Eu já tive um uma vez. O único que eu tinha.
Com a primeira, eu tinha muito medo.
Rasguei ele no meio, pra poder ficar com pelo menos uma parte se tudo desse errado.
Também não tive coragem de entregar diretamente para ela.
Então joguei de longe pra ela tentar pegar.
Mas ela não pegou.
Eu achava que tudo estava acabado, mas ainda tinha a outra metade, né.
Com a segunda, eu já estava mais experiente.
Tinha apenas metade, mas achava que dessa vez ia dar certo.
Cheguei bem perto.
Perguntei se ela queria.
Ela disse que sim.
Entreguei nas mãos dela.
Ela pegou, abraçou, sorriu, picotou em pedaços e jogou debaixo das rodas do ônibus que passava.
Eu achava que tudo estava acabado, mas...?
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
"A ruptura radical com a vida" VII
Olha, Doutor!
Após tantos anos nós finalmente descobrimos que podemos falar com um computador sem nos sentirmos assim tão idiotas.
Começamos a usar aquele aplicativo que permite chamadas de áudio e vídeo.
Apesar de, ainda termos a fita isolante tampando a câmera, mas pelo menos o áudio está ok.
Engraçado, né. Porque sempre fizemos isto com o blog.
Mas é em silêncio, então ninguém poderia nos julgar.
Agora, conversar com outra pessoa, falando mesmo em alto e bom som, sempre nos pareceu muito assustador.
É bom ver que estamos, aos poucos (muito aos poucos mesmo), nos ambientando com algumas coisas do mundo dos humanos.
Após tantos anos nós finalmente descobrimos que podemos falar com um computador sem nos sentirmos assim tão idiotas.
Começamos a usar aquele aplicativo que permite chamadas de áudio e vídeo.
Apesar de, ainda termos a fita isolante tampando a câmera, mas pelo menos o áudio está ok.
Engraçado, né. Porque sempre fizemos isto com o blog.
Mas é em silêncio, então ninguém poderia nos julgar.
Agora, conversar com outra pessoa, falando mesmo em alto e bom som, sempre nos pareceu muito assustador.
É bom ver que estamos, aos poucos (muito aos poucos mesmo), nos ambientando com algumas coisas do mundo dos humanos.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
O Desafio
E aqui vou eu novamente.
Inacreditavelmente cru.
Me lançando em mais um desafio ao qual eu não estou à altura.
Pelo menos, desta vez a pressão é um pouco menor, eu acho.
Afinal, eu não estou recebendo nada além de experiência.
Não há dinheiro envolvido.
Eu também não assinei nada, ainda.
Insegurança, medo, sentimento de insignificância, inseto, pedaço de bosta, nada, não contribuidor, burro, incapacitado.
Pobre de espírito, de pensamento, de ideias, de iniciativa, de conhecimento, de experiência de vida.
Retardatário, atrasado, fraco, peso morto.
Bem, é mais ou menos assim que me sinto.
Mas ainda tenho a minha boa vontade, e a minha capacidade de aprender.
E da última vez? Eu me senti exatamente da mesma forma.
E valeu a pena? Sim, completamente. O conhecimento que adquiri valeu tudo o que passei.
Vou tentar erguer minha cabeça e seguir em frente.
Me jogar ao desconhecido, morrer 100 vezes e renascer em minha mente.
Passar vergonha e humilhação.
Ter 255 ataques de pânico, 124 ataques cardíacos, 43 hemorragias cerebrais e 2 transplantes de fezes.
Vamos lá, para ver no que dá.
Inacreditavelmente cru.
Me lançando em mais um desafio ao qual eu não estou à altura.
Pelo menos, desta vez a pressão é um pouco menor, eu acho.
Afinal, eu não estou recebendo nada além de experiência.
Não há dinheiro envolvido.
Eu também não assinei nada, ainda.
Insegurança, medo, sentimento de insignificância, inseto, pedaço de bosta, nada, não contribuidor, burro, incapacitado.
Pobre de espírito, de pensamento, de ideias, de iniciativa, de conhecimento, de experiência de vida.
Retardatário, atrasado, fraco, peso morto.
Bem, é mais ou menos assim que me sinto.
Mas ainda tenho a minha boa vontade, e a minha capacidade de aprender.
E da última vez? Eu me senti exatamente da mesma forma.
E valeu a pena? Sim, completamente. O conhecimento que adquiri valeu tudo o que passei.
Vou tentar erguer minha cabeça e seguir em frente.
Me jogar ao desconhecido, morrer 100 vezes e renascer em minha mente.
Passar vergonha e humilhação.
Ter 255 ataques de pânico, 124 ataques cardíacos, 43 hemorragias cerebrais e 2 transplantes de fezes.
Vamos lá, para ver no que dá.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
"A ruptura radical com a vida" VI
Não me lembro muito bem.
Parece que eu estava caminhando.
De repente levei um tombo e me esborrachei no chão.
Quando me levantei, já havia passado uns 6 ou 7 anos.
E todos tinham ido embora.
Parece que eu estava caminhando.
De repente levei um tombo e me esborrachei no chão.
Quando me levantei, já havia passado uns 6 ou 7 anos.
E todos tinham ido embora.
domingo, 15 de fevereiro de 2015
O personagem
Se eu fosse o personagem de uma estória.
O leitor ficaria bastante decepcionado.
Pensaria que o autor perdera completamente sua criatividade.
Um personagem tão simplista, vazio, não detalhado, sem peculiaridades interessantes, com reações previsíveis e tediosas, que não interage corretamente com a estória, que não possui experiência de vida, esteticamente desagradável, não sociável, mal interpretado, incapaz de cativar o mais sensível dos espectadores.
Um personagem inútil para a estória, sem nada de especial.
Que tipo de estória desolada teria tal personagem principal?
O leitor ficaria bastante decepcionado.
Pensaria que o autor perdera completamente sua criatividade.
Um personagem tão simplista, vazio, não detalhado, sem peculiaridades interessantes, com reações previsíveis e tediosas, que não interage corretamente com a estória, que não possui experiência de vida, esteticamente desagradável, não sociável, mal interpretado, incapaz de cativar o mais sensível dos espectadores.
Um personagem inútil para a estória, sem nada de especial.
Que tipo de estória desolada teria tal personagem principal?
"A ruptura radical com a vida" V
Eu li um texto bastante interessante sobre os "céticos do amor".
O texto discutiu, entre outras coisas, alguns elementos como expectativa, esperança e frustração que levaram a pessoa a desacreditar no amor. Eu me identifiquei muito nesse sentido. Mas o mais chocante foi o apelo feito pelo autor do texto para o caso de haver algum cético (Eu!) lendo: em letras garrafais ele dizia "Não desista do amor, ele é para todos.".
Eu desisti do amor? Eu sou um cético?
Em diversas fases da minha vida, eu poderia dizer que sim, mas nunca isso foi algo definitivo.
E atualmente? pelo menos em partes, sim. Algumas feridas ainda não estão nem perto de cicatrizarem e eu, de fato, quase nem consigo me mover, nesse sentido.
Eu me interesso levemente em seguir o apelo do autor do texto e me abrir para novas experiências, mas ainda há muito o que se reconstruir.
Sinto muito, mas eu preferi não publicar o restante deste texto.
O texto discutiu, entre outras coisas, alguns elementos como expectativa, esperança e frustração que levaram a pessoa a desacreditar no amor. Eu me identifiquei muito nesse sentido. Mas o mais chocante foi o apelo feito pelo autor do texto para o caso de haver algum cético (Eu!) lendo: em letras garrafais ele dizia "Não desista do amor, ele é para todos.".
Eu desisti do amor? Eu sou um cético?
Em diversas fases da minha vida, eu poderia dizer que sim, mas nunca isso foi algo definitivo.
E atualmente? pelo menos em partes, sim. Algumas feridas ainda não estão nem perto de cicatrizarem e eu, de fato, quase nem consigo me mover, nesse sentido.
Eu me interesso levemente em seguir o apelo do autor do texto e me abrir para novas experiências, mas ainda há muito o que se reconstruir.
Sinto muito, mas eu preferi não publicar o restante deste texto.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
"A ruptura radical com a vida" IV
A minha vida é medíocre?
Bem, talvez seja. Eu não tenho certeza.
Eu li um texto há uns dias atrás que dizia que aquele que não se entrega ao amor por medo, vive mediocremente, solitário, sem emoções, sem nunca ter ultrapassado os próprios limites.
Em aspectos gerais, nos sentidos amoroso, pessoal e social, posso considerar que estou quase no fundo do poço sem fundo. Mais fundo do que o diâmetro da terra. Mais fundo que o fim do universo. Eu vivo em um deserto mental, totalmente isolado do restante do planeta.
E sim, eu confesso, isso me abate bastante, eu sinto falta das coisas que os humanos conseguem fazer com a maior naturalidade e que pra mim é o fim do mundo.
Sei que tenho algum problema psicológico grave, e que isso me impede de ser uma pessoa normal.
Porém eu ainda consigo encontrar felicidade em outras coisas.
Eu possuo a infinita benção de estudar e trabalhar em uma área que eu realmente amo, que me inspira e que me faz levantar da cama entusiasmado por um novo dia de descobertas.
Sem falar que eu conheço uma teoria bacana sobre a felicidade estar em pequenas coisas do dia a dia, e eu costumo perceber esses pequenos momentos agradáveis.
Mesmo que, em alguns momentos eu acabe ficando realmente chateado, desanimado, detonado, destruído, sem vontade de fazer nada, triste talvez.
Acho que, posso considerar minha vida como sendo mais ou menos medíocre mesmo.
Talvez eu tente fazer alguma coisa algum dia para mudar isto... (será que consegui ser vago o suficiente?)
Ok, reconheço que isto é procrastinação, e é danoso, mas agora eu realmente preciso ir.
Respostas não vêm tão facilmente assim quanto "Apenas escrever um post no blog".
Bem, talvez seja. Eu não tenho certeza.
Eu li um texto há uns dias atrás que dizia que aquele que não se entrega ao amor por medo, vive mediocremente, solitário, sem emoções, sem nunca ter ultrapassado os próprios limites.
Em aspectos gerais, nos sentidos amoroso, pessoal e social, posso considerar que estou quase no fundo do poço sem fundo. Mais fundo do que o diâmetro da terra. Mais fundo que o fim do universo. Eu vivo em um deserto mental, totalmente isolado do restante do planeta.
E sim, eu confesso, isso me abate bastante, eu sinto falta das coisas que os humanos conseguem fazer com a maior naturalidade e que pra mim é o fim do mundo.
Sei que tenho algum problema psicológico grave, e que isso me impede de ser uma pessoa normal.
Porém eu ainda consigo encontrar felicidade em outras coisas.
Eu possuo a infinita benção de estudar e trabalhar em uma área que eu realmente amo, que me inspira e que me faz levantar da cama entusiasmado por um novo dia de descobertas.
Sem falar que eu conheço uma teoria bacana sobre a felicidade estar em pequenas coisas do dia a dia, e eu costumo perceber esses pequenos momentos agradáveis.
Mesmo que, em alguns momentos eu acabe ficando realmente chateado, desanimado, detonado, destruído, sem vontade de fazer nada, triste talvez.
Acho que, posso considerar minha vida como sendo mais ou menos medíocre mesmo.
Talvez eu tente fazer alguma coisa algum dia para mudar isto... (será que consegui ser vago o suficiente?)
Ok, reconheço que isto é procrastinação, e é danoso, mas agora eu realmente preciso ir.
Respostas não vêm tão facilmente assim quanto "Apenas escrever um post no blog".
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
"A ruptura radical com a vida" III
Meu cérebro voou longe e foi para o céu.
Pegou um balão e se guiou com o vento.
Meu coração virou adubo de grama.
A grama que é dada para as vacas comerem.
As vacas comem e cagam, comem e cagam.
Comem e cagam, comem e cagam.
Comem e cagam o meu coração.
Meu pâncreas foi dado de bom grado.
Agradeceram a oferenda e o jogaram em baixo do ônibus.
O ônibus demorou, mas eles esperaram.
Eles olharam no relógio pois o ônibus demorou.
Mas eles esperaram.
O ônibus demorou, mas eles esperaram.
Acho que não queriam meu pâncreas.
Meu rim já virou pudim.
Minha córnea virou geleia.
Mas que boa ideia!
Meu nariz virou um bacon.
Meu intestino foi feito de canudinho.
Meus músculos não foram encontrados.
Minha face ficou lá mesmo, pois ninguém quis pegar.
Meu cabelo virou travesseiro.
Minha voz virou sirene dos bombeiros.
Meu pulmão virou catarro.
Minhas mãos foram utilizadas como vibracall.
As vacas comem e cagam o meu coração.
Pegou um balão e se guiou com o vento.
Meu coração virou adubo de grama.
A grama que é dada para as vacas comerem.
As vacas comem e cagam, comem e cagam.
Comem e cagam, comem e cagam.
Comem e cagam o meu coração.
Meu pâncreas foi dado de bom grado.
Agradeceram a oferenda e o jogaram em baixo do ônibus.
O ônibus demorou, mas eles esperaram.
Eles olharam no relógio pois o ônibus demorou.
Mas eles esperaram.
O ônibus demorou, mas eles esperaram.
Acho que não queriam meu pâncreas.
Meu rim já virou pudim.
Minha córnea virou geleia.
Mas que boa ideia!
Meu nariz virou um bacon.
Meu intestino foi feito de canudinho.
Meus músculos não foram encontrados.
Minha face ficou lá mesmo, pois ninguém quis pegar.
Meu cabelo virou travesseiro.
Minha voz virou sirene dos bombeiros.
Meu pulmão virou catarro.
Minhas mãos foram utilizadas como vibracall.
As vacas comem e cagam o meu coração.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
"A ruptura radical com a vida" II
Hoje eu tenho flatulência.
Amanhã eu tenho gás.
Hoje eu tenho eficiência.
Amanhã, já tanto faz.
Ontem sentei na roseira.
Hoje eu comi capim.
Hoje eu vi a besteira.
Que eu pratiquei em mim.
Nesta hora eu já não falo.
Coisa com coisa legal.
Nesta hora eu leio tudo.
Leio até o jornal.
Minha fantasia é breve.
Uma coisa bem de leve.
Mas minha mente é escudo.
De todo o bem me protege.
Eu sou feito com metal.
Arroz, feijão e papel.
Fios de luz ornamental.
E a mente de um pastel.
Esperteza de um porta.
Força de um pano de véu.
Entro mudo e saio calado.
Entro correndo e saio deitado.
Entro esperançoso e saio derrotado.
Entro feliz e saio acabado.
Amanhã eu tenho gás.
Hoje eu tenho eficiência.
Amanhã, já tanto faz.
Ontem sentei na roseira.
Hoje eu comi capim.
Hoje eu vi a besteira.
Que eu pratiquei em mim.
Nesta hora eu já não falo.
Coisa com coisa legal.
Nesta hora eu leio tudo.
Leio até o jornal.
Minha fantasia é breve.
Uma coisa bem de leve.
Mas minha mente é escudo.
De todo o bem me protege.
Eu sou feito com metal.
Arroz, feijão e papel.
Fios de luz ornamental.
E a mente de um pastel.
Esperteza de um porta.
Força de um pano de véu.
Entro mudo e saio calado.
Entro correndo e saio deitado.
Entro esperançoso e saio derrotado.
Entro feliz e saio acabado.
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Legarióticos
"A ruptura radical com a vida" I
Oi Doutor.
Eu não posso dizer muito.
Está tudo bem, eu acho.
Ou quase tudo.
Ou quase bem.
Devem ser as toxinas, doutor.
É tudo culpa das toxinas.
Mas elas não deviam ir embora durante o sono?
A culpa é do cérebro? O que há de errado com o cérebro?
O cérebro é uma almofada. Vamos dormir sobre ele.
O que há de errado com o meu cérebro, Doutor?
Começam as músicas macabras!
Abaixam as luzes!
Aprendemos a voar apenas com uma asa.
A imagem macabra invade a mente.
E todo aquele petróleo invade pelos orifícios.
O diesel! O diesel! Elas só querem o diesel!
Eu sou o gás. Eu evaporei e caí para baixo.
Logo estaremos no fundo do tonel.
Logo comeremos ratos a granel.
Fomos levantados do chão pelo nariz por uma garra de petróleo.
O oceano se manifestou e então fomos fazer compras.
Estamos todos juntos agora, todos juntos.
Como o romantismo costuma mandar.
Estamos todos juntos agora, todos juntos
E os olhinhos então vão se fechar.
Boa noite, Doutor.
Eu não posso dizer muito.
Está tudo bem, eu acho.
Ou quase tudo.
Ou quase bem.
Devem ser as toxinas, doutor.
É tudo culpa das toxinas.
Mas elas não deviam ir embora durante o sono?
A culpa é do cérebro? O que há de errado com o cérebro?
O cérebro é uma almofada. Vamos dormir sobre ele.
O que há de errado com o meu cérebro, Doutor?
Começam as músicas macabras!
Abaixam as luzes!
Aprendemos a voar apenas com uma asa.
A imagem macabra invade a mente.
E todo aquele petróleo invade pelos orifícios.
O diesel! O diesel! Elas só querem o diesel!
Eu sou o gás. Eu evaporei e caí para baixo.
Logo estaremos no fundo do tonel.
Logo comeremos ratos a granel.
Fomos levantados do chão pelo nariz por uma garra de petróleo.
O oceano se manifestou e então fomos fazer compras.
Estamos todos juntos agora, todos juntos.
Como o romantismo costuma mandar.
Estamos todos juntos agora, todos juntos
E os olhinhos então vão se fechar.
Boa noite, Doutor.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
O covarde colossal das fossas abissais
Nos aproximamos rapidamente do fundo do poço.
Nem sequer podemos mais dizer um "oi".
Não somos bons o bastante.
Nem sequer podemos mais dizer um "oi".
Não somos bons o bastante.
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Legarióticos
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
Lágrimas de chuva
Finalmente as lágrimas de chuva caem novamente.
Eu vivo preso dentro da minha própria mente.
Foi dado o toque de recolher.
É hora de dormir.
É hora de sonhar com o breu.
É hora de ser carregado pelos fantasmas.
É hora de se banhar em lágrimas de chuva.
É hora de renascer das cinzas.
É hora de desligar a tomada.
É hora de relaxar o pâncreas.
É hora de É hora de É hora de É hora de É hora de É hora de.
É hora de abaixar o volume.
É hora de beber o chorume.
Acho que o motorista sou eu.
Foi dado o toque de recolher.
É hora de dormir.
Finalmente as lágrimas de chuva caem novamente.
Eu vivo preso dentro da minha própria mente.
Foi dado o toque de recolher.
É hora de dormir.
É hora de sonhar com o breu.
É hora de ser carregado pelos fantasmas.
É hora de se banhar em lágrimas de chuva.
É hora de renascer das cinzas.
É hora de desligar a tomada.
É hora de relaxar o pâncreas.
É hora de É hora de É hora de É hora de É hora de É hora de.
É hora de abaixar o volume.
É hora de beber o chorume.
É hora de beber o chorume.
É hora de beber o chorume.
É hora de beber o chorume.
É hora de beber o Betuminoso.
É hora de irritar o tinhoso.
É hora de voltar de ônibus.
Mas não existe mais ônibus.
O último já passou.
Não sei se existe um próximo.
Já faz quase dois anos que estou no ponto e nada.
Acho que o motorista morreu.
Acho que o motorista sou eu.
Acho que o motorista sou eu.Acho que o motorista sou eu.
Foi dado o toque de recolher.
É hora de dormir.
Finalmente as lágrimas de chuva caem novamente.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
Material defecado pelo pâncreas
Oi, Doutor.
A ausência de posts no meu blog indica que tudo está indo bem.
Ou que eu não estou tendo tempo para postar.
Mas as coisas estão indo bem, sim.
Ou mais ou menos isso.
Ou eu não estou tendo tempo para postar mesmo.
Bem, Doutor.
Preciso ir dormir agora.
Até mais.
A ausência de posts no meu blog indica que tudo está indo bem.
Ou que eu não estou tendo tempo para postar.
Mas as coisas estão indo bem, sim.
Ou mais ou menos isso.
Ou eu não estou tendo tempo para postar mesmo.
Bem, Doutor.
Preciso ir dormir agora.
Até mais.
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