A doença evolui.
Tudo vai escurecendo e se abafando.
Esfriando.
Os olhos se tornam pesados.
O corpo se torna pesado.
Respirar se torna difícil.
A vida deixa de ser vida.
As experiências passam a ser apenas processamento.
Não venta mais no deserto.
Não existe nenhum ruído.
Nem um grão de areia se move.
O andarilho, há muito tempo, deitou-se no chão.
Há quanto tempo o sol não nasce?
Não haviam umas estrelas no céu?
Para onde elas foram?
Não se ouve nada.
O perfeito silêncio.
A pouca vida que ainda existe nele é apenas um resíduo.
Mas o que é a morte?
Para ele, a morte é apenas uma formalidade.
Desnecessária.
Não muda nada.
O planeta já está morto.
O andarilho está morto.
"Será que algum dia terei minha vida de volta?"
"Ou será que já estou na reta final?"
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