segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Leave(2)

After all, they're just girls.
Leave them.
Let them be.
Maybe they will let you be too.

domingo, 30 de outubro de 2016

Vênus

Eu fico aqui, olhando para Vênus.
Implorando pra que ele te envie uma mensagem.
Quando é tão impossível você receber esta mensagem,
quanto é você se tocar por ela.

Pedras

E assim segue o andarilho, despercebendo as coisas, e escorregando em outras, batendo a cabeça nas pedras de uma região rochosa do deserto, entrando em um coma momentâneo com alucinações e sonhos bastante exóticos de lugares e pessoas que talvez ele nunca tenha visto, ou que tenha visto há tanto tempo que ele já nem possa mais dizer se existem de verdade ou não.

espontantoteinoeiramentopeiacrautica

A espontaneidade me deu um chute na canela.
Eu caí no chão e fiquei lá parado.
Em dois minutos todos foram embora.
Eu morri.

post enlatado

Se o tanto que eu escrevo aqui eu escrevesse no TCC, já estaria tudo pronto.
Se o tanto que eu fosse idiota eu fosse legal, todos já teriam me dado 1 milhão de dólares e me matado com tiros de espingarda por inveja e detergente.
O som massageia meus ouvidos cansados.
Se o tanto que eu escrevesse eu fosse respondido.
Se o tanto que eu enrolo eu fizesse algo de útil.
Eu sou órgão e sou morte.
Eu sou falta de sorte.
Eu sou roda e engrenagem.
Eu sou desgraça e amperagem.
Eu sou peça e sou pedaço.
Eu sou ferrugem no aço.
Eu fico pesando e me batendo,
fico pulsando e fedendo,
fico voando em óleo fervendo,
Sou tão bonito quanto um rato morrendo.

O idiota

Eu posso ser idiota?
Posso!
Eu posso sentar no banco de dados?
Posso!
Mas, por que é tão difícil?
A minha polícia me bate o tempo todo.
É uma ditadura na minha cabeça.
Mas, eu tenho que ter consciência disso: Eu posso ser idiota!
Eu posso jogar a merda no ventilador quantas vezes eu quiser!
E eu deveria fazer tão mais vezes do que eu faço.
Quantas oportunidades eu já não perdi por causa desse medo?
Eu posso ser idiota.
Me deixa ser idiota.
Deixa eu fazer as idiotices que me fazem ser um idiota.

sábado, 29 de outubro de 2016

Me deixa

Esse pensamento que vem, vestindo uma bermuda longa, com suspensório, camisa xadrez, óculos fundo e desproporcionalmente grande, com sapatos de palhaço e cabelo de boi lambeu.
Esse pensamento vem e me diz "Você não devia ter feito isso".
Esse pensamento vem e me diz que eu não deveria dizer o que eu sinto.
Esse pensamento vem e me diz que eu não deveria sentir o que eu sinto.
Porque é errado sentir, e mais errado ainda demonstrar.
Esse pensamento vem e me diz que eu deveria esquecer.
Me deixa.
Me deixa em paz.
Me deixa fazer as burrices estúpidas que eu quero fazer.
Me deixa atirar no meu próprio pé.
Me deixa eu dizer que
"Você é tão linda..
Cada abraço seu faz tudo valer a pena por alguns segundos"
Porque é o que eu senti hoje, mesmo que seja a pior burrice do mundo ficar cultivando esses pensamentos na minha mente que jamais vão me levar a lugar nenhum.

A descarga

A vida tá aí é pra gente fazer merda, mesmo.            
A vida é um enorme vaso sanitário faminto, esperando pela nossa merda, e a gente tem que fazer.
Se não, vem a descarga e quando a gente vê, já tá tudo perdido.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Leave

Hoje eu me deitei em um banco e fiquei olhando o balançar de uma árvore, num horário em que deveria estar na aula.
Eu sou assim, as vezes eu saio da vida repentinamente sem dizer nada.
Oh, menina tão linda!
Proibida ao toque.
Proibida à mente!
És tão linda propositalmente?
Ou será que é tudo por acidente?
Queria tanto poder dizer que o balançar desses cabelos é algum sinal.
É tão difícil para alguém dizer para si mesmo o que tenho que me dizer quanto te vejo.
Mas, toma uma lembrança, ave, e voa para bem longe.
Voa para onde há aqueles que realmente sabem lidar com você!

domingo, 23 de outubro de 2016

protocolos

Nossa! Meu último post foi tão bonito! Tão suave, tão gentil maneira de anunciar um fim!
Será que ele anuncia mesmo um fim?
Um último fim?
Ou será que ainda vamos durar mais algum tempo?
Olhando as estrelas com os olhos que não tem mais nada a dizer sobre elas?
Com uma solidão que já não se cabe em dimensões? Não pode ser apontada nem imaginada.

Não tratamos mais de uma ave, de um símbolo, uma imagem.
A ausência já é algo que não diz respeito à disponibilidade de pessoas.
Existem todas aquelas pessoas, tão bonitas e aparentemente interessantes.
O que somos para elas?
O que somos para nós?
O que somos?
Somos tanto! Mas, não o correto.
Em termos sociais, não somos nada.
São os protocolos que permitem a verdadeira interação entre pessoas.
Sem eles, talvez nem sejamos pessoas.
Talvez seja isso, ou talvez não.
Não sabemos, e nem isso importa.

Minhas palavras

Essas palavras.
Tantas palavras.
Que eu tanto amo, tanto me odeio e me detesto.
Palavras que entram em meus pulmões, me tiram o oxigênio e me deitam gentilmente num canto, sem vida.
Me cavam uma cama numa terra fresquinha e macia.
Me cobrem com uma terra quentinha.
Me jogam flores e me trazem chuva, para que eu possa voltar aos poucos a ser o que eu era antes de ser um ser.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Erro na rede

Parece que é erro na rede.
Ele não está conectado?
Não, está tudo certo.
Ele que é assim mesmo.
Ele é o pó que fica quando a gente solta flatulência.
Ele é pó e é só.
Ele é só.
Ele é só o pó que resta da flatulência.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Dorme

Nós somos como bombas.
Explodimos do nada, transformando a perfeita paz num desastre e machucando todas as pessoas que estão perto de nós.
Eu sou um doente.
E a doença vai e volta de tempos em tempos.
Recaídas.
Tem cura e tem morte.
E a gente fica balançando.
Balança, balança, pra um lado e pro outro.
Cura e morte, cura e morte.
A mente se desfarela, as palavras se perdem e as ideias se destroem.
Incoerência.
Incongruência.
Indecência.

Bate a cabeça na parede e dorme

domingo, 16 de outubro de 2016

Imensidão, deserto vazio infinito

Batom, brinco, piercing, maquiagem, batom.

Eu realmente não sou deste mundo.
Não pertenço a aqui.
Não pertenço a lugar nenhum.
Não pertenço com ninguém com quem eu esteja.
Não pertenço.

Sou sempre um anexo, um apêndice.
Nunca um pâncreas.
Acho que já escrevi isto aqui, com estas mesmas palavras.
Mas é isso mesmo, eu estou sempre preso num loop.
E tudo fica se repedindo.

Abaixo a cabeça,
penso ociosamente,
em círculos, em loop, sem chegar a lugar nenhum,
levando penosamente a cabeça.
continuo escrevendo.

Me desculpem, pessoal.
Eu lutei contra mim mesmo e perdi, de novo.
É provável que vocês terão que guiar este projeto meio que sem mim.
Eu simplesmente não consigo me sentar e produzir qualquer coisa.

Bons tempos e expectativas
São frutos de mentiras e mal entendidos.

Vai ter tanta coisa pra arrumar amanhã.
E tudo está perdido, tudo.

Batom

O batom é muito bom, se você é um palhaço.
Ou se quer fazer um estardalhaço.
Ou se você come palha de aço.

Batom é o sangue que diz que você levou um soco
ou tiro de arma de fogo na boca.

Batom dá o riso, batom dá o tom.
Batom é mal, cocô é mais bom.
Se quer tanta sujeira, urine num balão,
E jogue no teto pra que tudo voe pelo chão.
É mais agradável do que um batom.

Batom é pra pessoas que servem o mal!
Batom é o vício de cérebro anal.
Quem usa batom quer morrer em afetos
com gente que mata seus filhos e netos.

Batom pesa muito com muito artefato
É como perder em vias de fato
Quebrou todos os dentes e dá o sorriso
Bebeu veneno e não achou antídoto.

Batom é mal terrível
Prejuízo incrível
quem usa, certamente, bebeu óleo diesel.
Fica ruim, fica feio, horroroso e horrível.
E toda este ódio queimou meu fusível.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Alimentador de mosquitos

É sempre bom alimentar os mosquitos.
Eu gosto.
É uma sensação boa.
Não falo dos pernilongos, pois estes pousam apenas em outras pessoas, e por isso são sem graça..
Falo dos mosquitos.
Aqueles que pousam em lixo, em fezes, em esgotos, na dignidade humana e na solidão.
Ah, como é boa a sensação quando um mosquito desses fica andando pela nossa pele!
É um exercício de paciência.
Você não pode amedrontar o mosquito, ou ele vai embora.
Tem que ficar bastante imóvel.
Deixar que o mosquito sugue seu sangue, se alimente e traga as boas bactérias que ele obteve da sujeira onde pousou antes.
Parece que ele defeca em você
Eu sou assim.
Eu sou um alimentador de mosquitos.
Eu sou assim

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Distopia anti social

É complicado.
É tanta coisa para escrever.
Bem, existem motivos bem traçados, bem definidos para que eu esteja aqui, resfriado, solitário e escrevendo isto, enquanto quase todos que eu conheço estão se divertindo, fazendo coisas legais ou interagindo entre si.

É tudo tão rápido.

As coisas estão ficando bem estranhas.
Não sei mais.

É a desconstrução.

É o pedaço de matéria.
O objeto pairando no ar, ou na água.
Na superfície da água.
Inerte e sem respiração.
Sem respiração.
E inerte.
Ao som do conhecido.
Sem som.
O som do vento, quando bate apenas no chão.
Sem intensão nenhuma.
Sem beleza, sem profundidade.
Sem nada de verdade.
Um pedaço de torto.
Uma noção distante de gravidade.
Uma luva que não se encaixa em lugar algum, pois não existem mais mãos, não existem sequer árvores parecidas com mãos, ou mesmo pedras, animais, nem terra.
Não existe mais nada.
Nada.
O que já existiu é posto em dúvida, pois não existe mais ninguém que tenha presenciado.
Eu queria estar aqui e agora, mas eu não sou.
Mas, como explicar isso? Como?
Eu não sei, eu, EU não sei!
E nem conheço ninguém que saiba!
Nem mesmo sei onde tudo isto quer chegar, ou pra quê tudo isto.
Ou porque eu estou escrevendo tudo isto.
Mas, tudo tem um fim.

Representação do vazio

E se eu fosse dizer alguma coisa, o que seria?
Depois de tanta compressão, não sobrou nada.
Nada.
Não seria nada.
Não teria nada a dizer.
O silêncio seria a representação sonora do vazio.
Assim como o escuro seria sua representação visual.
Meu olfato seria a representação olfativa.
Minha beleza seria a representação estética.
Meu amor seria a representação sentimental.
Minha mente seria a representação perfeita.
A melhor de todas.
Muito melhor que uma palavra "vazio".
O que "vazio" significa?
Eu não saberia explicar.
A não ser que houvesse uma máquina que permitisse a outra pessoa entrar na minha mente.
É claro, seria uma pena de morte para a outra pessoa, pois o vazio é fatal.
A minha vida já é uma lenda, nem se sabe se realmente existiu algum dia.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Escassez

E eu estou tão apressado e ansioso para ver o grande nada.
A luz da lua me cegou, e agora eu só enxergo o nada.
A escassez que nos guiou até a imensidão de ausência dessa estrada.
E toda a vida acabou nesse vazio, no fim dessa jornada.

domingo, 2 de outubro de 2016

Um pancreas

Eu tinha dito que, no fim de semana eu ia começar a desembolar o TCC.
Não escrevi absolutamente nada.
Fiz uns rabiscos e meia dúzia de pesquisas mal sucedidas.
Isso me chateia bastante, porque antes, quando eu dizia que ia fazer uma coisa, eu fazia mesmo.
Mas agora, eu dizer que vou fazer uma coisa não significa nada.
Na verdade, não está nada mais sob meu controle.
Eu sou.. eu sou... na verdade, acho que nem sou mais.
Não sou nada.
Não sou.
E é difícil sair do lugar.
Mas, eu não posso desistir agora.

Gripe

Por que tem que ser eu a pesquisar e escrever as coisas do trabalho?
Por que tem que ser eu a parecer vivo?
Por que não pode ser eu a receber um "oi" e um abraço?
Por que não pode ser eu a estar vivo?
Por que não deixar tudo pra lá? Desistir do curso, do trabalho.

Ir morar em outra cidade, com nova identidade, trabalhando por comida e hospedagem.
Claro que eu ia acabar era passando fome, morando na rua e morrendo com alguma infecção se eu fizesse isso.

Não é normal a quantidade de sono que estou tendo ultimamente.
Com certeza isto é porque ainda estou doente.
Aquela "gripe" que dá na cabeça.
Estou um tanto quanto doente.
Doente.
Eu sou um doente.
Minha doença está em mim e por isto eu estou doente.
Doente da cabeça, do cérebro.
Miolos podres, decadentes e doentes.
Doente dos miolos.
Dizem que tem um remedinho a base de chumbo, aplicado em cápsulas com pólvora a centenas de km/h nas têmporas que resolve essa doença.
Mas pra quê radicalizara as coisas, né?

Haha, cara, como eu gosto de ler meus textos.
Será que é porque eu tô doente?

sábado, 1 de outubro de 2016

Tão inteligente

Eu sou tão inteligente.
Tão inteligente.
Sou daqueles muito inteligentes.
Daqueles que pulam de cabeça no chão para saber o quanto dói.
Daqueles que põe o dedo na tomada para ver se dá choque mesmo.
Ou se eles estão apenas mentindo.
Porque eles podem estar mentindo.
Eu sou tão inteligente...
É claro que é mentira.
É tudo mentira.
Cara, me desculpa escrever tanto..
Me desculpa..

O cérebro doente

Não toque em mim, pois eu estou tão frio que seu dedo pode morrer e cair.
Não se aproxime de mim, pois eu estou tão pesado que se eu pisar no seu dedinho você pode acabar tendo que amputar a perna.
E de repente tudo começou a voar ao meu redor.
E eu fiquei preso no chão sem saber o que fazer.
E me senti tão só.
E de repente tudo começou a ser tão colorido.
E tudo que eu via era tons escuros de cinza.
E eu mal conseguia ver.
Escorreguei numa casca de banana em cima de um precipício que não tinha fim.
E fui caindo para todos os lados, sem saber para onde estava o chão.
E agora estou preso neste mundo virtual que se chama cérebro.
O cérebro doente que me diferencia do que é gente.
O cérebro doente.
O cérebro doente que sabe que a pior doença está no cérebro doente que sabe que a pior doença está no cérebro doente.
O cérebro doente.
Acho que eu já perguntei isso, mas, como foi mesmo que chegamos até aqui?
Eu não entendi.
Não entendi o que é para fazer.
Não entendi nada.
Talvez isso seja por causa do cérebro doente.
O cérebro doente.
O cérebro doente.

Produtividade

Eu teria bastante coisa a dizer sobre produtividade.
Eu sou totalmente improdutivo, em tudo.
Eu sou o "100 anos atrás de seu tempo".
Eu sou o "10 anos mentalmente atrasado".
Eu estou vendo que o perfeccionismo é um inimigo.
Eu teria bastante coisa a dizer sobre produtividade.
Eu teria bastante coisa a dizer sobre produtividade.
Eu teria bastante coisa a dizer sobre produtividade.
Mas, eu prefiro falar sobre fezes voando para todos os lados.
Eu, em fezes, me torno eu mais um.
Eu sou as fezes em forma de ausência de uma mente.
A fezes pessoal.
Eu não sei porque escrevo essas coisas.
E não sei porque envolvo fezes.
Eu estou dando voltas e mais voltas para não chegar a lugar nenhum.
Provavelmente, agora você já parou de ler.
Pois eu sou improdutivo em escrever.
Eu poderia simplesmente escrever "Eu sou um bosta".
Mas, preciso de 30 linhas para chegar até isso.
Não que eu realmente pense isso de mim.
Na verdade, eu penso sim.
Mas, sei lá..
O que eu quero dizer,
o que eu realmente quero dizer é..
Nada faz sentido.
Eu faço muita força para ignorar isso e seguir em frente, cegamente.
Mas, na verdade eu arrasto um peso que é inexplicável.
Minha cabeça sai arrastando no chão.
Meu cérebro vai ficando pelo caminho.
Enfim, tudo que eu escrevi é mentira, pode desconsiderar tudo, me desculpe por tomar seu tempo, me desculpe...