Me arrasto pelo chão.
Danificado pela luz e pelos olhares de desprezo.
Amaldiçoado a ser o único de uma espécie num planeta estranho e bizarro.
Vivendo uma mentira, um disfarce constante.
Eu não sou bem vindo aqui.
Me levanto, lenta e dolorosamente sigo caminhando.
Me envolvo em meu manto negro, que me faz invisível à qualquer interesse.
Meu manto negro da solidão.
O manto negro que cria meu próprio deserto e me permite vagar por ele.
O manto negro que vai sugando minha consciência aos poucos, consumindo minha alma.
Ao fim dos tempos, quando eu nem mais souber quem sou, deixarei que meu manto negro me conduza rumo ao desconhecido, à liberdade, ao fim, seja ele qual for.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
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