terça-feira, 11 de outubro de 2016

Distopia anti social

É complicado.
É tanta coisa para escrever.
Bem, existem motivos bem traçados, bem definidos para que eu esteja aqui, resfriado, solitário e escrevendo isto, enquanto quase todos que eu conheço estão se divertindo, fazendo coisas legais ou interagindo entre si.

É tudo tão rápido.

As coisas estão ficando bem estranhas.
Não sei mais.

É a desconstrução.

É o pedaço de matéria.
O objeto pairando no ar, ou na água.
Na superfície da água.
Inerte e sem respiração.
Sem respiração.
E inerte.
Ao som do conhecido.
Sem som.
O som do vento, quando bate apenas no chão.
Sem intensão nenhuma.
Sem beleza, sem profundidade.
Sem nada de verdade.
Um pedaço de torto.
Uma noção distante de gravidade.
Uma luva que não se encaixa em lugar algum, pois não existem mais mãos, não existem sequer árvores parecidas com mãos, ou mesmo pedras, animais, nem terra.
Não existe mais nada.
Nada.
O que já existiu é posto em dúvida, pois não existe mais ninguém que tenha presenciado.
Eu queria estar aqui e agora, mas eu não sou.
Mas, como explicar isso? Como?
Eu não sei, eu, EU não sei!
E nem conheço ninguém que saiba!
Nem mesmo sei onde tudo isto quer chegar, ou pra quê tudo isto.
Ou porque eu estou escrevendo tudo isto.
Mas, tudo tem um fim.

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