Todas as pessoas, principalmente quando são mais jovens e os hormônios estão a flor da pele, eventualmente têm fantasias com alguma morte.
Abrir um canal entre as têmporas com uma arma super estilosa, explodir a própria cabeça com explosivos bonitos, pular de algum lugar sensacional, ir pro espaço sem roupa de astronauta curtindo uma vista incrível.
É algo normal, já que todos nós fomos naturalmente feitos para morrer, é algo necessário para a continuidade da vida no planeta então nosso corpo já é projetado para sentir esse desejo ardente.
A maioria das pessoas arrumam paqueras de mortes quando jovens, exceto as mais anti-sociais que tem dificuldade em externar a própria vontade de morrer. Essas pessoas só são um pouco estranhas, as vezes são vitimistas, ou tem pena de si próprios, por isso são assim mais tristes e inativos obituariamente. Tendem a fantasiar muito por muito tempo, são as chamadas mortes platônicas, que só existem na cabeça de quem deseja a morte mas não tem coragem de praticar, ou porque foi rejeitado pela ideia de morte que projetaram na própria mente. É uma forma muito intensa de sentir a morte (e verdadeira sim! Eu diria!), mas também imatura.
Com o tempo e a experiência, as pessoas acabam encontrando uma morte que, talvez não seja a que sempre sonharam, mas é uma morte real, feliz, completa, responsável, concreta. Não apenas um conto de fadas pintado num banheiro. E aí sim é que se encontra o sentido, a plenitude. O fim verdadeiro, o alívio permanente para o sono que se arrasta por tantos, tão longos e dolorosos anos.
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