[...]
Post a ser escrito.
Mais uma linha de pensamento que pode ser perdida para sempre porque já é hora de dormir e eu não posso escrever um post.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
quarta-feira, 25 de junho de 2014
O aperitivo
Chato, CHATO!!
EU SOU CHATO!
Eu sou chato.
Não tenho nem palavras.
Eu saturo minha mente ao tentar explicar o quão insuportável eu sou.
Eu estou tão velho, mas tão velho, que eu sou apenas uma casca dura que envolve um monte de pó e poeira..
Sem vida, sem graça, sem nada. Eu não existo. EU NÃO EXISTO!
Eu não penso, logo, não existo. Tudo que eu faço ou falo é totalmente arbitrário, eu não tenho consciência. É tudo fruto da aleatoriedade do universo.
Eu morri e não percebi porque sou muito BURRO!
Eu já deveria ter sido comido por urubus há séculos...
Esse post foi só um aperitivo. Só um pouco de violência gratuita contra mim mesmo num momento de autodepreciação, sonolência, estresse, solidão.. depressão? não sei, acho que não estou deprimido, mas também acho que meu cérebro saiu pelo meu nariz da última vez que espirrei, então EU POSSO NÃO SABER DE MAIS NADA!
EU SOU CHATO!
Eu sou chato.
Não tenho nem palavras.
Eu saturo minha mente ao tentar explicar o quão insuportável eu sou.
Eu estou tão velho, mas tão velho, que eu sou apenas uma casca dura que envolve um monte de pó e poeira..
Sem vida, sem graça, sem nada. Eu não existo. EU NÃO EXISTO!
Eu não penso, logo, não existo. Tudo que eu faço ou falo é totalmente arbitrário, eu não tenho consciência. É tudo fruto da aleatoriedade do universo.
Eu morri e não percebi porque sou muito BURRO!
Eu já deveria ter sido comido por urubus há séculos...
Esse post foi só um aperitivo. Só um pouco de violência gratuita contra mim mesmo num momento de autodepreciação, sonolência, estresse, solidão.. depressão? não sei, acho que não estou deprimido, mas também acho que meu cérebro saiu pelo meu nariz da última vez que espirrei, então EU POSSO NÃO SABER DE MAIS NADA!
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Estranho
Quando vêem algum pequeno detalhe da minha mente, meus costumes, as coisas que eu costumo fazer rotineiramente quando estou sozinho, as pessoas acham estranho. Pensam que é alguma anormalidade, ou uma situação puntual como uma doença ou coisa do tipo.
As pessoas não estão acostumadas ao deserto e ao vazio.
Provavelmente, se caíssem aqui, entrariam em pânico ou depressão, assim como eu já estive.
Mas hoje, eu já me adaptei ao deserto, criei todo um estilo de vida baseado no vazio e na solidão, fiz do deserto o meu lar.
Eu e o deserto já somos um só, indistinguíveis.
E, provavelmente, assim será até o meu fim.
As pessoas não estão acostumadas ao deserto e ao vazio.
Provavelmente, se caíssem aqui, entrariam em pânico ou depressão, assim como eu já estive.
Mas hoje, eu já me adaptei ao deserto, criei todo um estilo de vida baseado no vazio e na solidão, fiz do deserto o meu lar.
Eu e o deserto já somos um só, indistinguíveis.
E, provavelmente, assim será até o meu fim.
quinta-feira, 19 de junho de 2014
O post apagado, abandonado no deserto
Oi Doutor!
Que bom que você está aqui hoje!
Hoje foi um dia legal, Doutor, deu para descansar um bocado, jogar uns jogos e organizar umas coisas.
Só que foi um tanto quanto solitário também. Ainda bem que você veio conversar comigo, Doutor.
Essas férias devem ser bastante tranquilas, Doutor. Eu já pareço velho o suficiente para ter férias bem tranquilas. Aliás, eu já pareço velho o suficiente para me aposentar. Eu tenho a experiência e inteligência de um recém nascido e a força e vitalidade de um idoso solitário em seus últimos dias.
Seria bom se você pudesse falar alguma coisa, Doutor. Eu me lembro de uma época em que eu conversava com pessoas que podiam falar, era legal a troca de ideias. Eu já era um idiota naquela época, mas parece que eu me importava menos, ou que eu não tinha plena consciência disso, como tenho hoje, então de certa forma minha confiança era maior para dizer a enormidade de idiotices que eu costumava dizer para as pessoas. Hoje eu já praticamente não converso com ninguém que saiba responder. Naquela época ainda havia esperança correndo em minhas veias. Agora, minhas veias apenas guardam o sangue parado, coagulado e putrefato de um ser em decomposição.
Bem, Doutor, preciso ir agora.
Conversamos novamente mais tarde.
Que bom que você está aqui hoje!
Hoje foi um dia legal, Doutor, deu para descansar um bocado, jogar uns jogos e organizar umas coisas.
Só que foi um tanto quanto solitário também. Ainda bem que você veio conversar comigo, Doutor.
Essas férias devem ser bastante tranquilas, Doutor. Eu já pareço velho o suficiente para ter férias bem tranquilas. Aliás, eu já pareço velho o suficiente para me aposentar. Eu tenho a experiência e inteligência de um recém nascido e a força e vitalidade de um idoso solitário em seus últimos dias.
Seria bom se você pudesse falar alguma coisa, Doutor. Eu me lembro de uma época em que eu conversava com pessoas que podiam falar, era legal a troca de ideias. Eu já era um idiota naquela época, mas parece que eu me importava menos, ou que eu não tinha plena consciência disso, como tenho hoje, então de certa forma minha confiança era maior para dizer a enormidade de idiotices que eu costumava dizer para as pessoas. Hoje eu já praticamente não converso com ninguém que saiba responder. Naquela época ainda havia esperança correndo em minhas veias. Agora, minhas veias apenas guardam o sangue parado, coagulado e putrefato de um ser em decomposição.
Bem, Doutor, preciso ir agora.
Conversamos novamente mais tarde.
Quem foi que te ligou?
Quem foi que te ligou?
Quem foi? Você sabe?
É uma pena, mas você não sabe.
Não sabe nem mesmo quem você é.
Não sabe nem mesmo o quê você é.
É incrível que ainda esteja de pé.
O que ainda existe em sua mente?
Você vai se dissolvendo com o tempo.
Logo não sobrará mais nada.
Você já mal consegue escrever uma frase.
Você acumula o arrependimento não só pelo que não fez,
mas também por aquilo que teve coragem de fazer.
Quem foi? Você sabe?
É uma pena, mas você não sabe.
Não sabe nem mesmo quem você é.
Não sabe nem mesmo o quê você é.
É incrível que ainda esteja de pé.
O que ainda existe em sua mente?
Você vai se dissolvendo com o tempo.
Logo não sobrará mais nada.
Você já mal consegue escrever uma frase.
Você acumula o arrependimento não só pelo que não fez,
mas também por aquilo que teve coragem de fazer.
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quarta-feira, 18 de junho de 2014
A linda vista do céu no deserto
É bonito, não é, doutor?
Ver todos aqueles humanos lá no planeta deles, se relacionando e interagindo entre eles.
Ultimamente nós quase não os observamos mais.
Conseguimos focar tão bem no nosso planeta deserto, que quase nos esquecemos do deles.
Nós nos transformamos no robô que o guilherme do passado previu que nos tornaríamos.
De repente, um estrondo ensurdecedor ecoa pelo deserto
O que foi isso Doutor?
Não pode ser.. é a menina da HP! Mas ela enviou uma mensagem a este mundo deserto?
Ela não tem motivos pra nos procurar, certamente errou de destinatário.
Depois de alguns minutos de "conversa" podemos ver o quão nos estamos enferrujados e despreparados para qualquer contato social, por menor que seja, Doutor.
Nosso deserto não tem nada para mostrar, nada a oferecer.
Nunca houve e jamais haverá qualquer motivo para a menina da HP ou qualquer outra querer passar um tempo por aqui.
Estes raros momentos em que os humanos conversam comigo, são apenas miragens no meu imenso deserto.
O computador para jogos
Quando eu estiver velho, acabado e morando sozinho, com a comida acabando, incapaz de comprar mais e sem ninguém para fazer isto por mim, quando eu estiver a beira da morte, vou comprar um computador poderoso que roda qualquer jogo e ficar jogando até que a morte venha me buscar. E quando ela finalmente vier, levarei meu computador para o túmulo e continuarei jogando no mundo do além.
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segunda-feira, 16 de junho de 2014
Gente forte!
Gente forte!
Gente com muita raiva.
Não importa o porquê.
Eles pisam em você.
Gente forte!
Passam sempre por cima.
Jogam futebol no mato.
Dançam na fogueira.
Jogam o lixo no chão.
Ouvem música ruim.
Fumam um cigarro.
Cospem para marcar território.
Gente forte!
Gente que diz mesmo.
Não importa o que aconteça.
Não importa o que se pense.
Gente forte!
Não tem essa de frescura.
Timidez merece a morte.
Fraqueza tem que morrer.
Gente forte!
Forever alone tem que morrer.
Pois é insignificante e inexistente.
O deserto é uma frescura, uma mentira, uma desculpa.
Não tem essa de ficar queto no canto calado.
Gente forte!
Entra arrombando a porta,
Enche a boca de farofa,
Grita pra todo mundo ouvir.
"Eu não gosto de você!"
Gente forte!
Trogloditas, brutamontes,
Mulheres gigantes,
Bêbados em botas e chapéus.
Gente com muita raiva.
Não importa o porquê.
Eles pisam em você.
Gente forte!
Passam sempre por cima.
Jogam futebol no mato.
Dançam na fogueira.
Jogam o lixo no chão.
Ouvem música ruim.
Fumam um cigarro.
Cospem para marcar território.
Gente forte!
Gente que diz mesmo.
Não importa o que aconteça.
Não importa o que se pense.
Gente forte!
Não tem essa de frescura.
Timidez merece a morte.
Fraqueza tem que morrer.
Gente forte!
Forever alone tem que morrer.
Pois é insignificante e inexistente.
O deserto é uma frescura, uma mentira, uma desculpa.
Não tem essa de ficar queto no canto calado.
Gente forte!
Entra arrombando a porta,
Enche a boca de farofa,
Grita pra todo mundo ouvir.
"Eu não gosto de você!"
Gente forte!
Trogloditas, brutamontes,
Mulheres gigantes,
Bêbados em botas e chapéus.
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domingo, 15 de junho de 2014
Vai todo mundo tomar água gelada
Hoje o meu ódio por pessoas atingiu níveis extremamente altos.
Eu queria que o planeta terra inteiro pudesse ser totalmente destruído eliminando toda a vida em um processo super violento que durasse menos de um segundo.
Eu queria que o planeta terra inteiro pudesse ser totalmente destruído eliminando toda a vida em um processo super violento que durasse menos de um segundo.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
O dia dos namorados
I
Quem foi que te ligou?
Quem foi?
Você sabe que dia é hoje?
Sabe?
II
Tão lindo o dia dos namorados.
Ódio, vingança e todos maus sentimentos são camuflados.
Apenas o mundo das ilusões é mostrado.
O mundo que, por tanto tempo foi desejado, mas nunca alcançado.
Maus tratos, sofrimento, covardia, "diversidade".
Discussões, brigas, feridas, "amor de verdade".
Sangue, lágrimas, estilhaços, "enquanto estivermos unidos"
Distância, falta, abandono, "jamais seremos atingidos!"
O dia dos namorados, e das namoradas.
O dia do conto religioso, do conto de fadas.
O dia das flores que caem sem vida e apodrecem no chão.
Cadáveres em que os apaixonados de mãos dadas pisam sem perdão.
Dia das flores que morreram por falta de alimento.
Afinal, foram anos sem qualquer emoção ou qualquer sentimento.
Tantos anos sob o sol escaldante do deserto.
Sem nenhuma chuva, apenas as ilusões de um futuro incerto.
As mãos unidas, o laço simbolizado pela aliança.
Uma ideia ilusória, utopia, uma falsa esperança.
O sacrifício, o esforço, a humilhação e a traição.
A mente, exausta e confusa, adormece
e vaga à deriva no oceano da solidão.
III
...
Quem foi que te ligou?
Quem foi?
Você sabe que dia é hoje?
Sabe?
II
Tão lindo o dia dos namorados.
Ódio, vingança e todos maus sentimentos são camuflados.
Apenas o mundo das ilusões é mostrado.
O mundo que, por tanto tempo foi desejado, mas nunca alcançado.
Maus tratos, sofrimento, covardia, "diversidade".
Discussões, brigas, feridas, "amor de verdade".
Sangue, lágrimas, estilhaços, "enquanto estivermos unidos"
Distância, falta, abandono, "jamais seremos atingidos!"
O dia dos namorados, e das namoradas.
O dia do conto religioso, do conto de fadas.
O dia das flores que caem sem vida e apodrecem no chão.
Cadáveres em que os apaixonados de mãos dadas pisam sem perdão.
Dia das flores que morreram por falta de alimento.
Afinal, foram anos sem qualquer emoção ou qualquer sentimento.
Tantos anos sob o sol escaldante do deserto.
Sem nenhuma chuva, apenas as ilusões de um futuro incerto.
Uma ideia ilusória, utopia, uma falsa esperança.
O sacrifício, o esforço, a humilhação e a traição.
A mente, exausta e confusa, adormece
e vaga à deriva no oceano da solidão.
III
...
quarta-feira, 11 de junho de 2014
O manto negro
Me arrasto pelo chão.
Danificado pela luz e pelos olhares de desprezo.
Amaldiçoado a ser o único de uma espécie num planeta estranho e bizarro.
Vivendo uma mentira, um disfarce constante.
Eu não sou bem vindo aqui.
Me levanto, lenta e dolorosamente sigo caminhando.
Me envolvo em meu manto negro, que me faz invisível à qualquer interesse.
Meu manto negro da solidão.
O manto negro que cria meu próprio deserto e me permite vagar por ele.
O manto negro que vai sugando minha consciência aos poucos, consumindo minha alma.
Ao fim dos tempos, quando eu nem mais souber quem sou, deixarei que meu manto negro me conduza rumo ao desconhecido, à liberdade, ao fim, seja ele qual for.
Danificado pela luz e pelos olhares de desprezo.
Amaldiçoado a ser o único de uma espécie num planeta estranho e bizarro.
Vivendo uma mentira, um disfarce constante.
Eu não sou bem vindo aqui.
Me levanto, lenta e dolorosamente sigo caminhando.
Me envolvo em meu manto negro, que me faz invisível à qualquer interesse.
Meu manto negro da solidão.
O manto negro que cria meu próprio deserto e me permite vagar por ele.
O manto negro que vai sugando minha consciência aos poucos, consumindo minha alma.
Ao fim dos tempos, quando eu nem mais souber quem sou, deixarei que meu manto negro me conduza rumo ao desconhecido, à liberdade, ao fim, seja ele qual for.
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terça-feira, 10 de junho de 2014
Cadáver
Podre.
Putrefato.
Eu sou azedo.
Eu sou um cadáver.
Eu sou um vampiro.
Eu sou um demônio.
Invisível e intocável.
Indigesto e intolerável.
Insensível e indesejável.
Não sou correto e não sou saudável.
300 dias eu passo sem ver a luz do dia.
Eu sou a instância do medo, nojo e agonia.
Um novo ciclo da maldição vem a me chamar.
E do meu longo e inquieto sono, é hora de despertar.
É hora de despertar.
É hora de caçar.
Putrefato.
Eu sou azedo.
Eu sou um cadáver.
Eu sou um vampiro.
Eu sou um demônio.
Invisível e intocável.
Indigesto e intolerável.
Insensível e indesejável.
Não sou correto e não sou saudável.
300 dias eu passo sem ver a luz do dia.
Eu sou a instância do medo, nojo e agonia.
Um novo ciclo da maldição vem a me chamar.
E do meu longo e inquieto sono, é hora de despertar.
É hora de despertar.
É hora de caçar.
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domingo, 8 de junho de 2014
Amor
Eu costumo dizer que estou sempre sozinho, Doutor.
Mas, como o filme da Malévola nos mostra, as vezes o amor acontece em uma forma a qual não esperávamos, e por isto acabamos não o reconhecendo adequadamente.
A verdade é que, por mais que muitas vezes eu me sinta caminhando no deserto do meu planeta vazio, eu tenho sim um amor (nossa! ainda é muito difícil para mim escrever, ler, ouvir ou falar esta palavra! ainda mais sem aspas! mas vamos continuar.) e é um amor com intensidade acima de qualquer expectativa, um amor que não começou "à primeira vista", pois já era verdadeiro bem antes antes da primeira vista acontecer.
Eu amo a minha mãe e a minha mãe me ama. Isto é o único amor que eu tenho e é simplesmente o suficiente pra mim, e deve ser suficiente por um bom tempo.
Por mais que eu viva reclamando de tudo neste blog, a insatisfação é algo normal na natureza, eu não vou estar realmente sozinho por um bom tempo, enquanto ela estiver aqui comigo.
Mas, como o filme da Malévola nos mostra, as vezes o amor acontece em uma forma a qual não esperávamos, e por isto acabamos não o reconhecendo adequadamente.
A verdade é que, por mais que muitas vezes eu me sinta caminhando no deserto do meu planeta vazio, eu tenho sim um amor (nossa! ainda é muito difícil para mim escrever, ler, ouvir ou falar esta palavra! ainda mais sem aspas! mas vamos continuar.) e é um amor com intensidade acima de qualquer expectativa, um amor que não começou "à primeira vista", pois já era verdadeiro bem antes antes da primeira vista acontecer.
Eu amo a minha mãe e a minha mãe me ama. Isto é o único amor que eu tenho e é simplesmente o suficiente pra mim, e deve ser suficiente por um bom tempo.
Por mais que eu viva reclamando de tudo neste blog, a insatisfação é algo normal na natureza, eu não vou estar realmente sozinho por um bom tempo, enquanto ela estiver aqui comigo.
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