Nós temos que arrumar motivação.
Não tem outro jeito.
Temos que ser fortes e suportar não importa o que vier.
Não tem outro jeito.
Não tem outro jeito!
Temos que lutar!
domingo, 10 de dezembro de 2017
Quarto
Bem, chegando próximo a um quarto do caminho (simbolicamente, não que ele tenha que durar mais três do que já durou..) talvez possamos dizer que somos quase exatamente o que sempre quisemos ser.
E foi necessário chegar até aqui para perceber que não é nada disso que queremos ser.
Um quarto do caminho então foi em vão? não.
Mas, também não terá sido em vão se, suavemente, largarmos tudo e mudar tudo radicalmente no próximo quarto.
Eu gosto muito de estar onde cheguei.
Mas não sei se sou capaz de permanecer aqui.
Meu corpo e minha mente gritam desesperados pelo tempo que eu não posso ter.
Me negam qualquer mínima força ou motivação como forma de forçar a desistir de tudo e buscar este tempo.
Na verdade, eu nunca pude ter tempo, mas, pensei que poderia ter depois que a última grande formação terminasse.
E não tenho.
Ou será que estou me equivocando totalmente e o problema é outro?
Talvez eu esteja me comparando com alguma base que não deveria.
Talvez eu esteja procurando um caminho mais fácil, e quando eu chegar a este caminho, vou procurar um ainda mais fácil, seguindo um ciclo vicioso, até que acabe chegando de forma rápida e eficiente em um destino que seja a ruína total.
Talvez as doenças estejam tapando a minha visão e corrompendo meus sentidos, me fazendo vacilar em minha caminhada, ameaçando me fazer cair do meu posto conquistado com tanta luta.
Ou talvez esta luta realmente tenha sido muito longa, talvez eu tenha me perdido no caminho sem perceber, talvez ela tenha custado todas as minhas energias. Será que eu cheguei tão longe para morrer aqui?
Ou será que o segundo quarto pode ser todo um novo mundo a ser explorado, e eu não tenha obrigação nenhuma de me prender à vida que eu construí no primeiro quarto?
Enfim, esta é uma história ainda em processo de escrita. Não há uma conclusão certa.
Assim como não há uma conclusão certa neste post, que aliás, talvez não tenha conclusão nenhuma.
E foi necessário chegar até aqui para perceber que não é nada disso que queremos ser.
Um quarto do caminho então foi em vão? não.
Mas, também não terá sido em vão se, suavemente, largarmos tudo e mudar tudo radicalmente no próximo quarto.
Eu gosto muito de estar onde cheguei.
Mas não sei se sou capaz de permanecer aqui.
Meu corpo e minha mente gritam desesperados pelo tempo que eu não posso ter.
Me negam qualquer mínima força ou motivação como forma de forçar a desistir de tudo e buscar este tempo.
Na verdade, eu nunca pude ter tempo, mas, pensei que poderia ter depois que a última grande formação terminasse.
E não tenho.
Ou será que estou me equivocando totalmente e o problema é outro?
Talvez eu esteja me comparando com alguma base que não deveria.
Talvez eu esteja procurando um caminho mais fácil, e quando eu chegar a este caminho, vou procurar um ainda mais fácil, seguindo um ciclo vicioso, até que acabe chegando de forma rápida e eficiente em um destino que seja a ruína total.
Talvez as doenças estejam tapando a minha visão e corrompendo meus sentidos, me fazendo vacilar em minha caminhada, ameaçando me fazer cair do meu posto conquistado com tanta luta.
Ou talvez esta luta realmente tenha sido muito longa, talvez eu tenha me perdido no caminho sem perceber, talvez ela tenha custado todas as minhas energias. Será que eu cheguei tão longe para morrer aqui?
Ou será que o segundo quarto pode ser todo um novo mundo a ser explorado, e eu não tenha obrigação nenhuma de me prender à vida que eu construí no primeiro quarto?
Enfim, esta é uma história ainda em processo de escrita. Não há uma conclusão certa.
Assim como não há uma conclusão certa neste post, que aliás, talvez não tenha conclusão nenhuma.
Madrugadas
Dizem que as madrugadas são para dizer aquilo que você não pode dizer de dia.
Acho que é verdade.
Pelo menos, costumava ser.
Mas agora, as madrugadas estão ficando cada vez mais escassas.
E elas fazem falta.
Acho que é verdade.
Pelo menos, costumava ser.
Mas agora, as madrugadas estão ficando cada vez mais escassas.
E elas fazem falta.
domingo, 3 de dezembro de 2017
Metas
Metas servem para serem frustradas.
No emprego.
Nos trabalhos por fora.
Nos hobbies.
Nos momentos de lazer.
Nos "relacionamentos".
Eu consigo fracassar em tudo.
Preciso de tempo..
No emprego.
Nos trabalhos por fora.
Nos hobbies.
Nos momentos de lazer.
Nos "relacionamentos".
Eu consigo fracassar em tudo.
Preciso de tempo..
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
Freios novos
Wooow!!
Parece que alguém está descendo uma ladeira um pouco rápido demais.
Talvez seja hora de pisar fundo nesses novos freios...
Antes que seja tarde demais...
Parece que alguém está descendo uma ladeira um pouco rápido demais.
Talvez seja hora de pisar fundo nesses novos freios...
Antes que seja tarde demais...
domingo, 26 de novembro de 2017
Luz da lua
O escritor mais ingrato de todos os tempos.
Escrevia penosamente sobre suas folhas já amareladas e envelhecidas.
Eram as únicas que tinha, porque, por ser tão ingrato, as deixava solitárias jazendo incontável tempo em uma gaveta trancada.
E nem ao menos havia um motivo para deixá-las tão protegidas, visto que, ainda que ele as pendurasse pelo teto e as espalhasse pela casa, não haveria ninguém interessado em lê-las.
O que torna ainda mais imperdoável sua ingratidão.
Mas, assim ele fazia. As deixava guardadas, morrendo, apodrecendo.
E, como o famoso cão arrependido, voltava a elas, apenas quando estava tudo por um fio.
Hidratando-as com suas lágrimas injustificadas.
Entretendo-as com as músicas que elas já ouviam desde que eram jovens.
Sempre as mesmas músicas, as mesmas que sempre coloca em sua velha radiola, quando está tudo por um fio.
Afogando-as em suas memórias, memórias que reaparecem em sua mente perturbada, quando está tudo por um fio.
E, após dar-se conta de que, por mais alto que escreva ninguém poderá ouvir, ele põe o ponto final e tranca novamente as pobres folhas.
Volta ao seu melancólico estado automático, onde o tempo passa como o vento de um tornado.
Até que a luz da lua venha o fazer escrever novamente.
Escrevia penosamente sobre suas folhas já amareladas e envelhecidas.
Eram as únicas que tinha, porque, por ser tão ingrato, as deixava solitárias jazendo incontável tempo em uma gaveta trancada.
E nem ao menos havia um motivo para deixá-las tão protegidas, visto que, ainda que ele as pendurasse pelo teto e as espalhasse pela casa, não haveria ninguém interessado em lê-las.
O que torna ainda mais imperdoável sua ingratidão.
Mas, assim ele fazia. As deixava guardadas, morrendo, apodrecendo.
E, como o famoso cão arrependido, voltava a elas, apenas quando estava tudo por um fio.
Hidratando-as com suas lágrimas injustificadas.
Entretendo-as com as músicas que elas já ouviam desde que eram jovens.
Sempre as mesmas músicas, as mesmas que sempre coloca em sua velha radiola, quando está tudo por um fio.
Afogando-as em suas memórias, memórias que reaparecem em sua mente perturbada, quando está tudo por um fio.
E, após dar-se conta de que, por mais alto que escreva ninguém poderá ouvir, ele põe o ponto final e tranca novamente as pobres folhas.
Volta ao seu melancólico estado automático, onde o tempo passa como o vento de um tornado.
Até que a luz da lua venha o fazer escrever novamente.
domingo, 12 de novembro de 2017
With diamonds
Nós mal nos conhecemos.
Mas, já compartilhamos algumas das memórias mais bonitas que eu tenho.
Ainda estamos tão distantes.
E o futuro, mesmo que muito próximo ainda é muito incerto.
Mas a roda da bicicleta segue girando.
O pedal agressivo e desajeitado gira insanamente os ponteiros do relógio.
E, flutuando por uma dimensão só nossa, nós vamos na garupa..
nos beijando..
Mas, já compartilhamos algumas das memórias mais bonitas que eu tenho.
Ainda estamos tão distantes.
E o futuro, mesmo que muito próximo ainda é muito incerto.
Mas a roda da bicicleta segue girando.
O pedal agressivo e desajeitado gira insanamente os ponteiros do relógio.
E, flutuando por uma dimensão só nossa, nós vamos na garupa..
nos beijando..
domingo, 17 de setembro de 2017
Ressaca
Não tenho dor de cabeça.
Minha ressaca é mental.
Se pessoas realmente gostam daquilo, então eu não sou uma pessoa.
Eu não sou de dar show.
Quando sinto que é a hora, eu não falo com ninguém.
Eu simplesmente vou.
Minha ressaca é mental.
Se pessoas realmente gostam daquilo, então eu não sou uma pessoa.
Eu não sou de dar show.
Quando sinto que é a hora, eu não falo com ninguém.
Eu simplesmente vou.
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
Aqui no futuro
Olá!
Daqui do futuro!
Aqui no futuro tudo é branco.
Tudo é cinza.
Monocromático.
Aqui no futuro, tudo é de ferro.
Eletrônico.
Automático.
O futuro fica aqui bem no alto.
Então a gente vê tudo aí no passado.
Só é uma pena daqui não poder atirar.
Não tem arma, nem bala, e não dá para comprar.
O dinheiro aqui não é vale nada, é só pra enfeitar.
Aqui no futuro é tudo branco, e está tudo em eterna queda livre.
Não há vento nem luz, mas é tudo branco.
Não há nada para ver nem sentir.
É tudo branco, mas não existe luz.
E não tem ninguém aqui.
Daqui do futuro!
Aqui no futuro tudo é branco.
Tudo é cinza.
Monocromático.
Aqui no futuro, tudo é de ferro.
Eletrônico.
Automático.
O futuro fica aqui bem no alto.
Então a gente vê tudo aí no passado.
Só é uma pena daqui não poder atirar.
Não tem arma, nem bala, e não dá para comprar.
O dinheiro aqui não é vale nada, é só pra enfeitar.
Aqui no futuro é tudo branco, e está tudo em eterna queda livre.
Não há vento nem luz, mas é tudo branco.
Não há nada para ver nem sentir.
É tudo branco, mas não existe luz.
E não tem ninguém aqui.
quinta-feira, 17 de agosto de 2017
No oceano de fezes, eu sou detergente!
Tudo bem, eu sou um idiota.
Eu trato as goiabas como se fossem outra espécie, não como iguais, e é por isto que jamais uma goiaba permitirá que eu a toque.
É claro que, eu também sou totalmente diferente do que as goiabas esperam.
E SIM! Existe um comportamento/visual padrão que as goiabas esperam!
Elas são meio que computadores SIM! Que seguem um certo protocolo e que podem ser acessadas se o operador conhecer esse protocolo.
Mas, nós também somos, e não há problema nenhum nisso.
Quero dizer, não "nós". Me referia aos humanos, não a mim.
Não posso me incluir como humano, não, não.
Eu já disse alguma vez que eu sou um idiota?
Mas, mesmo sem diferenciar, goiabas ou humanos..
Fato é que eu não sinto pertencimento.
Eu sou incapaz de pertencer.
Ou seja, eu não sou parte de nenhum grupo.
Eu nunca vou ser um membro de nada.
Eu nunca consigo tratar ninguém como igual, pois eu não me sinto igual a ninguém.
Eu sou o pedaço rasgado de papel.
O subproduto indesejável do éter.
O estilhaço de imã que jamais terá para onde voltar.
No oceano de fezes, eu sou detergente!
Eu vou apodrecer bem antes de morrer insano, podre, deslocado, vazio e sozinho.
Eu trato as goiabas como se fossem outra espécie, não como iguais, e é por isto que jamais uma goiaba permitirá que eu a toque.
É claro que, eu também sou totalmente diferente do que as goiabas esperam.
E SIM! Existe um comportamento/visual padrão que as goiabas esperam!
Elas são meio que computadores SIM! Que seguem um certo protocolo e que podem ser acessadas se o operador conhecer esse protocolo.
Mas, nós também somos, e não há problema nenhum nisso.
Quero dizer, não "nós". Me referia aos humanos, não a mim.
Não posso me incluir como humano, não, não.
Eu já disse alguma vez que eu sou um idiota?
Mas, mesmo sem diferenciar, goiabas ou humanos..
Fato é que eu não sinto pertencimento.
Eu sou incapaz de pertencer.
Ou seja, eu não sou parte de nenhum grupo.
Eu nunca vou ser um membro de nada.
Eu nunca consigo tratar ninguém como igual, pois eu não me sinto igual a ninguém.
Eu sou o pedaço rasgado de papel.
O subproduto indesejável do éter.
O estilhaço de imã que jamais terá para onde voltar.
No oceano de fezes, eu sou detergente!
Eu vou apodrecer bem antes de morrer insano, podre, deslocado, vazio e sozinho.
Culpa - A batata quente
É MUITO IMPORTANTE DEFINIR DE QUEM É A CULPA.
Não tem problema se nada funcionar.
Desde que se tenha consciência de que nós não somos os culpados.
Temos que jogar a culpa nos outros.
A coisa mais importante de todas é saber de quem é a culpa.
Afinal, se ~acidentalmente~ a culpa vier a ~erroneamente~ cair sobre nós... não.. isso é inadmissível! Não pode acontecer de forma alguma!
Que não seja tudo problema nosso!
Passa a bola um pouco para eles também!
A culpa é deles não nossa!
...
Ps: Este é um post sarcástico. Exceto o que vem depois dos três pontos, que não é sarcástico.
Os três pontos são como o muro do sarcasmo.
O sarcasmo acaba ali.
Eu sou um idiota. Isso não foi sarcástico.
A verdade é que eu estou muito cansado de tudo isso.
E isso não foi sarcástico.
Nada depois dos três pontos foi sarcástico, deu para entender bem isso? Fui claro o bastante?
Não tem problema se nada funcionar.
Desde que se tenha consciência de que nós não somos os culpados.
Temos que jogar a culpa nos outros.
A coisa mais importante de todas é saber de quem é a culpa.
Afinal, se ~acidentalmente~ a culpa vier a ~erroneamente~ cair sobre nós... não.. isso é inadmissível! Não pode acontecer de forma alguma!
Que não seja tudo problema nosso!
Passa a bola um pouco para eles também!
A culpa é deles não nossa!
...
Ps: Este é um post sarcástico. Exceto o que vem depois dos três pontos, que não é sarcástico.
Os três pontos são como o muro do sarcasmo.
O sarcasmo acaba ali.
Eu sou um idiota. Isso não foi sarcástico.
A verdade é que eu estou muito cansado de tudo isso.
E isso não foi sarcástico.
Nada depois dos três pontos foi sarcástico, deu para entender bem isso? Fui claro o bastante?
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
Ser humano
O andarilho se arrasta pelo seu infinito deserto.
E o pensamento em desistir ecoa pesadamente em sua cabeça.
Desistir de tudo.
E se unir às areias do deserto, em seus esplendorosos ventos.
Deixar que sua consciência se difunda em milhões de grãos voadores.
Até que a abstração atinja o infinito.
Libertando-o do querer e não ser - humano.
E o pensamento em desistir ecoa pesadamente em sua cabeça.
Desistir de tudo.
E se unir às areias do deserto, em seus esplendorosos ventos.
Deixar que sua consciência se difunda em milhões de grãos voadores.
Até que a abstração atinja o infinito.
Libertando-o do querer e não ser - humano.
sábado, 12 de agosto de 2017
Após
Procurando e procurando.
Sem saber o que está procurando.
Andando pesadamente com sentidos saturados e atenção ausente.
Todas as palavras já foram usadas.
Não há mais nada a ser dito.
Não há mais nenhum som.
Apenas o vento do deserto.
Sem saber o que está procurando.
Andando pesadamente com sentidos saturados e atenção ausente.
Todas as palavras já foram usadas.
Não há mais nada a ser dito.
Não há mais nenhum som.
Apenas o vento do deserto.
quinta-feira, 20 de julho de 2017
Xixi na calça -epílogo
Eu fiz xixi!
Xixi na calça!!
Que felicidade!
Os níveis F estão muito altos.
Em que planeta eu vivo?
Desculpem-me por eu ter que escrever isto de forma "criptografada", mas eu não poderia dizer literalmente.
Ou será que eu disse literalmente?
Xixi na calça?
Não acredito, guilherme, não acredito!
Em que planeta você vive?
Haha! Isso é tão inacreditável! Indizível! Individual!
Bem, eu contei pro mister Pharael, mas só para ele.
Eu tenho o meu universo só pra mim.
E de forna alguma isto é ruim.
O meu universo, só meu.
E agora que eu vou realmente começar a construir e viver nesse universo.
E finalmente eu estou aceitando isso tão bem.
Eu posso fazer xixi na calça no meu mundo se eu quiser, e ninguém vai sequer ficar sabendo, pois, simplesmente não existe ninguém aqui além de mim!
E, isso me dá uma sensação de preenchimento, completude.
EU sou completo.
Eu não sou mais vazio.
Não há mais aquele vazio por trás dos meus olhos.
Não.
Pois, o xixi na calça é como o Big Bang.
O momento da criação!
E aqui eu flutuo em meio ao plasma hiper quente e em ultra rápida expansão.
Hoje se inicia o universo do xixi na calça.
Xixi na calça!!
Que felicidade!
Os níveis F estão muito altos.
Em que planeta eu vivo?
Desculpem-me por eu ter que escrever isto de forma "criptografada", mas eu não poderia dizer literalmente.
Ou será que eu disse literalmente?
Xixi na calça?
Não acredito, guilherme, não acredito!
Em que planeta você vive?
Haha! Isso é tão inacreditável! Indizível! Individual!
Bem, eu contei pro mister Pharael, mas só para ele.
Eu tenho o meu universo só pra mim.
E de forna alguma isto é ruim.
O meu universo, só meu.
E agora que eu vou realmente começar a construir e viver nesse universo.
E finalmente eu estou aceitando isso tão bem.
Eu posso fazer xixi na calça no meu mundo se eu quiser, e ninguém vai sequer ficar sabendo, pois, simplesmente não existe ninguém aqui além de mim!
E, isso me dá uma sensação de preenchimento, completude.
EU sou completo.
Eu não sou mais vazio.
Não há mais aquele vazio por trás dos meus olhos.
Não.
Pois, o xixi na calça é como o Big Bang.
O momento da criação!
E aqui eu flutuo em meio ao plasma hiper quente e em ultra rápida expansão.
Hoje se inicia o universo do xixi na calça.
Xixi na calça -corpo
Hoje teve aquele xixi na calça! Legal demais, cara!
Hoje a gente descobriu que agenteSomos pessoas horríveis!
O "cara bonzinho", agenteSomos o "cara bonzinho".
Mas ela está terrivelmente certa.
Agora isto não faz mais diferença absolutamente nenhuma.
A oportunidade pessoal já acabou, agora é só ser o guilherme até o fim.
Agora é apenas deserto, deserto mesmo, MESMO!
Só areia pra todos os lados (O que não é ruim de forma alguma, pois minha mente está poderosa o suficiente para erguer toda uma civilização mental neste deserto!).
Pra sempre.
Ou, pelo menos até uma virada extremamente dramática nos eventos cotidianos.
Recomeçar uma vida do zero? Talvez em outra cidade? Com um emprego em outra área totalmente diferente?
Eu seria um bom entregador, daqueles que entregam coisas em bicicletas.
Começaria por aí.
Mas, não há necessidade de tanto extremismo.
Tudo vai acabar dando certo da forma convencional.
Hoje a gente descobriu que agenteSomos pessoas horríveis!
O "cara bonzinho", agenteSomos o "cara bonzinho".
Mas ela está terrivelmente certa.
Agora isto não faz mais diferença absolutamente nenhuma.
A oportunidade pessoal já acabou, agora é só ser o guilherme até o fim.
Agora é apenas deserto, deserto mesmo, MESMO!
Só areia pra todos os lados (O que não é ruim de forma alguma, pois minha mente está poderosa o suficiente para erguer toda uma civilização mental neste deserto!).
Pra sempre.
Ou, pelo menos até uma virada extremamente dramática nos eventos cotidianos.
Recomeçar uma vida do zero? Talvez em outra cidade? Com um emprego em outra área totalmente diferente?
Eu seria um bom entregador, daqueles que entregam coisas em bicicletas.
Começaria por aí.
Mas, não há necessidade de tanto extremismo.
Tudo vai acabar dando certo da forma convencional.
Xixi na calça -preâmbulo
Minha saúde física anda péssima, já faz mais ou menos um mês.
Provavelmente devido ao tempo frio dos últimos dias.
Passei uns dois fins de semana inutilizado por alergia, mais um com a garganta inflamada.
Hoje perdi completamente minha voz, não consigo dizer uma palavra.
Eu naturalmente já não sou de falar muito, mas é um tanto incômodo não poder dizer absolutamente nada. Parece que estou excessivamente preso dentro de mim, até mesmo para os meus padrões absurdamente altos de isolamento.
Pelo menos minha saúde mental anda tão bem quanto não andava há vários anos (ou talvez nunca).
Finalmente estou começando a ser produtivo, ter mais boas ideias, voltando a mexer com música, com projetos de eletrônica em casa.
É um processo absurdamente lento, mas está em progresso.
Meu individualismo ainda está muito extremo, mas, já saí umas duas vezes nos eventos do dia do Rock, pelo menos. Talvez também seja algo que esteja melhorando em uma velocidade muito abaixo da perceptível visualmente.
Bem, acho que escrevi este post mais porque precisava de me expressar de alguma forma, já que minha fala está completamente inacessível e as poucas pessoas com quem eu converso por escrita já provavelmente estão saturadas do meu papo furado.
Provavelmente devido ao tempo frio dos últimos dias.
Passei uns dois fins de semana inutilizado por alergia, mais um com a garganta inflamada.
Hoje perdi completamente minha voz, não consigo dizer uma palavra.
Eu naturalmente já não sou de falar muito, mas é um tanto incômodo não poder dizer absolutamente nada. Parece que estou excessivamente preso dentro de mim, até mesmo para os meus padrões absurdamente altos de isolamento.
Pelo menos minha saúde mental anda tão bem quanto não andava há vários anos (ou talvez nunca).
Finalmente estou começando a ser produtivo, ter mais boas ideias, voltando a mexer com música, com projetos de eletrônica em casa.
É um processo absurdamente lento, mas está em progresso.
Meu individualismo ainda está muito extremo, mas, já saí umas duas vezes nos eventos do dia do Rock, pelo menos. Talvez também seja algo que esteja melhorando em uma velocidade muito abaixo da perceptível visualmente.
Bem, acho que escrevi este post mais porque precisava de me expressar de alguma forma, já que minha fala está completamente inacessível e as poucas pessoas com quem eu converso por escrita já provavelmente estão saturadas do meu papo furado.
domingo, 2 de julho de 2017
Começo do recomeço
Este fim de semana eu tinha marcado de tocar umas músicas com um grande amigo e outros dois amigos dele.
Mas eu não fui.
A "desculpa oficial" foi a de que eu estava tendo mais um dos meus já clássicos devastadores ataques de alergia. E era verdade, eu estava mesmo. Mesmo que eu fosse um bom músico (E EU NÃO SOU MESMO!) seria difícil tocar com o meu nariz no estado em que estava, e eu não ia conseguir me divertir muito.
Mas, talvez não tenha sido esta a principal razão.
Essa semana eu passei muito tempo no estágio, pratiquei muito pouco com meu baixo.
Além de que meu psicológico ainda está quase completamente destruído, ainda há muito trabalho a fazer para ir juntando os pedaços.
Eu não me sinto preparado para tocar com mais gente, eu ainda nem conheço as escalas, e não combinamos nenhuma música específica, ia ser mais um "improviso" mesmo.
Eu ia só atrapalhar o som e a diversão dos caras.
Por outro lado, eu queria bastante ter ido. Por mais que eu seja péssimo, é sempre divertido tocar com o pessoal e eu sempre saio inspirado e com a cabeça a mil, por mais que passe por muita pressão. É uma forma muito eficaz de enfrentar e avançar sobre minhas barreiras psicológicas.
Tomara que hajam novas oportunidades, seria bom se, pelo menos dessa vez, uma decisão que eu tome em um momento difícil não destrua um futuro promissor.
Pelo menos, eu fiquei em casa, pude desfrutar bem da minha solidão, sem ficar triste por isso.
Dei umas voltas a pé pelo bairro, a procura de uma pizza!
Voltei a jogar jogos que eu jogava nos primeiros anos de vida.
Comecei a organizar vários arquivos antigos que eu tinha em um computador velho. Vou usar o espaço para fazer uns ajustes no computador que eu uso atualmente. Pretendo, assim, avançar nos meus conhecimentos sobre programação e eletrônica.
Estranho foi a forma com que comecei o dia de hoje. Estranho, e talvez um pouco triste.
Bem, eu não sei porque, mas eu sonhei com a Fênix. Eu juro que estava fazendo um bom trabalho me isolando dela! Nem estava entrando em redes sociais onde a imagem dela poderia aparecer!
Não sei porque minha mente resolveu ressuscitar este tema sem o meu consentimento.
No sonho, nós caminhávamos por um lugar (que eu não me lembro bem os detalhes, mas parecia ser a faculdade, mesmo) e a cada vez que chegávamos em uma bifurcação, nos despedíamos, nos abraçávamos longamente, porém, depois acabávamos seguindo pelo mesmo caminho (como realmente fizemos algumas vezes pela faculdade, na época em que ainda conversávamos), e fizemos isto várias e várias vezes, só caminhando e jogando conversa fora.
Foi triste, porque o sonho parecia tão real.
Enfim, assim está sendo o começo do recomeço.
Ainda não estou conversando quase nada com os amigos que eu abandonei durante os últimos anos.
Ainda não voltei para aquele aplicativo do desespero afetivo (haha!), na verdade, nem passa pela minha cabeça a possibilidade de conhecer alguém novo tão cedo (e nem tenho vontade).
Ainda não estou cuidando de mim mesmo da maneira certa.
Estou passando meu tempo sozinho, revivendo antigos hábitos e interesses, organizando minhas coisas.
Reconstrução.
Este é o momento de ter paciência com si mesmo.
Aos poucos o gelo vai derretendo.
Não dá para simplesmente sair da câmara criogênica e esperar que a vida te preencha plenamente de um segundo pro outro.
Vai levar um tempinho, mas aos poucos eu vou colocando as coisas no lugar!
Mas eu não fui.
A "desculpa oficial" foi a de que eu estava tendo mais um dos meus já clássicos devastadores ataques de alergia. E era verdade, eu estava mesmo. Mesmo que eu fosse um bom músico (E EU NÃO SOU MESMO!) seria difícil tocar com o meu nariz no estado em que estava, e eu não ia conseguir me divertir muito.
Mas, talvez não tenha sido esta a principal razão.
Essa semana eu passei muito tempo no estágio, pratiquei muito pouco com meu baixo.
Além de que meu psicológico ainda está quase completamente destruído, ainda há muito trabalho a fazer para ir juntando os pedaços.
Eu não me sinto preparado para tocar com mais gente, eu ainda nem conheço as escalas, e não combinamos nenhuma música específica, ia ser mais um "improviso" mesmo.
Eu ia só atrapalhar o som e a diversão dos caras.
Por outro lado, eu queria bastante ter ido. Por mais que eu seja péssimo, é sempre divertido tocar com o pessoal e eu sempre saio inspirado e com a cabeça a mil, por mais que passe por muita pressão. É uma forma muito eficaz de enfrentar e avançar sobre minhas barreiras psicológicas.
Tomara que hajam novas oportunidades, seria bom se, pelo menos dessa vez, uma decisão que eu tome em um momento difícil não destrua um futuro promissor.
Pelo menos, eu fiquei em casa, pude desfrutar bem da minha solidão, sem ficar triste por isso.
Dei umas voltas a pé pelo bairro, a procura de uma pizza!
Voltei a jogar jogos que eu jogava nos primeiros anos de vida.
Comecei a organizar vários arquivos antigos que eu tinha em um computador velho. Vou usar o espaço para fazer uns ajustes no computador que eu uso atualmente. Pretendo, assim, avançar nos meus conhecimentos sobre programação e eletrônica.
Estranho foi a forma com que comecei o dia de hoje. Estranho, e talvez um pouco triste.
Bem, eu não sei porque, mas eu sonhei com a Fênix. Eu juro que estava fazendo um bom trabalho me isolando dela! Nem estava entrando em redes sociais onde a imagem dela poderia aparecer!
Não sei porque minha mente resolveu ressuscitar este tema sem o meu consentimento.
No sonho, nós caminhávamos por um lugar (que eu não me lembro bem os detalhes, mas parecia ser a faculdade, mesmo) e a cada vez que chegávamos em uma bifurcação, nos despedíamos, nos abraçávamos longamente, porém, depois acabávamos seguindo pelo mesmo caminho (como realmente fizemos algumas vezes pela faculdade, na época em que ainda conversávamos), e fizemos isto várias e várias vezes, só caminhando e jogando conversa fora.
Foi triste, porque o sonho parecia tão real.
Enfim, assim está sendo o começo do recomeço.
Ainda não estou conversando quase nada com os amigos que eu abandonei durante os últimos anos.
Ainda não voltei para aquele aplicativo do desespero afetivo (haha!), na verdade, nem passa pela minha cabeça a possibilidade de conhecer alguém novo tão cedo (e nem tenho vontade).
Ainda não estou cuidando de mim mesmo da maneira certa.
Estou passando meu tempo sozinho, revivendo antigos hábitos e interesses, organizando minhas coisas.
Reconstrução.
Este é o momento de ter paciência com si mesmo.
Aos poucos o gelo vai derretendo.
Não dá para simplesmente sair da câmara criogênica e esperar que a vida te preencha plenamente de um segundo pro outro.
Vai levar um tempinho, mas aos poucos eu vou colocando as coisas no lugar!
quarta-feira, 28 de junho de 2017
O recomeço
Agora é recomeçar tudo do zero.
Como se eu tivesse acordando de um sono que tivesse durado os últimos 8 anos.
As coisas vão melhorar, muito.
Mas, não vai ser da noite pro dia.
Vai demorar um tempinho ainda.
No momento, eu não estou animado para pessoas.
Não estou interagindo com quase ninguém.
Não estou interagindo muito nas redes sociais.
Não estou animado para sair e fazer quase nada.
Estou me dedicando quase 100% ao estágio, que ficou tão abandonado nesse semestre.
Mas, isto deve durar uma ou duas semanas no máximo.
Minha mente ainda mostra traços dos gravíssimos danos causados pelos últimos anos.
Mas, aos poucos eu sei que tudo vai melhorar.
Meu corpo e minha mente vão se reconstruindo das ruínas.
Vou juntando os pedaços, remendando.
Provavelmente, jamais terei uma mente saudável, mas aos poucos eu vou melhorando e evoluindo.
Como se eu tivesse acordando de um sono que tivesse durado os últimos 8 anos.
As coisas vão melhorar, muito.
Mas, não vai ser da noite pro dia.
Vai demorar um tempinho ainda.
No momento, eu não estou animado para pessoas.
Não estou interagindo com quase ninguém.
Não estou interagindo muito nas redes sociais.
Não estou animado para sair e fazer quase nada.
Estou me dedicando quase 100% ao estágio, que ficou tão abandonado nesse semestre.
Mas, isto deve durar uma ou duas semanas no máximo.
Minha mente ainda mostra traços dos gravíssimos danos causados pelos últimos anos.
Mas, aos poucos eu sei que tudo vai melhorar.
Meu corpo e minha mente vão se reconstruindo das ruínas.
Vou juntando os pedaços, remendando.
Provavelmente, jamais terei uma mente saudável, mas aos poucos eu vou melhorando e evoluindo.
sexta-feira, 23 de junho de 2017
FINALMENTE O FIM
Finalmente o fim de mais uma fase na minha vida.
TCC apresentado.
Tudo correu muito bem!
Foi um trabalho que realmente exigiu demais, tanto de mim quanto do meu grupo.
Tivemos que fazer uitos sacrifícios pra deixar tudo em ordem.
Com certeza poderia ter ficado muito melhor.
Mas, deu certo!
E agora, chegamos ao fim desta tão longa caminhada!
TCC apresentado.
Tudo correu muito bem!
Foi um trabalho que realmente exigiu demais, tanto de mim quanto do meu grupo.
Tivemos que fazer uitos sacrifícios pra deixar tudo em ordem.
Com certeza poderia ter ficado muito melhor.
Mas, deu certo!
E agora, chegamos ao fim desta tão longa caminhada!
domingo, 11 de junho de 2017
Medíocreas
É difícil de acreditar como quase tudo que eu faço dá errado.
Por um motivo, ou por outro.
Não importa se é algo pessoal, ou profissional.
Sei lá, talvez eu realmente esteja escrevendo besteira.
Mas, estou me sentindo o pequeno pedaço de fezes que viajou pelo espaço e bateu na janela.
Hoje eu fiquei o dia todo lutando inutilmente contra algo que não deu resultado quase nenhum.
Estou exausto e é um domingo à noite.
E tenho um artigo para escrever.
Parece que minha cabeça está em chamas e vai explodir a qualquer momento.
Por um motivo, ou por outro.
Não importa se é algo pessoal, ou profissional.
Sei lá, talvez eu realmente esteja escrevendo besteira.
Mas, estou me sentindo o pequeno pedaço de fezes que viajou pelo espaço e bateu na janela.
Hoje eu fiquei o dia todo lutando inutilmente contra algo que não deu resultado quase nenhum.
Estou exausto e é um domingo à noite.
E tenho um artigo para escrever.
Parece que minha cabeça está em chamas e vai explodir a qualquer momento.
quarta-feira, 7 de junho de 2017
O guardião
O andarilho estava sendo consumido pela vontade de ver a Fênix, nem que fosse pela última vez, para se despedir.
Ele chegou próximo ao portal que permitiria algum contato com o universo real.
Mas, lá estava o guardião, a olhar para o andarilho.
O guardião protegia a Fênix.
Sua presença deixava claro que, daquele ponto, o andarilho não poderia passar.
Por três vezes o andarilho se aproximou.
Mas, alguns seres simplesmente não tem direito à existência plena.
Não há a mínima chance de o andarilho atravessar o portal.
Não há a mínima chance de o andarilho poder ver a Fênix.
Este é o fim.
O andarilho então dá meia volta e continua sua caminhada sem fim pelo universo infinito e absolutamente vazio do deserto.
Ele chegou próximo ao portal que permitiria algum contato com o universo real.
Mas, lá estava o guardião, a olhar para o andarilho.
O guardião protegia a Fênix.
Sua presença deixava claro que, daquele ponto, o andarilho não poderia passar.
Por três vezes o andarilho se aproximou.
Mas, alguns seres simplesmente não tem direito à existência plena.
Não há a mínima chance de o andarilho atravessar o portal.
Não há a mínima chance de o andarilho poder ver a Fênix.
Este é o fim.
O andarilho então dá meia volta e continua sua caminhada sem fim pelo universo infinito e absolutamente vazio do deserto.
domingo, 4 de junho de 2017
Os outros
Obrigado por vir, nominador da moita.
Os outros não vieram.
Nem sequer disseram que não viriam.
Só não vieram.
Por isso não existe motivação.
Os outros não vieram.
Nem sequer disseram que não viriam.
Só não vieram.
Por isso não existe motivação.
quinta-feira, 1 de junho de 2017
Falta
Eis que, de tempos em tempos, sua imagem preenche minha mente.
E os ratos que tenho dentro de mim, roem minhas vísceras, evidenciando o meu vazio, vácuo interior que me compõe como apenas uma fina casca seca e sem vida.
Como você faz falta.
Passo na frente da sala e lá está você, linda.
Distraída, conversando com pessoas de verdade.
O quão desesperadamente eu queria pelo menos te abraçar e te dizer um "oi".
Não ouso entrar, nem te chamar.
Talvez porque não exista nada em meu interior, e este nada é incapaz de fazer este tipo de coisa, explicando corretamente o porquê de eu ser tão só.
Mas, ainda, é um nada que é capaz de sentir a sua falta.
E como você faz falta.
Imerso em lembranças e pensamentos a seu respeito, suavemente abandono minha consciência.
Me permito sonhar um pouco antes de ir dormir.
Enquanto meus terríveis sistemas de proteção de integridade mental vão corroendo e destruindo minha mente até abafar tal vontade tão inconcebível.
Espero poder te ver antes que nossa convivência acabe definitivamente.
Tomara que eu possa ao menos te dizer adeus.
E os ratos que tenho dentro de mim, roem minhas vísceras, evidenciando o meu vazio, vácuo interior que me compõe como apenas uma fina casca seca e sem vida.
Como você faz falta.
Passo na frente da sala e lá está você, linda.
Distraída, conversando com pessoas de verdade.
O quão desesperadamente eu queria pelo menos te abraçar e te dizer um "oi".
Não ouso entrar, nem te chamar.
Talvez porque não exista nada em meu interior, e este nada é incapaz de fazer este tipo de coisa, explicando corretamente o porquê de eu ser tão só.
Mas, ainda, é um nada que é capaz de sentir a sua falta.
E como você faz falta.
Imerso em lembranças e pensamentos a seu respeito, suavemente abandono minha consciência.
Me permito sonhar um pouco antes de ir dormir.
Enquanto meus terríveis sistemas de proteção de integridade mental vão corroendo e destruindo minha mente até abafar tal vontade tão inconcebível.
Espero poder te ver antes que nossa convivência acabe definitivamente.
Tomara que eu possa ao menos te dizer adeus.
quarta-feira, 31 de maio de 2017
A última aula do Chico
Eu acabei de chegar da última aula do meu curso de um dos professores mais importantes que eu tive na vida: o professor Chico.
Hoje, mais cedo, ele me enviou uma mensagem me parabenizando por ter tirado nota máxima na primeira prova da matéria.
Durante meu curso de Engenharia, eu tive aula com o Chico em quatro matérias, e em todas elas, cada aula era uma imensa motivação para continuar estudando. É muito raro encontrarmos pessoas que fazem tão bem o seu trabalho como o Chico.
Creio que são poucos os meus colegas que concordariam comigo nesse ponto. Infelizmente, as pessoas buscam um caminho fácil, querendo simplesmente passar e ficar livre das matérias, sem dar a devida dedicação, e o Chico, da mesma forma que discutia os conteúdos muito bem, e com incríveis profundidade e riqueza de detalhes, também cobrava irredutivelmente esses conteúdos.
O Chico nem sequer será um dos tantos professores homenageados na nossa cerimônia de formatura, o que é realmente uma pena.
Mas, que aqui fique registrado, quase que anonimamente ou até mesmo inexistentemente, a minha homenagem e agradecimento a este notável professor que aumentou ainda mais o meu interesse e curiosidade na área da Engenharia Eletrônica!
Hoje, mais cedo, ele me enviou uma mensagem me parabenizando por ter tirado nota máxima na primeira prova da matéria.
Durante meu curso de Engenharia, eu tive aula com o Chico em quatro matérias, e em todas elas, cada aula era uma imensa motivação para continuar estudando. É muito raro encontrarmos pessoas que fazem tão bem o seu trabalho como o Chico.
Creio que são poucos os meus colegas que concordariam comigo nesse ponto. Infelizmente, as pessoas buscam um caminho fácil, querendo simplesmente passar e ficar livre das matérias, sem dar a devida dedicação, e o Chico, da mesma forma que discutia os conteúdos muito bem, e com incríveis profundidade e riqueza de detalhes, também cobrava irredutivelmente esses conteúdos.
O Chico nem sequer será um dos tantos professores homenageados na nossa cerimônia de formatura, o que é realmente uma pena.
Mas, que aqui fique registrado, quase que anonimamente ou até mesmo inexistentemente, a minha homenagem e agradecimento a este notável professor que aumentou ainda mais o meu interesse e curiosidade na área da Engenharia Eletrônica!
quarta-feira, 24 de maio de 2017
Últimas vezes
Eis que vão chegando as últimas vezes.
Hoje talvez tenha sido a última vez que eu tenha apresentado um trabalho em uma feira técnica.
E, como em todas as outras feiras, o trabalho ficou apenas parcialmente pronto, e ainda assim, nos últimos minutos antes do evento.
Eu estava extremamente animado com este projeto no início.
Mas, passei por alguns momentos psicológicos extremamente complicados.
Durante a maior parte do tempo, eu fiquei correndo em círculos, procurando por mim mesmo que eu acho que nunca vou achar.
De qualquer forma, ali estava o trabalho, que eu fiz com meus colegas e amigos, e que jamais seria possível sem eles.
E este trabalho ainda será aperfeiçoado por um mês antes da apresentação final.
E daí para frente, tudo será como a glicose após a insulina.
O fim.
PS: E no fim do trabalho, a Fênix dá uma última sobrevoada, para garantir que sua imagem ficará pregada na cabeça de quem anda sempre só.
Hoje talvez tenha sido a última vez que eu tenha apresentado um trabalho em uma feira técnica.
E, como em todas as outras feiras, o trabalho ficou apenas parcialmente pronto, e ainda assim, nos últimos minutos antes do evento.
Eu estava extremamente animado com este projeto no início.
Mas, passei por alguns momentos psicológicos extremamente complicados.
Durante a maior parte do tempo, eu fiquei correndo em círculos, procurando por mim mesmo que eu acho que nunca vou achar.
De qualquer forma, ali estava o trabalho, que eu fiz com meus colegas e amigos, e que jamais seria possível sem eles.
E este trabalho ainda será aperfeiçoado por um mês antes da apresentação final.
E daí para frente, tudo será como a glicose após a insulina.
O fim.
PS: E no fim do trabalho, a Fênix dá uma última sobrevoada, para garantir que sua imagem ficará pregada na cabeça de quem anda sempre só.
terça-feira, 16 de maio de 2017
Moitinha
Hoje eu me safei de duas apresentações para as quais eu não estava preparado.
Só não me safei da Fênix.
Abismo.
Minha vivência ocorre totalmente dentro de uma dimensão paralela que foi sugada por um buraco negro.
Mas, tá acabando.
Logo chegará a hora de algumas mudanças muito radicais.
Só não me safei da Fênix.
Abismo.
Minha vivência ocorre totalmente dentro de uma dimensão paralela que foi sugada por um buraco negro.
Mas, tá acabando.
Logo chegará a hora de algumas mudanças muito radicais.
segunda-feira, 8 de maio de 2017
Pâncreas de ferro congelado
Nada realmente justifica algumas decisões que andamos tomando.
Colocando as pessoas mais queridas em segundo lugar.
Deixando de lado celebrações que deviam ser a motivação máxima da vida.
Sucumbindo ao mundo profissional/acadêmico frio, preto e branco de concreto.
Frieza, negligência interpessoal.
Abandono dos amigos e abandono a si próprio.
É o desamor pleno.
Vida inválida.
Temos que garantir com o máximo de certeza possível que isso realmente seja uma condição passageira.
Que assim que a maldição desmotivadora acabar (daqui a pouco mais de um mês), esse abandono próprio e geral, absoluto, cesse.
Ainda assim, torcendo para que não seja tarde demais para compensar o tempo perdido.
Colocando as pessoas mais queridas em segundo lugar.
Deixando de lado celebrações que deviam ser a motivação máxima da vida.
Sucumbindo ao mundo profissional/acadêmico frio, preto e branco de concreto.
Frieza, negligência interpessoal.
Abandono dos amigos e abandono a si próprio.
É o desamor pleno.
Vida inválida.
Temos que garantir com o máximo de certeza possível que isso realmente seja uma condição passageira.
Que assim que a maldição desmotivadora acabar (daqui a pouco mais de um mês), esse abandono próprio e geral, absoluto, cesse.
Ainda assim, torcendo para que não seja tarde demais para compensar o tempo perdido.
sexta-feira, 28 de abril de 2017
Aira
Eu estava bastante pensativo, e um tanto quanto triste hoje.
Pensava sobre a minha vida e a engenharia em geral.
Quero dizer, desde criança eu sempre fui encantado pela engenharia, desenvolvimento, criar novas coisas.
Porém, hoje, quando efetivamente trabalho com a área, profissionalmente, há alguns aspectos que entram muito em conflito com valores que eu tenho para mim.
Não posso demorar muito mais aqui mas, resumidamente, hoje eu pensava principalmente sobre duas coisas:
- O fato de algumas coisas que eu venha a criar possam tirar o emprego de outras pessoas.
- Algumas pessoas com quem trabalhamos em conjunto na área: chefes, clientes, etc, essas pessoas tendem a ser tão esmagadoramente negativas, arrogantes, estressadas, desrespeitosas. Creio até que chegam a trabalhar de forma anti ética com as pessoas, considerando-as apenas peças insignificantes do sistema de produção, sejam elas funcionários, provedores de serviço, etc.
Bem, pelo menos em relação ao segundo ponto, nossa querida Aira nos tranquilizou um pouco. Isto é, em sua infinita ignorância, ela mostrou que, não é só na engenharia que encontramos pessoas difíceis assim. Pelo jeito dela, ela certamente não chega nem perto de qualquer coisa que seja concreta ou exata neste mundo, mas ainda assim, se mostrou ser o mais amargo e intragável dos chocolates aerados.
Obrigado, Aira, por incrível que pareça, você facilitou um bocado as coisas na minha mente.
Que Pancroteia ilumine nossos caminhos!
Pensava sobre a minha vida e a engenharia em geral.
Quero dizer, desde criança eu sempre fui encantado pela engenharia, desenvolvimento, criar novas coisas.
Porém, hoje, quando efetivamente trabalho com a área, profissionalmente, há alguns aspectos que entram muito em conflito com valores que eu tenho para mim.
Não posso demorar muito mais aqui mas, resumidamente, hoje eu pensava principalmente sobre duas coisas:
- O fato de algumas coisas que eu venha a criar possam tirar o emprego de outras pessoas.
- Algumas pessoas com quem trabalhamos em conjunto na área: chefes, clientes, etc, essas pessoas tendem a ser tão esmagadoramente negativas, arrogantes, estressadas, desrespeitosas. Creio até que chegam a trabalhar de forma anti ética com as pessoas, considerando-as apenas peças insignificantes do sistema de produção, sejam elas funcionários, provedores de serviço, etc.
Bem, pelo menos em relação ao segundo ponto, nossa querida Aira nos tranquilizou um pouco. Isto é, em sua infinita ignorância, ela mostrou que, não é só na engenharia que encontramos pessoas difíceis assim. Pelo jeito dela, ela certamente não chega nem perto de qualquer coisa que seja concreta ou exata neste mundo, mas ainda assim, se mostrou ser o mais amargo e intragável dos chocolates aerados.
Obrigado, Aira, por incrível que pareça, você facilitou um bocado as coisas na minha mente.
Que Pancroteia ilumine nossos caminhos!
domingo, 23 de abril de 2017
Forjado incapaz
Preciso de ajuda.
O que fazer quando você tem alguma coisa bastante complicada e super importante para entregar em um curtíssimo prazo e não tem sequer a mínima motivação para fazer?
Não consigo olhar para a tela do meu computador por 2 minutos ininterruptos.
Como eu queria poder estar em um lugar calmo e silencioso.
Por mais que eu esteja trancado no quarto, a barulheira que vem de fora faz doer minha cabeça.
Como eu queria que tivesse alguém aqui, nem que seja para me dar um chute se eu não evoluísse esse trem logo.
Mas neste deserto, eu vejo apenas areia para todas as direções até a infinitamente distante linha do horizonte.
Eu preciso de ajuda, mas, nem eu mesmo sou capaz de me ajudar.
Eu não sei o que fazer..
O que fazer quando você tem alguma coisa bastante complicada e super importante para entregar em um curtíssimo prazo e não tem sequer a mínima motivação para fazer?
Não consigo olhar para a tela do meu computador por 2 minutos ininterruptos.
Como eu queria poder estar em um lugar calmo e silencioso.
Por mais que eu esteja trancado no quarto, a barulheira que vem de fora faz doer minha cabeça.
Como eu queria que tivesse alguém aqui, nem que seja para me dar um chute se eu não evoluísse esse trem logo.
Mas neste deserto, eu vejo apenas areia para todas as direções até a infinitamente distante linha do horizonte.
Eu preciso de ajuda, mas, nem eu mesmo sou capaz de me ajudar.
Eu não sei o que fazer..
A maçã podre
Eu também estou com uma maçã podre enfiada em minha carne.
Igual ao pobre Gregor.
Tudo ficou tão melhor depois que ele se foi, coitado.
E a maçã na minha carne vai apodrecendo cada vez mais, corroendo minha carne, minha alma.
A esse ponto eu não sei mais o que é meu cérebro e o que é uma lasanha estragada. Por segurança, joguei os dois fora, porque lasanha estragada até que dá pra comer, no pior dos casos você pega uma diarreia, ou infecção intestinal, nada grave.
Mas, meu cérebro é algo que realmente não é bom chegar nem perto agora.
É pior que arma.
Pior que raio.
Pior que cama elástica que se quebra.
Pior que a vida.
Pior que 3 fins de semana perdidos.
Aquele momento em que o fim parece ser um ponto de som e luz e todo o resto parece ser uma esfera negra, silenciosa e dominante,
Não há som nem luz, exceto pelos emitidos pelo fim, aquele ponto de som e luz.
Codificado com alta taxa de compressão e diversos dispositivos altamente eficientes para correção de erros durante a transmissão.
Muitas coisas deram terrivelmente errado nesses últimos 5 anos.
Quero dizer, o processo normalmente já deve ser difícil com as coisas dando certo.
Mas, com elas dando tão errado, eu nem sei como foi possível chegar até aqui.
E não, não tinha necessidade de dar tão errado.
Ok, eu não vou ficar reclamando.
Mas, a motivação se foi.
Muita coisa se foi, e foram tantas reconstruções a partir de ruínas.
É pegar uma casa, destruir, construir de novo usando apenas o material que foi demolido.
E repetir o processo, repetir de novo, repetir de novo.
A casa está lá, mas está construída de pó compactado, madeira colada com fita adesiva, restos.
A maçã podre.
Não podemos exigir muito de mim.
E não tem ninguém que vai me dizer pra eu segurar firme, que tudo vai dar certo.
E eu já me acostumei com isso, não faz mal nenhum.
Não, não vai ficar bom, mas vai ter que sair.
Alguma coisa vai ter que sair.
Por mais que a mediocridade atinja o infinito.
Não é significante, pois, tudo, na verdade, está além daquele ponto.
O ponto de som e luz.
A maçã podre.
O fim.
Igual ao pobre Gregor.
Tudo ficou tão melhor depois que ele se foi, coitado.
E a maçã na minha carne vai apodrecendo cada vez mais, corroendo minha carne, minha alma.
A esse ponto eu não sei mais o que é meu cérebro e o que é uma lasanha estragada. Por segurança, joguei os dois fora, porque lasanha estragada até que dá pra comer, no pior dos casos você pega uma diarreia, ou infecção intestinal, nada grave.
Mas, meu cérebro é algo que realmente não é bom chegar nem perto agora.
É pior que arma.
Pior que raio.
Pior que cama elástica que se quebra.
Pior que a vida.
Pior que 3 fins de semana perdidos.
Aquele momento em que o fim parece ser um ponto de som e luz e todo o resto parece ser uma esfera negra, silenciosa e dominante,
Não há som nem luz, exceto pelos emitidos pelo fim, aquele ponto de som e luz.
Codificado com alta taxa de compressão e diversos dispositivos altamente eficientes para correção de erros durante a transmissão.
Muitas coisas deram terrivelmente errado nesses últimos 5 anos.
Quero dizer, o processo normalmente já deve ser difícil com as coisas dando certo.
Mas, com elas dando tão errado, eu nem sei como foi possível chegar até aqui.
E não, não tinha necessidade de dar tão errado.
Ok, eu não vou ficar reclamando.
Mas, a motivação se foi.
Muita coisa se foi, e foram tantas reconstruções a partir de ruínas.
É pegar uma casa, destruir, construir de novo usando apenas o material que foi demolido.
E repetir o processo, repetir de novo, repetir de novo.
A casa está lá, mas está construída de pó compactado, madeira colada com fita adesiva, restos.
A maçã podre.
Não podemos exigir muito de mim.
E não tem ninguém que vai me dizer pra eu segurar firme, que tudo vai dar certo.
E eu já me acostumei com isso, não faz mal nenhum.
Não, não vai ficar bom, mas vai ter que sair.
Alguma coisa vai ter que sair.
Por mais que a mediocridade atinja o infinito.
Não é significante, pois, tudo, na verdade, está além daquele ponto.
O ponto de som e luz.
A maçã podre.
O fim.
sexta-feira, 21 de abril de 2017
Sobrenaturalidade
O meu ceticismo sobre as coisas sobrenaturais não é capaz de me proteger delas.
Hoje mais cedo, conversava com meus colegas de trabalho sobre um desenho animado muito bom e que eu me identificava muito com o protagonista que tinha uma paixão tão intensa com uma certa princesa Bubblegum que não dava bola para ele.
Um deles me perguntou "quem era a minha princesa Bubblegum" e, assim, a imagem vívida da Fênix revisitou e aqueceu minha mente após tanto tempo.
Eu apenas disse que não era ninguém e ficou por isso mesmo.
Mais tarde, andando pelos jardins da faculdade, eis que a vejo, majestosa ave a pairar por entre as árvores, tão bela. Olho para o outro lado e aperto o passo. Já estou atrasado, tomara que ela não tenha me visto. Tudo está indo tão "bem", não é hora de perder a cabeça.
Após a primeira aula, quase no fim do intervalo, eu me reunia com colegas para discutir o trabalho que apresentaríamos na próxima aula quando, de repente aparece na porta a criatura de blusa de frio (como sempre), óculos, longos cabelos levemente avermelhados, sorrindo, acenando para mim. Quase como se dissesse "Ei! Eu queria conversar um pouco com você, mas parece que você está meio ocupado agora, talvez seja melhor depois". Eu sorrio e aceno de volta e ela vai embora.
É claro que ela não queria dizer nada. Estava procurando alguma outra pessoa e não encontrou, só isso.
Todo o resto é apenas a criação de uma mente inaceitavelmente perturbada e irrecuperavelmente danificada.
Isso se é que ela de fato apareceu naquela porta, ou naquele jardim. Talvez ela nem sequer exista.
Não sei se isso seria pior ou melhor.
Talvez seja apenas mais uma das tantas sobrenaturalidades, que eu renego tão indiferentemente e que me perseguem tão insistentemente.
Hoje mais cedo, conversava com meus colegas de trabalho sobre um desenho animado muito bom e que eu me identificava muito com o protagonista que tinha uma paixão tão intensa com uma certa princesa Bubblegum que não dava bola para ele.
Um deles me perguntou "quem era a minha princesa Bubblegum" e, assim, a imagem vívida da Fênix revisitou e aqueceu minha mente após tanto tempo.
Eu apenas disse que não era ninguém e ficou por isso mesmo.
Mais tarde, andando pelos jardins da faculdade, eis que a vejo, majestosa ave a pairar por entre as árvores, tão bela. Olho para o outro lado e aperto o passo. Já estou atrasado, tomara que ela não tenha me visto. Tudo está indo tão "bem", não é hora de perder a cabeça.
Após a primeira aula, quase no fim do intervalo, eu me reunia com colegas para discutir o trabalho que apresentaríamos na próxima aula quando, de repente aparece na porta a criatura de blusa de frio (como sempre), óculos, longos cabelos levemente avermelhados, sorrindo, acenando para mim. Quase como se dissesse "Ei! Eu queria conversar um pouco com você, mas parece que você está meio ocupado agora, talvez seja melhor depois". Eu sorrio e aceno de volta e ela vai embora.
É claro que ela não queria dizer nada. Estava procurando alguma outra pessoa e não encontrou, só isso.
Todo o resto é apenas a criação de uma mente inaceitavelmente perturbada e irrecuperavelmente danificada.
Isso se é que ela de fato apareceu naquela porta, ou naquele jardim. Talvez ela nem sequer exista.
Não sei se isso seria pior ou melhor.
Talvez seja apenas mais uma das tantas sobrenaturalidades, que eu renego tão indiferentemente e que me perseguem tão insistentemente.
domingo, 9 de abril de 2017
2 meses e meio!
A pressão aumentando.
E a decisão pesando.
A vida chamando.
O andarilho congelado move os olhos rapidamente.
Inconsciente.
Trincando o gelo de suas pálpebras.
A contagem regressiva vai regressando.
O Pâncreas vai defecando.
Auto defecando.
As fezes caem em si.
As fezes voam e formam o show espetacular no céu.
Onde não existe aurora.
Onde não existe a luz.
Onde não existem os olhos.
Onde não existe o toque.
Onde não existe pensamento.
Onde não existe sentimento.
Onde não existe o calor.
Onde não existe a humanidade.
O show é bizarro, sinistro.
O show é de fezes.
O show é espetacular no céu.
É o show de fezes a voar, flutuar e bailar.
E tudo vai se espremendo.
As paredes vão se aproximando cada vez mais.
Retorcidas.
Distorcidas.
Errôneas.
Agressivas.
O gelo cortante e agressivo.
Dominante.
Esmagador!
2 meses e meio!
Ei!
Ei!! acorda!!
Falta só mais 2 meses e meio!
Aguente firme!
Fique aqui comigo!
Não, não vá embora!
Ei andarilho! Quantos dedos tem aqui?
Das nuvens vejo o solo ao meu encontro.
Sei que estou fazendo tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Mas, tudo bem, não pegue tão pesado consigo mesmo.
Aguente firme!
2 meses e meio!
E a decisão pesando.
A vida chamando.
O andarilho congelado move os olhos rapidamente.
Inconsciente.
Trincando o gelo de suas pálpebras.
A contagem regressiva vai regressando.
O Pâncreas vai defecando.
Auto defecando.
As fezes caem em si.
As fezes voam e formam o show espetacular no céu.
Onde não existe aurora.
Onde não existe a luz.
Onde não existem os olhos.
Onde não existe o toque.
Onde não existe pensamento.
Onde não existe sentimento.
Onde não existe o calor.
Onde não existe a humanidade.
O show é bizarro, sinistro.
O show é de fezes.
O show é espetacular no céu.
É o show de fezes a voar, flutuar e bailar.
E tudo vai se espremendo.
As paredes vão se aproximando cada vez mais.
Retorcidas.
Distorcidas.
Errôneas.
Agressivas.
O gelo cortante e agressivo.
Dominante.
Esmagador!
2 meses e meio!
Ei!
Ei!! acorda!!
Falta só mais 2 meses e meio!
Aguente firme!
Fique aqui comigo!
Não, não vá embora!
Ei andarilho! Quantos dedos tem aqui?
Das nuvens vejo o solo ao meu encontro.
Sei que estou fazendo tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Tudo errado.
Mas, tudo bem, não pegue tão pesado consigo mesmo.
Aguente firme!
2 meses e meio!
terça-feira, 4 de abril de 2017
Harmonia fecal em câmera lenta
Algumas coisas, quando vão chegando perto do fim, vão se alongando.
É como se, a proximidade do momento final fosse distorcendo o tecido do tempo, expandindo-o.
Até que chega o momento em que tudo anda em câmera lenta.
A beleza das fezes flutuando no ar.
Bailando no ar.
As fezes no ar.
E aquele momento que se alonga e se alonga.
A pilha do relógio ficou fraca, e ele parou.
É como se, a proximidade do momento final fosse distorcendo o tecido do tempo, expandindo-o.
Até que chega o momento em que tudo anda em câmera lenta.
A beleza das fezes flutuando no ar.
Bailando no ar.
As fezes no ar.
E aquele momento que se alonga e se alonga.
A pilha do relógio ficou fraca, e ele parou.
domingo, 19 de março de 2017
Aventuras criogênicas
O sol torra até mesmo os grãos de areia do deserto.
Mas o andarilho está lá, congelado, completamente insensível a tudo isso.
Ele está morto.
Foi congelado, para que pudesse suportar aquele determinado momento que o matou.
Ele está morto.
Mas, está congelado.
E ainda há uma pequena esperança de que ele seja reanimado algum dia, afinal.
É uma esperança pela qual vale a pena resistir.
Só temos que esperar mais um pouco.
Aguente firme, andarilho.
quarta-feira, 8 de março de 2017
24 translações de fezes
Então, mais um aniversário.
Eu odeio tudo, todos, eu e você.
E eu estou morto.
Mas, isso não significa que eu esteja morto, e nem que eu odeie tudo, todos eu e você.
Mas eu odeio e estou.
Eu finjo o tempo todo.
Minha cabeça é como uma televisão em Júpiter, celebrando a estática sem sentido da radiação cósmica estocástica.
Para eu ser considerado oficialmente morto agora, é só uma questão de formalidade.
Mas, não que alguma coisa esteja ruim, não, está tudo ótimo.
Tudo ótimo.
É como se as fezes voassem espontaneamente em nossos rostos.
Sem nem precisar pagar.
Nem precisar pagar.
Olhem pra mim!
Eu sou completamente invisível!
Invisível, imperceptível.
Eu fiz mais um aniversário.
Agora eu tenho 24 anos.
Acho que eu preferiria não ter feito.
Ou feito mais tarde, de tardinha, quando o sol já tivesse mais fraco.
E a vida menos viva.
E o ar mais rarefeito.
E a terra mais etérea.
E a luz mais escura.
E a temperatura mais fria.
A vida que escorre vermelha de meus ouvidos pinga no chão e fertiliza a terra.
Dela nascem os seres.
Os seres do outro mundo.
Ou dos outros mundos que só existiam na minha cabeça.
E que vão pingando pelos meus ouvidos.
Até que a carcaça que sobre totalmente sem vida saia flutuando errante,
Morto.
Os guarda chuvinhas que saem de meus olhos alimentam as abelhas gigantes cujas asas davam origem ao universo que ninguém jamais ouviu falar.
Minhas mãos finas e quebradiças atravessam tudo o que tocam, pois não mais se movem fisicamente, apenas nas memórias daqueles que já as viram antes.
Meu pescoço entrincheirado canta mais contente, sem precisar se preocupar com os fluxos de ar, sangue, urina e tudo mais.
Meu sangue fica mais leve e correto com todos os venenos cotidianos que tando fedemos e amamos.
Parabéns pra mim.
Eu odeio tudo, todos, eu e você.
E eu estou morto.
Mas, isso não significa que eu esteja morto, e nem que eu odeie tudo, todos eu e você.
Mas eu odeio e estou.
Eu finjo o tempo todo.
Minha cabeça é como uma televisão em Júpiter, celebrando a estática sem sentido da radiação cósmica estocástica.
Para eu ser considerado oficialmente morto agora, é só uma questão de formalidade.
Mas, não que alguma coisa esteja ruim, não, está tudo ótimo.
Tudo ótimo.
É como se as fezes voassem espontaneamente em nossos rostos.
Sem nem precisar pagar.
Nem precisar pagar.
Olhem pra mim!
Eu sou completamente invisível!
Invisível, imperceptível.
Eu fiz mais um aniversário.
Agora eu tenho 24 anos.
Acho que eu preferiria não ter feito.
Ou feito mais tarde, de tardinha, quando o sol já tivesse mais fraco.
E a vida menos viva.
E o ar mais rarefeito.
E a terra mais etérea.
E a luz mais escura.
E a temperatura mais fria.
A vida que escorre vermelha de meus ouvidos pinga no chão e fertiliza a terra.
Dela nascem os seres.
Os seres do outro mundo.
Ou dos outros mundos que só existiam na minha cabeça.
E que vão pingando pelos meus ouvidos.
Até que a carcaça que sobre totalmente sem vida saia flutuando errante,
Morto.
Os guarda chuvinhas que saem de meus olhos alimentam as abelhas gigantes cujas asas davam origem ao universo que ninguém jamais ouviu falar.
Minhas mãos finas e quebradiças atravessam tudo o que tocam, pois não mais se movem fisicamente, apenas nas memórias daqueles que já as viram antes.
Meu pescoço entrincheirado canta mais contente, sem precisar se preocupar com os fluxos de ar, sangue, urina e tudo mais.
Meu sangue fica mais leve e correto com todos os venenos cotidianos que tando fedemos e amamos.
Parabéns pra mim.
domingo, 26 de fevereiro de 2017
Quando eu tiver feito biscoito
Será que quando eu tiver feito, alguém vai ler isso?
Não sei ao certo quando vai ser.
Ei, você que está lendo isso, eu já fiz?
Quero dizer, eu não estou mais aqui?
Quanto tempo eu demorei?
Eu cheguei a terminar a faculdade?
Eu cheguei até o fim da semana?
Quero dizer, estou falando daquele biscoito, é claro.
É claro.
Não sei ao certo quando vai ser.
Ei, você que está lendo isso, eu já fiz?
Quero dizer, eu não estou mais aqui?
Quanto tempo eu demorei?
Eu cheguei a terminar a faculdade?
Eu cheguei até o fim da semana?
Quero dizer, estou falando daquele biscoito, é claro.
É claro.
Carnaval
A urina caiu sobre nós pouco antes que a morte o fizesse.
Não havia confete e nem música.
Apenas urina e morte.
A morte cairia sobre nós como uma benção.
Era carnaval.
O carnaval era igual a vida.
Sujo, imundo, nojento, e todo mundo estava alegre e sorrindo.
O carnaval era igual a vida: ficamos nos perguntando o que todas essas pessoas estavam fazendo aqui sendo que não há nada aqui.
O carnaval era igual a vida: morto, cinza, sem cor.
O carnaval era igual a vida: nós não queríamos estar nele.
O carnaval era igual a vida: depressão, solidão, anseio pelo fim.
O carnaval era igual a vida: chove urina envenenada, e nós abrimos a boca para receber a benção da morte.
A morte cairia sobre nós como uma benção.
O carnaval caiu sobre nós como uma maldição.
Não havia confete e nem música.
Apenas urina e morte.
A morte cairia sobre nós como uma benção.
Era carnaval.
O carnaval era igual a vida.
Sujo, imundo, nojento, e todo mundo estava alegre e sorrindo.
O carnaval era igual a vida: ficamos nos perguntando o que todas essas pessoas estavam fazendo aqui sendo que não há nada aqui.
O carnaval era igual a vida: morto, cinza, sem cor.
O carnaval era igual a vida: nós não queríamos estar nele.
O carnaval era igual a vida: depressão, solidão, anseio pelo fim.
O carnaval era igual a vida: chove urina envenenada, e nós abrimos a boca para receber a benção da morte.
A morte cairia sobre nós como uma benção.
O carnaval caiu sobre nós como uma maldição.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
The last song
O andarilho acordou em um lugar muito bonito.
Uma bela floresta, gramada, com rios que formavam cachoeiras, pássaros cantando e poucos raios de sol deixando uma vista realmente bonita.
O andarilho não se lembrava de nada.
Caminhando por alguns minutos, encontrou um homem velho dormindo no chão com um violão sobre seu peito.
O andarilho acordou o homem, perguntando se ele sabia que lugar era aquele, se lembrava como haviam parado ali e se os dois se conheciam.
O homem se sentou no chão, pegou o violão e começou a cantar uma breve canção.
"This is my last song,
should be the hapiest one,
because i'm going to a place
where i won't feel alone.
This is my best song.
It is the hapiest one,
and if you're listening,
it means that i already am long gone"
O andarilho abriu os olhos. O sol escaldante do deserto queimava seu rosto.
Tudo havia sido um sonho.
Continuou desorientado e solitário a sua caminhada sem rumo.
Mais tarde, encontrou um esqueleto humano com os restos destruídos e já consumidos, pelo tempo e pelo sol, de o que um dia foi um violão.
Apesar de toda a confusão causada pelo sol cozinhando seu cérebro, soube reconhecer aqueles restos mortais como sendo os de si próprio.
Uma bela floresta, gramada, com rios que formavam cachoeiras, pássaros cantando e poucos raios de sol deixando uma vista realmente bonita.
O andarilho não se lembrava de nada.
Caminhando por alguns minutos, encontrou um homem velho dormindo no chão com um violão sobre seu peito.
O andarilho acordou o homem, perguntando se ele sabia que lugar era aquele, se lembrava como haviam parado ali e se os dois se conheciam.
O homem se sentou no chão, pegou o violão e começou a cantar uma breve canção.
"This is my last song,
should be the hapiest one,
because i'm going to a place
where i won't feel alone.
This is my best song.
It is the hapiest one,
and if you're listening,
it means that i already am long gone"
O andarilho abriu os olhos. O sol escaldante do deserto queimava seu rosto.
Tudo havia sido um sonho.
Continuou desorientado e solitário a sua caminhada sem rumo.
Mais tarde, encontrou um esqueleto humano com os restos destruídos e já consumidos, pelo tempo e pelo sol, de o que um dia foi um violão.
Apesar de toda a confusão causada pelo sol cozinhando seu cérebro, soube reconhecer aqueles restos mortais como sendo os de si próprio.
domingo, 19 de fevereiro de 2017
Anestesia
Eu não me sinto triste.
Não me sinto só.
Não me sinto mais apaixonado.
Nem iludido, traído.
Não sinto.
Não vou morrer de fato,
pois não me sinto vivo.
Não me sinto só.
Não me sinto mais apaixonado.
Nem iludido, traído.
Não sinto.
Não vou morrer de fato,
pois não me sinto vivo.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
Inércia
Oi! tudo bem?
Há quanto tempo!
Sim, eu ainda estou aqui de olhos fechados sem saber nada.
Voando balisticamente por inércia.
O chão é logo ali.
Até mais!
Há quanto tempo!
Sim, eu ainda estou aqui de olhos fechados sem saber nada.
Voando balisticamente por inércia.
O chão é logo ali.
Até mais!
domingo, 12 de fevereiro de 2017
Nadando contra a correnteza
Um lugar muito bonito.
Um rio, várias cachoeiras.
Tentativa de escapar do vazio.
De fato, o lugar é lindo, e ajudou bastante.
O vazio ficou de longe, apenas observando.
O vazio está lá.
---
A correnteza puxa para o vazio.
Eu não sei nadar.
Um rio, várias cachoeiras.
Tentativa de escapar do vazio.
De fato, o lugar é lindo, e ajudou bastante.
O vazio ficou de longe, apenas observando.
O vazio está lá.
---
A correnteza puxa para o vazio.
Eu não sei nadar.
domingo, 5 de fevereiro de 2017
Motivação!
Oh Motivação!
A chave mestre da vida!
Esmagada e destruída!
Minha memória extremamente fraca, meus bloqueios mentais produzidos como medida de proteção, meus traumas.
Essas coisas fazem com que seja meio raro eu ficar realmente analisando tudo o que aconteceu.
Ok, a vida é feita de fases, e as coisas vão mudando.
Somos seres muito fluidos.
Fluidos como a fumaça que sai dos ouvidos.
Como a meleca que sai do nariz quando pensamos muito forte em temperaturas baixas.
Como o pensamento em si, fluido, que flui por todo o universo.
Mas, algo não me parece como uma mudança válida...
Primeiros períodos. Chegava eu, puro entusiasmo, observando todos aqueles zumbis, mortos errantes.
Pudera eu imaginar que um dia eu seria um deles?
Eu tinha a lendária fonte da motivação dentro de mim.
Não importava o porquê, não importava o que eu ganharia fazendo algo, eu só queria fazer e fazer bem feito.
Mas, a fonte secou.
Péssimos professores, currículo atrasado em décadas, matérias ridículas.
Fracassos pessoais, falta de dinheiro, falta de liberdade, amores não correspondidos, solidão, depressão.
Realmente não me parece uma mudança válida.
Não foi uma mudança.
É uma doença.
Que por um bom tempo eu pensei não ter cura.
Mas, tem sim.
Eis que aqui estou, finalmente, no último semestre da faculdade.
Mais cinco meses, e eu estarei livre.
Sei que ainda existe uma fonte de motivação neste deserto.
Sei que algum dia eu ainda posso sair daqui.
Então existe sim uma cura.
Uma vez fora daquele lugar, pretendo ficar pelo menos um ano em desintoxicação.
Tentar ser alguém.
Fazer coisas legais.
Procurar a fonte.
A lendária fonte perdida da motivação!
A chave mestre da vida!
Esmagada e destruída!
Minha memória extremamente fraca, meus bloqueios mentais produzidos como medida de proteção, meus traumas.
Essas coisas fazem com que seja meio raro eu ficar realmente analisando tudo o que aconteceu.
Ok, a vida é feita de fases, e as coisas vão mudando.
Somos seres muito fluidos.
Fluidos como a fumaça que sai dos ouvidos.
Como a meleca que sai do nariz quando pensamos muito forte em temperaturas baixas.
Como o pensamento em si, fluido, que flui por todo o universo.
Mas, algo não me parece como uma mudança válida...
Primeiros períodos. Chegava eu, puro entusiasmo, observando todos aqueles zumbis, mortos errantes.
Pudera eu imaginar que um dia eu seria um deles?
Eu tinha a lendária fonte da motivação dentro de mim.
Não importava o porquê, não importava o que eu ganharia fazendo algo, eu só queria fazer e fazer bem feito.
Mas, a fonte secou.
Péssimos professores, currículo atrasado em décadas, matérias ridículas.
Fracassos pessoais, falta de dinheiro, falta de liberdade, amores não correspondidos, solidão, depressão.
Realmente não me parece uma mudança válida.
Não foi uma mudança.
É uma doença.
Que por um bom tempo eu pensei não ter cura.
Mas, tem sim.
Eis que aqui estou, finalmente, no último semestre da faculdade.
Mais cinco meses, e eu estarei livre.
Sei que ainda existe uma fonte de motivação neste deserto.
Sei que algum dia eu ainda posso sair daqui.
Então existe sim uma cura.
Uma vez fora daquele lugar, pretendo ficar pelo menos um ano em desintoxicação.
Tentar ser alguém.
Fazer coisas legais.
Procurar a fonte.
A lendária fonte perdida da motivação!
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
"Querida Teresa"
Te escrevo este post, inspirado no blog "A infinita ausência" que foi um blog muito significativo em uma certa parte da minha vida.
Resolvi escrever, pois, te encontrei hoje na faculdade, conversamos por uma hora e depois eu saí meio que flutuando, como geralmente acontece quando nos encontramos.
Nesses momentos fica claro o efeito que sua presença surte em mim, e o porquê.
Você tem essa energia, emana essa energia que eu quase nunca vejo em outras meninas.
Você está realmente viva e presente.
Mas, deixando de lado as minhas inspirações ingênuas e até irresponsáveis, gostaria de te falar.
Eu realmente não tenho capacidade, ou então maturidade, para me aprofundar na sua vida apenas como um amigo. Por isto, eu acabo me distanciando tanto de você, quando eu consigo.
Já em época de faculdade, é difícil não nos encontrarmos.
A minha mente então se torna um campo de batalha, onde parte de mim luta para fugir de você e outra parte luta para te encontrar de novo, nem que seja só para dar um oi, um abraço e depois ficar viajando na lembrança dos seus olhos através do óculos, do seu sorriso peculiar, do toque nos seus cabelos.
Chega a ser doloroso para mim conversar com meninas (naqueles aplicativos de encontro) depois de conversar com você. Fica claro que eu estou buscando uma você lá, que obviamente nunca vou encontrar.
Durante vários semestres esta situação se arrastou, em alguns deles eu inclusive não consegui me conter e declarei os meus sentimentos para você, e você já deixou bastante claro que eles não são recíprocos.
Enfim, de qualquer forma, este é o último semestre.
Então, já que eu realmente não tenho capacidade de dar um fim a isso, vou simplesmente ir levando até o fim.
Daqui a seis meses, será o nosso adeus.
Então finalmente te deixarei em paz, me deixarei em paz.
Só preciso aguentar mais seis meses nessa luta contra mim mesmo.
Depois disso, não sei bem o que será.
Certamente, não vou te esquecer, mas provavelmente nos perderemos no mundo.
Você acabará sendo um sonho perdido e esquecido na minha mente.
Uma manifestação puramente imaginativa de vários possíveis passados e futuros que ficaram presos nestes passados.
Lembrança e saudade que ficarão congeladas em algum canto perdido do meu pensamento.
Me desculpe por ser tão fraco.
Farei o meu melhor para que tudo pareça simplesmente normal.
Tentarei seguir com a minha vida também.
Até que este semestre finalmente acabe.
Um abraço!
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
A melodia perdida
Tinha uma música que só eu, no universo inteiro, sabia tocar.
E agora eu não sei mais.
Se perdeu para sempre.
E agora eu não sei mais.
Se perdeu para sempre.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
Tentar
Tentar, cara.
Pelo menos tentar.
Tem que, pelo menos, tentar.
Se conseguir, ok.
Se não, ok também.
Só não pode é deixar de tentar.
Tem que tentar.
Não sei se essa coisa tem um fim.
Parece que a gente fica saindo e depois cai de volta.
Mas, agora eu tô saindo, pelo menos temporariamente.
Quem sabe, permanentemente.
Pelo menos tentar.
Tem que, pelo menos, tentar.
Se conseguir, ok.
Se não, ok também.
Só não pode é deixar de tentar.
Tem que tentar.
Não sei se essa coisa tem um fim.
Parece que a gente fica saindo e depois cai de volta.
Mas, agora eu tô saindo, pelo menos temporariamente.
Quem sabe, permanentemente.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
Documentação
Eu documentei aqui a minha morte.
Não foi hoje, nem ontem.
Provavelmente não vai ser amanhã, nem depois.
Até pode ser, mas é pouco provável.
Mas eu já estou morto.
E aqui ela está bem documentada.
Não foi hoje, nem ontem.
Provavelmente não vai ser amanhã, nem depois.
Até pode ser, mas é pouco provável.
Mas eu já estou morto.
E aqui ela está bem documentada.
Árvore de natal
Resolver o problema.
Eu sou o problema.
Ele tenta e tenta.
Ele tenta o dia inteiro.
Ele corre atrás da própria sombra até o sol se por.
Então ele dorme.
Quando acorda, ele corre atrás da própria sombra até o sol se por.
Então ele dorme.
É, a gente...
É, a gente fez errado...
Um apito distante.
Tudo branco.
Tudo preto.
Tudo azul escuro.
Dano e erro.
Vandalismo.
Um apito intermitente e distante.
Queima a memória.
Acabou, acabou.
A memória corrompeu, então acabou.
A colisão foi grave e deletou o cérebro.
O cérebro foi deletado.
O cérebro.
O cérebro foi destruído.
A arvore de natal caiu em cima do cérebro.
Tinha um cara.
O médico tava fazendo cirurgia no cérebro dele.
Tinha uma árvore de natal na sala de cirurgia.
E a árvore caiu.
A arvore de natal caiu em cima do cérebro.
Por isso eu sou assim.
Eu morri.
Eu sou o problema.
Ele tenta e tenta.
Ele tenta o dia inteiro.
Ele corre atrás da própria sombra até o sol se por.
Então ele dorme.
Quando acorda, ele corre atrás da própria sombra até o sol se por.
Então ele dorme.
É, a gente...
É, a gente fez errado...
Um apito distante.
Tudo branco.
Tudo preto.
Tudo azul escuro.
Dano e erro.
Vandalismo.
Um apito intermitente e distante.
Queima a memória.
Acabou, acabou.
A memória corrompeu, então acabou.
A colisão foi grave e deletou o cérebro.
O cérebro foi deletado.
O cérebro.
O cérebro foi destruído.
A arvore de natal caiu em cima do cérebro.
Tinha um cara.
O médico tava fazendo cirurgia no cérebro dele.
Tinha uma árvore de natal na sala de cirurgia.
E a árvore caiu.
A arvore de natal caiu em cima do cérebro.
Por isso eu sou assim.
Eu morri.
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
Congelado
Calma.
Você não precisa se matar para fugir de quem você é.
Você pode ir morrendo.
Ir morrendo.
Ir fedendo.
Ir fedendo.
Ainda há o bom.
O quê?
Ainda há o bom.
Você pode ir fedendo.
Aí você junta um dinheiro fedendo.
Viaja pra algum lugar fedorento.
Onde as pessoas são todas fedorentas.
Você chega lá fedendo.
E arruma um emprego onde seja livre feder.
Antes de morrer.
Antes de se matar.
Você vai e fede.
Um lugar frio e que fede bastante.
E você pode viver lá.
Com as pessoas.
Não com os computadores.
Não com os celulares.
Com as pessoas.
Abrace as pessoas.
Não os computadores.
Não os celulares.
As pessoas.
E viva lá, fedendo.
Você pode fazer isso, antes de se matar.
É só ir morrendo.
É só ir fedendo.
Vamos lá, a gente aguenta.
Só mais um pouquinho.
É só ir fedendo.
É só ir morrendo.
Vamos, vamos, força.
A gente aguenta.
Já tá acabando.
Você não precisa se matar para fugir de quem você é.
Você pode ir morrendo.
Ir morrendo.
Ir fedendo.
Ir fedendo.
Ainda há o bom.
O quê?
Ainda há o bom.
Você pode ir fedendo.
Aí você junta um dinheiro fedendo.
Viaja pra algum lugar fedorento.
Onde as pessoas são todas fedorentas.
Você chega lá fedendo.
E arruma um emprego onde seja livre feder.
Antes de morrer.
Antes de se matar.
Você vai e fede.
Um lugar frio e que fede bastante.
E você pode viver lá.
Com as pessoas.
Não com os computadores.
Não com os celulares.
Com as pessoas.
Abrace as pessoas.
Não os computadores.
Não os celulares.
As pessoas.
E viva lá, fedendo.
Você pode fazer isso, antes de se matar.
É só ir morrendo.
É só ir fedendo.
Vamos lá, a gente aguenta.
Só mais um pouquinho.
É só ir fedendo.
É só ir morrendo.
Vamos, vamos, força.
A gente aguenta.
Já tá acabando.
sábado, 7 de janeiro de 2017
chapéu chapel xapel papel
Eu sou burro!
Muito, muito burro!
Se eu disputasse um campeonato de inteligência com uma porta, metade dos espectadores iria ir embora antes do fim, e a outra metade ia dormir no meio das provas, pois ficaria bem claro que aquilo não seria uma competição, mas sim um massacre.
E não é a deprê falando.
Sou eu mesmo.
Tenho plena consciência disso.
Eu nem sei como eu cheguei tão longe na vida.
Eu sou um inútil!
Como eu consigo sequer programar (ainda que de forma meio porca, mas fazendo as coisas funcionarem)?
Fato é que eu tenho uma capacidade admirável de me adaptar, talvez por isso tenha chegado até aqui.
Fato também é que, esta capacidade não é admirável apenas de uma boa maneira.
Uma pessoa normal, quando não está confortável, muda o seu redor, não simplesmente se adapta a ele.
Uma pessoa normal não apenas cava um buraco no chão e se esconde lá até que a vida exploda todo o terreno e ela seja arremessada para bem longe onde caia em outro lugar e então cave outro buraco e assim a vida vai sendo vivida da forma mais idiota, travada e limitada possível... (ufa, que frase longa).
Uma pessoa normal procura um tempero quando a comida está sem graça...
Por mais que, talvez, tudo acabe se acabando pra mim, se eu não conseguir sobreviver..
Eu quero melhorar isso.
Talvez exista um pouco de esperança afinal.
No meio de uma das minhas crises, tive a ideia de caçar estímulos para o cérebro.
Afinal, pelo menos pra isso, talvez um novo celular sirva para alguma coisa.
Eu percebi que estava exercitando aceitavelmente meu corpo, mas minha mente estava congelada há tanto, tanto tempo...
Talvez desde o quarto período da faculdade, ou talvez antes.
Talvez desde que a deprê começou.. (uns 5, 6, 7 ou 8 anos atrás? ou mais?)
Não tenho força ou condições ainda para entrar numa terapia (sei que isso é idiotice minha, mas nem vou discutir), mas talvez haja algo que eu possa fazer.
Enfim, eu ainda me sinto muito fezes errantes.
Mas, estou me animando um pouco.
Voltei para a academia.
Curti bastante minhas férias (Não fiz 1% do que eu queria, mas fiz muita coisa legal, basicamente apenas andar de bike, mas ainda assim foi muito legal).
Vamos ver se consigo colocar alguma coisa em ordem.
Ou se meu chapéu vai virar papel.
Muito, muito burro!
Se eu disputasse um campeonato de inteligência com uma porta, metade dos espectadores iria ir embora antes do fim, e a outra metade ia dormir no meio das provas, pois ficaria bem claro que aquilo não seria uma competição, mas sim um massacre.
E não é a deprê falando.
Sou eu mesmo.
Tenho plena consciência disso.
Eu nem sei como eu cheguei tão longe na vida.
Eu sou um inútil!
Como eu consigo sequer programar (ainda que de forma meio porca, mas fazendo as coisas funcionarem)?
Fato é que eu tenho uma capacidade admirável de me adaptar, talvez por isso tenha chegado até aqui.
Fato também é que, esta capacidade não é admirável apenas de uma boa maneira.
Uma pessoa normal, quando não está confortável, muda o seu redor, não simplesmente se adapta a ele.
Uma pessoa normal não apenas cava um buraco no chão e se esconde lá até que a vida exploda todo o terreno e ela seja arremessada para bem longe onde caia em outro lugar e então cave outro buraco e assim a vida vai sendo vivida da forma mais idiota, travada e limitada possível... (ufa, que frase longa).
Uma pessoa normal procura um tempero quando a comida está sem graça...
Por mais que, talvez, tudo acabe se acabando pra mim, se eu não conseguir sobreviver..
Eu quero melhorar isso.
Talvez exista um pouco de esperança afinal.
No meio de uma das minhas crises, tive a ideia de caçar estímulos para o cérebro.
Afinal, pelo menos pra isso, talvez um novo celular sirva para alguma coisa.
Eu percebi que estava exercitando aceitavelmente meu corpo, mas minha mente estava congelada há tanto, tanto tempo...
Talvez desde o quarto período da faculdade, ou talvez antes.
Talvez desde que a deprê começou.. (uns 5, 6, 7 ou 8 anos atrás? ou mais?)
Não tenho força ou condições ainda para entrar numa terapia (sei que isso é idiotice minha, mas nem vou discutir), mas talvez haja algo que eu possa fazer.
Enfim, eu ainda me sinto muito fezes errantes.
Mas, estou me animando um pouco.
Voltei para a academia.
Curti bastante minhas férias (Não fiz 1% do que eu queria, mas fiz muita coisa legal, basicamente apenas andar de bike, mas ainda assim foi muito legal).
Vamos ver se consigo colocar alguma coisa em ordem.
Ou se meu chapéu vai virar papel.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
Água do vaso
Sim, pode ser que eu tenha só bebido água do vaso de novo.
Mas, quer saber?
Fezes!
Sim, fezes!
2017 é o ano definitivo das fezes voadoras no pâncreas, seja lá o que isso significa!
Isso pode ser absurdamente bom, ou abissalmente ruim, não importa!
Enfim, 2017 começou muito bem.
Saí com minha mãe de bike, e foi ótimo!
Comprei outro celular.
Pois é, eu sei, quem precisa dessas merdas de celulares?
Mas, já estamos em uma distopia, eu posso chorar e beber urina até a morte, ou aceitar as fezes voadoras e me adaptar ao distópico e repugnante sistema, vivendo a medíocre porém única opção atualmente alcançável pra mim.
Temos um tempo limitado, e eu tenho a habilidade especial de deixar tudo tão cagariotativo que seria melhor que ele fosse mais limitado.
Estou tentando mudar isso, eu acho.
Não, não tenho certeza, e nem sei se minha suposta "tentativa" é válida.
Mas, é isso aí.
Fezes!
Mas, quer saber?
Fezes!
Sim, fezes!
2017 é o ano definitivo das fezes voadoras no pâncreas, seja lá o que isso significa!
Isso pode ser absurdamente bom, ou abissalmente ruim, não importa!
Enfim, 2017 começou muito bem.
Saí com minha mãe de bike, e foi ótimo!
Comprei outro celular.
Pois é, eu sei, quem precisa dessas merdas de celulares?
Mas, já estamos em uma distopia, eu posso chorar e beber urina até a morte, ou aceitar as fezes voadoras e me adaptar ao distópico e repugnante sistema, vivendo a medíocre porém única opção atualmente alcançável pra mim.
Temos um tempo limitado, e eu tenho a habilidade especial de deixar tudo tão cagariotativo que seria melhor que ele fosse mais limitado.
Estou tentando mudar isso, eu acho.
Não, não tenho certeza, e nem sei se minha suposta "tentativa" é válida.
Mas, é isso aí.
Fezes!
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