domingo, 30 de agosto de 2015

Espontaneidade

Um abraço fácil.
Um toque sem nenhum medo.
Uma conversa inesperada.
Uma curiosidade que passa dos limites sem nenhum receio.
Um sorriso que brota do nada, sem parecer com uma possessão demoníaca.
Fotos tiradas a qualquer momento em qualquer lugar e que ficam boas, mas não são tão importantes assim, pois, tantos outros momentos marcantes virão.
Espontaneidade.

É apenas uma das muitas características ausentes em mim que me distanciam tanto do ser humano.
Veja bem, não estou sendo auto depreciativo, estou apenas aplicando uma auto análise sincera, honesta e com objetivo de engrandecer.
Eu sou automático.
Um robô.
No melhor dos casos, um amigo distante.
Alguém com quem se possa ter uma meia hora de conversa sobre alguns poucos assuntos bem específicos.
Meu medo age como uma barreira, que me impede de entrar profundamente na vida das pessoas.
Apenas superficialmente.
São raras as pessoas com quem eu consigo me abrir, e que se abrem comigo a um nível realmente amplo.

Esta é a conclusão da auto análise.
Agora, como usar isto para ajudar a perder o medo, ampliar a espontaneidade, aprofundar os relacionamentos?
Está aí um bom tema para pesquisa, e um bom tema para outros posts.
Este post acaba por aqui, mas espero o assunto ainda seja devidamente esclarecido.
Voltarei a falar disso em breve.

sábado, 29 de agosto de 2015

Eu me rendo

Ok, eu me rendo.
Eu travei uma verdadeira guerra contra meus sentimentos, tentando controlá-los.
Mas, eu simplesmente não sou forte o bastante para isto.
Tentei usar a razão como ferramenta para me livrar deles.
Mas, quando a Fênix se aproxima de mim, se torna bastante claro que, não existe controle algum ali.
Então eu me rendo.
Não há mais nada que eu possa fazer.
Eu me permito sentir.
Dou asas à minha imaginação, para que ela possa voar e acompanhar a Fênix.
É a atitude mais inconsequente e irresponsável que eu consigo imaginar.
Mas, realmente parece ser a única.
Tentarei, apenas, guiar este sentimento para que, quando tudo eventualmente der terrivelmente errado (e eu sei que é só uma questão de tempo pra isso acontecer) o dano não ser tão grande.

Há algum tempo eu tinha lido este texto no site obvious:
http://lounge.obviousmag.org/coffee_is_my_boyfriend/2015/05/o-peso-de-amar-um-coracao-que-ja-ama.html

Eu discordava completamente. Achava uma idiotice sem tamanho viver um sentimento que, certamente, não tem futuro.
Mas, por outro lado, acabei chegando nessa como sendo a única opção.

"Sinta, sinta muito – sinta o sublime do amor dentro de ti, sinta o fardo de não ser você o protagonista dessa história romântica", diz um trecho do texto, e é exatamente isto o que vou fazer, até que alguma coisa ocorra que me faça ser capaz de sair disso.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O sonho da Fênix

Fica ela sonhando lá, e eu sonhando aqui.
Por que não juntamos os sonhos e transformamos em realidade?

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

\aswdcfgtyuhjnmkiopç´pokjmnhgtfrcxsaz\

Me manter seguindo o plano da minha assembléia mental é bem difícil, Doutor.
A influência diária do vírus dificulta um pouco as coisas.
Mas temos que ser fortes, Doutor.
Vai passar.

domingo, 23 de agosto de 2015

Desafios vencidos

Hoje foi um dia incrível, Doutor.
Daqueles que eu já tinha esquecido que existia.
Encarei dois gigantes desafios em um só dia.

O primeiro: depois de uma reunião sobre um trabalho com meu grupo, saí com as pessoas e comemos em uma lanchonete! E a Fênix estava lá, Doutor! Eu sentei na mesa, de frente para a Fênix e uma amiga dela! E elas me pagaram um cookie de chocolate com pingos de chocolate branco que estava realmente muito gostoso! É porque eu estava meio sem dinheiro, Doutor, mas eu vou recompensá-las algum dia!

O segundo (e pior de todos): Um dos caras do grupo me chamou pra ir na casa de um amigo dele para tocar guitarra!!! Sim, Doutor, isto realmente aconteceu! O amigo dele tem um quarto com isolação acústica e toca bateria. E o mais incrível, Doutor, foi eu ter aceitado isso! Morrendo de medo, mas aceitei. E eu fui pra casa de uma pessoa desconhecida para tocar guitarra!
Os dois caras são muito gente boa.
É claro que, eu mais atrapalhei o ensaio deles do que qualquer outra coisa, Doutor!
Mas, mesmo assim, deu pra tocar algumas músicas e eu me diverti loucamente!
Até cantei algumas músicas, Doutor! E olha que eu não sou de cantar nem sozinho!

Enfim, Doutor, hoje foi um dia realmente especial. Foi um dia em que eu vivi, não apenas sobrevivi. Venci medos quase invencíveis!
Talvez o universo só tenha ficado maluco por um instante, mas talvez, seja finalmente o Guilherme do futuro chegando, Doutor!
Esperemos para ver...

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Temporariamente morto

Que tipo de coisa nós escutamos hoje, Doutor?
Foi uma daquelas coisas que a gente simplesmente finge que não existe?
Aquilo que torna humanos os humanos?
Aquilo que nos torna não humanos?

Seja o que for, nos deixou tão desestabilizados, que até a Fênix percebeu e disse:
"Ei, se tiver alguma coisa que você queira conversar. A gente pode conversar a respeito".
Mas, não há nada que ela possa fazer, Doutor.
Não há nada que eu, nem ninguém possa fazer.
Tá tudo tão errado que o guilherme se suicidou e foi congelado para apenas acordar no futuro.
Quem anda por aí respondendo pelo nome de guilherme é apenas um corpo sem alma.
O guilherme não existe. Está em animação suspensa.
O guilherme está temporariamente morto.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

;çoiuy6reszx vbnmki876trffghjklçlkjhgvbnm

Doutor, eu tinha umas coisas importantes pra fazer hoje.
Mas estou com uma leve infecção de garganta, então a preguiça bateu nos níveis infinitos.
Hoje deve ter sito um dos dias de maior prejuízo da minha vida!
Pâncreas.
Pâncreas no ventilador.

O homem simplesmente não aguentava mais.
Ele pegou seu barco e remou até o centro da cidade.
Chegando lá, ele entrou em depressão quando percebeu que era um idiota.
Sim, ele era um idiota, sempre foi.
Ele não sabia o porquê de ter tido um pequeno lapso de esperança no passado.
Mas agora ele sabe que é um idiota.

As estrelas olham para aquele homem e riem, pois ele oferece fezes ao reino.
Fezes.
Fezes.
Oi!! eu me alimento de fezes!!

Ok, Doutor, vou parar de escrever besteiras e ir fazer algo útil.

domingo, 16 de agosto de 2015

11112 - Cego para as ideias

Me desculpe escrever 3 posts no mesmo dia, Doutor.
Sei que você anda muito ocupado.
Mas é que eu estou meio inquieto, talvez ansioso hoje.
Eu deveria arrumar ideias para o trabalho que meu grupo vai apresentar este semestre na feira tecnológica, mas minha inspiração está perdida...

em alguma lata de lixo pela cidade;
na sola de algum sapato;
agarrada em algum pneu;
grudada em algum chiclete;
num cano de descarga de um vaso entupido;
no livro que alguém nunca mais vai ler;
na ignorância das pessoas à linda lua crescente;
na fotografia jamais tirada;
no bico de algum urubu;
na memória de alguém em coma;
num cemitério abandonado e desconhecido;
na bíblia de um crente não praticante;
no meu anel de namoro;
nas minhas promessas de amor;
na minha vida social;
no cocô que alguém fez há 4 anos atrás;
nas minhas lágrimas;
no fundo das fossas abissais da minha solidão;
no fundo do poço, kilômetros acima de onde eu estou...

Estou cego para as ideias, Doutor.
Espero que meus colegas pensem em alguma coisa.

Assembléia mental

Oi, Doutor!
Reuni uma assembléia mental há uns dias atrás.
O vírus da Fênix havia se tornado forte demais.
A decisão foi de eliminar qualquer relacionamento pessoal com ela, Doutor.
Muito triste, eu sei.
Não queria que fosse assim, até porque, isto já aconteceu antes.
Mas, sendo tão absurdamente solitário como eu sou, Doutor, eu não suportaria conviver com a obsessão.
Eu perdi o destaque acadêmico do semestre passado, Doutor.
Se isso foi por causa da Fênix? Eu não sei.
Mas, se eu não eliminar isto, este semestre eu definitivamente vou perder mais que isto.
Posso perder até minha sanidade mental, se é que eu ainda tenho alguma.
As vezes eu penso que, na verdade, já estou internado em algum lugar preso a uma camisa de força trancado numa sala acolchoada e tudo isto aqui é apenas uma ilusão da minha cabeça.
Acho que eu até já escrevi isto em algum post alguma vez...

Eu sinto muito por tudo que eu perdi, Doutor.
Sinto muito por ser assim.
O presente está morto, Doutor.
Um corpo sem alma.
Um cadáver.
Uma casca podre, sem ação, apenas carregada pelo vento.
O futuro não sabe o quão sortudo é por estar existindo (se é que vai mesmo existir).

Mercúrio

Eu já tentei tanto encontrar Mercúrio no céu.
E agora, o encontro quase que acidentalmente, junto com uma linda lua crescente.
Há tempos atrás, eu tinha a esperança de chegar um momento em que eu poderia compartilhar esta vista com alguém.
Mas, parece que este momento realmente não vai chegar.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Me tire de mim

Doutor, por favor, faça alguma coisa!
Me leve pra algum lugar distante, a alguns anos daqui...

Doutor, por favor, me tire daqui!
Me tire de agora!
Me tire de mim!

Conflito

"Mas, não sei se devo tentar isso com ela" - não...
"Mas, não sei se posso tentar isso com ela" - hum, não...
"Mas, não devo tentar isso com ela mais." - Nossa.. essa doeu, mas acho que tem que ser assim.

Eu estou num conflito comigo mesmo, Doutor.
Ora eu estou decidido a esquecer isso, ora eu ainda penso (mesmo que sem querer) que ainda tem algum jeito (mesmo que realmente não tenha).
Mas é só uma crise.
Vai passar.

O robô em apuros

Doutor, parece que temos uma visita indesejada no deserto.
É, nada mais nada menos que a Fênix.
Sim, Doutor, isso de novo.
Estamos em sérios apuros.
Pensávamos que nosso medo era o pior inimigo, mas agora que o vencemos, nos vemos ainda mais perdidos.
Pensávamos que o oceano era a fronteira final, mas apenas descobrimos que o mundo é redondo.
Os monstros do oceano não são nada comparados às ameaças do universo.
Mas, nós vamos dar um jeito nisso, Doutor.
Vou pensar no assunto e conversamos mais depois.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

O Filósofo em apuros

Oi, Doutor!
Hoje presenciei uma cena bastante interessante.
Marquei com o meu amigo Filósofo de procurarmos uns livros sobre espiritismo na biblioteca.
Pedi a ele que me indicasse os que fossem mais "espiritualismo para retardados", para que até mesmo alguém do meu nível conseguisse entender.
Enquanto andávamos pela biblioteca, encontramos uma menina que não era bem "uma" menina, mas aparentemente, para o Filósofo, era "a" menina.

A cena foi realmente bela e intrigante, Doutor!
Ela passava por nós apressada quando ele simplesmente a parou pegando no ombro dela. Os dois se abraçaram, eles conversaram brevemente, ele disse algo como "Tô realmente muito feliz de te ver aqui" e aí eles ficaram se olhando nos olhos por um longo tempo, sem dizer nada. Devem ter passado uns 10 segundos de olho no olho em silêncio, Doutor! Tempo suficiente para que nós morrêssemos 256 vezes se estivéssemos olhando no olho de alguém! Depois ele disse mais alguma coisa sem muito sentido, ela também concordou sem muito sentido, os dois ainda mantendo o olho no olho. Este incrível momento se delongou bastante, até que eles se despediram dizendo que conversariam em breve por e-mail.

O efeito deste inesperado encontro foi notável sobre o Filósofo, Doutor.
Ele quase entrou em estado de choque, e por uma boa razão.
O Filósofo me disse que aquela menina era um (se não o) grande amor de sua vida que ele não via há muito tempo.
Para piorar a situação, o Filósofo está atualmente em um relacionamento estável há aproximadamente dois anos.
Eu disse a ele para correr atrás dela! Mas, ele disse que não faria isto e nem se comunicaria com ela por um tempo.

Inicialmente, eu pensei que ele estivesse fugindo da ação por medo do que pudesse dar errado, porque seria como eu estaria me sentindo se fosse comigo.
Mas, é claro, não é prudente tentar comparar os sentimentos de um humano com os que eu teria se estivesse no lugar dele. Os humanos não tem o medo na forma tão destruidora quanto a que eu tenho.
Ele me explicou que não era medo, mas que precisaria dar um tempo para si mesmo, para saber exatamente como ele se sentia sobre isso e pensar sobre o que deveria fazer.

Assim foi a aventura de hoje com o Filósofo em apuros, Doutor.
Tomara que possamos algum dia saber o fim dessa história.
Se souber, eu conto aqui no blog.
Vamos torcer para que, aconteça o que acontecer, eles encontrem paz e felicidade!

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

cfghn47

Oi, Doutor.
(20 minutos)
Acho que o gato comeu minha língua.
Tô meio mal hoje.
Tudo dá muito errado, Doutor.
Tão errado..
O fracasso excessivo me desequilibra por alguns instantes.
Vai passar, Doutor.
É só eu fechar os olhos e esquecer do presente.
Me transporte para o futuro, Doutor.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Que bom![2]

Haha, Doutor.
Agora deve ser mais um
"Estou realmente feliz que você não se matou! Tchau!"
E fosse embora.

Acho meio desnecessário, mas tudo bem.
"Amarras sociais" né?
Com o tempo deve diminuir.

domingo, 2 de agosto de 2015

Andando pelo vale

Oi, Doutor!
Estou meio pra baixo hoje.
Não muito, não precisa se preocupar, Doutor.
É só que, eu tô caminhando por um vale.
Em breve devo estar no alto de novo.
Andei revendo alguns artefatos do passado,
relembrando alguns momentos.
Acabei me sentindo um pouco vazio e solitário no deserto.
É uma coisa transitória, Doutor, eu sei que é.
Ainda tem coisas legais vindo por aí.

sábado, 1 de agosto de 2015

Que bom!

É como se dissesse:
"Que bom que você não se matou! Tchau!"
E fosse embora.

Mas é assim mesmo, Doutor.
Temos essas amarras sociais.
Nós temos e as goiabas também têm.