O problema é
O problema é
as vidas batem forte e são solavancadas em seus bonés.
As formigas vivem sempre perguntando por alguém.
As lontras querem mesmo ser fervidas em antrax.
As lendas morrem jovens por não saberem rezar.
Tudo que o chão é chinelo bate no pé do elevador.
A gente somos fogueira e fogos de artifício.
A mola e a solda potente, do sol poente do aquecedor.
As folhas limpas macias papel higiênico do amor!
Não fale mais comigo, nunca mais, por favor.
Fale sempre de volta com o monstro sonhador.
Eu sou um banco de merda que voou pelo sofá.
Eu sou o podre da vida, sou o destino, sou defecar.
A escrita e a leitura fazem poemas de amor.
A carne e a vontade não existem pra valer.
O baixo da poesia dá o tom de amargar.
E a língua sabe que não deve continuar!
A solidão é rasteira, é serena é suave.
A solidão mata a gente a solidão parece que sabe.
A solidão é a vida a solidão quer nos comer.
A solidão nos esfria e nos faz querer morrer.
A solidão bate forte e arranca o coração.
A solidão traz catarro que mata o cérebro da canção.
A solidão não quer saber de nos deixar em paz.
A solidão não quer que respiremos nunca mais.
A solidão é o ferro que nos queima de manhã.
A solidão é o vazio que nos preenche de romã.
A solidão me matou e me escondeu no congelador.
A solidão é o eixo que martela o ventilador.
chega.







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