minha licença poética!
Licença poética!
LICENÇA POÉTICA!!!

Pense em um dia quando você chuta a parede com o dedo mindinho, então você pode ir a um lugar e gritar "O mundo acabou!!  Eu chutei a parede com o mindinho! Eu vou morrer e todos são amaldiçoados por isto!!". Pois então, assim é meu blog.

E eu já não disse para sair daqui?