O escritor bate nas teclas furiosamente.
Mas nada sai no papel.
A máquina está quebrada?
Não, funciona perfeitamente.
Não é este o problema.
O músico pega seu instrumento.
Mas, dele já não sai nenhum som.
Desesperado, o músico joga o instrumento no chão.
O instrumento cai suavemente, sem perturbar o absoluto silêncio.
O projetista costumava passar noites em claro.
Criando as mais belas e complexas invenções.
Hoje, o projetista rabisca a lapiseira na prancheta com força,
mas todas as folhas permanecem em branco.
A crise criativa assombra os criadores.
E nada mais será criado.
Não há mais nada a dizer, nada a mostrar, nada a sentir.
A criatividade foi engolida pelo deserto.
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
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