quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Ano catástrofe

Foi um ano bastante difícil.
Tivemos alguns avanços mas, em diversas ocasiões, foi um ano um tanto quanto amargo.

Me lembro que, nas vésperas do início de 2015, minha animação estava extremamente baixa e eu nem fiz nenhuma meta para o ano novo. "O que vier está ótimo".
E o ano correu bem de acordo com esse clima de mediocridade.

Deixei que alguns problemas detonassem meu psicológico e destruíssem meu desempenho em quase tudo.
Consegui a proeza de perder minha bolsa de destaque acadêmico justo num momento tão financeiramente frágil e em um semestre em que praticamente minha única tarefa era estudar.
Reprovei duas vezes no exame de direção.
Demorei quase o ano todo para conseguir um novo estágio.
Passei o ano todo sem ter dinheiro e sem poder sair por aí.
Fui derrotado infinitamente nas minhas poucas tentativas de escapar do deserto.
Abandonei pessoas, projetos, vários aspectos da minha vida, eu mesmo.
Confiei em pessoas que não devia, acreditei em mentiras estúpidas, fui iludido, feito de trouxa, etc, etc, etc...
Fui excluído, pela garota que eu sentia algo especial, de uma das partes que eu mais queria participar de um trabalho da faculdade o qual eu era o líder. (uau!)
Presenciei uma série de problemas familiares cujo terrível desfecho ainda está por vir e provavelmente chegará em breve.
Vi minha mãe chorar diversas vezes sem que pudesse fazer muita coisa para ajudar.
Enfim, fui um idiota, em quase todas as dimensões permitidas pela natureza.

Claro, o ano também teve alguns aspectos positivos.
Fiz coisas que eu não tinha tempo de fazer devido ao estágio: academia, auto escola, iniciação científica (apesar de o projeto ainda não ter ido muito longe), uma matéria de outro curso.
Conheci pessoas incríveis que me ajudaram e me incentivaram a fazer diversas coisas legais.
Reencontrei e voltei a conversar com amigos de tempos passados.
Avancei incrivelmente no sentido de libertação dos sentimentos (apesar de ainda ser quase um robô, estou muito mais livre que antes).
Comecei a entrar novamente em harmonia com meu curso...

E agora, 2016 está batendo na porta.
Desta vez, tenho metas e ambições, sim.
Não deixarei que venha mais um ano medíocre pela frente.

Principais metas para 2016:
Conseguir o destaque acadêmico nos dois semestres.
Voltar para a academia, mesmo que não seja todos os dias.
Evoluir no meu estágio e fazer muitos projetos na minha área.
Aprender mais sobre música.
Viajar com minha família.
Ser mais presente na vida dos meus amigos.

Vou tentar adicionar mais metas nos próximos dias.
Só não devo mexer muito com o deserto...
Acho que ainda vai demorar algum tempo para mudar este aspecto.
Tenho que esperar curar algumas feridas, e estou com preguiça infinita para pessoas, no momento.
Talvez, nesse aspecto 2016 seja tão medíocre (ou até pior) que 2015. Mas, eu terei que conviver com isso.
Enfim, vou dormir agora. Talvez eu modifique um pouco este post nos próximos dias.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Fezes natal! (2)

Está sendo um natal bastante sombrio, na verdade.
Talvez, o pior de todos os tempos, pra mim.
Esse ano inteiro foi assim, exceto pelo final, em que as coisas começaram a melhorar, mas ainda foi longe do suficiente para salvar o natal.
O Vogon está deixando a toca e tem gente triste por isso. 
E aí eu fico afetado também.

Ano que vem vai ser bem melhor. Algumas coisas já estão mais ou menos encaminhadas.
Ainda tenho que definir direito minhas metas, depois faço um post específico pra isso.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Fezes natal!

Estava almoçando quando, de repente, acidentalmente, subitamente, inconstitucionalissimamente, deixei o espírito de natal escorregar e cair no vaso sanitário.
Tentei resgatá-lo, mas, novamente, prepotente, resistente, sorridente, contingente, apertei a descarga com a minha cabeça.
E lá se foi o espírito de natal, junto com o jantar do dia anterior.

Na noite de natal, olhando para o céu,
quando éramos bem criancinhas,
acreditávamos que o Papai Noel,
era uma daquelas estrelinhas,
por isto soltávamos foguetes ao léu,
para derrubá-lo, roubar os presentes
e comer a carne das pobres reninhas.

Fezes natal!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Amigos -> Colegas

Eu sempre fui um amigo com ela, me abri com ela e quis que ela se abrisse de volta.
Eu me apaixonei por ela sim, mas penso que isso não tornou minha amizade nem um pouco menos legítima.

Eu estava pronto para superar isso e seguirmos em frente como amigos.
Mas, tudo o que eu recebi foi distância, abandono, ela jamais aceitou ir a lugar nenhum comigo, sempre tinha alguma outra coisa importante para fazer quando tínhamos que nos reunir para fazer algum trabalho, demorava séculos para responder minhas mensagens, mesmo quando elas eram muito importantes, sutilmente me mandava parar de segui-la e ir embora quando caminhávamos pelo mesmo caminho, e recentemente pude notar que só fazia isso comigo. E o que mais doeu: me deixou de fora de uma das partes do nosso trabalho que eu mais queria ter participado.

Eu que tinha dito a ela que jamais ficaria "de mau" dela e que ela teria que me machucar muito para isso, que talvez, se ela me matasse, eu ainda morreria gostando dela.
Bem, ela deveria ter me matado mesmo, ia machucar menos.

Bem, acho que assim os amigos se tornam apenas colegas.

Tenho que ir dormir,,,

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Dever cumprido!

Ontem, eu e meu grupo finalmente apresentamos o nosso trabalho na feira técnica da faculdade.
Este trabalho estava sugando todas as minhas energias, e eu praticamente abandonei todas as outras matérias, e quase que todos os outros aspectos da minha vida para desenvolvê-lo.
E mesmo assim, valeu a pena cada momento!
O projeto funcionou, a apresentação foi um sucesso!
Agora é correr atrás de tudo que eu deixei para lá, e as provas e outros trabalhos vão de hoje até semana que vem. Esses dias também serão intensos.

Eu sumi um tempo do blog, não estava tendo tempo para escrever.
Não estava tendo tempo para nada.
Deixei de fazer tanta coisa legal que eu queria fazer, mas também, não tive tempo para me sentir mal sobre isso!
Minha mente estava tão acelerada que eu nem sequer sentia mal pela minha solidão desértica intergaláctica.
Eu realmente gostei muito de todo esse processo. Estou até meio triste que tenha acabado!
Mal posso esperar pelo próximo!

Ainda tenho algumas coisas pra escrever, mas, agora tenho que ir.

sábado, 7 de novembro de 2015

"Tirar um peso dos ombros"

Ela disse que não estava me excluindo do grupo,
apenas "tirando um peso dos meus ombros".
Só se for cortando a minha cabeça..

Incrível como alguém que costumava ser tão especial pode também ser tão destrutivo.

É um pouco culpa minha também.
De certa forma, eu mereço esse abandono e exclusão, por tudo o que eu sou.

Não posso continuar escrevendo. O sono venceu.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

A cura

Acho que agora estou realmente curado.
Algumas atitudes dela ajudaram nesse processo.
Me abandonando, mesmo como amigo.
Me ignorando sumariamente, enquanto eu (um completo imbecil) me preocupando com o que ela estava sentindo.

Ainda estou no deserto, mas temporariamente livre das ilusões, das miragens, de não conseguir me concentrar em nada, dos pensamentos que vinham e me levavam pra outra dimensão.
Agora estou bem, não tenho nada disso mais.
Pelo menos por enquanto, até recomeçar o ciclo de ser infinitamente trouxa com outra pessoa.
É muito bom poder me concentrar em atividades que eu preciso fazer.
Havia mais de um ano que não conseguia fazer isso plenamente.
Sempre que eu tentava fazer qualquer coisa, vinham as miragens, e quando eu retomava os sentidos, já era tarde demais.

Agora, estou razoavelmente em paz com minha mente.
E por mais idiota que eu tenha sido, não me arrependo dessas aventuras recentes.
Sei que tentei tudo que estava ao meu alcance, vencendo medo após medo, vencendo zonas de conforto e vencendo até péssimas atitudes que não partiam de mim.
Eu evoluí muito, perdi muitos dos bloqueios mentais, conheci pessoas incríveis.
Vi que existem mais pessoas ao meu redor que são quase tão problemáticas quanto eu, de certa forma, isto me ajudou a me sentir menos sozinho.

Vou fechar minhas portas por um tempo.
Curtir um pouco minha solidão.
Aproveitar meu novo estágio, meu curso que eu gostava tanto (e ainda gosto) e que toda essa situação me fez deixar de lado.
Me recuperar, me reconstruir.
Espero poder, finalmente, usufruir da cura.
E pensarei no futuro, quando o futuro chegar.

P.S: Talvez eu não escreva no blog tanto quanto antes, agora que estou fazendo estágio é mais difícil encontrar um tempo. Mas, passarei aqui assim que puder!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

"Incrível"

Sim, eu sou muito "incrível" mesmo.
Incrivelmente sem jeito.
(Troquei a palavra que eu tinha escrito antes por "sem jeito", para não parecer tão auto depreciativo e passar a ideia de que eu sou uma pessoa legal, feliz, contente, sorridente e que vê os relógios digitais como a solução para todos os problemas dos seres vivos do universo).

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Mal

Sim, eu ainda estou meio mal.
Não estou muito bem.
Nem sei se vou estar tão cedo.
Não, ninguém perguntou, só estou dizendo atoa, mesmo.
Porque eu quero, e porque eu posso.
Por favor, não se preocupe comigo, isto só vai piorar a situação.
Não que alguém esteja lendo isso, é claro.
Não que exista alguém no deserto.

Ninguém liga

Li um texto muito bacana, não me lembro exatamente onde, que dizia:
"Não tenha medo de falar seus sentimentos, porque ninguém vai ligar mesmo."

domingo, 11 de outubro de 2015

Que tipo de pessoas você gosta?

Oi.
Eu gosto de pessoas que não estão nem aí pra mim.
Que têm sentimentos, mas não os gastam comigo.
E que não perdem seu tempo precioso conversando comigo, me deixam dias, ou até semanas esperando por uma resposta.
Que me iludem por diversão, para saber quanto tempo eu levo para tomar uma atitude ridícula.
Fazer isso é garantia de ganhar a chave mestre para meu coração e meus sentimentos!

O fim como um recomeço

E parece que finalmente chegou o meu tão esperado fim.
Não o fim absoluto, mas o fim como um recomeço.
Ainda teremos de esperar para saber se é realmente isto, mas parece que sim.
Hoje acordei bem melhor, mais recuperado dos eventos de ontem.
Também, depois de quase morrer e chorar até doer tudo, a gente acaba desabafando um pouco.
Não pude realmente conversar com ninguém ainda sobre o que aconteceu, mas consegui pensar bastante a respeito.

É claro que as coisas não aconteceram bem do jeito que eu queria.
O recomeço, não foi o que eu sempre sonhei, e eu tinha uma mínima esperança de que tivesse sido um recomeço diferente, menos solitário.
Mas, com as minhas características físicas e mentais totalmente inaceitáveis, realmente o recomeço solitário, no mesmo deserto de antes (Porém, sem as miragens, esperamos. Ou pelo menos com miragens diferentes) parece ser sempre a única alternativa possível.

Eu estou evoluindo, talvez algum dia eu não seja esta coisa tão impossível de ser gostada, e talvez nesse dia eu possa finalmente encontrar o recomeço que eu imagino em minhas fantasias.
Até lá, eu sobrevivo, ou pelo menos tento viver.
Viver, ou morrer tentando.

IdiotaIdiotaIdiotaIdiota

Eu sou idiota normalmente, mas tem vezes que eu passo dos limites.
Sério, eu sou muito trouxa mesmo.
Hoje eu estou meio abalado para formular ideias complexas no blog.
Mas basicamente é isso.

Bem, eu nem ia mais fazer o que fiz hoje.
Fiz mais porque um amigo me disse que seria importante.
E realmente é importante, mesmo.
Só não sei porque fiquei tão morto por causa disso.
O que eu esperava afinal?
Que alguém que nem sequer me responde gostasse de mim?
Que alguém no mundo pudesse gostar de mim?
Idiota..
A única vez que alguém "gostou" de mim, foi pra me usar como sei lá o quê.
Ninguém gosta de mim porque eu não sou o tipo de pessoa que as pessoas gostam.
Eu acho que nem sequer posso ser considerado uma pessoa.
Eu sou algo distante.
Uma ideia, apenas uma lembrança fraca, incompleta, pouco importante.
Como o detalhe menos importante de um sonho esquecido.
Um rosto borrado ao fundo de uma foto ruim.
Um pedaço de alguma coisa que foi arrancado de alguma outra coisa e agora já não se encaixa em lugar nenhum.
Enfim, vou parar de me auto depreciar, agora..

sábado, 10 de outubro de 2015

"Não é assim que funciona"

O último suspiro.
Estou sentindo coisas que não tenho nem coragem de escrever no blog.
"Vou seguir em frente e superar isso".. muito mais fácil dizer do que fazer.
Não estou triste por causa da Fênix, mas sim, por eu ser o que sou: distante, estranho, vazio, e por isto espantar qualquer pessoa por quem eu sinta qualquer coisa.
É claro que não é assim que funciona. Não comigo.
É assim que funciona para humanos, não para mim..

Olha, não estou em condições de escrever agora.. vou ali morrer um pouco, depois eu volto.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Me arruma um trabalho

Acho que finalmente vou arrumar um estágio!
Mesmo que, provavelmente, não devo receber muito, vou aceitar mesmo assim, pois o trabalho parece bacana, e realmente estou querendo muito ganhar um dinheirinho!
Enfim, essa possibilidade me deixou muito feliz, porque fazia muito tempo que algo não dava certo pra mim.
A esperança é inimiga da depressão.

Tentei marcar um psicólogo.
Primeira vez na vida que tentei isso.
Mas não consegui, porque alguns não atenderam e os que atenderam não tinham horário.
Decidi (pela milésima vez) deixar a Fênix um pouco pra lá, e queria que algum psicólogo me ajudasse a não ter mais recaídas.
Talvez a paz venha só com o tempo mesmo..

Panela

Panela de arroz
Panela de planta
Planta de arroz
Arroz de planta
Planeta
O almoço está pronto


Descarga

As fezes já me afogam e me impedem de me mexer.
É hora de dar descarga.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Bilhete para a Fênix

O seu sonho que você me contou desregulou os ganhos do meu cérebro.
Amplificou minhas ondas cerebrais até saturá-las, gerando infinitas harmônicas infinitamente bonitas de você em meus braços.
Este sonho que você teve é, na verdade, uma pequena parte do sonho que eu tenho com você, seja dormindo ou acordado, sempre.

domingo, 4 de outubro de 2015

A paz das guitarras

O longo abraço de manhã.
A caminhada de tarde.
A música de noite.
Hoje realmente foi um dia incrível!

Eu andava tão desesperado esses dias.
Mas hoje, eu consegui relaxar bastante.
Desabafei um pouco com vários amigos.
Recebi um novo grande amigo na minha casa (faziam anos que eu não trazia pessoas novas pra casa), conversamos sobre coisas importantes pra mim, tocamos muita guitarra (dentro das minhas rígidas limitações de conhecimento e timidez).
Eu estava mesmo precisando me acalmar assim.
Hoje encontrei a paz das guitarras.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

"I need a hug"

Tenho prova amanhã cedo.
E enquanto estudo, as lágrimas molham o caderno.
O vento assobia ao longe.
O silêncio é um amigo ocupado, que não pode me ajudar agora.
Agora, apenas tenho o deserto.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Forever trouxa

Uma vez trouxa, para sempre trouxa.
Não há como fugir.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Chega!

Chega de ser trouxa, né!
Agora pronto, acabou!

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Eclipse do pâncreas

E durante o eclipse, o robô solitário escreve.
Os astrólogos dizem que o eclipse da lua vermelha vem para trazer grandes mudanças, porque não dá para as coisas continuarem do jeito que estão.
Bem que eles podiam estar corretos, pelo menos dessa vez.
Bem que algo podia mudar radicalmente, por exemplo, alguma coisa começar a dar certo!
Enfim, não tô muito inspirado hoje. Talvez eu escreva mais sobre isto outro dia.

sábado, 26 de setembro de 2015

"vc ta bem?"

Essa pergunta realmente tem sido meio difícil de responder ultimamente.

Vi no blog de uma menina que conheci num musical, uma frase "Ansiedade do que sei que não vai acontecer". Acho que é mais ou menos isso que tô passando.

Eu tinha um sentimento secreto que um dia eu contei por aí e descobri que só existia mesmo na minha cabeça, mas existia.
Sabendo disso, decidi tentar abafá-lo e afogá-lo pra ver se ele sumia.
No início, pareceu que ia dar certo, eu quase o esqueci.
Mas, algo aconteceu que foi dando a ele um poder de super força.
Em pouco tempo, era ele quem estava me afogando, abafando e me fazendo sumir!
Até que um dia, resolvi parar de lutar contra ele.
Não ia mais reprimi-lo.
Ia sentir e viver cada momento, mesmo que de um sentimento que não tem futuro e nem fundamento. E assim saímos por aí passando por várias situações, hora ele me fazendo rir, hora ele me fazendo chorar. Não sei bem onde isto vai me levar, mas tenho esperança que não será para sempre assim.
Talvez, algum dia eu descubra que este sentimento também exista na cabeça de outro alguém, ou chegue algum outro sentimento, que o convença a se adormecer e me deixar partir.
Por enquanto, realmente não vejo uma saída ao alcance.
Não há muito a se fazer.
Só o tempo pode iluminar o caminho.

Mesmo que seja um momento difícil, estou vivendo...

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Demasiadamente solitário

Simplesmente, solitário demais.
O deserto é implacável.
Não existe esperança.
Não existe fim.
Já fazem dois anos.
As miragens me deixam louco.
E a ausência me deixa morto.

Alguém me bate

Alguém me bate.
Bem forte.
Quero dormir e não acordar.
Até tudo isso passar.

Alguém me abrace.
Bem forte.
Não posso mais aguentar.
Até tudo isso passar.

Alguém me tire daqui.
Bem forte.
Não quero mais continuar.
Até tudo isso passar.

Alguém me chame.
Bem forte.
Não consigo esperar.
Até tudo isso passar.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Relatos de friendzone da madrugada I

E lá estava eu, precisando de um longo abraço, mas dessa vez eu consegui!
Fui humano, pelo menos o mínimo necessário para abraçá-la longamente, apertar suas costas, sentir sua cabecinha junto à minha passar as mãos em seus lindos cabelos e segurar sua mão.
Foram dois longos e inebriantes abraços, no mesmo dia, no intervalo de alguns minutos!
Sei que não tenho chances, mas nem me importo mais, vou sentir tudo o que tiver pra sentir por quanto tempo for necessário.
E dei de presente mais uma pinha (hehe)!
Agora nem consigo dormir, fico repassando o momento 1000 vezes na minha cabeça e imaginando como e quando será a próxima vez que eu vou conseguir.
É como dizem, né "tirando uma casquinha".
Relatos de friendzone da madrugada.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

aeousi

Se continuar assim, esse mês vai ter recorde de posts.
Tá difícil.
Que que custa vei!

Moço! Oh moço!
Moço!

A sua barriga tá desamarrada!

Meu pâncreas caiu no chão e eu não sei o que fazer.

Pisa, pisa!!

Sério, gente. Tô meio doido. Alguém, por favor..
Alguém acende a luz.
Alguém liga a chuva.
Alguém bate ne mim.
Alguém faz qualquer coisa...

Algo que não existe

(Desespero)
E tudo o que eu queria era apertar alguém!
Mas vivo assim sozinho, solitário, sem ninguém.
Comi uma batata que comprei no armazém,
Mas ela tava podre, eu morri e fui pro além.

Uh!

(calma)
A solidão é um bacon light que se come frio
As feridas estão abertas e o fogo está entrando.

O fermento faz a dor crescer,
e a gente come com farinha para não morrer.

Um abraço.
Um beijo.
As mãos no cabelo.
O vácuo.
O vazio.
O Algo que não existe.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

A pedra e os aniversários

Bem, dia 8 de Setembro meu blog fez 7 anos.
7 anos sem noção que eu jamais vou entender.
E eu deixei a data passar completamente, pois pensava "foi aniversário do Blog outro dia, não deve estar nem perto".
Quando fui checar, já tinha passado.
E, se ler os posts de 1 ano atrás, veremos que eu não avancei quase nada.
Estou preso.

Se passou dois anos também daquele grande dia 14 de Setembro.
Incrível, né? Dois anos!
Dois solitários anos!
Como é possível?
Como um ser que se considera vivo pode se manter tão imutável por tanto tempo?
Qual a diferença entre eu e uma pedra?

De qualquer forma, é bom ter meu blog.
Estou voltando a postar textos mais ou menos legaizinhos.
Não sei se é depressão, ou sei lá o quê, mas a ostra está produzindo pérolas de novo.

Realmente quero muito que daqui a um ano tudo esteja diferente.
Guilherme do futuro, posso ter alguma esperança?
Eu realmente quero sair daqui, ir pra qualquer outro ponto do espaço tempo.
Por favor, não me diga que sou o mesmo eu que estou lendo isto daqui a um ano!

sábado, 19 de setembro de 2015

Retalhos do dia

E lá estava eu, precisando de um longo abraço mas sem ser humano o bastante para ir buscar.
Caí de joelhos nas areias do deserto.
Fechei os olhos e fui surpreendido pelo meu próprio oceano inundando o meu redor.
Agora afundo como uma pedra nas fossas abissais da minha própria mente.

Hoje está realmente quente.
Tão quente que meus olhos se derretem em lágrimas de ferro fundido que caem e queimam meus pés.

Do jeito que tá, só o tempo mesmo pra curar.
E até lá, vou apanhar diariamente, mesmo
Não há muito o que fazer, talvez apenas sentir, aguentar e levar...

Uma estorinha qualquer

E nos limites do universo conhecido pelo robô, existe um monstro gigante chamado Agomi.
Agomi é extremamente poderoso. Ele é capaz de voar e de ter contatos muito profundos e prolongados com a Ave. Logo que viu o robô pela primeira vez, percebeu que ele tinha um forte sentimento de atração por ela.
A Ave é uma criatura encantadora, que ou por grandiosidade, ou talvez por falta de sensibilidade, não odiou o robô assim que o viu pela primeira vez, e até conversava com ele de vez em quando, quando não estava voando.
Agomi apenas achava engraçado, como tal ser tão insignificante pudesse pensar ter o direito de sentir algo pela Ave.

Num certo dia, o robô tentou se catapultar a uma grande altura para tentar alcançar a Ave em pleno vôo, tentou algum contato com a Ave, disse a ela como sentia.
A Ave apenas arrancou-lhe o olho, o deixou cair até o chão e sangrar sozinho por um tempo. Continuou seu voo como se absolutamente nada tivesse acontecido.

O tempo passou, e longe de superar seus sentimentos, o robô voltou a sentir desejo pela Ave.
Foi então que Agomi chegou perto do robô e disse:
 - Este verme insignificante acha que pode se aproximar da minha Ave? Haha! Olhe só para isso, seu verme!
Agomi se aproximou da Ave e os dois se abraçaram ternamente, longamente, um abraço puramente humano, carinhoso. Um sonho tão desejado e impossível para o robô, e ele vê que, para o Agomi, isto é algo cotidiano, que ele pode fazer sempre que quiser.
Agomi se afasta da Ave e diz:
 - Agora, sua barata nojenta e asquerosa! Saia daqui e não volte mais!
E dá um chute, jogando o robô a quilômetros de distância.

Para o robô, o golpe físico nem sequer foi sentido,
Estava anestesiado pela intensidade que aquela visão teve sobre ele.
O robô não possui permissão para ter verdadeiras emoções humanas, mas sentiu o mais próximo que podia de raiva e tristeza extremas.
Chorou o máximo que lhe era permitido.
Voltou caminhando para casa, arrasado.
E escreveu em seu blog sobre seu dia.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Sem vida

Acaricio um cachorro quando um som me chama a atenção.
Me viro para investigar e sou engolido pelo deserto.
As lágrimas embaçaram a visão das ideias.
Fecho os olhos e, quando abro, estou afundando no oceano.
Neste lugar, o sol é apenas um mito.
Não me movimento. Não ativo sequer um músculo.
Estou sendo sugado para as fossas abissais.
Esmagado pela enorme pressão.
Carregado como um objeto.
Já estou sem vida.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

inst harm

Tão só que dá até um frio na barriga.
E ela não percebe o mal que faz.
Não sei se tenta ajudar,
ou se quer ver tudo pegar fogo mesmo.
"Baby don't hurt me, no more".

Crise criativa

O escritor bate nas teclas furiosamente.
Mas nada sai no papel.
A máquina está quebrada?
Não, funciona perfeitamente.
Não é este o problema.

O músico pega seu instrumento.
Mas, dele já não sai nenhum som.
Desesperado, o músico joga o instrumento no chão.
O instrumento cai suavemente, sem perturbar o absoluto silêncio.

O projetista costumava passar noites em claro.
Criando as mais belas e complexas invenções.
Hoje, o projetista rabisca a lapiseira na prancheta com força,
mas todas as folhas permanecem em branco.

A crise criativa assombra os criadores.
E nada mais será criado.
Não há mais nada a dizer, nada a mostrar, nada a sentir.
A criatividade foi engolida pelo deserto.

domingo, 13 de setembro de 2015

Desculpas

Eu devo um pedido de desculpas.
Àquela bela moça de vestido que olhou para mim, mas que eu não tive coragem de ir conversar com ela.
E também, a mim mesmo, por ter me deixado perder esta oportunidade de conversar com alguém que eu queria conversar.

É fato que mudanças muito profundas precisam ocorrer na minha mente para que eu possa algum dia ter esperanças de não ser alguém tão solitário.
Eu tive medo de conversar com uma pessoa e isto impediu uma pequena parte que contribuiria esta mudança.
E assim eu tive o que eu já sempre tenho: a distância.
E a distância traz o silêncio e a solidão.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Hoje

Tipo quando você toma café sem açúcar, o gosto te assusta, você leva um tiro e morre.
Acontece de vez em quando, né.
Parece que finalmente está caindo a ficha da Fênix.
Acho que agora ela vai abrir um espaço razoável para que eu possa me recuperar em paz.
Também, eu já estou bastante desgastado com isto.
Não sei se ainda há algo de bom nos meus sentimentos.
Deve chegar uma hora em que a gente cansa de dar soco em ponta de faca.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

vazio não zero nada

Oi, Doutor.
Hoje eu queria conversar com alguém sobre um certo trabalho que não está dando muito certo.
Queria poder abraçar esta pessoa, ouvir que tudo vai ficar bem, mesmo que a pessoa não tivesse como saber disso.
O fim de semana não rendeu nada, Doutor.
A minha energia se esvai sem eu ter feito nada, sem ter produzido nada.
Pode sim ser uma recaída, Doutor.
Eu ando meio perdido, e sei que nada vai mudar tão cedo.
Nem vou continuar escrevendo este post.
É como se eu esperasse um final feliz para ele, mas soubesse que não há.

O livro dos lobos

Quem é entendedor da chapeuzinho vermelho sabe como as coisas realmente aconteceram, por isto, não fica pedindo para que mostremos como deixar um lobo comer uma senhora idosa e uma criança e depois retirá-las com vida da barriga do lobo. Aqueles que ficam pedindo isto não estão realmente dedicados a aprender sobre o assunto. E se algum lobo algum dia tentar mostrar como se faz é porque é um lobo saltimbanco e de baixo nível, podendo até matar as duas no processo e descreditando a teoria, em vez de ajudar. Lobos realmente habilidosos e de alto nível jamais se prestariam ao papel de tentar mostrar a um cético como se faz. Até porque, apenas uma experiência jamais convenceria alguém que não está disposto à conhecer o assunto.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Eu não sei voar

A noite é escura e solitária.
A chuva molha meu travesseiro.
Os rios correm pelo meu rosto.
Até chegarem no mar da minha solidão.

Uma linda ave sobrevoa as nuvens dos meus pensamentos.
Distraída, nem percebe que põe fogo em tudo por onde passa.
Voa livre para longe com seus amigos voadores.
Me deixa aqui sozinho no deserto.
Porque eu não sei voar.

Febre Fênix mão na testa verdade

Oi, Doutor.
Hoje o dia teve alguns pontos legais e outros nem tanto.
Acabou que eu fiquei um pouco chateado com algumas coisas.
Nada demais, só queria conversar um pouco, Doutor.
Mas não vai dar pra ser agora, estou indo dormir.
Também não sei porque eu escrevo posts assim, Doutor, sei que são inúteis.
Acho que minha crise criativa está me afetando desde as questões mais profundas até as mais superficiais, como escrever um texto.
É um período um pouco complicado, Doutor.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Abraço de urso

Na minha mente:

Na minha mente, o abraço de urso vai ser algo sem precedentes.
Algo que mudaria a minha vida.
Algo que eu desejo tão intensamente há tanto tempo.
A minha alma chega a se contorcer com a necessidade.
Meus sonhos são inundados pelo abraço.
Minhas noites se tornam sessões de loops intermináveis.
Do momento do tão esperado abraço de urso.

Na realidade:

Provavelmente, jamais acontecerá.
Se acontecer, deve ser algo bem rápido;
E, mesmo se for longo, não significará nada de demais para a Fênix.
Para ela, será um momento como tantos outros.
Algo que ela faz a todo instante com gente muito mais legal que eu.

Na minha mente:

Mas eu mal posso esperar.
Deve ser apenas questão de tempo.
Não custa ter esperança.

Na realidade:

A esperança é a última que morre pois, com seu esmagador poder de destruição, ela mata qualquer um que encontra pela frente, para então morrer anos depois de causas naturais, quando já não existir mais nada.


Quebrando correntes

Me sinto mais leve, Doutor.
Parece que negar meus sentimentos pela Fênix me demandava bastante energia.
Agora eu não me repreendo mais, pelo menos não para mim mesmo.
Vou viver este complicado momento em que me encontro.
Viver cada prazer de conversas, pequenos toques (realmente pequenos, como um aperto de mãos, um tapinha nas costas, na melhor das hipóteses um abraço), ou simplesmente a visão e a presença da Fênix.
Viver também a dor de saber que ela não sente o mesmo que eu e que todos os nossos momentos não têm pra ela o significado que têm pra mim.
Tenho a perfeita consciência que não estou nem perto de ser, sequer, um dos amigos mais próximos dela. Sou apenas um conhecido distante.
Mas, não vou me afastar dela.
Pelo contrário, vou me aproximar cada vez mais.
Talvez isto seja bem uma coisa do tipo "A infinita ausência" (um dos blogs que sigo, tem o link na lista à direita, e que vale a pena ler, infelizmente, ou felizmente, a autora não escreve mais nele), mas eu já disse pra ela o que sinto (infelizmente, de forma muito mais resumida do que eu gostaria) e, pelo menos em seu subconsciente ela terá isto em mente quando estivermos próximos.
Talvez, quebrar estas correntes até me façam ver as coisas de outra forma e permita que esse sentimento se adormeça, para que eu continue seguindo em frente, ou me envolva mais facilmente com outras pessoas.
Bem, tenho que ir, Doutor.
Acho que ainda vou escrever mais um post hoje, e depois vou dormir.
Até mais, Doutor!

domingo, 30 de agosto de 2015

Espontaneidade

Um abraço fácil.
Um toque sem nenhum medo.
Uma conversa inesperada.
Uma curiosidade que passa dos limites sem nenhum receio.
Um sorriso que brota do nada, sem parecer com uma possessão demoníaca.
Fotos tiradas a qualquer momento em qualquer lugar e que ficam boas, mas não são tão importantes assim, pois, tantos outros momentos marcantes virão.
Espontaneidade.

É apenas uma das muitas características ausentes em mim que me distanciam tanto do ser humano.
Veja bem, não estou sendo auto depreciativo, estou apenas aplicando uma auto análise sincera, honesta e com objetivo de engrandecer.
Eu sou automático.
Um robô.
No melhor dos casos, um amigo distante.
Alguém com quem se possa ter uma meia hora de conversa sobre alguns poucos assuntos bem específicos.
Meu medo age como uma barreira, que me impede de entrar profundamente na vida das pessoas.
Apenas superficialmente.
São raras as pessoas com quem eu consigo me abrir, e que se abrem comigo a um nível realmente amplo.

Esta é a conclusão da auto análise.
Agora, como usar isto para ajudar a perder o medo, ampliar a espontaneidade, aprofundar os relacionamentos?
Está aí um bom tema para pesquisa, e um bom tema para outros posts.
Este post acaba por aqui, mas espero o assunto ainda seja devidamente esclarecido.
Voltarei a falar disso em breve.

sábado, 29 de agosto de 2015

Eu me rendo

Ok, eu me rendo.
Eu travei uma verdadeira guerra contra meus sentimentos, tentando controlá-los.
Mas, eu simplesmente não sou forte o bastante para isto.
Tentei usar a razão como ferramenta para me livrar deles.
Mas, quando a Fênix se aproxima de mim, se torna bastante claro que, não existe controle algum ali.
Então eu me rendo.
Não há mais nada que eu possa fazer.
Eu me permito sentir.
Dou asas à minha imaginação, para que ela possa voar e acompanhar a Fênix.
É a atitude mais inconsequente e irresponsável que eu consigo imaginar.
Mas, realmente parece ser a única.
Tentarei, apenas, guiar este sentimento para que, quando tudo eventualmente der terrivelmente errado (e eu sei que é só uma questão de tempo pra isso acontecer) o dano não ser tão grande.

Há algum tempo eu tinha lido este texto no site obvious:
http://lounge.obviousmag.org/coffee_is_my_boyfriend/2015/05/o-peso-de-amar-um-coracao-que-ja-ama.html

Eu discordava completamente. Achava uma idiotice sem tamanho viver um sentimento que, certamente, não tem futuro.
Mas, por outro lado, acabei chegando nessa como sendo a única opção.

"Sinta, sinta muito – sinta o sublime do amor dentro de ti, sinta o fardo de não ser você o protagonista dessa história romântica", diz um trecho do texto, e é exatamente isto o que vou fazer, até que alguma coisa ocorra que me faça ser capaz de sair disso.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O sonho da Fênix

Fica ela sonhando lá, e eu sonhando aqui.
Por que não juntamos os sonhos e transformamos em realidade?

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

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Me manter seguindo o plano da minha assembléia mental é bem difícil, Doutor.
A influência diária do vírus dificulta um pouco as coisas.
Mas temos que ser fortes, Doutor.
Vai passar.

domingo, 23 de agosto de 2015

Desafios vencidos

Hoje foi um dia incrível, Doutor.
Daqueles que eu já tinha esquecido que existia.
Encarei dois gigantes desafios em um só dia.

O primeiro: depois de uma reunião sobre um trabalho com meu grupo, saí com as pessoas e comemos em uma lanchonete! E a Fênix estava lá, Doutor! Eu sentei na mesa, de frente para a Fênix e uma amiga dela! E elas me pagaram um cookie de chocolate com pingos de chocolate branco que estava realmente muito gostoso! É porque eu estava meio sem dinheiro, Doutor, mas eu vou recompensá-las algum dia!

O segundo (e pior de todos): Um dos caras do grupo me chamou pra ir na casa de um amigo dele para tocar guitarra!!! Sim, Doutor, isto realmente aconteceu! O amigo dele tem um quarto com isolação acústica e toca bateria. E o mais incrível, Doutor, foi eu ter aceitado isso! Morrendo de medo, mas aceitei. E eu fui pra casa de uma pessoa desconhecida para tocar guitarra!
Os dois caras são muito gente boa.
É claro que, eu mais atrapalhei o ensaio deles do que qualquer outra coisa, Doutor!
Mas, mesmo assim, deu pra tocar algumas músicas e eu me diverti loucamente!
Até cantei algumas músicas, Doutor! E olha que eu não sou de cantar nem sozinho!

Enfim, Doutor, hoje foi um dia realmente especial. Foi um dia em que eu vivi, não apenas sobrevivi. Venci medos quase invencíveis!
Talvez o universo só tenha ficado maluco por um instante, mas talvez, seja finalmente o Guilherme do futuro chegando, Doutor!
Esperemos para ver...

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Temporariamente morto

Que tipo de coisa nós escutamos hoje, Doutor?
Foi uma daquelas coisas que a gente simplesmente finge que não existe?
Aquilo que torna humanos os humanos?
Aquilo que nos torna não humanos?

Seja o que for, nos deixou tão desestabilizados, que até a Fênix percebeu e disse:
"Ei, se tiver alguma coisa que você queira conversar. A gente pode conversar a respeito".
Mas, não há nada que ela possa fazer, Doutor.
Não há nada que eu, nem ninguém possa fazer.
Tá tudo tão errado que o guilherme se suicidou e foi congelado para apenas acordar no futuro.
Quem anda por aí respondendo pelo nome de guilherme é apenas um corpo sem alma.
O guilherme não existe. Está em animação suspensa.
O guilherme está temporariamente morto.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

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Doutor, eu tinha umas coisas importantes pra fazer hoje.
Mas estou com uma leve infecção de garganta, então a preguiça bateu nos níveis infinitos.
Hoje deve ter sito um dos dias de maior prejuízo da minha vida!
Pâncreas.
Pâncreas no ventilador.

O homem simplesmente não aguentava mais.
Ele pegou seu barco e remou até o centro da cidade.
Chegando lá, ele entrou em depressão quando percebeu que era um idiota.
Sim, ele era um idiota, sempre foi.
Ele não sabia o porquê de ter tido um pequeno lapso de esperança no passado.
Mas agora ele sabe que é um idiota.

As estrelas olham para aquele homem e riem, pois ele oferece fezes ao reino.
Fezes.
Fezes.
Oi!! eu me alimento de fezes!!

Ok, Doutor, vou parar de escrever besteiras e ir fazer algo útil.

domingo, 16 de agosto de 2015

11112 - Cego para as ideias

Me desculpe escrever 3 posts no mesmo dia, Doutor.
Sei que você anda muito ocupado.
Mas é que eu estou meio inquieto, talvez ansioso hoje.
Eu deveria arrumar ideias para o trabalho que meu grupo vai apresentar este semestre na feira tecnológica, mas minha inspiração está perdida...

em alguma lata de lixo pela cidade;
na sola de algum sapato;
agarrada em algum pneu;
grudada em algum chiclete;
num cano de descarga de um vaso entupido;
no livro que alguém nunca mais vai ler;
na ignorância das pessoas à linda lua crescente;
na fotografia jamais tirada;
no bico de algum urubu;
na memória de alguém em coma;
num cemitério abandonado e desconhecido;
na bíblia de um crente não praticante;
no meu anel de namoro;
nas minhas promessas de amor;
na minha vida social;
no cocô que alguém fez há 4 anos atrás;
nas minhas lágrimas;
no fundo das fossas abissais da minha solidão;
no fundo do poço, kilômetros acima de onde eu estou...

Estou cego para as ideias, Doutor.
Espero que meus colegas pensem em alguma coisa.

Assembléia mental

Oi, Doutor!
Reuni uma assembléia mental há uns dias atrás.
O vírus da Fênix havia se tornado forte demais.
A decisão foi de eliminar qualquer relacionamento pessoal com ela, Doutor.
Muito triste, eu sei.
Não queria que fosse assim, até porque, isto já aconteceu antes.
Mas, sendo tão absurdamente solitário como eu sou, Doutor, eu não suportaria conviver com a obsessão.
Eu perdi o destaque acadêmico do semestre passado, Doutor.
Se isso foi por causa da Fênix? Eu não sei.
Mas, se eu não eliminar isto, este semestre eu definitivamente vou perder mais que isto.
Posso perder até minha sanidade mental, se é que eu ainda tenho alguma.
As vezes eu penso que, na verdade, já estou internado em algum lugar preso a uma camisa de força trancado numa sala acolchoada e tudo isto aqui é apenas uma ilusão da minha cabeça.
Acho que eu até já escrevi isto em algum post alguma vez...

Eu sinto muito por tudo que eu perdi, Doutor.
Sinto muito por ser assim.
O presente está morto, Doutor.
Um corpo sem alma.
Um cadáver.
Uma casca podre, sem ação, apenas carregada pelo vento.
O futuro não sabe o quão sortudo é por estar existindo (se é que vai mesmo existir).

Mercúrio

Eu já tentei tanto encontrar Mercúrio no céu.
E agora, o encontro quase que acidentalmente, junto com uma linda lua crescente.
Há tempos atrás, eu tinha a esperança de chegar um momento em que eu poderia compartilhar esta vista com alguém.
Mas, parece que este momento realmente não vai chegar.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Me tire de mim

Doutor, por favor, faça alguma coisa!
Me leve pra algum lugar distante, a alguns anos daqui...

Doutor, por favor, me tire daqui!
Me tire de agora!
Me tire de mim!

Conflito

"Mas, não sei se devo tentar isso com ela" - não...
"Mas, não sei se posso tentar isso com ela" - hum, não...
"Mas, não devo tentar isso com ela mais." - Nossa.. essa doeu, mas acho que tem que ser assim.

Eu estou num conflito comigo mesmo, Doutor.
Ora eu estou decidido a esquecer isso, ora eu ainda penso (mesmo que sem querer) que ainda tem algum jeito (mesmo que realmente não tenha).
Mas é só uma crise.
Vai passar.

O robô em apuros

Doutor, parece que temos uma visita indesejada no deserto.
É, nada mais nada menos que a Fênix.
Sim, Doutor, isso de novo.
Estamos em sérios apuros.
Pensávamos que nosso medo era o pior inimigo, mas agora que o vencemos, nos vemos ainda mais perdidos.
Pensávamos que o oceano era a fronteira final, mas apenas descobrimos que o mundo é redondo.
Os monstros do oceano não são nada comparados às ameaças do universo.
Mas, nós vamos dar um jeito nisso, Doutor.
Vou pensar no assunto e conversamos mais depois.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

O Filósofo em apuros

Oi, Doutor!
Hoje presenciei uma cena bastante interessante.
Marquei com o meu amigo Filósofo de procurarmos uns livros sobre espiritismo na biblioteca.
Pedi a ele que me indicasse os que fossem mais "espiritualismo para retardados", para que até mesmo alguém do meu nível conseguisse entender.
Enquanto andávamos pela biblioteca, encontramos uma menina que não era bem "uma" menina, mas aparentemente, para o Filósofo, era "a" menina.

A cena foi realmente bela e intrigante, Doutor!
Ela passava por nós apressada quando ele simplesmente a parou pegando no ombro dela. Os dois se abraçaram, eles conversaram brevemente, ele disse algo como "Tô realmente muito feliz de te ver aqui" e aí eles ficaram se olhando nos olhos por um longo tempo, sem dizer nada. Devem ter passado uns 10 segundos de olho no olho em silêncio, Doutor! Tempo suficiente para que nós morrêssemos 256 vezes se estivéssemos olhando no olho de alguém! Depois ele disse mais alguma coisa sem muito sentido, ela também concordou sem muito sentido, os dois ainda mantendo o olho no olho. Este incrível momento se delongou bastante, até que eles se despediram dizendo que conversariam em breve por e-mail.

O efeito deste inesperado encontro foi notável sobre o Filósofo, Doutor.
Ele quase entrou em estado de choque, e por uma boa razão.
O Filósofo me disse que aquela menina era um (se não o) grande amor de sua vida que ele não via há muito tempo.
Para piorar a situação, o Filósofo está atualmente em um relacionamento estável há aproximadamente dois anos.
Eu disse a ele para correr atrás dela! Mas, ele disse que não faria isto e nem se comunicaria com ela por um tempo.

Inicialmente, eu pensei que ele estivesse fugindo da ação por medo do que pudesse dar errado, porque seria como eu estaria me sentindo se fosse comigo.
Mas, é claro, não é prudente tentar comparar os sentimentos de um humano com os que eu teria se estivesse no lugar dele. Os humanos não tem o medo na forma tão destruidora quanto a que eu tenho.
Ele me explicou que não era medo, mas que precisaria dar um tempo para si mesmo, para saber exatamente como ele se sentia sobre isso e pensar sobre o que deveria fazer.

Assim foi a aventura de hoje com o Filósofo em apuros, Doutor.
Tomara que possamos algum dia saber o fim dessa história.
Se souber, eu conto aqui no blog.
Vamos torcer para que, aconteça o que acontecer, eles encontrem paz e felicidade!

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

cfghn47

Oi, Doutor.
(20 minutos)
Acho que o gato comeu minha língua.
Tô meio mal hoje.
Tudo dá muito errado, Doutor.
Tão errado..
O fracasso excessivo me desequilibra por alguns instantes.
Vai passar, Doutor.
É só eu fechar os olhos e esquecer do presente.
Me transporte para o futuro, Doutor.

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Que bom![2]

Haha, Doutor.
Agora deve ser mais um
"Estou realmente feliz que você não se matou! Tchau!"
E fosse embora.

Acho meio desnecessário, mas tudo bem.
"Amarras sociais" né?
Com o tempo deve diminuir.

domingo, 2 de agosto de 2015

Andando pelo vale

Oi, Doutor!
Estou meio pra baixo hoje.
Não muito, não precisa se preocupar, Doutor.
É só que, eu tô caminhando por um vale.
Em breve devo estar no alto de novo.
Andei revendo alguns artefatos do passado,
relembrando alguns momentos.
Acabei me sentindo um pouco vazio e solitário no deserto.
É uma coisa transitória, Doutor, eu sei que é.
Ainda tem coisas legais vindo por aí.

sábado, 1 de agosto de 2015

Que bom!

É como se dissesse:
"Que bom que você não se matou! Tchau!"
E fosse embora.

Mas é assim mesmo, Doutor.
Temos essas amarras sociais.
Nós temos e as goiabas também têm.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Acabou o fim

Estão acabando as férias.
Está acabando a proteína.
Está acabando o transporte.
Está acabando o dinheiro.
Está acabando a paciência.
Estão acabando as opções.

O que mais está acabando?
A solidão está acabando?
Acho que a depressão está acabando.

O fim com direito a recomeço.
E o recomeço traz boas oportunidades.
Estou esperançoso quanto ao futuro.
Me aventurei bastante nos últimos tempos.
Acho que minhas aventuras e experiências ajudarão a trazer coisas boas.
Por mais que o futuro próximo pareça bem nebuloso e incerto.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

É bonito ser feio!

E o velho sábio filósofo barbado veio a mim e disse:
"É bonito ser feio!"
A montanha veio ao homem que teve fé para dizer:
"É bonito ser feio!"
E o Deus veio ao mundo para dizer à sua criação:
"É bonito ser feio!"

terça-feira, 21 de julho de 2015

Estou bem

Andei sumido do blog, Doutor.
Este é o meu jeito de dizer "estou bem", sei que é meio estranho, Doutor.
Apesar de que, voltar aqui hoje me preocupa um pouco.
Mas não é nada, Doutor.
Eu até viajei no fim de semana passado, enfrentando alguns medos intensos.
É claro que, o universo deu um jeito de estragar quase tudo até nesta viajem.
Mas, foi divertido mesmo assim.
E nós tentaremos de novo no próximo fim de semana.
Sim, "nós"! Fomos eu e mais três amigos. Por isto todo aquele medo do qual falei.
Vou fazer o que eu puder para vencer a depressão, Doutor.
E quero recuperar meu hipocampo também.
Minha memória de curto prazo já está melhorando bastante, e quero melhorar cada vez mais.
Até mais, Doutor.
Volto a postar em breve.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Pato da sorte

Oi, Doutor!
Ontem foi a segunda vez que eu fui num show da banda Pato Fu.
Nas duas vezes, eu cheguei 1 hora atrasado e achei que o show já tinha acabado, mas na verdade, ainda nem tinha começado.
Parece que Patu Fu realmente é a minha banda de sorte.
E quase que eu perco este show. Pois, eu estava realmente desanimado, e um bocado de coisas anda dando errado. Eu fui me arrastando, lutando contra a voz que me dizia pra ficar em casa e não fazer nada. Mas, de alguma forma, consegui reunir forças e fui.E apesar da solidão intergalática que eu sentia, quando eles começaram a tocar, eu me diverti como há muito tempo não fazia. O show foi realmente muito bom, Doutor! Muito animado, a Fernanda Takai linda dançando loucamente, os caras tocando demais também.
Fiquei muito feliz de ter ido, mesmo que tenha ido sozinho e saído de lá sozinho (ao contrário da última vez que eu até incrivelmente arrumei uma companhia lá! hehe!).
As coisas estão meio pra baixo agora, Doutor. Mas o show ajudou bastante, e talvez, ainda tenha muito o que melhorar.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Olá, Doutor!

Oi, Doutor.
Passei aqui para dizer que eu estou bem.
Me desculpe por sumir assim, deve ter ficado preocupado com meus últimos posts.
Estamos sozinhos no meio do deserto, e as vezes ainda dá uma pequena recaída e nós ficamos um pouco pra baixo, mas no geral, acho que está tudo indo bem, ou pelo menos, se recuperando.
Em algum tempo, eu devo voltar a escrever alguma coisa que preste neste blog.
Até mais, Doutor!

quinta-feira, 2 de julho de 2015

ç~liuygrsZ\

E então, Doutor?
Eu me deixei abater?
O universo venceu?

Me desculpe, Doutor.
Talvez eu só esteja com um pouco de sono.
Por isto tudo está desmoronando ao meu redor.
Vou tentar melhorar minha mente e voltarei para conversarmos.

Obrigado por me ouvir, Doutor.
Eu não mereço que você converse comigo.
Não mereço os amigos que tenho.
E, principalmente, não mereço os romances que me são negados.
Por isto sempre são negados.
Eu não sou uma pessoa, tenho que entender isto.
Mesmo se meus sentimentos fossem bons o bastante,
minha ingenuidade ainda me faria não merecer.

Enfim, vou parar de escrever agora.
Obrigado, novamente, por me ouvir, Doutor.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

"Eu não gosto de você"

E, assim que eu cheguei na casa de um amigo, a sobrinha dele de três anos de idade olhou pra mãe, apontou para mim e disse "Eu não gosto dele".
Na hora, todos riram e meu amigo disse "Gosta sim, ele é o Guilherme, nosso amigo!".
É interessante nos depararmos com uma sinceridade plena como a daquela garota, Doutor.
Ela sentiu o que todas as pessoas ao meu redor sentem, mas ela disse isso em voz alta para todos ouvirem, inclusive eu.
Ela sentiu a minha aura maligna, a minha negatividade, a substância sutil que me cerca e que faz com que eu seja este cara sem graça, tímido, solitário...
E ela, ao contrário de todas as outras pessoas, não viu necessidade de ocultar isto, não sentiu medo ou vergonha de dizer.
Bem, Doutor, eu sinto muito por fazer um post tão auto depreciativo assim. Sei que eu estava evitando este tipo de coisa, mas, como pode ver, eu não estou me sentindo muito bem estes dias.
É claro que eu me entristeço um pouco com o abandono da Fênix. Por alguns momentos, acho que eu tive uma real ponta de esperança.
Mas, já acabou agora.
Vou tentar me animar um pouco, Doutor.
Depois tento voltar a escrever posts mais positivos.
Até mais, Doutor. Obrigado por me ouvir.

A prisão

O andarilho abre os olhos e vê o céu azul.
Acordando daquele belo sonho.
O sol queima sua cara.
Está deitado no chão de barriga para cima.
O infinito chão do deserto.
Não existe mais a Fênix.
O sonho acabou.
Mas o andarilho finalmente se sente livre outra vez.
Em sua prisão que é o deserto.

sábado, 27 de junho de 2015

O de sempre

Oi, Doutor!
Tudo bem com você?
Comigo tá tudo "bem"!
Não exatamente do jeito que eu gostaria.
Enfim, eu que estava com a consciência pesada por estar atacando dois alvos ao mesmo tempo, não acertei nenhum dos dois.
"O de sempre".
Mas larguei tudo pra lá.
Dei meia volta e fui fazer outra coisa.
Pelo menos por enquanto.
Depois vejo o que vou fazer sobre isso, se não der preguiça.
Ou eu simplesmente mando tudo pra aquele lugar...
Vamos ver, Doutor. Vamos ver o que vai dar.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

O fim

Não é justo comigo, me deixar sem resposta por tanto tempo.
É como se eu fosse apenas um robô.
Mas o que eu sou?
 - Aqui diz "Um robô caminhando por um gigantesco e solitário deserto."
Não estou certo.
Mas, talvez, eu seja mesmo um humano.
Talvez eu tenha o meu valor.
E é cruel que eu seja menosprezado assim.

Será que é justo?
Será que é a pena do crime?
O crime de expressar de forma direta, clara e objetiva os verdadeiros sentimentos internos?
"Sentimentos de natureza quase humana"!

Juro pela minha percepção de todas as estrelas do céu, inclusive o sol, que este será o meu último recurso com a Fênix.
Dessa vez é sério. Não haverá segundas chances.
Será realmente o fim.

Ansiosiesistidade

Doutor...
Já faz três dias!
E se ela nunca responder?
O que será de nós?
Doutor... Eu não quero ficar louco, Doutor!
Por que ela está fazendo isto?
Doutor, Eu estou obcecado. Insano.
Estou perdendo minha lucidez.
Tenho medo de abrir os olhos a qualquer momento e me ver preso em uma camisa de força dentro de uma sala acolchoada.
É como se cada segundo contivesse toda a história do universo.
Fênix, eu te imploro, por favor...
Te imploro com tudo o que tenho em mim...
O que fazer, Doutor? O que fazer?
E se ela nunca responder?
Nunca responder!
Nunca!
Jamais em toda a eternidade...
Fênix, se você estiver lendo isto, eu...
Se você estiver lendo isto...
Eu tenho uma coisa pra te falar.
Fênix...
Eu...

terça-feira, 23 de junho de 2015

Ansiosiedade

Doutor, sinto como se meu pâncreas estivesse sendo retirado pedacinho a pedacinho utilizando apenas uma pinça.
Vou perder minha cabeça. Vou enlouquecer de vez.

Esta música se chama "Countdown to death" do Doom II, que eu tanto joguei quando era mais novo (e ainda jogo as vezes). Ela resume o que estou sentindo agora.
A contagem final para a morte.
Só que é como se ela estivesse tocando há várias eternidades!

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Ansiedade ansiosidade

Doutor.. esta ansiedade está me matando!
Tem tanta coisa passando pela minha cabeça!
E, a cada mensagem que eu envio para a Fênix, ela demora dias, ou até semanas pra responder!
É como se estivéssemos escrevendo cartas de novo, Doutor!
Estou com dificuldades em me organizar e me concentrar, em ler, em fazer qualquer coisa!

Se bem que, hoje eu estou meio sonolento também.
Tive que acordar cedo atoa. Um babaca aí que eu nem conheço, não sei nem o nome amigo de uma amiga minha me pediu ajuda em uma matéria. Eu disse que sim, é claro, e marcamos de estudar hoje cedo. Em cima da hora, o cara disse que não ia poder.
E você sabe que eu fico bastante estressado o dia todo quando acordo cedo atoa, né, Doutor.
Talvez seja só isso.
Vou tentar ficar mais calmo e fazer alguma coisa tranquila.
Obrigado por me ouvir, Doutor. Eu realmente precisava desabafar.
Se a Fênix finalmente disser alguma coisa, eu te conto.

A delícia do algoz ou o resgate da Fênix

Doutor, a Fênix ainda não me respondeu.
Isso me faz começar a imaginar... "E se ela estiver pensando no assunto? E se ela realmente estiver apenas com medo de que tudo dê errado? Será que ainda existe uma chance?".

O algoz está se deliciando com o sofrimento do condenado, antes de finalmente lhe tirar a vida.

O corpo do condenado está intensamente ferido.
Mas ele ainda respira.
Ele ainda pode viver!

O algoz prepara a lâmina para o golpe final.
O golpe de misericórdia.
O golpe que o livrará da angústia, mas também da vida.

Dois eventos podem ocorrer daí.
Existem dois finais para a história do condenado.

Eis que, finalmente a lâmina lhe arranca a cabeça de uma só vez!
E será o fim definitivo desta história.

Ou, a Fênix pode surgir milagrosamente!
Com sua coragem e piedade, resgata o condenado daquele terrível lugar!
Com suas lágrimas e afeto, o cura de todos os ferimentos!
E com seu beijo, o transporta para outra dimensão, a qual só se pensava existir em sonhos de fantasia e lendas.

Esperaremos para descobrir.

domingo, 21 de junho de 2015

A gigantesca carta

Caramba, Doutor!
Eu enviei para a Fênix a maior mensagem que já escrevi na vida para alguém.
Foi quase que um post do blog em formato de mensagem.
Infelizmente, não pôde ser uma carta de verdade, foi só uma mensagem dessas digitais mesmo.
Mas foi algo bem profundo, bonito, poético, filosófico.
Eu leio e releio várias vezes, não me canso.
Ficou tão bem escrito, tão inspirador!
É uma pena que, acho que não vai dar em nada.
É extremamente careta ser tão profundo hoje em dia.
E também, Doutor, nós já sabemos um pouco sobre ela.
Por mais que ela tenha feito algumas revelações incríveis, nós não estamos nem próximos de estarmos ao nível dela ainda. (Sei que estamos tentando aumentar nossa auto confiança e auto estima, Doutor. Por isto, coloquei o "ainda" na última frase.)
Mas, está sendo uma experiência incrível.
Nunca pudemos conversar tão profundamente com uma "vítima" antes.
Teremos uma baita história pra contar depois disso, Doutor.
Infelizmente, não sobre "Como conseguimos conquistar a Fênix", mas, pelo menos sobre "Como pudemos ter uma conversa tão profunda com alguém de quem gostássemos muito".

sexta-feira, 19 de junho de 2015

O silêncio

Era um belo dia no deserto, mas o andarilho não estava satisfeito.
Ele estava sofrendo uma crise mental, sua vontade de sair do deserto o consumia.
Tantos rostos passavam por sua cabeça, tantas formas de se construir uma nave e sair dali, tantas coisas legais para se fazer, num universo tão grande a ser explorado!
Ele gritava diversos nomes insanamente.
Suplicando para que qualquer um pudesse ouvir!
E quando ele finalmente se calou, ofegante, pôde ouvir o eco de seus próprios gritos refletido nas montanhas, e logo após, o silêncio.
Não havia ninguém naquele planeta que pudesse responder o seu chamado.
Até mesmo o vento aos poucos se calou.
Agora ele nem podia ouvir a própria respiração, ou os batimentos do coração.
O silêncio recaiu sobre ele como uma terrível maldição, como se fosse a mais pesada das pedras do deserto.
De fato, o silêncio foi tão pesado, esmagador, desesperador, vazio, que ele não aguentou e caiu de joelhos no chão do deserto, de cabeça baixa, com um aperto no peito que o impedia de respirar, tudo foi ficando cada vez mais escuro.


Aos poucos, o vento retornou, como quem tivesse perdido a curiosidade e voltado ao seus afazeres.
As aves do deserto voltaram a gritar secamente.
Sua visão voltou aos poucos a fazer sentido: via o infinito chão de areia tocando o céu azul quase branco no limite do horizonte.
Sua respiração ruidosa começou a ser sentida novamente.
Ele se levantou, fechou os olhos, respirou fundo e gritou, desta vez, não um nome em específico, mas uma manifestação de solidão, frustração e desespero!
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!...
A terra começou a tremer.
Seus pés começaram a levantar do chão.
Ele foi rapidamente ganhando velocidade vertical.
O andarilho agora acelerava como um foguete para longe do deserto! Além da velocidade do som! O ar se ionizava ao seu redor, tamanha energia de sua fúria! Raios poderosos partiam dele em todas as direções!
A medida que ganhava altitude, a atmosfera foi ficando extremamente rarefeita e todos estes efeitos foram desaparecendo.
De uma vez, ele parou de gritar e olhou para baixo.
O planeta deserto tinha ficado para trás, e ficava cada vez menor no espaço sideral.
Ele havia conseguido sair, sem nave, sem nada, apenas de sua fúria e força vontade.
O andarilho foi tomado por uma alegria que ele não conseguia se lembrar de ter sentido antes.
Finalmente não seria mais um andarilho solitário no deserto, mas sim um viajante do universo.
Estendeu para cima o braço com o punho fechado e pôde sentir sua velocidade aumentar cada vez mais.
Não ficaria mais sozinho, pois, com este novo poder, ele poderia ir até quem ele quisesse!
Mas, poderia haver um final feliz para a história deste castigado andarilho?


Aos poucos, aquele breve sonho foi se desfazendo.
O sorriso ainda estava em seu rosto, mas o sol queimava seus olhos.
Ali estava o andarilho, deitado no chão de barriga para cima, o chão do seu tão conhecido deserto.
Parecia tão real, mas não passava de mais uma ilusão.
Um colapso mental originado de uma vontade infinita porém impossível.
Impossível?
As palavras "Nada é impossível" passaram por sua mente.
O andarilho agora tinha um sonho, ele viu seu sonho, conheceu seu sonho.
Chega de silêncio, o andarilho vai correr atrás deste sonho.
E se ninguém for com ele, então como sempre, ele vai sozinho!

quinta-feira, 18 de junho de 2015

A orquestra fantasma

I
Sobreaquecimento pelo sol.
Infecção de algum ferimento.
Queda de um alto desfiladeiro com a cabeça em alguma pedra afiada.
Picada de algum animal venenoso.
Não se sabe ao certo como o andarilho chegou nesta conclusão.
Mas ele estava determinado a assistir a orquestra que tocaria no deserto.

II
Mandou um sinal de fumaça, visível a uma enorme distância, para que todos que pudessem ver fossem assistir a orquestra também.
Até mesmo a Fênix, depois de tudo, ela ainda estava convidada.
E logo começou a caminhada em direção ao local marcado.
Ele andou, andou e andou.

III
...

IV
O andarilho finalmente chegou no lugar marcado.
E lá ficou esperando pela orquestra e pelos convidados.
Que nunca apareceram.
A esta hora, só restavam os fantasmas.
O andarilho sabia que estavam ali.
Mas não podia ver nem conversar com eles.
Decidiu ir embora, mesmo sem ver o show.

V
Hoje, o deserto venceu.
A solidão o dominou completamente.
Deitou-se no chão e se perdeu um pouco em seus pensamentos até adormecer.
"Eu estou tão feliz, porque hoje encontrei meus amigos.
  Eles estão na minha cabeça."

sexta-feira, 12 de junho de 2015

A fogueira negra

O andarilho se senta próximo à uma fogueira negra no deserto.
É muito comum encontrar estas fogueiras lá.
Provavelmente, ele mesmo deve ter deixado ela lá queimando, há tanto tempo atrás, que ele não se lembra.
A fogueira negra suga a luz, a temperatura e os bons sentimentos, por isto, nas suas proximidades, o clima é sombrio, triste, escuro, frio e solitário.
Ele deita no chão de areia gelada e se encolhe.
Deve passar um tempinho ali perto da fogueira negra.
Pensando em alguma coisa, ou apenas praticando a sua inexistência.
Ele chegou à decisão de que, talvez algum dia, ele saia de perto da fogueira, talvez quando se sentir mais animado.
Sim, ele gosta de loops infinitos e condições impossíveis de serem alcançadas.
Talvez algum dia ele saia de lá.

Mais um dia dos namorados no deserto

Hoje é o dia de tirar zero em todas as provas.
De tomar bomba em todas as matérias.
De assistir aquele mesmo filme da semana passada, e da anterior..
De construir uma nave que explodirá antes de sair do deserto.
De pensar na música que gruda na cabeça mas nunca toca no rádio.
De passar o décimo segundo dia dos namorados no deserto.

Hoje é o dia em que todos os casais do mundo se reúnem em um ritual, onde eles absorvem todas as energias dos forever alones para usar em suas coisas felizes de casais que os forever alones sequer podem imaginar que existem.

É apenas um ótimo dia para não sair de casa, ou para dormir até o dia seguinte, ou para não acessar nenhum veículo de comunicação... enfim.
Feliz dia dos namorados.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

O universo está se divertindo

Doutor, o universo está se divertindo um pouco às minhas custas.
Tentando ver até onde eu consigo.
Mas eu não vou desistir.
Ainda há uma pequena esperança.
Vou lutar até o fim.

E não estava falando da Fênix, Doutor.
Eu já não espero mais nada dela.
E não é que eu tenha desistido dela.
Com ela, eu fui até o fim.
E só chegou o fim, por que não dependeu de mim.
Não me arrependo de ter me declarado, e nem da forma com que fiz.
E se ela de fato fugir de mim, então isso apenas significa que eu deveria ter feito isso há muito tempo atrás.
Eu apenas fui sincero, não fiz nada de errado.
Pelo menos desta vez, não fui estúpido de inventar falsas esperanças.
Eu já sabia desde o início que não havia chance, mas eu consegui vencer o medo e encarar de frente o inimigo que me eliminou com o golpe da ausência.
Estou orgulhoso de mim mesmo, Doutor.
Apesar estar tudo desmoronando, eu estou satisfeito, pois vou ter muito o que lutar para reconstruir!
Viva a ruptura radical com a vida!

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Cabelo

Minha incompatibilidade com este planeta se torna cada dia mais absurda, Doutor.
Eu realmente não combino com toda essa gente.
Não que eu seja melhor que ninguém.
Na verdade, é bem porque eu sou muito pior que todos eles.
Eu sou fraco.
Indefeso.
Sem ação.
Desprezível!
Me desculpa, Doutor. Eu não queria ficar nos xingando assim.
Mas é porque realmente é difícil.

O meu cabelo é a parte do meu corpo que eu mais gosto.
Aliás, acho que é a única parte que eu gosto.
Talvez, algum dia, eu separe apenas o meu cabelo, e destrua todo o resto.

Valor

Ah, Doutor.
Agora eu já estou questionando minhas próprias vontades.
Estou começando a duvidar do que disse para a Fênix.
Ela é tão evasiva, tão distante, indefinida.
Ela tem até sábado para me convencer do contrário, Doutor.
Eu também tenho o meu valor. Não mereço ser tratado assim.
Tudo bem que é um valor bem baixo.
Mas ainda é um valor!
E eu estou disposto a lutar para evoluir!
Só quero que isto acabe logo, Doutor.

O topo da montanha

O andarilho solitário, depois de muita dificuldade, finalmente conseguiu alcançar o topo da montanha.
Quando chegou lá, desmaiou por falta de oxigênio.
Agora o frio suga sua vida lentamente.
Enquanto ele permanece inconsciente.

Agora que ele chegou lá, existe outra montanha, muito mais alta, a ser escalada.
Mas como ele vai sequer tentar, se permanecer morto naquele lugar desolado?
Abandonado, sem nenhuma ajuda, nenhuma motivação, sem oxigênio.

Eu estou com a cabeça sob as rodas de um caminhão, Doutor.

Por um lado, isto é bom, pois significa que eu estou fazendo aquelas doideiras de novo.
Vivendo a vida, ou pelo menos tentando.

domingo, 7 de junho de 2015

nhgre2

Ei, Doutor.
Apesar de tudo isto, estou com muita preguiça para escrever agora.
Depois a gente conversa, Doutor.
Até mais.


"Eu gosto de você"

 - Então, o que eu tinha que te falar era que... eu gosto de você.
 - Ok, obrigado. Era só isso?
 - Sim, só isso mesmo.
 - Então tchau.
 - Tchau.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Não sei

Doutor, eu nem mesmo sei o que escrever aqui.
Não consigo formular minhas ideias.
Não sei ao certo o que aconteceu.
Acho que minha nave quebrou de novo.
Não sei o que vou fazer agora.
Não consigo abrir meus olhos.
Sempre que descubro que estou sonhando, acordo em outro sonho.
Eu lamento muito, Doutor.
Mas ao mesmo tempo, estou feliz pelo que fiz.
Eu queria pelo menos poder ter conversado.
Eu até tentei.
Mas ela não deixou.
Não tenho como lutar contra isso, Doutor.
Estou tão anestesiado, Doutor.
Eu sou um cubo de gelo.

Foi uma semana e tanto, Doutor.
E agora eu não estou em condições de tomar nenhuma decisão.
Nem estou em condições de pensar em nada.

Vou deixar isto pra lá de uma vez por todas.
Vou tentar de novo.
Vou insistir em uma conversa.
Vou sumir do mapa.
Vou esperar a próxima oportunidade.

Realmente não estou em condições de tomar nenhuma decisão.
Nem estou em condições de pensar em nada.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Tão romântico como um acidente de carro

Hoje eu fiz uma coisa incrível, Doutor.
Eu confessei para a fênix meus sentimentos por ela.
Da forma menos romântica que eu já pude presenciar em toda a minha vida.
Pra você ter uma ideia, Doutor, eu dei isto de presente pra ela:

Pois é. Pode rir, Doutor.
Eu ri de mim mesmo por ter dado isso.
Ela teria rido também, se não estivesse em estado de choque.
Mas não foi um presente de "quero namorar você".
Como eu disse pra ela, é um símbolo da amizade que existe entre nós que não vai diminuir.

Mas, Doutor, eu precisava fazer isto.
Eu não podia guardar isto comigo!
E não me arrependo de ter feito.
Sei que agora tudo vai ficar meio constrangedor.
E ela pode sair contando pra todo mundo, fazendo tudo ainda pior.
Mas eu não me importo.
Eu fiz o que precisava fazer.
E agora eu vou até o fim.
Vamos ver o que vem agora.

domingo, 31 de maio de 2015

Pedra imaginária

O andarilho conseguiu construir mais uma nave para tentar escapar do deserto.
Conversava com uma pedra imaginária que estava próxima para tentar ganhar confiança.
 - Então você vai tentar sair deste planeta usando uma nave que você construiu apenas com coisas que achou no deserto?
 - Sim, e eu não faço ideia de como pilotar esta coisa.
 - Mas não foi você mesmo que construiu?
 - Foi! Mas não tinha tinta, nem papel, por isto não pude fazer um manual de instruções!
 - Oh!
Visivelmente nervoso, e com as mãos tremendo ele consegue dar a partida na máquina que começa a levantar vôo.
 - Você já tentou sair do deserto antes?
 - Sim. Umas duas vezes. Da primeira vez, a nave explodiu antes de chegar nas nuvens. Na outra vez, eu já estava no espaço sideral quando a nava simplesmente se desintegrou. Eu ainda vaguei pelo espaço completando umas 4 órbitas antes de cair de volta ao planeta deserto. Foi extremamente doloroso.
 - Bem, boa sorte. Tomara que dessa vez dê certo!
 - Isso mesmo! Vamos lutar até o fim!
 E partiu com a nave em direção ao céu.
Vamos descobrir apenas daqui a dois dias o destino do andarilho.

Tudo errado!

Doutor, hoje eu estou me sentindo péssimo.
Eu estava preparado para o ataque,
mas o alvo não apareceu.

Era para ter sido hoje, Doutor.
É incrível o quanto as coisas lutam contra nós.
Por que nada pode dar certo quando tentamos um ataque desses?
E tudo isso para ouvir uma resposta que já sabemos qual será.
Apenas estamos nessa para livrar nossa consciência.
O alvo esteve lá, naquele horário todos os dias!
No dia do nosso ataque, o alvo não estava lá!

Mas terça feira, teremos uma nova chance, Doutor.

Estou com muito sono para continuar escrevendo.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

A reta final 2

Dessa vez, vai ser amanhã.
Mas, vai ser igual a anterior.

Confesso que estou bastante desmotivado a seguir o caminho.
Mas eu não vou pensar nisso.
Vou criar esperanças do nada.
Não importa se tudo conspira contra.
Aliás, tem até bastante coisa conspirando a favor, e eu não estou aproveitando corretamente.
Mas, não importa se quase inexiste chance de sucesso.
Eu vou criar esperanças do nada.
E vou completar o processo, até o fim!

Não existe "talvez".
Não existe "tentar".
Não existe "não sei".
Não existe meio termo.
Não existe enrolação.

Amanhã será sim ou não.

E aí Guilherme do futuro?   o que deu dessa vez??

Só quero que meu pâncreas seja forte..

O golpe de misericórdia II

 - Ei, ei você! Pode me tirar uma dúvida, por favor?
 - Sim?
 - Esta coisa de ser ignorado e humilhado, começar a duvidar das razões que te levaram a chegar até aqui e começar a querer abandonar tudo, é normal mesmo?
 - Sim, senhor. É perfeitamente normal e faz parte da viagem até o golpe de misericórdia.
 - Ótimo, obrigado!
 - Se o senhor quiser, pode desistir agora.
 - Não, obrigado. Agora eu vou até o fim. Por mais inacreditavelmente estúpido que possa parecer.
 - Tudo bem, senhor. Tenha uma boa viagem!

quinta-feira, 28 de maio de 2015

O golpe de misericórdia

O golpe de misericórdia traz o fim como uma bênção.
É o que nós estamos buscando, Doutor.
Não sabemos o que é mais solitário:
O abandono que sofremos durante o caminho,
ou o abandono que sofreremos quando o golpe finalmente for dado.
Apenas queremos chegar lá.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Vou

Vou.
Eu vou montar um avião.
Para poder voar voar.
Então depois cair no chão.

Vou.
Pedir alguém pra namorar.
O meu amor vou declarar.
Só pra poder ouvir um não.

Quero,
todo o fracasso que puder ter.
Toda a dor que tiver pra doer.
Todo penar que eu puder sofrer.

Vou.
Viver a vida perigosamente.
Mudar a constituição da mente.
É isso que eu vou fazer.

Pisando em ovos

Estou pisando em ovos, Doutor.
Estou subindo em uma escada feita de ovos.
E a altura é bastante elevada.
Sinto um aperto muito forte, Doutor.
Não posso deixar isso se estender por muito tempo.
"Live dangerously"

Me traz uma ilusão, por favor? Obrigado!

Ainda vou escrever o Post.
Vou publicar só pro caso de eu esquecer de escrever.
Neste caso, haverá pelo menos haverá este projeto de post para registrar o ocorrido.

sábado, 23 de maio de 2015

Questões sexuais

Conversando com uma menina imaginária:

Eu sou hétero.
Mas não precisa ter medo.
Eu tenho "limitações" mentais (para não dizer doenças) que fazem com que a probabilidade de eu tentar ficar com você sejam ainda menores do que se eu fosse gay.

Doutor, por que eu escrevo esse tipo de coisa?
Deve ser a febre.
Pois é, hoje eu estou gripado e com um pouco de febre.
Nem fui na aula, Doutor.
Provavelmente eu vou apagar este post, ele é estúpido.
Ou, talvez eu apague eu mesmo, porque eu sou estúpido.
Ou talvez eu apague você, leitor, porque você é estúpido.
Mas eu mesmo sou o leitor.
Droga, como vou apagar a mim mesmo duas vezes?
Eu saberia, se não fosse tão estúpido.

Oi, Doutor.


sexta-feira, 22 de maio de 2015

"Everything is terrible!"

O dinossauro passou correndo e gritando "Everything is terrible!".
O meteoro então vem.
Agora tudo está bem.

O andarilho caminha sozinho, como sempre.
Ele tem um sonho, mas sabe que jamais vai realizar.
O humano vem.
As gotas de sangue que esguicham do sonho batem no andarilho com violência.
Agora tudo está "bem".

O andarilho chega a falar com o humano ceifador dos sonhos.
"Talvez algum dia eu consiga ser como você."
Todos riram. Ninguém fala nada, mas eles sabem.
"Jamais será."

As plantas inexistentes olham para ele imaginando coisas horríveis.
"Não deveria ser possível alguém ser tão feio por dentro".
Elas sentem pena por instantes muito curtos de tempo,
pois logo aparece o humano, e todas as atenções se voltam para ele.

As pedras do deserto se cansaram de mim.
Só olham pro outro lado quando eu passo.

Os meus amigos disseram que eu fiz tudo certo.
Que eu realmente não deveria ter falado com ela.
Que tudo vai melhorar.
Os meus amigos estão aqui comigo agora, me ajudando a escrever este post.

Sim, tudo deu certo!
O universo parou de conspirar contra!
Agora posso viver meu sonho!
Posso esquecer tudo que deu errado!
Agora posso viver uma vida comum!
Meus amigos me disseram isso.
Eles estão todos aqui comigo.

Neste momento, um dinossauro pisou na cabeça dele e o matou.
O dinossauro passou correndo e gritando "Everything is terrible!".
O meteoro então vem.
Agora tudo está bem.

sábado, 16 de maio de 2015

Sem cores

Sem mais cores, Doutor.
Muito menos "multicores".
Quero a menina "multicores" o mais longe possível.



Paint it black - Rolling Stones.
https://www.youtube.com/watch?v=n1zBG2TEjn4

sexta-feira, 15 de maio de 2015

O fim?

Nós havíamos decidido eliminar permanentemente a Fênix, Doutor.
Porém, o Raphael disse que não poderíamos desistir assim.
Nos convenceu a fazer uma tentativa final.
Como não sabíamos ao certo o que fazer, deixamos a Fênix decidir, sem saber, o futuro.
A chance estava nas mãos dela.
Se ela aceitasse um convite, eu daria prosseguimento ao plano e a atacaria. Se não, era o fim de tudo.
O prazo máximo era este fim de semana.

E então, chegou o fim, Doutor.
O fim de mais um capítulo.
A Fênix, mesmo sem saber, decidiu por um futuro onde nós não interagimos mais.
Então, esta estória (com 'e' mesmo, pois só existia na minha cabeça!) chega ao fim, de forma irrevogável, irreversível, permanente, eterna e infinita.

Foi divertido enquanto durou, e dessa vez, não saímos tão destruídos quanto na última vez.

A ruptura radical com a vida envolve essa coisa de eliminar completamente o passado para que o futuro possa assumir.
Mas, em compensação, todo fim traz junto um recomeço.
Novas oportunidades surgirão, Doutor.
O guilherme do presente pode ter desistido de viver, e recebido o golpe final hoje, mas o Guilherme do futuro já está se desenvolvendo e logo estará explorando o planeta e, quem sabe, o universo.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Bons amigos

Isso não é amizade, Doutor!
Isso é insanidade!
Isso é suicídio!
Eu estou me matando sem perceber!
E não! Eu não quero morrer assim!
Eu quero lutar e viver!
Eu quero a ruptura radical com a vida!

Se eu já sei como essa estória termina, não sei porque deixei evoluir por tanto tempo até este ponto!
Mas isso acaba aqui!
É sério, Doutor!
Isso faz parte da ruptura radical com a vida!
Eu não posso ficar me sub julgando assim!
Eu mereço mais do que isso, e eu vou buscar!

Está tudo bem

Oi Doutor.
Li um texto "6 verdades chocantes que irão fazer de você uma pessoa melhor" de David Wong.
Achei o texto bem legal, numa parte ele fala sobre como a mente inventa dificuldades no meio do caminho para evitar a mudança.
Um trecho me fez rir um pouco, quando ele diz coisas que podemos pensar para manter a zona de conforto:
“As coisas não são tão ruins! Eu sei que tentei me suicidar mês passado, mas estou me sentindo melhor agora! É totalmente possível que se eu continuar fazendo exatamente o que estou fazendo, eventualmente as coisas irão dar certo! Eu terei minha grande chance, e se continuar fazendo favores para aquela garota linda, eventualmente ela dará mole pra mim!”

Bem, eu estou tentando, Doutor.
Você sabe, né, a ruptura radical com a vida e aquela coisa toda.
Quanto à garota linda, pode ler meus posts de 2013, vai acontecer igualzinho esse ano.
Eu estou muito ferrado, Doutor. Ferrado mesmo.
Eu não gostaria de estar na minha pele agora.
Se eu fosse eu, provavelmente eu fugiria da cidade para nunca mais voltar, com outro nome, pronto para recomeçar tudo do zero.

Por favor, Doutor, não deixe eu cometer o mesmo erro de novo!
Me ajude a pensar numa saída, Doutor.
Não quero que tudo acabe daquele jeito, mas também não quero ficar preso nesse loop pra sempre.
Por favor, Doutor! Me ajuda!

As pessoas sentem a minha presença do mau.
Não adianta eu me esconder.
Não adianta tentar disfarçar.
Eles sabem.
Todos eles sabem de tudo.

Preciso ir dormir, Doutor.
Eu estou passando mal, muito mal.
Não está nada, NADA bem.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

O descanso

Estou exausto, Doutor.
É como se agora fosse uma noite de sexta feira, quando na verdade é uma noite de domingo, e tudo recomeça amanhã.
De certa forma, eu gosto das coisas assim. Na correria.
Mas de outra também certa forma, eu estou simplesmente exausto mesmo.

domingo, 10 de maio de 2015

Os Forever Alones

Não adianta ler o mesmo livro de novo, de novo e de novo esperando um final feliz que nunca chegará.

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Psicólogo não é necessário quando se tem amigos Forever Alones, Doutor.
Eles nos entendem bem, pois passam por situações bem semelhantes às nossas.

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Hoje foi um dia difícil, Doutor.
Mas foi bom reencontrar o Forever Alone, desabafar algumas coisas, escutar outras.
Só que agora eu estou ferrado com um bocado de trabalhos pra fazer...

sexta-feira, 8 de maio de 2015

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Doutor, esses dias estão muito lotados.
Não estou tendo tempo pra nada, nem pra te escrever.
E eu precisava conversar sobre algumas coisas com você, Doutor.

Como sempre, eu ando enviando aqueles e-mails gigantescos para meus colegas de grupos de trabalhos da faculdade. Mas, assim como esse blog, ninguém nunca lê e nem se manifesta a respeito.
No caso do blog, eu gosto que seja assim. Mas no caso dos trabalhos, bem que eu queria que o pessoal fosse mais ativo. Isso realmente me afunda bastante no deserto.

O vírus também está ganhando força, Doutor.
A Fênix mexe comigo as vezes, toca em mim, fala certas coisas e isso e acaba me dando umas esperanças que eu sei que são ilusórias.
Não sei por que ela faz isso.
Não sei se consigo manter as coisas assim permanentemente.
Mas vou levando.
Vamos ver no que dá.

Aquele amigo da minha prima deve estar bem triste agora.
Tenho certeza que ele gostava dela, e agora ela está namorando.
Ele é um cara legal. Parece inteligente, toca guitarra.
Mas, aparentemente, não é o suficiente pra ela.
Talvez seja melhor assim.
Pelo menos ele deve estar livre do vírus dela.
Se a Fênix encontrasse alguém, acho que eu ficaria bem.
O vírus dela seria retirado de mim.
Esse vírus só nos faz ficar gastando pensamento em coisas que nunca levam a lugar nenhum.
Mas, se esse alguém fosse eu, eu ficaria melhor ainda, né, Doutor!
Haha... isso é muito absurdo.
Jamais vai acontecer.
E algo me diz que, no futuro, eu estarei lendo este post e pensando "Eu já sabia como ia terminar, mas tentei assim mesmo. Cometi o mesmo erro mais uma vez".

Difícil.
Ainda bem que você me escuta, Doutor.
Ainda bem que posso conversar com você.
Se não, eu estaria realmente, absurdamente, solitário agora.

Mas, no geral está tudo indo mais ou menos bem, Doutor.
Talvez, o Guilherme do futuro aproveite bem a oportunidade que estamos dando a ele.

sábado, 2 de maio de 2015

Escritor vírus Doutor

Oi Doutor!
Tudo bem com você?
Aqui está indo tudo razoavelmente bem.
Por isto mesmo faz um bom tempo que não visito este lugar.
Geralmente eu só venho aqui para reclamar.
Sou o escritor mais ingrato do mundo.
Eu ainda estou infectado pelo vírus.
Tem horas que ele fica mais forte, domina mais área no meu cérebro, mas tem horas que eu consigo ficar bem livre.
É um vírus muito poderoso, Doutor.
Eu simplesmente perco o controle das minhas ações para tentar servir ao vírus.
Mas vamos ver para onde o planeta vai nos levar.
Vamos torcer pela ruptura radical com a vida dar certo.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Que texto inútil!

O guilherme do presente já desistiu de viver, mas está dando esta grande chance pro guilherme do futuro melhorar de vida.

O Raphael disse que acordou com uma terrível câimbra na panturrilha esquerda.
Isso acontece muito com Forever Alones.
É na panturrilha esquerda que é produzido o hormônio do Forever Alone.
Por isso, a minha batata da perna esquerda pesa 20 kg. A da direita pesa só 2 kg.
A minha já é tão potente que não dá câimbra mais.

domingo, 19 de abril de 2015

Som de caixa

Estamos evoluindo, Doutor.
Bem lentamente, muito lentamente, mas estamos evoluindo.
Hoje foi legal, Doutor.
Conseguimos sair por aí e visitar pessoas.
Acho que estamos no caminho certo para a ruptura radical com a vida.

terça-feira, 14 de abril de 2015

O cupido

Me deram um arco e algumas flechas e me disseram que eu sou o cupido.
Eu flechei todo mundo e todos morreram.

Doutor, é incrível como as coisas legais acontecem com as pessoas ao redor, não é?
Consegue calcular a probabilidade de uma coisa dessas acontecer com a gente?
Fácil né, é zero.
Por incrível que pareça, nem estou tão chateado com isso.
Vou até cooperar.
Vou dar uma de cupido e ver o que eles arrumam.

Eu já cansei dessa história com a Fênix, Doutor.
Agora vou cair fora mesmo.
Meu deserto anda bem agitado esses dias.
Mesmo que a solidão ainda reine absoluta, eu estou envolvido em várias atividades legais, como auto escola e academia, então minha mente vai razoavelmente bem.
Posso viver bem no deserto ainda por muito tempo.
E essa história da Fênix já se provou não ter um futuro.

domingo, 12 de abril de 2015

Eu preciso desesperadamente de qualquer um, exceto você

Tenho 3 provas essa semana e não estudei nem as fezes que caíram do teto.
Vou morrer de infarto e ficar burro.
Vou morrer só e todos os casais vão zombar de mim, pois foi merecido.

A gente tenta cagar pra baixo com muita força.
Mas o cocô acaba sempre caindo pra cima e batendo com força bem na nossa cara.

Oi, Doutor, Tudo bem?
Passou a minha primeira semana na academia.
Estou gostando bastante.
Estou mais animado e até detecto um mínimo nível de esperança no futuro, o que não era vista há anos.

Neste momento, a menina grita com todas as suas forças:
"Eu preciso desesperadamente de qualquer um, exceto você!"
E sai correndo.
O menino cai no chão e observa ela desaparecer no horizonte em segundos.
Ele não tem a menor chance.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

"Sugiro você ficar com mais garotas"

Também sugiro eu ganhar 100 bilhões de dólares pra poder viajar até o espaço e colocar as minhas próprias fezes em órbita.
Se eu pudesse, eu a abraçava com força para não soltar, até que a única energia vital em nossos corpos mortos e frios fosse a dos vermes a nos decompor.
Mulheres maquiadas são abelhas gigantes que nos matam com super ferroadas.
E as vezes eu me alimento de fezes.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Eu sou poeta e não aprendi a cagar

Hora de bater o carro.
Hora de malhar.
Hora de quebrar o osso.
Hora de cagar.
Hora de pedir em namoro.
Hora de namorar.
Hora de levar um fora.
Hora de cagar.
Hora de cagar.
Hora de cagar.
Hora de cagar.

domingo, 5 de abril de 2015

"A ruptura radical com a vida" XII

Amanhã será o grande dia, Doutor.
Começarei minhas atividades na academia.
Talvez, amanhã será o início da minha "ruptura radical com a vida".
Uma tentativa de ruptura por bem, isto é, romper com a vida antiga para buscar uma nova, sem envolver balas atravessando meu crânio nem nada do tipo.
Estou buscando algumas mudanças.
Vamos ver no que vai dar, Doutor.

segunda-feira, 30 de março de 2015

História de amor

Eu quero uma história de amor!
Uma história de amor com final trágico garantido!
Em que todos morram no final, afogados nas lágrimas!
Que os corações sejam feitos em pedaços!
Desilusão! Desilusão!
Doces esperanças quebradas como vidro atirado no chão!
Gente sonhando acordado levando uma bofetada na cara!
Falsa esperança, expectativa dilacerada, ilusão e desilusão.
Coração partido, pâncreas destruído, cérebro falido.
Até que o próprio autor se perca em depressão e não consiga continuar escrevendo.

sábado, 28 de março de 2015

Poeira

E a poeira vai se acumulando sobre meus livros, meus discos de vinil, meus jogos.
Poeira se acumulando no céu que eu costumava observar, nas estrelas, na lua.
Poeira se acumulando nos meus sonhos, nas minhas amizades, nos meus "amores não correspondidos" (pleonasmo).
Poeira nas minhas ilusões.

A poeira assenta sobre todas as superfícies, ocultando as cores, desencorajando o toque, expulsando a presença.
Tudo que se vê é cinza e marrom. E empoeirado.

A poeira que vem do deserto, difícil de limpar.

Poeira sobre meus olhos. Não enxergo mais nada.

E tudo permanece perfeitamente estático. O dono da casa perdeu os sentidos há muito tempo. A poeira assenta sobre ele, até que não seja mais distinguível.

Não há mais como distinguir a poeira do material original.
E nem há interesse em distinguir.
Agora já é tudo poeira.

Um lugar seguro

Oi Doutor, tudo bem?
Hoje eu estava procurando algum canto na minha mente, que fosse aquecido, seguro, acolhedor.
Algum refúgio na minha memória pra onde eu pudesse ir e me abrigar.
Talvez para fugir da realidade.
Sim, eu tenho várias boas memórias, vários momentos que eu adoraria viver novamente.
Mas ultimamente muita coisa tem se distanciando, se distorcido, se tornando macabro e assustador.
Não há para onde correr.
Não há onde se esconder.

Ainda bem que tenho você neste deserto, Doutor.

sexta-feira, 27 de março de 2015

As águas da praça?

Talvez, naquele momento tenha sido deflagrada a maldição.
O universo começou a decadência.
Tudo foi ficando cada vez mais sombrio.
O vazio foi assumindo no interior.
Até que algum dia, tudo vai implodir.
E então a maldição será quebrada.
E então haverá paz.

As águas da praça

"Na maioria das vezes a água não está parada. A maioria das 'chances' que a gente perde e depois se arrepende é por coisas/momentos que não voltarão."

Foi o comentário feito em um post há muito tempo apagado, por um sábio amigo com quem há muito tempo não converso.

De fato, o momento jamais voltou. Jamais houve uma segunda chance. E eu nunca mais vi as águas da praça.

terça-feira, 24 de março de 2015

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Oi Doutor!
Hoje tenho que ser breve, quero ir dormir mais cedo.
Passei só para dar um oi mesmo!
Nos vemos algum dia!

Até mais!

domingo, 22 de março de 2015

Carta para o Doutor

Minha mente - 22 de Março de 2015.

Oi Doutor!

Há quanto tempo!
Escrevo esta carta como uma lembrança dos velhos tempos, para pedir por notícias e também porque estou querendo conversar com alguém sobre qualquer coisa, mas a minha doença não permite que eu converse com alguém que exista no mundo real.
Lembra da época em que escrevíamos cartas, Doutor?
Gostaria de ter mais gente para quem eu pudesse escrever cartas, mas você sabe como o mundo funciona, não é mesmo, Doutor?
Sem falar que, aquela época era pura ilusão. Nossas cartas eram pura ilusão. Quase tão ilusórias quanto esta que eu te escrevo.
Nossas esperanças são sempre tão falsas que quase todas as nossas boas lembranças são de eventos que só ocorreram em nossa imaginação.
Mesmo assim era divertido.
Gostávamos da expectativa de receber alguma coisa na caixa de correios.
E como vai a viagem, Doutor?
Visitando muitos lugares novos? se divertindo muito?
Conhecendo novas pessoas?
Aliás, onde você está mesmo?
Me mande cartas, fotos, notícias!
Vamos espantar um pouco nossa solidão conversando entre nós, Doutor!
Eu gostaria que você existisse fora da minha cabeça.

Até mais, Doutor!
Guilherme.

"E quem não é?"

"E quem não é Forever Alone nos dias atuais?
  numa grande cidade igual a esta?
  Todos são Forever Alones."

Disse o humano, num dia em que eu fui numa excursão no planeta deles.

sábado, 21 de março de 2015

"A ruptura radical com a vida" XI

O abandonado foi negado 10 vezes.
Um certo dia, ele decidiu dormir em um gigantesco tonel de pólvora.
Nesse mesmo dia, decidiu começar a fumar.
Acendeu o isqueiro dentro do tonel de pólvora.
A explosão e o incêndio foram tão fortes que ninguém percebeu que houvera alguém dentro do tonel.
Pensaram que o tonel explodira sozinho.
E o abandonado pôde descansar.
Ele praticou a plena ruptura radical com a vida.


Por incrível que pareça, escrever isto fez eu me sentir melhor, Doutor.

"Multicores"

É normal que isto cause estranheza no meu planeta.
Aqui não existem cores.
É tudo visto em tons escuros de cinza.

Aliás, no meu planeta, não existe mais espaço para "multicores".
Portanto, sugiro que desapareça.
Transforme-se em uma lembrança distante.

sexta-feira, 20 de março de 2015

A partida da Fênix

É hora de a Fênix completar seu ciclo vital.
Cansada, ela se deita no chão.
Dela irrompe uma brilhante e ruidosa explosão de fogo.
Uma onda de choque joga o andarilho para muito longe.
Por alguns instantes, o brilho é muito intenso para poder olhar.
A luz ilumina as nuvens no céu.
A noite vira temporariamente dia.

Aos poucos, as chamas vão se extinguido.
O brilho vai diminuindo.
É possível ver um monte de cinzas no chão.
Das cinzas, sai a Fênix renovada.
Não é a mesma Fênix que o andarilho conhecia.
É uma Fênix negra, gigantesca e ameaçadora.

Mais uma explosão vem perturbar aquela noite.
Um estrondo ensurdecedor e uma luz inconcebível.
Agora, vinda do céu.
Um meteoro atravessa a paisagem e aterriza próximo à Fênix.
Com asas ainda incandescentes, a segunda criatura se exibe.
O Corvo gigante vindo de outro planeta.

A Fênix negra e o Corvo se acariciam ternamente.
Como se desde sempre esperassem por aquele momento.
O Corvo gigante então envolve a Fênix com suas asas.
Os dois olham para um ponto fixo no céu.
Em uma terceira explosão, os dois juntos deixam o planeta deserto.
O andarilho vê o risco de luz atravessando o universo,
até que desapareça na imensidão das distâncias interestelares.

"Eles se merecem" - pensa o andarilho solitário.
São criaturas extraordinárias que certamente se merecem.
A Fênix foi embora para sempre com o Corvo.
O andarilho pegou sua mochila e prosseguiu em sua caminhada.
Agora não deveria mais pensar sobre a Fênix.
Tudo o que lhe resta é o deserto.
No qual ele continua caminhando sozinho.

terça-feira, 17 de março de 2015

Eu gosto muito dos meus posts

Eu realmente gosto dos meus posts.
Nunca acho que fui eu que escrevi.
Leio como se fosse outra pessoa que tivesse escrito.
E realmente foi.
O escritor e o leitor não coexistem no tempo.
Na verdade, nenhum deles existe.
Nem no tempo nem no espaço.
Eu morri há muitos anos atrás em um acidente envolvendo o antigo MSN messenger.

Eu não choro, de verdade.
As minhas lágrimas saem na forma de catarro quando eu espirro.
Por isto meu nariz explodiu.
E meu quarto está inundado até o teto de papel higiênico.
E eu morri.

Eu não saí na fotografia.
Por que eu não estava lá.
E eu ainda não estou.
Por que eu não existo de verdade.
Eu sou a personificação do abandono.
Eu sou apenas uma manifestação de imaginação coletiva.
Causado por um gás toxico que vazou de um boeiro lotado de fezes e urina e foi parar dentro de uma sala de aula.
Por isto, todos os meus ex colegas pensam que eu estava lá, mesmo que não tenha nenhuma foto.
Não, eu não estava lá.
Eu morri anos antes disso.
Quando eu pensava que poderia seguir em frente, a minha solidão saiu pelo meu nariz despedaçando minha cabeça.
E eu morri.

domingo, 15 de março de 2015

Resiliência

Alguém que diga que eu realmente estou passando por uma fase difícil e que eu não estou só "fazendo drama".
Mesmo que eu, de fato, esteja fazendo algumas toneladas a mais de drama do que o permitido por lei.

Que dissesse que isso ia passar logo, e que tudo ia dar certo no final.
Mesmo que isso não faça o menor sentido.

Que me animasse e me fizesse estudar as toneladas de coisas que eu deixei acumular enquanto tentava fugir da realidade.

Que me desse uma arma e munição, me dissesse que estava indo dar uma volta e que NÃO é pra eu atirar em mim mesmo durante a ausência... 
(Brincadeira hehe. Ou não. hahaha eu tava brincando mesmo. Ou não né. Mas eu tava sim, eu acho.)

Enfim, isto não vai levar a nada.
Usemos e abusemos da resiliência, Doutor.
Chocolate, filmes, música alta, sono, anestesia.
Logo isso "passa".

Agora estou indo dormir, Doutor. 
Com sorte, todo o chocolate que eu comi vai explodir numa nuvem radioativa e vai destruir todo o planeta terra em apenas uma fração de segundo.