Oi Doutor.
Eu não posso dizer muito.
Está tudo bem, eu acho.
Ou quase tudo.
Ou quase bem.
Devem ser as toxinas, doutor.
É tudo culpa das toxinas.
Mas elas não deviam ir embora durante o sono?
A culpa é do cérebro? O que há de errado com o cérebro?
O cérebro é uma almofada. Vamos dormir sobre ele.
O que há de errado com o meu cérebro, Doutor?
Começam as músicas macabras!
Abaixam as luzes!
Aprendemos a voar apenas com uma asa.
A imagem macabra invade a mente.
E todo aquele petróleo invade pelos orifícios.
O diesel! O diesel! Elas só querem o diesel!
Eu sou o gás. Eu evaporei e caí para baixo.
Logo estaremos no fundo do tonel.
Logo comeremos ratos a granel.
Fomos levantados do chão pelo nariz por uma garra de petróleo.
O oceano se manifestou e então fomos fazer compras.
Estamos todos juntos agora, todos juntos.
Como o romantismo costuma mandar.
Estamos todos juntos agora, todos juntos
E os olhinhos então vão se fechar.
Boa noite, Doutor.
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