terça-feira, 28 de outubro de 2014

A poesia da meia noite

A poesia da meia noite continua a se escrever.
É a minha pérola crescendo mais e mais.

O vento lá fora massageia e assobia,
Nos pede para seguir em frente, para não desistir.
A noite é aconchegante e fria,
Músicas antigas acariciam mas fazem doer.

Uma segunda chance faz bem de vez em quando.
Mesmo que seja só em assuntos profissionais,
mesmo que o deserto ainda seja infinito
e não haja chance de escapar algum dia.

A natureza me sussurra no ouvido.
Diz que existem sim "meios" de escapar.
Mas o andarilho já experimentou certas coisas,
e sabe que algumas delas são piores que o deserto.

Não, não tenho o coração puro.
Sou podre e não confiável, pior que qualquer um.
Só porque sou idiota e ingênuo,
não quer dizer que eu seja bom.
E nem tenho obrigação de ser.

Tenho meus egoísmos e meus interesses.
Quase como se fosse humano,
só que sem a parte boa.

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