Cansada, ela se deita no chão.
Dela irrompe uma brilhante e ruidosa explosão de fogo.
Uma onda de choque joga o andarilho para muito longe.
Por alguns instantes, o brilho é muito intenso para poder olhar.
A luz ilumina as nuvens no céu.
A noite vira temporariamente dia.
Aos poucos, as chamas vão se extinguido.
O brilho vai diminuindo.
É possível ver um monte de cinzas no chão.
Das cinzas, sai a Fênix renovada.
Não é a mesma Fênix que o andarilho conhecia.
É uma Fênix negra, gigantesca e ameaçadora.
Mais uma explosão vem perturbar aquela noite.
Um estrondo ensurdecedor e uma luz inconcebível.
Agora, vinda do céu.
Um meteoro atravessa a paisagem e aterriza próximo à Fênix.
Com asas ainda incandescentes, a segunda criatura se exibe.
O Corvo gigante vindo de outro planeta.
A Fênix negra e o Corvo se acariciam ternamente.
Como se desde sempre esperassem por aquele momento.
O Corvo gigante então envolve a Fênix com suas asas.
Os dois olham para um ponto fixo no céu.
Em uma terceira explosão, os dois juntos deixam o planeta deserto.
O andarilho vê o risco de luz atravessando o universo,
até que desapareça na imensidão das distâncias interestelares.
"Eles se merecem" - pensa o andarilho solitário.
São criaturas extraordinárias que certamente se merecem.
A Fênix foi embora para sempre com o Corvo.
O andarilho pegou sua mochila e prosseguiu em sua caminhada.
Agora não deveria mais pensar sobre a Fênix.
Tudo o que lhe resta é o deserto.
No qual ele continua caminhando sozinho.
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