Minha mente - 22 de Março de 2015.
Oi Doutor!
Há quanto tempo!
Escrevo esta carta como uma lembrança dos velhos tempos, para pedir por notícias e também porque estou querendo conversar com alguém sobre qualquer coisa, mas a minha doença não permite que eu converse com alguém que exista no mundo real.
Lembra da época em que escrevíamos cartas, Doutor?
Gostaria de ter mais gente para quem eu pudesse escrever cartas, mas você sabe como o mundo funciona, não é mesmo, Doutor?
Sem falar que, aquela época era pura ilusão. Nossas cartas eram pura ilusão. Quase tão ilusórias quanto esta que eu te escrevo.
Nossas esperanças são sempre tão falsas que quase todas as nossas boas lembranças são de eventos que só ocorreram em nossa imaginação.
Mesmo assim era divertido.
Gostávamos da expectativa de receber alguma coisa na caixa de correios.
E como vai a viagem, Doutor?
Visitando muitos lugares novos? se divertindo muito?
Conhecendo novas pessoas?
Aliás, onde você está mesmo?
Me mande cartas, fotos, notícias!
Vamos espantar um pouco nossa solidão conversando entre nós, Doutor!
Eu gostaria que você existisse fora da minha cabeça.
Até mais, Doutor!
Guilherme.
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