segunda-feira, 17 de março de 2014

Olá, medo.

Olá, medo, é bom te ver no deserto novamente.
Juro que desta vez vou ouvir o que você me disser e ficar bem quetinho no meu canto.
Naquela época, no meio do ano passado, eu pensei que algum dia, quando a depressão passasse, eu ia me sentir orgulhoso de ter te vencido, medo, de ter ido lá e "fazer o que eu tinha que ter feito".
Acho até legal a atitude que eu tive, mas ainda me sinto muito idiota e otário por ter pensado que poderia entrar no mundo dos humanos assim, como se eu fosse um deles.
Um amigo sempre falava comigo, "Tome uma atitude! você só se arrepende do que deixa de fazer!".
Eu fui lá e fiz.
Hoje, ele me diz que ainda assim tudo valeu a pena, e que eu me diverti e tal.
Não sei se chega a ser um arrependimento, ou apenas frustração, mas sinto que o guilherme do passado foi absurdamente estúpido e idiota (que novidade[1], não é mesmo?).
Enfim, talvez não houvesse outro jeito mesmo, e isso já não faz a menor diferença hoje. Todo mundo que merecia já teve o seu "final feliz" naquela estória toda.
Você está certo, medo, já passou da hora de eu parar de escrever e ir dormir.
Até mais, medo, nos vemos na Terça feira.

[1] sarcasmo: Na verdade, quase sempre o guilherme do presente/futuro considera o guilherme do passado como um grande estúpido idiota.

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