sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Feliz Desautofalentência

Amanhã é o último dia do ano.
Ano novo vindo aí.
Na verdade, eu não estou muito animado.
Não sei.
Eu fico querendo que as coisas acabem logo.
Estágio, faculdade...
Dizem que isso é péssimo.
Dizem que sempre deveríamos estar curtindo o momento, e não pensando em como vamos curtir quando ele acabar.
As vezes parece que eu sou tão superestimado.
Eu faço tudo muito errado e ainda recebo crédito.
Tá tudo errado.
Tenho até medo de acabar fazendo tanta cagada até perder meu emprego.
Ontem eu arranquei aqueles "destaque acadêmico" da parede.
Não sou mais aquela pessoa que os mereceu.
Não sou mais.
Algo deu errado, só isso.
Não tenho mais motivação.
Não tenho mais capacidade de me agarrar em nada.
"Paixão".
A cada dia eu estou mais próximo do robô.
E ainda parece que estou sendo rude com todo mundo.
Que coisa mais inadequada para se dizer em um fim de ano.
Talvez amanhã eu acorde um pouco mais animado.
Talvez eu tente me animar um pouco mais no ano novo.
Não sei.. não sei.
Não sei de mais nada.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Sonho sem insulina

Eu sonhei com a ave de novo.
Depois que vi uma publicação dela numa rede.
Bem, não queria falar nada sobre isso.
Nem falei com ninguém.
Não queria que fosse "grande coisa".
Acho que por isso fiquei meio pra baixo.
Mas, não sei.
Não é nada.
Nada que sobreviva o dia de hoje.
Creio que teremos metas bem sólidas para o próximo ano.
Metas bem sólidas, e bem solitárias.

Nada pessoal

O viciado em solidão necessita ter o seu momento.
Privá-lo da solidão é como privá-lo de sono ou comida.
Ele começa a ter crises, pode ficar instável e agressivo.
Nunca leve para o lado pessoal quando ele te mandar ir embora.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O campo das fezes ascendentes

Me enterre em um campo onde as fezes brotam da terra e anseiam os céus.

Gerenciamento, gerenciamento.

Pancreário
Pancrotério
Pancreúrio
Pancreotêncio
Pancreteróide

E o dinheiro?
E o dinheiro?

A vida não é isso.
Vamos apertar esse trem aí.
Organizar melhor as coisas.
A bala pode vir a qualquer momento,
mas até ela vir, quero ver esse pancreamento evoluir!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Equestratosfes

Oi.
Eu queria falar com alguém de um filme muito bom que eu assisti.
Mas, não vou falar.
Nem vou falar qual filme foi.
Talvez, algum dia eu vou ler isso de novo e nem vou saber que filme foi.
É uma pena.
Que belo momento perdido.

Acho que a última equestratosfe com quem eu saí foi muito traumatizante.
E eu já estava tão fragilizado por causa da fênix.
Talvez eu tenha quebrado de vez.
Eu estou muito abatido.
Acho que estou bloqueado para falar com equestratosfes.
Não consigo falar com elas.
Uma delas até falou comigo, e eu não respondi.
Ela parece ser legal, mas eu não consigo falar.
Eu ando mesmo meio perdido ultimamente.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Abstrato

Se eu ainda estou?
Não sei.
E nem faz tanta diferença.
Acho que sim.
Ou talvez não.
Não sei.
Eu me aproximo cada vez mais do apenas abstrato.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Invisível

A distopia é quase invisível para quem olha de dentro.

É tentadora a ideia de que tudo é um plano, quando é isso que se vê quando se olha para todos os lados.
É preciso um ponto de vista mais estratégico para entender realmente como é.

Essa é a nossa distopia.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Amolador

Meus queridos colegas.
Sinto muito que minhas palavras sejam tão desconfortantes.
Acontece que são escritas por patas de elefante, que esmagam minha mente e a liquefazem mais e mais a cada instante.
Meus pensamentos se aproximam cada vez mais do ruído branco, ao passo exponencial ao qual minha sanidade se esvai sem causar espanto.
Já morri por tantas vezes que já nem sei mais a conta, as cordas usam meu pescoço como forca, as facas, como amolador para as pontas.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Balaústre

Eu não planto amor.
Pois não tenho a semente.
E não existe o solo,
não existe quem experimente.
Flutuo pelo espaço.
Onde já não há nenhuma luz.
A existência é um boato
Daqueles que se mata com um balaústre.

domingo, 27 de novembro de 2016

O rato na lugarina

Pânico Pânico!
O rato na lugarina!
Ninguém sabe.
Ninguém sabe.
O rato, na verdade, é um gambá.
Japa.
Oh! Oh!
Tem um rato na lugarina!
Um rato aqui!
Em mim!
Eu sou o rato!
E a lugarina se foi.
Ninguém sabe para onde.

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

gadep

A dep me pegou pesado esse semestre.
Ainda tive muitas recaídas de gab também.
E eu deixei de aprender tanta coisa.
A consciência até pesou.
Esse não sou eu.
Mas, tudo bem,
Acho que o isto está ficando um pouco mais melhor.
Vamos tentando fazer as pazes com nós mesmos.
Seguindo em frente e em pâncreas.

Isso foi um resumo e insulina.
O tempo é demasiado curto para Pancroteia.

domingo, 20 de novembro de 2016

Pelo nariz

E é nesses momentos que eu sinto que estou morrendo pelo nariz.

FD-C

O FD-C mandou um oi.
A natureza mandou um FD-C.
FD-C eu.
FD-C você.
FD-C o TCC.
FD-C todos nós.

Na natureza não existe tal coisa "importância".
A importância é algo tão artificial quanto aquelas embalagens de isopor e filme de PVC para bananas descascadas.
O universo está pouco importando para a nossa pressa, para a nossa esperança, para a nossa vontade, para a nossa ilusão/desilusão.
O FD-C absoluto é tudo o que existe.
Nada importa, nada.
Não interessa o quão desesperada é a nossa vontade.
Ou o quão inimaginavelmente grande seria o universo que pretendíamos construir.
Não é nada.
Poeira.
Nada importa.
FD-C tudo.

domingo, 13 de novembro de 2016

Triturador de cavernas casadas

Cara, que merda!
Eu gostaria de não ter que fazer tanta coisa desse trabalho sozinho!
E eu odeio com todas as minhas forças aquela maldita professora de processamento de sinais.
E eu odeio o fato de que perdemos tanto tempo com péssimos professores vendo coisas inúteis e tanta coisa que realmente seria muito útil é simplesmente ignorada por esses babacas!

Tudo bem, eu só estou nervoso e estressado..
Me desculpe.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

A feira

1º ato

Não! Eu não estou morto ainda!
Eu tenho que lutar..
Eu não posso desistir..

2º ato

É incrível.
Tudo dá certo quando eu não estou presente.
Veja só o que ela fez sem a minha influência negativa.
Ela nunca teria feito aquilo comigo por perto.
Porque é assim que eu sou.
Eu sou "O cara inteligente".
O "Tão melhor que todo mundo".
Oh, que grandioso saco de merda que eu sou..
E vai vir alguém aqui para me dizer que não é assim?
Que não sou eu que faz tudo dar errado?
Que eu não sou 100 vezes pior que um Marvin?
Que eu não sou um depósito infinito de energia negativa?
Acho que não.
Porque afinal, talvez seja só isso que eu queira mesmo.
Fazer um showzinho para ganhar atenção.
Só que, não existem expectadores nesse show.
Eu sou a última gota que sobrou do oceano - agora um deserto sem vida - depois que toda a água se foi deste planeta.
Mas, tudo bem, o show deve continuar.

3º ato

Sim, eu me perdi, de tudo, de todos, de mim.
Ando olhando para trás.
Tropeço em uma raíz de árvore e caio.
Caio, caio e caio.
Caio infinitamente.

4º ato

Você não pode forçar ninguém a fazer nada.
Não há nada a se fazer.
O jeito é ficar sozinho.
Não há mais nada que você possa fazer.
Sinto muito

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

O flerte

Eu não estou só.
Eu não estou triste.
Eu estou morto.
Um oceano caiu no meu pé.

A morte flertava comigo.
Eu disse a ela que só a via como amiga.
Mas, diferentemente de mim, que desisto "tão facilmente" das pessoas que eu gosto, a morte flerta, conversa comigo, investe, insiste..

Respeito

Eu nunca vou fazer algo que vai te incomodar.
Invadir o seu espaço.
Eu vou respeitar.
E isso vai valer para todo mundo.

Por isto eu estarei sempre sozinho.
Por isso eu vou morrer de causas tão não naturais.
E sozinho.

domingo, 6 de novembro de 2016

Olha pra mim!

Olha pra mim!
Eu sou o bagre!
Olha pra mim!
Bagre bagre!

Bagre é um nome engraçado.


Teve uma vez que eu pulei de uma ponte e quando eu cheguei no chão, acreditando estar morto, olhei para cima e vi que não tinha ponte nenhuma. Foi tudo um monte de mentiras.

Ai um dia eu escorreguei no chão e todos me disseram que estava tudo bem mas era mentira pois não estava nada bem

Você acha que eu perdi a sanidade, é?
Acha que eu perdi a sanidade?
Pois você está muito enganado!
Eu tenho tanta sanidade quanto o vaso sanitário!
Só não consigo mais respirar pelo umbigo.
Deixei meu cérebro cair na máquina de fazer salsicha.
Eu vou me deixar que morra no oceano do esquecimento.

sábado, 5 de novembro de 2016

Elogio

Você pensa que isso foi um elogio?
É isso realmente que você pensa?
Não, não foi.
Isso foi o tijolo quebrado.
O tijolo do fim do mundo.
O tijolo do fundo do poço.
Isso foi a carne do cérebro se decompondo.
Isso foi a mente se contorcendo e se desfazendo.
Isso foi o sonho impossível,
o sonho perdido, o sonho destruído.
A felicidade falsa que se acaba e some como fumaça.
Tantos sonhos perdidos..
Tantos sonhos perdidos..
Esquecidos.
Sonhos perdidos para sempre de oportunidades que não voltarão jamais.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Olhos gentis

Não!
Meus olhos não são gentis!
Nada em mim é gentil!
Nada!
Eu estava inebriado quando disse aquilo.
Foi ridículo e idiota.
Ignore.
Eu vou ignorar.
É como se nunca tivesse acontecido.
É claro, não é totalmente errado eu ter dito, eu tinha que ter dito mesmo, porque eu sou idiota e ridículo, então está tudo ok.
Mas, mesmo assim.. Ah o mundo vai explodir!

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Chão

Fazer as coisas.
Sem perguntar porquê.
Fazer só porque é legal.Fazer só porque é difícil.
Talvez eu sempre tenha sido assim.
E talvez por isto eu nunca tenha sido tão medíocre como estou sendo agora.
Talvez por isto eu tenha caído de cabeça no chão e machucado o chão.

gases nobres

E todo dia eu venho aqui vomitar dolorosamente todas essas palavras.
E toda vez que eu vejo pedras no lago eu sinto como se alguém tivesse enfiado um lápis na minha barriga.
E dói.
Mas aí todas as manhãs eles chegam e plugam em mim um teclado um mouse e uma esteira.
Me fazem gerar flatulências de gases nobres.
E eu não posso mais perguntar, não.
Tudo que eu queria era voar.
Mas arrancaram minhas asas, foram embora e me deixaram preso aqui.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

perebas

As minhas perebas eternas
verrugas espertas
cocô que se diz animal.

Tantas cicatrizes
bolhas de sangue
Eu sou o horror nacional.

A vida até me abomina
E a vitamina da morte
É o que me espera afinal

Eu sou um fantasma de carne
O sabor do abate
No abatedouro do quintal

Eu sou o terror mais sinistro
E quando me vêem
Todos dão o suspiro final

Assim

Eu sou assim, eu sou como uma vitrola alimentada por energia solar tocando um disco estragado em marte.
Eu fico falando e falando e falando infinitamente as mesmas coisas para ninguém ouvir.
Eu sou assim.

Mortos

Obrigado a todos os amigos que me deram felicitações pelo dia dos mortos!
Que os ossos e os pâncreas estejam com vocês!

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Prédio

Tem alguma coisa errada.
Esse não é o meu prédio.
não é o meu prédio.
não é o meu prédio.

A porta abre ao contrário.
Esse não é o meu prédio.
não é o meu prédio.
não é o meu prédio.

Eu tô fazendo cocô.
Esse não é o meu prédio.
não é o meu prédio.
não é o meu prédio.

E a minha merda acabou.
Esse não é o meu prédio.
não é o meu prédio.
não é o meu prédio.

\

Se eu dormir eu morro.
Morri

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Leave(2)

After all, they're just girls.
Leave them.
Let them be.
Maybe they will let you be too.

domingo, 30 de outubro de 2016

Vênus

Eu fico aqui, olhando para Vênus.
Implorando pra que ele te envie uma mensagem.
Quando é tão impossível você receber esta mensagem,
quanto é você se tocar por ela.

Pedras

E assim segue o andarilho, despercebendo as coisas, e escorregando em outras, batendo a cabeça nas pedras de uma região rochosa do deserto, entrando em um coma momentâneo com alucinações e sonhos bastante exóticos de lugares e pessoas que talvez ele nunca tenha visto, ou que tenha visto há tanto tempo que ele já nem possa mais dizer se existem de verdade ou não.

espontantoteinoeiramentopeiacrautica

A espontaneidade me deu um chute na canela.
Eu caí no chão e fiquei lá parado.
Em dois minutos todos foram embora.
Eu morri.

post enlatado

Se o tanto que eu escrevo aqui eu escrevesse no TCC, já estaria tudo pronto.
Se o tanto que eu fosse idiota eu fosse legal, todos já teriam me dado 1 milhão de dólares e me matado com tiros de espingarda por inveja e detergente.
O som massageia meus ouvidos cansados.
Se o tanto que eu escrevesse eu fosse respondido.
Se o tanto que eu enrolo eu fizesse algo de útil.
Eu sou órgão e sou morte.
Eu sou falta de sorte.
Eu sou roda e engrenagem.
Eu sou desgraça e amperagem.
Eu sou peça e sou pedaço.
Eu sou ferrugem no aço.
Eu fico pesando e me batendo,
fico pulsando e fedendo,
fico voando em óleo fervendo,
Sou tão bonito quanto um rato morrendo.

O idiota

Eu posso ser idiota?
Posso!
Eu posso sentar no banco de dados?
Posso!
Mas, por que é tão difícil?
A minha polícia me bate o tempo todo.
É uma ditadura na minha cabeça.
Mas, eu tenho que ter consciência disso: Eu posso ser idiota!
Eu posso jogar a merda no ventilador quantas vezes eu quiser!
E eu deveria fazer tão mais vezes do que eu faço.
Quantas oportunidades eu já não perdi por causa desse medo?
Eu posso ser idiota.
Me deixa ser idiota.
Deixa eu fazer as idiotices que me fazem ser um idiota.

sábado, 29 de outubro de 2016

Me deixa

Esse pensamento que vem, vestindo uma bermuda longa, com suspensório, camisa xadrez, óculos fundo e desproporcionalmente grande, com sapatos de palhaço e cabelo de boi lambeu.
Esse pensamento vem e me diz "Você não devia ter feito isso".
Esse pensamento vem e me diz que eu não deveria dizer o que eu sinto.
Esse pensamento vem e me diz que eu não deveria sentir o que eu sinto.
Porque é errado sentir, e mais errado ainda demonstrar.
Esse pensamento vem e me diz que eu deveria esquecer.
Me deixa.
Me deixa em paz.
Me deixa fazer as burrices estúpidas que eu quero fazer.
Me deixa atirar no meu próprio pé.
Me deixa eu dizer que
"Você é tão linda..
Cada abraço seu faz tudo valer a pena por alguns segundos"
Porque é o que eu senti hoje, mesmo que seja a pior burrice do mundo ficar cultivando esses pensamentos na minha mente que jamais vão me levar a lugar nenhum.

A descarga

A vida tá aí é pra gente fazer merda, mesmo.            
A vida é um enorme vaso sanitário faminto, esperando pela nossa merda, e a gente tem que fazer.
Se não, vem a descarga e quando a gente vê, já tá tudo perdido.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Leave

Hoje eu me deitei em um banco e fiquei olhando o balançar de uma árvore, num horário em que deveria estar na aula.
Eu sou assim, as vezes eu saio da vida repentinamente sem dizer nada.
Oh, menina tão linda!
Proibida ao toque.
Proibida à mente!
És tão linda propositalmente?
Ou será que é tudo por acidente?
Queria tanto poder dizer que o balançar desses cabelos é algum sinal.
É tão difícil para alguém dizer para si mesmo o que tenho que me dizer quanto te vejo.
Mas, toma uma lembrança, ave, e voa para bem longe.
Voa para onde há aqueles que realmente sabem lidar com você!

domingo, 23 de outubro de 2016

protocolos

Nossa! Meu último post foi tão bonito! Tão suave, tão gentil maneira de anunciar um fim!
Será que ele anuncia mesmo um fim?
Um último fim?
Ou será que ainda vamos durar mais algum tempo?
Olhando as estrelas com os olhos que não tem mais nada a dizer sobre elas?
Com uma solidão que já não se cabe em dimensões? Não pode ser apontada nem imaginada.

Não tratamos mais de uma ave, de um símbolo, uma imagem.
A ausência já é algo que não diz respeito à disponibilidade de pessoas.
Existem todas aquelas pessoas, tão bonitas e aparentemente interessantes.
O que somos para elas?
O que somos para nós?
O que somos?
Somos tanto! Mas, não o correto.
Em termos sociais, não somos nada.
São os protocolos que permitem a verdadeira interação entre pessoas.
Sem eles, talvez nem sejamos pessoas.
Talvez seja isso, ou talvez não.
Não sabemos, e nem isso importa.

Minhas palavras

Essas palavras.
Tantas palavras.
Que eu tanto amo, tanto me odeio e me detesto.
Palavras que entram em meus pulmões, me tiram o oxigênio e me deitam gentilmente num canto, sem vida.
Me cavam uma cama numa terra fresquinha e macia.
Me cobrem com uma terra quentinha.
Me jogam flores e me trazem chuva, para que eu possa voltar aos poucos a ser o que eu era antes de ser um ser.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Erro na rede

Parece que é erro na rede.
Ele não está conectado?
Não, está tudo certo.
Ele que é assim mesmo.
Ele é o pó que fica quando a gente solta flatulência.
Ele é pó e é só.
Ele é só.
Ele é só o pó que resta da flatulência.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Dorme

Nós somos como bombas.
Explodimos do nada, transformando a perfeita paz num desastre e machucando todas as pessoas que estão perto de nós.
Eu sou um doente.
E a doença vai e volta de tempos em tempos.
Recaídas.
Tem cura e tem morte.
E a gente fica balançando.
Balança, balança, pra um lado e pro outro.
Cura e morte, cura e morte.
A mente se desfarela, as palavras se perdem e as ideias se destroem.
Incoerência.
Incongruência.
Indecência.

Bate a cabeça na parede e dorme

domingo, 16 de outubro de 2016

Imensidão, deserto vazio infinito

Batom, brinco, piercing, maquiagem, batom.

Eu realmente não sou deste mundo.
Não pertenço a aqui.
Não pertenço a lugar nenhum.
Não pertenço com ninguém com quem eu esteja.
Não pertenço.

Sou sempre um anexo, um apêndice.
Nunca um pâncreas.
Acho que já escrevi isto aqui, com estas mesmas palavras.
Mas é isso mesmo, eu estou sempre preso num loop.
E tudo fica se repedindo.

Abaixo a cabeça,
penso ociosamente,
em círculos, em loop, sem chegar a lugar nenhum,
levando penosamente a cabeça.
continuo escrevendo.

Me desculpem, pessoal.
Eu lutei contra mim mesmo e perdi, de novo.
É provável que vocês terão que guiar este projeto meio que sem mim.
Eu simplesmente não consigo me sentar e produzir qualquer coisa.

Bons tempos e expectativas
São frutos de mentiras e mal entendidos.

Vai ter tanta coisa pra arrumar amanhã.
E tudo está perdido, tudo.

Batom

O batom é muito bom, se você é um palhaço.
Ou se quer fazer um estardalhaço.
Ou se você come palha de aço.

Batom é o sangue que diz que você levou um soco
ou tiro de arma de fogo na boca.

Batom dá o riso, batom dá o tom.
Batom é mal, cocô é mais bom.
Se quer tanta sujeira, urine num balão,
E jogue no teto pra que tudo voe pelo chão.
É mais agradável do que um batom.

Batom é pra pessoas que servem o mal!
Batom é o vício de cérebro anal.
Quem usa batom quer morrer em afetos
com gente que mata seus filhos e netos.

Batom pesa muito com muito artefato
É como perder em vias de fato
Quebrou todos os dentes e dá o sorriso
Bebeu veneno e não achou antídoto.

Batom é mal terrível
Prejuízo incrível
quem usa, certamente, bebeu óleo diesel.
Fica ruim, fica feio, horroroso e horrível.
E toda este ódio queimou meu fusível.

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Alimentador de mosquitos

É sempre bom alimentar os mosquitos.
Eu gosto.
É uma sensação boa.
Não falo dos pernilongos, pois estes pousam apenas em outras pessoas, e por isso são sem graça..
Falo dos mosquitos.
Aqueles que pousam em lixo, em fezes, em esgotos, na dignidade humana e na solidão.
Ah, como é boa a sensação quando um mosquito desses fica andando pela nossa pele!
É um exercício de paciência.
Você não pode amedrontar o mosquito, ou ele vai embora.
Tem que ficar bastante imóvel.
Deixar que o mosquito sugue seu sangue, se alimente e traga as boas bactérias que ele obteve da sujeira onde pousou antes.
Parece que ele defeca em você
Eu sou assim.
Eu sou um alimentador de mosquitos.
Eu sou assim

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Distopia anti social

É complicado.
É tanta coisa para escrever.
Bem, existem motivos bem traçados, bem definidos para que eu esteja aqui, resfriado, solitário e escrevendo isto, enquanto quase todos que eu conheço estão se divertindo, fazendo coisas legais ou interagindo entre si.

É tudo tão rápido.

As coisas estão ficando bem estranhas.
Não sei mais.

É a desconstrução.

É o pedaço de matéria.
O objeto pairando no ar, ou na água.
Na superfície da água.
Inerte e sem respiração.
Sem respiração.
E inerte.
Ao som do conhecido.
Sem som.
O som do vento, quando bate apenas no chão.
Sem intensão nenhuma.
Sem beleza, sem profundidade.
Sem nada de verdade.
Um pedaço de torto.
Uma noção distante de gravidade.
Uma luva que não se encaixa em lugar algum, pois não existem mais mãos, não existem sequer árvores parecidas com mãos, ou mesmo pedras, animais, nem terra.
Não existe mais nada.
Nada.
O que já existiu é posto em dúvida, pois não existe mais ninguém que tenha presenciado.
Eu queria estar aqui e agora, mas eu não sou.
Mas, como explicar isso? Como?
Eu não sei, eu, EU não sei!
E nem conheço ninguém que saiba!
Nem mesmo sei onde tudo isto quer chegar, ou pra quê tudo isto.
Ou porque eu estou escrevendo tudo isto.
Mas, tudo tem um fim.

Representação do vazio

E se eu fosse dizer alguma coisa, o que seria?
Depois de tanta compressão, não sobrou nada.
Nada.
Não seria nada.
Não teria nada a dizer.
O silêncio seria a representação sonora do vazio.
Assim como o escuro seria sua representação visual.
Meu olfato seria a representação olfativa.
Minha beleza seria a representação estética.
Meu amor seria a representação sentimental.
Minha mente seria a representação perfeita.
A melhor de todas.
Muito melhor que uma palavra "vazio".
O que "vazio" significa?
Eu não saberia explicar.
A não ser que houvesse uma máquina que permitisse a outra pessoa entrar na minha mente.
É claro, seria uma pena de morte para a outra pessoa, pois o vazio é fatal.
A minha vida já é uma lenda, nem se sabe se realmente existiu algum dia.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Escassez

E eu estou tão apressado e ansioso para ver o grande nada.
A luz da lua me cegou, e agora eu só enxergo o nada.
A escassez que nos guiou até a imensidão de ausência dessa estrada.
E toda a vida acabou nesse vazio, no fim dessa jornada.

domingo, 2 de outubro de 2016

Um pancreas

Eu tinha dito que, no fim de semana eu ia começar a desembolar o TCC.
Não escrevi absolutamente nada.
Fiz uns rabiscos e meia dúzia de pesquisas mal sucedidas.
Isso me chateia bastante, porque antes, quando eu dizia que ia fazer uma coisa, eu fazia mesmo.
Mas agora, eu dizer que vou fazer uma coisa não significa nada.
Na verdade, não está nada mais sob meu controle.
Eu sou.. eu sou... na verdade, acho que nem sou mais.
Não sou nada.
Não sou.
E é difícil sair do lugar.
Mas, eu não posso desistir agora.

Gripe

Por que tem que ser eu a pesquisar e escrever as coisas do trabalho?
Por que tem que ser eu a parecer vivo?
Por que não pode ser eu a receber um "oi" e um abraço?
Por que não pode ser eu a estar vivo?
Por que não deixar tudo pra lá? Desistir do curso, do trabalho.

Ir morar em outra cidade, com nova identidade, trabalhando por comida e hospedagem.
Claro que eu ia acabar era passando fome, morando na rua e morrendo com alguma infecção se eu fizesse isso.

Não é normal a quantidade de sono que estou tendo ultimamente.
Com certeza isto é porque ainda estou doente.
Aquela "gripe" que dá na cabeça.
Estou um tanto quanto doente.
Doente.
Eu sou um doente.
Minha doença está em mim e por isto eu estou doente.
Doente da cabeça, do cérebro.
Miolos podres, decadentes e doentes.
Doente dos miolos.
Dizem que tem um remedinho a base de chumbo, aplicado em cápsulas com pólvora a centenas de km/h nas têmporas que resolve essa doença.
Mas pra quê radicalizara as coisas, né?

Haha, cara, como eu gosto de ler meus textos.
Será que é porque eu tô doente?

sábado, 1 de outubro de 2016

Tão inteligente

Eu sou tão inteligente.
Tão inteligente.
Sou daqueles muito inteligentes.
Daqueles que pulam de cabeça no chão para saber o quanto dói.
Daqueles que põe o dedo na tomada para ver se dá choque mesmo.
Ou se eles estão apenas mentindo.
Porque eles podem estar mentindo.
Eu sou tão inteligente...
É claro que é mentira.
É tudo mentira.
Cara, me desculpa escrever tanto..
Me desculpa..

O cérebro doente

Não toque em mim, pois eu estou tão frio que seu dedo pode morrer e cair.
Não se aproxime de mim, pois eu estou tão pesado que se eu pisar no seu dedinho você pode acabar tendo que amputar a perna.
E de repente tudo começou a voar ao meu redor.
E eu fiquei preso no chão sem saber o que fazer.
E me senti tão só.
E de repente tudo começou a ser tão colorido.
E tudo que eu via era tons escuros de cinza.
E eu mal conseguia ver.
Escorreguei numa casca de banana em cima de um precipício que não tinha fim.
E fui caindo para todos os lados, sem saber para onde estava o chão.
E agora estou preso neste mundo virtual que se chama cérebro.
O cérebro doente que me diferencia do que é gente.
O cérebro doente.
O cérebro doente que sabe que a pior doença está no cérebro doente que sabe que a pior doença está no cérebro doente.
O cérebro doente.
Acho que eu já perguntei isso, mas, como foi mesmo que chegamos até aqui?
Eu não entendi.
Não entendi o que é para fazer.
Não entendi nada.
Talvez isso seja por causa do cérebro doente.
O cérebro doente.
O cérebro doente.

Produtividade

Eu teria bastante coisa a dizer sobre produtividade.
Eu sou totalmente improdutivo, em tudo.
Eu sou o "100 anos atrás de seu tempo".
Eu sou o "10 anos mentalmente atrasado".
Eu estou vendo que o perfeccionismo é um inimigo.
Eu teria bastante coisa a dizer sobre produtividade.
Eu teria bastante coisa a dizer sobre produtividade.
Eu teria bastante coisa a dizer sobre produtividade.
Mas, eu prefiro falar sobre fezes voando para todos os lados.
Eu, em fezes, me torno eu mais um.
Eu sou as fezes em forma de ausência de uma mente.
A fezes pessoal.
Eu não sei porque escrevo essas coisas.
E não sei porque envolvo fezes.
Eu estou dando voltas e mais voltas para não chegar a lugar nenhum.
Provavelmente, agora você já parou de ler.
Pois eu sou improdutivo em escrever.
Eu poderia simplesmente escrever "Eu sou um bosta".
Mas, preciso de 30 linhas para chegar até isso.
Não que eu realmente pense isso de mim.
Na verdade, eu penso sim.
Mas, sei lá..
O que eu quero dizer,
o que eu realmente quero dizer é..
Nada faz sentido.
Eu faço muita força para ignorar isso e seguir em frente, cegamente.
Mas, na verdade eu arrasto um peso que é inexplicável.
Minha cabeça sai arrastando no chão.
Meu cérebro vai ficando pelo caminho.
Enfim, tudo que eu escrevi é mentira, pode desconsiderar tudo, me desculpe por tomar seu tempo, me desculpe...

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Pancroteia vai ao mercado

Um abraço cairia bem hoje, cara.
Eu podia ter ido ver a Fênix, talvez eu conseguisse um abraço dela.
Mas, teria que ser um que durasse horas.
Eu nunca vou conseguir isso dela.
E hoje eu não vou conseguir nada de ninguém.

Mas, tudo bem.
Deixa pra lá.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

O pior pedaço de merda

A demanda principal é de fezes.
Fezes é o que interessa aqui.

Oi! o seu cabelo é daqueles que nos faz querer morrer.

Eu odeio aquele cara.
Porque?
Ora, porque ele é melhor do que eu.
Em que?
Ora, em tudo!
Mas, melhor é algo relativo.
Mas eu gosto mesmo é de uma boa sola de sapato que nos embebe em sangue de barata.

Oh Pancroteia! Oh!
Vivemos de perigos e vazios.
Os vazios são poéticos.
E os perigos são patéticos.

As pessoas acham meu cabelo feio.
Mas eu acho meu cabelo bonito.
Por isso eu sou alguém muito solitário.
Se eu mudasse meu cabelo para o que as pessoas acham bonito,
Eu seria um alguém muito solitário de cabelo bonito.

A solidão é um erro e não é no hardware, é no software.
Timidez não é bonito nem charmoso, é ruim, prejudicial, patológico e não traz nada de bom.

Eu conhecia um "eu mesmo" e ele morreu.
Tudo bem, acontece o tempo todo e é normal.
Mas, que idiota que foi pegar o lugar dele?
Alguém dá um sacode nesse saco de merda por favor? Obrigado.

Tudo bem, eu não tô deprimido não.
Este texto é automático.
Eu tô quase curado.
Mas, eu tô com sono, quero férias e quero dormir.

domingo, 25 de setembro de 2016

Pancroteia!

Oi!
Esse fim de semana foi bem bacana, mas também meio inadequado.
Há uns 5 dias atrás, eu havia tido um momento bem forte de "Vou sobreviver e tudo vai dar certo".
Quis encontrar com amigos e fazer coisas legais.
Mas, precisava estudar porque semana que vem tem umas 3 provas e um bocado de trabalhos pra entregar.
Fiz um cronograma então das coisas que tinha que fazer de forma que daria tempo para estudar.
Só que um dos meus amigos, inesperadamente, veio no sábado.
Foi muito bom, pois tocamos bastante e evoluímos bem uma música dele na qual estamos trabalhando, mas, por outro lado atropelou todos os meus planos de estudar no sábado.
"Tudo bem", eu poderia ser mais breve na casa do meu outro amigo e estudar no domingo.
Fiz isso, nós assistimos um filme no sábado, conversamos bastante (coisa que não fazíamos há tempos), foi bem bacana, e no domingo eu vim embora bem cedo.
Mas, passou uns 20 minutos e eis que ele aparece aqui na minha casa!
Disse que estava sem nada pra fazer e resolveu vir pra cá.
Eu fiquei tentando fazer meus trabalhos com ele aqui, mas não saiu quase nada.
Ele foi embora há alguns minutos, mas agora eu estou bem cansado e com preguiça infinita para fazer qualquer coisa.
E ainda tenho as três provas e um bocado de trabalho pra fazer.

Vou me ferrar miseravelmente na faculdade.
Vou largar tudo pra lá.
Foi muito bom rever meus amigos e fazer coisas legais.
Depois eu recupero notas.. não quero mais ficar tirando notas tão altas assim, são inúteis.
Meus amigos e minha vida são mais importantes.

O que o título tem a ver com o texto?
Isto depende.
O que Pancroteia significa pra você?

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Sobrevivente

Eu sou um sobrevivente!
Sobrevivente!!

Eu não vou morrer tão fácil assim não!!
Eu vou lutar e peidar, cagar e me borrar!

Eu vou viver!

Eu não sei porque eu escrevo coisas assim.
Eu sou tosco.

Mas eu sou um sobrevivente!

Tô precisando é de uma limpeza.
Jogar um monte de coisa fora.

Mas, de um jeito ou de outro, eu vou lutar e vou cagar pra feder até o terceiro planeta da dinastia dos pombos mortos na terceira era do templo de Pancroteia.

Oh Pancroteia! Nós a saudamos!
Oh Pancroteia! A deusa do pâncreas e da insulina!
Oh Pancroteia! Por você comemos geleia!

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Leite

Li um texto bastante interessante que dizia que "O leite só ferve quando você sai de perto".
Dizendo que a vida não está nem aí para nossas pressas e ansiedades.
As coisas só dão certo quando nós verdadeiramente largamos nossa obsessão por elas.
Talvez, no meu caso o fogão esteja desligado.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

fragmento

Tantas más decisões me trouxeram até aqui.
E eu já não sei quem sou ou pra onde ir.
Tantas más decisões me trouxeram até aqui.
E eu já não sei quem eu sou, talvez este seja mesmo o fim.

Só uma ideia que talvez evolua pra uma música, ou fragmento.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

39

Oi.
Tudo bem?
Acho que estou bem, eu acho.
Pelo menos um pouco, talvez.
Esse mês estão fazendo uma campanha de prevenção ao suicídio.
Um professor meu disse que uma pessoa se suicida a cada 40 minutos na nossa cidade.
40 minutos.
E eu olhando fixamente para o relógio.
40 minutos.
E os ponteiros se arrastam.
40 minutos.
Ouve-se um "tic".
40 minutos.
Ouve-se um "tac".
40 minutos
E eu olhando ansiosamente para o relógio.

domingo, 11 de setembro de 2016

Eu e meu encefezes céfalo

Passaram os dias em que eu tinha muita coisa pra fazer, então eu fazia uma garrafa de café e seguia noite a dentro até terminar tudo.
Hoje eu tenho muita coisa pra fazer e vou dormir.
Estou tão morto que os moradores do cemitério me invejam.
Ainda assim faço algumas coisas de seres vivos.
Mas, os mortos sabem que sou um deles.
Me cumprimentam sempre que me vêem.
As vezes me dá uma vontade de ir morar com eles.

Talvez seja apenas um cansaço passageiro.
Talvez eu tenha me cansado um pouco da engenharia.
Talvez eu precise de umas férias, ou de me formar logo.
Talvez eu tenha enjoado permanentemente.
Talvez eu esteja muito doente e precise me tratar.
Talvez eu esteja muito só.
Talvez tudo tenha se desfeito aos poucos, virando pó, e eu esteja vagando errante por um vazio infinito.
Talvez seja só preguiça de fazer o que tenho que fazer. Mas preguiça de tudo?
O que eu faria amanhã se não tivesse nenhuma obrigação?
"Eu simplesmente pegaria minha bicicleta e pedalaria para o mais longe que conseguisse."
Bom, isso é bom. 
Pelo menos não seria dar um tiro em mim mesmo, já é um avanço.
Estou compondo músicas também.
Pelo menos eu ainda tenho vontades alcançáveis.

"Estou passando por uma fase difícil."
Mas já faz tanto tempo que estou dizendo isso.
É mesmo uma fase?
Parece que são várias, e cada uma foi ficando mais difícil que a outra.

"Eu e meu encefezes céfalo"
Cara, que nome que eu arrumei pra esse post.
Me caguei de rir.
Mas todos os caminhos estão bloqueados.
Tudo bem, acho que vou voltar ao trabalho.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

E

Uma coisa sobre mim: Eu sou uma pessoa ruim.
Sim, eu não sou um cara legal.
Eu machuco pessoas as vezes.
Não fisicamente, mas mentalmente.
E olha que não é uma psicopatia, por que é algo que já fizeram comigo e eu sei como é ruim.
E mesmo assim eu faço.
Sim, eu sou um canalha.
E não tem muita justificativa.
É só isso mesmo, eu sou um babaca.
Acho que minha solidão é bem merecida.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Tarântulas Contra Cocô

Eu realmente espero que eles tenham pesquisado alguma coisa.
Porque eu não pesquisei quase nada.
Há alguns anos atrás eu tinha vida e capacidade para fazer tudo sozinho, se fosse preciso.
Mas, agora não tenho mais nenhum dos dois.
Estou com tanto sono que seria capaz de comer cocô para ter mais umas 67 horas de sono.
Se eu encostar na parede eu durmo.
Cada vez que pisco o olho é tão difícil abrir de novo, eu tenho que fazer tanta força, que acabo quebrando três vértebras da coluna. Até agora já foram 16 mil vértebras quebradas.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Morto

Tudo bem.
Eu estou morto.
A partir de hoje eu estou morto.
Não que eu tenha me suicidado, ou mesmo morrido.
Morto, ainda posso caminhar por aí, por enquanto.
Mas é que não há muito a se fazer.
A minha mediocridade se tornou uma infecção progressiva, generalizada e incurável.
Eu sempre fui um tapado, mas antes eu me interessava tanto por algumas coisas.
Agora, não sei mais.
Tudo está "bom" do jeito que está.
Não há nada a ser dito.
Pouco a ser experimentado.
E o que tem grande potencial não vale a pena o esforço, ou é impossível.
Eu sou a definição do vazio.
A ausência da mente.
Bem menos do que um animal.
Muito mais inútil e frio do que um robô sem energia.
Eu não sou uma pessoa.
Eu não sou nada e meus parâmetros não se comparam com o de uma pessoa.

Ok, sei que meus exageros estão exageradamente exagerados.
Só estou cansado.
Só quero dormir um pouquinho, ou bastante, ou muito mesmo até acabar tudo.

Somos fezes porque, um dia, alguém veio e nos disse que somos fezes e nós acreditamos.

domingo, 28 de agosto de 2016

Invisível

Sim, eu sou invisível.
E sei que é cansativo ficar fingindo que eu existo.
É quase um trabalho.
Não é algo que se faça num fim de semana.
Fim de semana é para fazer coisas legais e descansar.
Não pra ficar fingindo que eu existo.

Haha! Eu mereci!
Eu fui muito idiota.

Tudo bem, tudo bem, eu estou bem.
Não foi nada demais.
Só eu dando ponta de faca em murro.
Faca em murro de ponta.
ponta de murro em faca.
murro em faca de ponta.

Celebremos a incapacidade!
Retardabilidade!
Ausência total da capacidade de aprender!

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Quem?

 - Quem?
 - Pode ser metade minha e metade sua.
 - Hum legal.. Mas, porque você não me diz isso de verdade em vez de só ficar só imaginando na sua cabeça 1 milhão de vezes e depois escrevendo no blog?
 - Eu queria tanto.. realmente queria tanto poder te dizer isto, e tantas outras coisas. Mas eu não posso.
 - Por que não?
 - Porque você já deixou bem claro que não quer ouvir.
 - Ok, mas você pode desabafar, eu não vou te impedir disso..
 - Eu sinto muito... realmente sinto muito que tudo seja assim. Mas, não há mais nada que eu possa fazer. Isso só é possível aqui na minha mente, mesmo.
 - É uma pena..
 - Sim, é uma pena...

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Inércia

O piloto, de repente, se cansa.
Larga os controles no modo manual.
Sai da cabine e resolve tirar um cochilo.
Os passageiros dormem sossegados.
Ninguém em pânico.
Ninguém aflito.
Ninguém sequer alarmado.
A calma absoluta reina.
O vazio paralisa e anestesia.
Em meio à chuva de lágrimas.
No avião errante.
Que ainda flutua, por inércia.
Por enquanto.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

"Não estou fazendo nada"

Foi um feriado bastantemente legariótico.
A bike me leva cada vez mais longe, para lugares cada vez mais legais.
E ainda há muitas aventuras a serem trilhadas.
Esperança no futuro.
Até baixei aquele trem patético de novo (apesar de ainda estar morto de preguiça com aquelas pessoas difíceis do "não estou fazendo nada").

Acho que minha cura agora finalmente voltou a progredir.

Agora essa semana vai ser pesada..
Mas, acho que eu aguento!

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Excesso de passado

Eu tenho este grande amigo que realmente está se esforçando astronomicamente para me salvar da deprê.
Bem, eu não sei ao certo o quanto eu estou afundado, atualmente.
Esses dias eu estou meio mau, mas talvez seja só uma recaída.
Talvez em breve eu esteja bem melhor, ou não.

Este amigo me disse que a ansiedade é o excesso de futuro, e o excesso de passado é a depressão.
Será que é isso mesmo?
Então, logo eu que tenho a memória tão péssima, estaria afetado por um excesso de passado?

Bem, na verdade faz sentido, pois não há muita coisa (talvez, não haja nada) no presente que justifique esses meus maus momentos.

Ele também me disse que o passado não precisa ter nenhuma importância e que eu sou responsável e tenho controle total sobre a minha vida a partir de agora.

No momento em que ele falou isto, estávamos caminhando por um corredor e havia algumas meninas bem bonitas lá.
Eu me imaginei falando qualquer coisa aleatória para uma delas, e então fui atingido por um medo infinito, um terror, pânico.
O medo só de imaginar em falar com alguém desconhecido, principalmente sendo uma menina.

Provavelmente este medo também tem relação com algum excesso de passado.
Meu cérebro parece ser otimizado para auto destruição.

Enfim, tentarei escrever mais sobre isto depois, é uma discussão que pode ser significativa para a minha cura, mas eu estou com muito sono agora.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Dedos

Como uma placa tectônica flutuando num oceano de sonhos destruídos.
Os "Sabe tudo" que ninguém aguenta.
Os "idiota acadêmico".
Agora é tão tarde para descobrir isso.
Se eu soubesse antes, eu teria feito diferente.
Mas agora estou velho, pois não há mais nada pelo que valha a pena lutar.
E eu não sei fazer nem um pedaço de merda daquilo que costumava ser a única coisa em que eu era pelo menos minimamente bom.
Minhas lágrimas são urina escorrendo pelos meus dedos.

sábado, 6 de agosto de 2016

Fezes da moda

Uma das personalidades de Sclepser morava em uma cidade onde as pessoas adoravam comer fezes de pombos.
Ele, obviamente odiava, e por isso acabava sendo uma pessoa bastante solitária.
Após tantos anos de isolamento, Sclepser decidiu finalmente começar a comer fezes, e fazer isso de fato melhorou um pouco sua vida social.
Algumas semanas se passaram e veio uma nova febre: Fezes de cachorro!
Eram tão melhores! Maiores! Mais quentinhas e suculentas!
Pombos estavam ultrapassados, só mesmo Sclepser para fazer algo tão não usual.
Sclepser estava sozinho novamente no mundo das fezes de pombo.
Num esforço monumental, Sclepser começou a comer fezes de cachorro também, e até que se acostumou bem com isso.
Novamente, Sclepser recuperou um pouco da sua vida social.
Mas não por muito tempo.
Os tempos estão sempre mudando.
E agora todo mundo só queria saber de uma coisa:
"Hei! para que utilizarmos animas para produzir as fezes que comemos?"
"Que burrice! Nós temos nossa própria fonte de fezes nos seguindo o tempo todo!"
Isso mesmo, assim começa a nova moda: Se alimentar das próprias fezes.
Sclepser se senta em um banco num ponto bem deserto da cidade.
Um grande cansaço cai sobre ele.
"Isso realmente não é para mim. Eu nasci tão errado.."

...

"Se eu soubesse que demoraria tanto, eu teria ido dormir."

Cagare feder

Cagare feder
Cagare feder
Cagar e feder.


Para as montanhas vamos nós, eu e Cagare Feder.
Cagare Feder é um grande amigo meu, nós gostamos muito de subir montanhas juntos.
Mas, quando subimos, ficamos com preguiça de descer e morremos lá em cima.
Já fizemos isto várias vezes.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Para

"Para, vei! para!"

Eu sei, eu pareço um peso morto, as vezes.
Eu estou tentando melhorar isto.
Pode demorar um pouco.
Ainda está sendo muito difícil manter um "alto astral".
Estou tentando fazer coisas que gosto e pensar positivo.
É uma forte luta interna para eu manter assim.
Talvez eu vá melhorando com o tempo...

Fênix



Finalmente consegui gravar esta música.
Fazia um bom tempo que eu estava querendo gravar.
A música inspirada na Fênix, e dedicada para ela (e que ela nunca vai escutar).
A Fênix que partiu do deserto.
Verdade é que a Fênix nunca esteve aqui.
Foi tudo apenas uma grande miragem, ilusão ou alucinação.
É fácil perder a cabeça no deserto.
Sabe-se lá onde pode estar o andarilho agora.
Provavelmente foi engolido por alguma outra criatura que também só existe em sua cabeça.

sábado, 30 de julho de 2016

Disquete

Não sei ao certo de onde estava saindo, ou para onde estava indo.
Mas, a cidade foi ficando para trás.
Passei por uma longa estrada rodeada apenas por vegetação e acabei chegando em um sítio desconhecido.
Nesse sítio tinha uma menina e ela não tinha um rosto, apenas um vulto, uma ideia que representava uma garota.
A menina tinha uma câmera digital que salvava as fotos em um disquete e me disse que não haveria problema nenhum em ficar comigo.
Nós nos beijamos e ficamos abraçados por um bom tempo, e então passamos a explorar aquele lindo lugar.
Tiramos muitas fotos, muito mais do que realmente caberia em um disquete.
As fotos eram muito bonitas e coloridas, com cores e formas distorcidas, bastante diferentes daquelas presentes na cena original da fotografia.
Estava sendo um dia maravilhoso, era tão bom estar ao lado dela.
Ao por do sol, nos abraçamos sentados em uma arvore caída e ficamos admirando uma bela paisagem natural.
Ela me disse que tudo estava sendo muito bom, mas eu precisava acordar.
Não entendi muito bem na hora, não pensava que ela estava sendo literal, pois não havia percebido que tudo era um sonho.
Mas, eu estava tão feliz de simplesmente ouvir ela falar que não interrompi.
Ela disse que gostava muito de mim, e que era uma pena que minha vida estivesse no estado atual.
Disse que meus medos extremos têm grande potencial para me exterminar, mas que havia um pingo de esperança.
Disse que certamente vai demorar muito tempo para eu deixar de ser matéria orgânica de comportamento aleatório e passar a realmente ser uma pessoa com várias características, habilidades, comportamentos e complexidades, e que então eu, talvez, poderei manter relacionamentos mais profundos com as pessoas ao meu redor. Isso se algum dia eu realmente chegar a ser uma pessoa.
Depois ela me abraçou bem forte e disse que era hora de ir, para eu aguentar firme.
Abri os olhos e estava no meu quarto, deitado na cama.
Era tudo um sonho.
Porque eu tenho sonhos assim?
Talvez eu tenha comido demais antes de dormir.
Ou talvez isso seja normal para quem é composto por fezes.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Celibato

Celibato era um jovem que não conseguia trabalhar direito com tanto barulho na cabeça.
Celibato tinha um relógio que sempre marcava a hora errada.
Celibato bebia três copos de café de manhã, quatro de tarde e dois de noite, para não atrapalhar seu sono.
Celibato gostava de usar meias de cores diferentes.

Ele estava sempre solitário, sempre. Mas raramente estava sozinho.
Era tanta gente ao seu redor, pessoas que falavam outra língua, comiam coisas horríveis e viviam arremessando fezes uns nos outros.
Ninguém arremessava fezes em Celibato, pois o mesmo asco que ele sentia das outras pessoas, as outras pessoas sentiam por ele.
Mas, ele era obrigado a ficar vendo aquela guerra de fezes o tempo todo.
E aquilo o estressava cada dia mais.

Celibato era apaixonado por uma garota, que parecia exatamente igual a todas as outras pessoas que ele conhecia.
Depois de um bom tempo obcecado, sempre tentando esconder e pensar em outra coisa, mas falhando, ele se declarou para ela.
Ela defecou na mão, olhou para as fezes e olhou para Celibato com um olhar triste.
Estendendo as mãos cheias com excrementos densos e quentes, disse a ele:
"Celibato, o que é isto para você?"
"Hum, são fezes?"
Ela então deixou as fezes caírem no chão e olhou novamente para Celibato.
"É uma pena", disse ela, e então passou a mão no rosto de Celibato.
"É realmente uma pena, Celibato. Espero que entenda a situação".
A garota então deu meia volta e voltou para uma guerra de fezes bastante acalorada que estava acontecendo do outro lado da rua.

No dia seguinte, Celibato adentrou em uma selva para poder passar um tempo sozinho.
Andou dez metros, escorregou em uma irregularidade, bateu a cabeça em uma raiz e fraturou o pescoço.
Ficou inconsciente por 50 minutos e então morreu.

Algumas pessoas conheciam Celibato.
Todas elas sabiam que ele não era um cara normal.
Na verdade, todos esperavam que a qualquer momento, Celibato fosse iniciar uma grande viagem ao redor do mundo sem avisar a ninguém.
E foi isto que todos pensaram que havia acontecido.
Nenhuma dessas pessoas se questionou onde ele estaria, e todas elas se esqueceram completamente da existência de Celibato após algum tempo.
O corpo de Celibato se decompôs completamente, e jamais foi encontrado por nenhuma civilização futura.

domingo, 24 de julho de 2016

Até onde se vai pedalando

Todos os bastantemente numerosos leitores do meu blog já sabem que, quando eu sumo daqui é porque as coisas andam melhores, ou porque eu estou morto (e eu já andei bem morto por aí por um bom tempo).
Dessa vez, as coisas realmente melhoraram bastante.
Minha bike está realmente salvando minha vida.
Estou visitando diversos pontos da cidade, cada vez mais distantes.
Ainda estou iniciando o processo de viver.
Eu estava muito morto, e não é tão fácil sair disso para uma "vida plena" num instante, leva algum tempo e eu nem sei se realmente vou melhorar tanto assim.
Por exemplo, ainda não estou conseguindo assistir quase nada de filmes e séries. Só mesmo coisas que sejam muito "felizinhas".
Também ainda não voltei a tirar tantas fotos dos lugares que eu vou (mas isso também é porque eu estou saindo mais à noite, e a câmera não é tão boa para fotos noturnas).
Mas, estou evoluindo bem.
Voltei para a academia, e consigo ir quase a qualquer lugar da cidade. 
Ainda há tanto para explorar!
A solidão está quase no máximo. (Talvez por isto eu esteja escrevendo assim no blog, porque não tenho ninguém com quem conversar).
Mas, creio que em breve devo ir evoluindo mais isso também.
É engraçado posts assim. Parecem cartas para ninguém.
Enfim, então até mais, ninguém!
Obrigado por me ouvir!

domingo, 17 de julho de 2016

O veículo

Eis que surge o veículo.
Do nada.
Tão inesperado quanto a própria vida.
E que pode ter vindo para salvar uma vida.
Um bem material?
Uma posse?
Uma bicicleta?
Uma saída.
Uma esperança.
Uma luz para quem já quase não enxergava.
Uma promessa de exploração.
Mudança de perspectiva.
O primeiro passo de uma longa jornada.
Liberdade.

sábado, 16 de julho de 2016

O tombo

E o andarilho levou um belo de um tombo.
Por que?
Porque ele está vivo.
Apenas vivos podem levar um tombo?
Não.
Mas, o andarilho levou um belo de um tombo, porque estava montado em sua bicicleta, que ele havia comprado há menos de 10 minutos atrás.

O andarilho está vivo!
O andarilho vive!
Seu pâncreas bate novamente.
O andarilho abre seus olhos, vê o céu azul, areia infinita para todas as direções, e a sua nova bicicleta.
O andarilho ainda está no deserto, porém,
o andarilho está vivo!
Respira fundo e sente o ar passando por suas vias aéreas.
Escuta o som do vento acariciando suas orelhas e mexendo em seus cabelos.
A areia batendo em sua barriga.
Levanta-se do chão, espreguiça e se estica.
O andarilho está vivo!
Pega sua bicicleta e começa a pedalar pelas areias do deserto.
Ainda há um longo caminho a se percorrer.
Mas, o andarilho está vivo.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Resíduo

A doença evolui.
Tudo vai escurecendo e se abafando.
Esfriando.
Os olhos se tornam pesados.
O corpo se torna pesado.
Respirar se torna difícil.

A vida deixa de ser vida.
As experiências passam a ser apenas processamento.

Não venta mais no deserto.
Não existe nenhum ruído.
Nem um grão de areia se move.
O andarilho, há muito tempo, deitou-se no chão.
Há quanto tempo o sol não nasce?
Não haviam umas estrelas no céu?
Para onde elas foram?

Não se ouve nada.
O perfeito silêncio.
A pouca vida que ainda existe nele é apenas um resíduo.

Mas o que é a morte?
Para ele, a morte é apenas uma formalidade.
Desnecessária.
Não muda nada.

O planeta já está morto.
O andarilho está morto.

"Será que algum dia terei minha vida de volta?"
"Ou será que já estou na reta final?"

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Eu vou feder

Olha, eu vou defecar, em tudo.
Ou pelo menos quase tudo...

Eu vou deitar aqui e vou feder.
É certo.
Eu vou feder.

A minha alma desistiu e foi embora.
Eu sou apenas uma gelatina que se move misteriosamente devido à variações imperceptíveis no campo magnético da terra.
É tudo comprovado cientificamente, nada de exotérico.
E assim que os agentes decompositores começarem seu trabalho em mim,
Eu vou feder.

Sim, eu vou feder!
Hoje e manhã!
Vermes vão me comer!
Como uma maçã!

Sim eu vou feder!
Todo santo dia!
Quando eu morrer!
Fedor de alegria!

Hoje eu vou feder!
Mas quem sabe o futuro?
Sei que vou feder,
quando tudo ficar escuro!

Meu corpo é movido pelos vermes que se alimentam dele.
Fumaça de gases em expansão.
Vapores e fedores, amores e cocores.

Não me mate assim, sem mais nem menos!
Espere um minuto ou dois, assim, temos tempo para comprar os fogos de artifício!

Ah eu posso sentir!
Como é bom feder e feder!
Eu não sinto o cheiro, mas sei que posso feder!

Meu corpo fede porque minha alma fede e o fedor perpassa os planos do imaterial para o material.

O fedor de podre, carniça, morte e solidão.

Me desculpe escrever tanto assim, eu só queria conversar com alguém.
Mas, ninguém quer conversar comigo, porque o meu fedor é diferente do fedor deles.

...

O fedor agora consumiu todo  o oxigênio.
Não temos muito tempo de vida presos aqui.
Então, vamos dormir.

Podíamos fechar os olhinhos, e torcer para que quando abríssemos, estivéssemos em um canto escuro da lua, flutuando no espaço!
Podemos voar!

Ah, sonhar é tão caro. Faz tempo que não pago um sonho.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Eu vou viver

Olha, eu vou me curar, de tudo.
Ou pelo menos quase tudo.
Talvez eu nunca chegue a ser realmente um humano.
Talvez meus males sociais sejam incuráveis.
Mas, eu vou viver.
Vou viver do meu jeito, mas vou viver e aproveitar a vida.
Mesmo que do jeito limitado que me é permitido.
E não vou fazer isso com o eu do futuro.
Vou fazer isso com o eu do presente, do jeito que sou agora.
Eu vou viver!

domingo, 10 de julho de 2016

A pedra da solidão eterna


Provavelmente eu teria algum post bacana, bastante solitário e melancólico a escrever sobre isso.
Mas, ando meio "desanimado", ou pelo menos "instável" esses dias.
Talvez depois eu escrevo.

23 anos

É como se a qualquer momento eu fosse cair no chão.
Para não levantar mais.
Eu atravessaria o chão.
E continuaria caindo e caindo.
Caindo pra sempre.
Até que toda a luz seja esquecida.
E o último pensamento desapareça e se perca para sempre.
Eu tenho apenas uns 23 anos.
Mas parece que vai ser agora, ou daqui a pouco, ou a qualquer momento.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Conturbação

Trabalho demais, problemas, viagem, doença, bads.
Essas férias estão bem conturbadas.
Não estão ruins, (principalmente pela parte da viagem que, mesmo sendo a trabalho, foi muito boa) mas ainda não tive tempo de fazer algumas coisas que eu queria.
E tem pelo menos uns dois posts que eu queria escrever mas ainda não tive tempo.
Geralmente, quando eu prometo posts assim eu nunca os escrevo.
Já é tradição.
Mas o pâncreas das montanhas já está a nos olhar com os anéis de cobre e a pedra da solidão eterna.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Stress cube

Por que as pessoas acham tão bonito ser alguém estressado?
Por que todo mundo tá sempre explodindo, xingando?
Por que não dá simplesmente pra relaxar?
Eu, melodramático superexagerado que sou, as vezes acho que estou melhor do que toda essa gente doida que vive gritando, batendo, correndo.

O ódio deve mesmo ser algo muito encantador pros humanos.
Talvez por isto eu nunca combine com ninguém.
Talvez por isto eu tenha que ficar sempre só.
Acho que eu já devo ter dito isso aqui umas 100 vezes..

Algo que está muito além da compreensão do cubo de gelo.

domingo, 26 de junho de 2016

O que eu fiz?

E eu falo falo falo falo sem parar e minhas palavras vão voando e voando e voando e voando em direção ao vazio sem fim.

E eu vou escrevendo escrevendo escrevendo escrevendo e ninguém vai lendo lendo lendo lendo.

Todos sabemos o quanto é fedido ter esperanças em tampas de boeiros abertos sem tampas alegria.

Todos nós sabemos como é fechado e aberto ter tampa em boeiros.

Aaah! Nós todos sabemos nós todos temos.

Nós todos temos circos que voam e voam e voam e voam aah!

E eu escuto escuto escuto e escuto sem que meus ouvidos ouçam uma vírgula.

O baixo é baixo embaixo do baixo.

Eu nasci um erro de performance é astuto e asteroidal.

Todos nós todos nós todos nós todos nós.

Abraçados e mortos abraçados e voantes pelo espaço sideral!

Esmagados pelo nada! Esmagados por nós mesmos!

Eu comi muito bolo, eu comi muito bolo, e agora quem sou eu?

Eu estou tão só tão só tão só tão só no meu sótão sótão sótão sótão!

Por que ninguém me vê? Por que ninguém me ouve?

Como foi que eu morri? Será que doeu?

O que eu fiz?

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Fechar os olhinhos

Nossa, cara..
Eu tenho que parar de pensar nisso.
Tenho que tirar isso da cabeça..
Se não, vou acabar fazendo...

domingo, 19 de junho de 2016

Férias

Enfim o primeiro fim de semana das férias!

Um tanto quanto sangrento: Minha alergia me atacou até meu nariz sangrar. Minha lixeira transbordou de papel higiênico. Usei 3 rolos inteiros só hoje.

Um tanto quanto solitário: Passei a maior parte do tempo trancado no quarto sozinho e não botei o pé pra fora de casa. Mas, por uma boa causa! Finalmente organizei meu laboratório que estava uma bagunça infinita!

Organizei também algumas outras coisas que estavam me incomodando bastante.

Acho que a bad me pegou um pouquinho no final.. fiquei com umas ideias meio sinistras na cabeça.
Mas, vai passar.. deve ter sido só uma recaída.. talvez seja cansaço de tanto espirrar, gastar vários rolos de papel higiênico, ou de lutar contra meus cartões SD.. mas acabou dando certo no final! Passei tudo de um de 4GB pra um de 8GB! (sei que isso não parece ser algo difícil, mas sabe como é o universo comigo, né? fiquei umas 3 horas pra conseguir).

 - Gabinete.
 - Não falei mais com ela. Sinto muita falta, gostaria muito de conversar atoa, zoar ela do nada, era tão legal. Mas, se começo é como uma droga... eu vou ficando cada vez mais viciado. Então, a única maneira de me manter são, ou pelo menos vivo (ou quase isso), é ficando longe dela.
 - E ela deve estar com pânico de você.
 - Ah, isso todas as meninas têm. Todas tem pânico de mim. Porque eu sou um penico. E o penico traz panico.

Penico Pânico Penico Pânico Penico Pânico Penico Pânico.

É assim que a vida é.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Não tão ruim

Olha, eu não tô tão ruim assim.
Eu tô lutando contra a "bad".
Eu exagero muito aqui no blog.
Eu gosto de escrever um melodrama superexagerado.
Gosto mais ainda de ler meus melodramas superexagerados.
Eu até solto umas risadas lendo isso aqui.
Acho que eu vou ficar bem.
Não leve a sério o que eu escrevo aqui.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Cochilo

Sonhei que estava em algum lugar comendo doce.
Mas eu estou bem.
Como um animal que já parou de lutar e aceitou o abate.
Eu já estou morto.
Meu pâncreas ainda bate porque ainda não percebeu.
E eu ainda vago como um zumbi pois minha maldição me impede de repousar.
Meu corpo já se putrefaz.
E no meu interior gelado, os vermes se alimentam de meus restos errantes.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Eu quase nem existo

A que nível eu cheguei..
Me afundei na minha própria merda até que toda a luz fosse esquecida
Sou meu próprio lixo
Meu próprio resíduo
Eu sou o Oh!
Eu sou o Oh!

Esse semestre foi uma carga pesada.
Foi mais do que eu consegui suportar
Minha mente não tá dando conta de processar tanta informação assim.

E eu ando tão distante de tudo.
Distante dos meus amigos.
Distante da minha família.
Distante das coisas que gosto, passeios, jogos, filmes.
Tem algo de muito errado e sombrio na minha vida.

"Eu quase nem existo"

Nos esfria e

"Não vou ficar na bad hoje! Não vou ficar na bad hoje!"
E quando entrou na sala de aula, la estava a Fênix...

Hehe, isto é engraçado.

Mas, não fiquei realmente triste em vê-la..
Acho que talvez eu tenha me assustado um pouco, ou sei lá..
Enfim, eu disse que não ficaria na bad.

Ela é tipo a minha "Princess Bubblegum"

Haha "A solidão nos esfria e nos faz querer morrer."
Cara, eu adoro meus posts..
Li isso e quase engasguei de tanto rir.
"nos esfria e nos faz querer morrer"
Olha o quanto isso soa engraçado!

Enfim, a luta cotra a bad não se ganha de um dia pro outro.. mas dia após dia eu espero ir avançando.
Eu estou com bastante sono.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Nostalgia

2008, 2010, 2012, 2013, 2015, 2016...

A cada um desses anos, eu olhava os posts dos anteriores e tinha percepções semelhantes.
A cada ano pensava:

"Eu era extremamente solitário naquela época, mas estou muito pior hoje.
 Eu pensava que eu não tinha esperanças naquela época, mas tenho muito menos hoje."

Tudo está, realmente, se tornando, assustadoramente, cada vez mais sombrio.
E enquanto os limites positivos demoram anos para serem superados, os negativos são quebrados segundo a segundo, como teias de aranha sendo perpassadas pelo corpo em queda no poço sem fundo.

É uma forma muito sinistra de nostalgia.

domingo, 22 de maio de 2016

Salvação

Conversar com alguém foi muito bom.
Me tranquilizou, e possibilitou que eu continuasse meu trabalho.
Mesmo que tenha sido atoa, sobre coisas aleatórias.
Meu amigo Raphahouse não fala muito mais comigo.
Acho que está muito ocupado experimentando a humanidade.
Eu estava um pouco excessivamente desesperadamente solitário.
Pelo menos isso salvou meu fim de semana.

Tradição

Seguimos a boa e velha tradição!
Aquela de passar anos trancado no congelador!

Líquido

Meu cérebro está se transformando em um líquido.
Eu posso sentir.
Posso ouvir o barulho de líquido balançando, quando mexo a cabeça.
Acho que está começando a escorrer.
Escorre pelos meus olhos.
E pinga no chão.
Aquele líquido rosa.
Estou me sentindo estranho.

A semente

Minha cabeça está tão pesada que mal consigo ficar de pé.
Vou andando e minhas pegadas vão se tornando cada vez mais fundas.
Afundo meus pés na terra dura.
Afundo meus joelhos.
Minha perna.
É quase impossível caminhar.
Agora já mal posso me mover.
E continuo afundando na terra.
Quanto mais relutante, mais me afundo.
Até que minha cabeça se afunda na terra e já não posso ver mais nada.
A terra invade meus pulmões, esmaga meu corpo, me paralisa.
Me perfura com cem estacas de pedras pontiagudas.
Implanta uma semente em meu cérebro,
que explode em uma imensa árvore negra.
Uma árvore negra com uma aura maligna que suga toda a luz.
A árvore se alimenta do pouco que resta da minha vida.
Utiliza minha energia vital para crescer seus frutos.
De seus frutos, saem pequenos demônios que se unem em um só ser.
O ser maligno grita tão alto que uma onda de choque desintegra a árvore que o criou e destrói tudo ao seu caminho.
Com necessidade de destruição, sai a vagar o mal mais poderoso do universo.

sábado, 21 de maio de 2016

Rapidinho

É tudo rapidinho de fazer
Mas nunca temos tempo
Sempre tanta pressão!
É tudo sempre tão intenso!

E tudo aperta por todos os lados
Tudo tão sufocante
Tudo descontrolado

Parece que, a qualquer momento, tudo simplesmente vai explodir
Parece que tudo que penso, não demora um segundo pra sumir
Parece que todo universo decidiu conspirar contra mim
Parece que tudo que eu conheço vai deixar de existir

Eu sinto muito, não tenho nada de bom pra dizer
É sempre isso, nunca muda o que vai acontecer
E se algum dia eu fui bom em alguma coisa qualquer
Esse dia já passou e hoje eu nem sei mais o que é
Já não sei mais quem eu sou, e como cheguei aqui
E agora já não há mais nada aqui dentro de mim

Sou apenas um saco vazio carregado pelo vento
Que voa pelo mundo sem nenhuma ação, nenhum movimento
A minha mente, assustada busca abrigo em textos imensos
E quando as letras acabam fico preso em meus pensamentos

Aqui estamos nós

Aqui estamos nós de novo
Só nós dois
Na verdade, só um
Como sempre é e sempre vai ser
No fim, somos só nós, um

Sou só
Sou o pó
O que fica quando todos se vão
Aquele que vive em vão
E como será?
Ter um lugar para ir?
E ter gente lá, que te faz sorrir?

E agora que todos se foram
a tempestade de areia continua
no meu deserto

Meu violento deserto
ninguém chega perto
ninguém quer saber

A tempestade de areia nunca realmente cessa.

Estou exausto de viver,
E por mais jovem que eu possa parecer,
minha mente já está a apodrecer,
minha alma é velha, cansada e já não pode mais ver
o que dizem haver de bom por aí

É como estar no fundo de um poço tampado
E lá na tampa, bem distante tem uma televisão
Daquelas bem antigas preto e branco e quase sem som
Tentando mostrar o que ainda há de bonito pelo mundo.

Estou tão morto, há tanto tempo
Pedaços de mim caem por onde eu passo
Minhas mãos rígidas e quebradiças
mais nada podem tocar
mais nada podem sentir

Bate um vento mais forte
E me faz em mil pedaços
Leva meu pó pelo ar
E eu nada posso fazer

Flutuo no espaço sem ação
Vejo o tempo passar num clique
Fujo do passado,
não tenho futuro
e não sei o que fazer com o presente

Eu caio dentro dos meus olhos
Caio para sempre em mim
Mergulho num oceano
que jamais vai ter um fim

Me afogo em mim mesmo
Me sufoco em minha mente
Me congelo em meu calor
Tudo passa lentamente,
e acaba rapidamente.

Meu coração nunca bateu
Meu muro é indestrutível
Me protege de tudo de bom que venha de fora
E impede que qualquer coisa boa saia
Me mantem sempre distante
De qualquer um que apareça

Meu deserto é infinito
Jamais conseguirei sair
Não importa o quanto eu me esforce
Não importa o que aconteça.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

O problema

O problema é
O problema é
O problema é

as vidas batem forte e são solavancadas em seus bonés.
As formigas vivem sempre perguntando por alguém.
As lontras querem mesmo ser fervidas em antrax.
As lendas morrem jovens por não saberem rezar.

Tudo que o chão é chinelo bate no pé do elevador.
A gente somos fogueira e fogos de artifício.
A mola e a solda potente, do sol poente do aquecedor.
As folhas limpas macias papel higiênico do amor!

Não fale mais comigo, nunca mais, por favor.
Fale sempre de volta com o monstro sonhador.
Eu sou um banco de merda que voou pelo sofá.
Eu sou o podre da vida, sou o destino, sou defecar.

A escrita e a leitura fazem poemas de amor.
A carne e a vontade não existem pra valer.
O baixo da poesia dá o tom de amargar.
E a língua sabe que não deve continuar!

A solidão é rasteira, é serena é suave.
A solidão mata a gente a solidão parece que sabe.
A solidão é a vida a solidão quer nos comer.
A solidão nos esfria e nos faz querer morrer.

A solidão bate forte e arranca o coração.
A solidão traz catarro que mata o cérebro da canção.
A solidão não quer saber de nos deixar em paz.
A solidão não quer que respiremos nunca mais.

A solidão é o ferro que nos queima de manhã.
A solidão é o vazio que nos preenche de romã.
A solidão me matou e me escondeu no congelador.
A solidão é o eixo que martela o ventilador.

chega.















quarta-feira, 18 de maio de 2016

Fênix, the crush

Um crushinho, bem de levinho.
Mantendo as "distâncias de segurança".
Mexe comigo, mas eu aguento.
Coisa mais linda, mas eu te entendo.
Sigo a linha reta traçada no chão pelo meu consciente.

sábado, 14 de maio de 2016

Insalubre

Tanta coisa deu errado.
Tanto tempo foi perdido.
Tantas tentativas frustradas.
Meu projeto certamente não vai funcionar do jeito que pensei.
Já desisti de algumas funcionalidades.
Isso, se pelo menos chegar a funcionar.
E não creio que isso seja por dificuldades técnicas.
Não.
Certamente isso tudo é porque meu psicológico está profundamente, gravemente danificado.
E, com toda esta pressão, está ficando cada vez pior.
Ser uma pessoa tão absurdamente fechada também não ajuda muito.
Pensamentos negativos reverberam e ressoam delongadamente, furiosamente na minha mente, sem ter por onde sair e se dissipar.
Este blog é o único lugar onde eu falo esse tipo de coisa...

....

O deserto se torna cada dia mais insalubre.
O deserto não vê a vida com bons olhos.
O andarilho claramente é um agente invasor ali.
Deve ser eliminado.
E o deserto luta, cada dia mais bravamente, para eliminá-lo.
Como o andarilho vai poder se salvar algum dia?
Ou a pergunta seria, na verdade, quanto tempo o andarilho ainda vai durar no deserto?

sexta-feira, 13 de maio de 2016

O abominável homem das fezes

Eu estou doente.
Estou com a doença das fezes.
Um vírus entrou em mim e transformou meu cérebro em fezes.
Ele foi evoluindo e transformou minhas tripas em fezes.
Depois meus ossos.
Meus músculos.
Minha pele.
Minha alma.
Até que não sobrasse mais nada.
Aqui estou eu: O homem fezes.
O abominável homem das fezes.

Auto cozimento

O bom é que, se eu estiver com fome, mas estiver com muita preguiça para cozinhar alguma coisa, posso retirar meu próprio cérebro e comê-lo.
Ele já está no ponto!

terça-feira, 10 de maio de 2016

Pelo menos

Pelo menos uma coisa boa.
Eu gosto dos posts que escrevo quando estou em estado de desespero, como atualmente.

Tempo

Tempo é o objeto mais valioso que a descarga consome ordenada pela rotação assassina e desembestada do planeta terra.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Maldição

Nada funciona.
Até as coisas mais simples começam a não funcionar.
É uma maldição.
O não funcionamento parece partir da vida amorosa (mas sem abandoná-la) e atingir a todo o resto, numa nuvem de fezes no ventilador que nos acolhe, nos aquece, nos esmaga, nos estrangula, nos defeca vivos, nos rouba a alma, nos rouba o tempo, nos rouba a vida, enlouquece o pâncreas, destrói a cidade, quebra os equipamentos, queima os processadores, chicoteia os ensolarados, mastiga os transeuntes, exonera os gatos, esvazia os ferros, busterquisxa os brártises, desrosqueia os parafusos e mata a juventude.
Não preciso mais formar, preciso me aposentar.
Eu troco minha juventude com alguém de uns 90 anos.
Vou deitar num canto e morrer por intoxicação alimentar logo após ingerir 5 kg de fezes.
Vou deitar num canto e ingerir pimenta até meus olhos saírem pelos meus ouvidos.
Vou deitar num canto e ficar lá até que minhas pernas caiam para fora de meu corpo.
Vou deitar num canto e dormir.
Vou deitar num canto e produzir tantas fezes que morrerei afogado nelas.
Vou deitar num canto e ficarei tão só, mas tão só, viverei 23 anos no deserto e então
Vou deitar num canto e morrer. Final feliz! : )

domingo, 8 de maio de 2016

Fracasso em sua plenitude absoluta

Eu não consigo fazer meu projeto funcionar.
Não tenho os materiais necessários.
Não tenho equipamentos de testes para investigar o que eu poderia fazer para fazer funcionar.
Quando estou em algum lugar que tenha os equipamentos, não tenho tempo suficiente e nem materiais para usar.
Não existe absolutamente ninguém que possa me ajudar.
O tempo está acabando.
Eu estou tão profundamente ferrado e destruído em todas as direções e possibilidades imagináveis.
Eu estou tão só.
Eu estou falhando miseravelmente na única coisa em que eu devia ser pelo menos minimamente bom.

Neste momento, eu sou o fracasso em sua plenitude absoluta.

sábado, 7 de maio de 2016

Mais uma vez

Mais uma vez eu falhei com meus amigos.
Sou o pior amigo do mundo.

Mais uma vez o tempo acabou antes que eu pudesse notar.
Sou o cara mais lento do mundo.

Eu sempre encho minha garrafinha com água da torneira em vez de usar filtros. Sim, eu sou porco e podre. E eu não tenho olfato.
Pode ser que eu saia fedendo por aí e nem me dê conta.
As vezes eu desconfio disso.
Mas eu não ligo tanto pra isso.
Eu não tenho obrigação de ser higiênico, bonito, legal ou limpo porque ninguém liga mesmo. Quem é que vai vir até aqui no deserto pra ver isso? ninguém.
Oh! Como eu sou vitimista!
A culpa é toda minha!
Eu cago no teto pra depois as fezes caírem de volta sobre mim!!!

Não leve este blog a sério.
Ou leve, se você quiser.

Mais uma vez o universo conspirou contra.
Eu queria ir na casa do meu amigo, mas eu estou exausto.
Talvez eu já tenha morrido.
Nesse caso, ele provavelmente já sabe, então não vai sentir minha falta.
É, tomara que seja isso, tomara que eu esteja morto mesmo.
Provavelmente eu bati minha cabeça na mesa até perder a consciência, saí zumbificado por aí e fui atropelado por uma máquina de perfuração de poços de petróleo.
E agora, como maldição pela extrema burrice, meu espírito está condenado a pensar que ainda está vivo e que as pessoas ligam, quando na verdade nem conseguem me ver.

Ok, vou parar de escrever essa porcaria agora e ir dormir.

Tantos casais.... tantos casais..

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Fênix do deserto

E, se num dia eu mato você dentro de mim, quando chega a noite, lá está você em chamas novamente riscando o céu do meu deserto.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Caverna

Eu estava tranquilo e confortável nadando em um lago numa caverna.
Entrei em pânico quando percebi que a caverna na verdade era meu nariz e  a água era catarro.
Morri afogado.

sábado, 30 de abril de 2016

Vitimismo volúvel

Eu acordei 11:30 da manhã, que foi há dois minutos atrás, mas agora já são 11:30 da noite.
Há alguns anos atrás, numa situação dessas, eu viraria a noite mexendo com trabalhos e acharia tudo muito divertido.
Hoje eu acordei há 2 minutos atrás e já não aguento ficar com os olhos abertos por mais de 1 segundo.
Será que isso é porque estou doente?
Ou uma depressão de 2010 até 2015 foi capaz de cozinhar meu cérebro, inutilizando permanentemente a maior parte dele?
Eu estou morto?
Ou quase morrendo?
O que aconteceu?
Onde eu estou e quem foi que tomou meu lugar?
Quem sou eu?
O planeta gira tão rápido que eu estou ficando tonto.. acho que vou vomitar!

"Isso eu superentendo ela"
"Parar com esse vitimismo ia ajudar"
"Vc é muito vitimista"

"Mas já decidi que não vou me apegar....ela é muito volúvel"

Eu nem sei mais escrever.
Oh! Eu estou morto!

domingo, 24 de abril de 2016

O homem que caiu no poço sem fundo

Tinha um cara, há um tempo atrás, que costumava vir aqui no blog à noite de vez em quando escrever uns posts.
Eu gostava bastante dos posts dele.
Ele só aparecia de noite.
Acho que era o verdadeiro eu.
Me pergunto por onde ele anda.
Talvez já tenha morrido.

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Eu ia visitar um amigo que não encontro há um bom tempo, mas ele estava dormindo e não pôde me receber.

Eu estou tentando fazer uns rádios funcionarem, mas não estou tendo muito sucesso. Pedi ajuda sobre isso para um antigo colega de trabalho que já trabalhou com esses rádios. Ele disse que me enviaria o trabalho que tinha feito para eu ver como funciona. Mas ele não enviou.

Estou ouvindo o álbum "The Division Bell" do Pink Floyd, do qual gosto bastante.
Mas é um álbum um tanto quanto triste pra mim, me lembra de algumas tentativas desastrosas de me humanizar.

Eu me sinto como o cara que tropeçou e caiu no poço sem fundo. No início ele sentiu muito medo, mas após algumas horas caindo, começou a se sentir entediado. Ninguém temeria mais a imortalidade do que ele.

O tempo passou tão rápido e eu fiquei tão atrasado.
O espaço cresceu tão rápido e eu fiquei tão só.
Não ouço nenhum som.
Não vejo nenhum raio de luz.
Não sinto sequer um pensamento que não venha de mim mesmo.
E até os que vem de mim mesmo vão se tornando cada vez mais raros.
Para onde foi todo mundo?
Onde estão?
E por que eu fiquei aqui sozinho?
Voando cada vez mais rápido em direção ao nada.

domingo, 17 de abril de 2016

infinital noderada

Tenho muitas coisas tão absurdamente urgentes e atrasadas para fazer.
Tive um fim de semana de "folga".
Ou, pelo menos não tive provas para estudar.
Na verdade, não foi uma folga. No sábado tive que viajar a trabalho e, por cansaço, perdi o dia todo.
No domingo, saí para um show que foi absurdamente legariótico.
Agora já é noite, e eu não fiz nada do que tinha que fazer.

Como os humanos fazem para ter uma vida e ainda conseguir se manter em dia com os estudos?

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Acho que vai dar tempo e (não deu)

 - 24 horas não são o suficiente! Preciso desesperadamente de mais tempo!
 - Sinto falta da minha solidão, mesmo ainda estando sozinho.
 - Me sinto engolido, esmagado pela rotação do planeta terra que passa por cima de mim a 300 km/h como um carro de fórmula 1 equipado com um rolo compressor.
 - Tenho que repensar algumas coisas. Tenho que definir prioridades.
 - Não sei o que há de errado com meu sono. Vou acabar enlouquecendo de vez. Esse sempre foi um dos meus piores medos e tanta coisa nos últimos anos vem trazendo ele a milímetros da minha cara!
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 - Preciso de férias.
 - Preciso parar o tempo, dormir por uns 10 anos e depois voltar recuperado no momento em que parei.
 - Preciso trocar o dia pela noite.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH!!!!!

domingo, 10 de abril de 2016

Social Sclepserismo

Olha, quando tem 4 posts no mesmo dia é porque a coisa tá feia.
Incrível como a minha dificuldade para estudar está aumentando vertiginosamente.
Eu sempre fui de me distrair fácil, mas antes eu tinha menos fontes de distração.
Minha pseudo "vida social" evoluiu muito, está quase se tornando uma vida social (real e sem aspas) e acho que não estou sabendo lidar com isso da melhor maneira.
Tenho que aprender a me focar mais, se não, meu destaque acadêmico corre sério risco.

Demônios de transporte

Estudando "demônios de transporte".
Dá vontade de, assim que acordar de manhã, ir tirar um cochilo, e quando acordar do cochilo à noite, ir dormir.

Pâncreas estima

É muito nova, e bastante estranha para mim esta ideia de que pessoas possam gostar (ou pelo menos pensar que gostam) de mim.
Eu entrei num desses aplicativos de conhecer pessoas pela internet e estou tendo um relativo sucesso lá.
Quando criei o perfil, pensei que ficaria abandonado e que eu deletaria em breve.
Mas, inacreditavelmente, eu atraí, pelo menos, a curiosidade de algumas pessoas.
Talvez isso me permita evoluções mentais que eu nem sequer imaginava.

Tempo de insulina

Tempo.
O passar do tempo.
O arrastar do tempo.
O tempo de insulina.
Pâncreas em produção.

Só um conceito a ser evoluído, como uma glicose a ser processada.

domingo, 3 de abril de 2016

Singularidade

Um fragmento de sonho.
Um produto puramente mental.
Uma daquelas ilusões que nos tomam a mente durante várias horas.
No funcionamento normal do universo, não teria qualquer compromisso com o mundo material.
Porém, estranhamente, houve uma singularidade.
Uma aberração do espaço, tempo, probabilidade.
Uma invasão do mundo real por parte daquilo que deveria estar apenas no imaterial do imaginário.
O possível tomou mais um pequeno pedaço do impossível.
A imaginação se confundiu com aquilo que está fora dela.
Durante um pequeno intervalo de tempo.

Ouro Preto

Estou com muito sono para conseguir escrever adequadamente sobre isso..
Mas, hoje (ontem, na verdade) foi muito além das minhas expectativas!
Foi realmente incrível..
Uma vitória gloriosa e memorável para o Forever Alone.
Seremos eternamente gratos a garota de Ouro Preto, que rouba beijos e deixa no lugar felicidade, carinho, um filme muito bom e uma ótima conversa!

quinta-feira, 31 de março de 2016

Lactose

Aquele bom e velho clichê de gostar de alguém que acha que gosta de outro alguém que já tem alguém (Com o número correto de "alguém's", sem aumentar pra exagerar).
De certa forma, é triste o suficiente para chorar lágrimas sem lactose

quinta-feira, 24 de março de 2016

Solidão

Solidão de verdade.
Solidão pra eternidade.
Solidão que nos corrói.
Solidão no peito dói.

Solidão todo dia.
Solidão sem companhia.
Solidão toda noite.
Solidão eterno açoite.

Solidão quem eu sou?
Solidão onde eu estou?
Solidão dentro do peito!
Solidão não tem mais jeito!

Solidão não me deixe aqui!
Solidão não sei pra onde ir!
Solidão estou tão longe!
Solidão forever alone!

Alfinetes

De dentro da sua prisão invisível, no fundo do poço, ele joga alfinetes ao ar, numa expectativa já desiludida de que alguém se espete e resolva investigar.
Mas, os alfinetes que ele arremessa são tão invisíveis, imperceptíveis, imateriais para os outros seres quanto todo o seu pequeno universo.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Sclepser

O nome dele era Sclepser.
Ele tinha múltiplas personalidades.
Duas delas apareciam com maior frequência.
Uma era muito tímida e anti social.
Outra era extremamente extrovertida popular, e muito bem sucedida em relacionamentos.
O problema era que esta última apenas aparecia quando não havia ninguém por perto.
Sclepser era um cara conflitante, e absurdamente solitário.

sábado, 19 de março de 2016

Poço

Não chega a ser um poço.
Nem um buraco tão fundo assim.
Mal chega a ser uma depressão no solo.
Bastaria se levantar, subir um degrau, e ele estaria livre.
Mas ele definitivamente não está livre.
Ele está paralisado, deitado naquele buraco, que pra ele é infinito.
Todo mundo passa e não enxerga qualquer problema.
Como se fosse outra pessoa qualquer, apenas deitada no chão.
Ele engana qualquer um direitinho.

quinta-feira, 17 de março de 2016

Universal

É como se, a qualquer momento, alguém fosse surgir do nada, estender a mão e resgatá-lo da solidão daquele planeta deserto.
Mas, mesmo que alguém ousasse tentar, ele provavelmente daria um jeito de fazer esta pessoa ir embora confusa.
O deserto é a sua mente, e é auto sustentado num ciclo vicioso onde a solidão apenas vai se tornando cada vez mas oceânica, abissal, universal.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Infinitesimais

Como o editor que insere mensagens subliminares em quadros aleatórios isolados de um filme, ele vai contando sua realidade, pontos infinitesimais por vez.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

O retorno dos sonhos - Viagens

Fazia bastante tempo que os sonhos haviam me abandonado, ou eu os havia abandonado.
Mas, eis que, nestes momentos onde as coisas começam a dar certo, os sonhos começam a brotar na minha mente outra vez.
Estou começando a pensar em viajar por aí.
E sei que, pelo menos mais dois amigos vão querer ir viajar também.
Viagens aleatórias, de baixo custo e bem simples, só mesmo para conhecer os lugares, conversar com pessoas.
Começaremos por vias terrestres, lugares próximos, e depois pode ser que elas se tornem cada vez mais sofisticadas.
Ainda precisamos evoluir a ideia, mas, acho que pode dar bem certo sim!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Seguido por Júpiter

Seguidos por Júpiter, caminhamos pelo mundo, passando por entre as aconchegantes cordas de violão que nos enrolam o pâncreas e nos aquecem.
O ritmo dos passos determinado pelo inverso da luminosidade faz com que seja difícil ir dormir e ir acordar. O sonho dentro do sonho.
Almejamos um arrefecimento, mas, ainda assim a alta temperatura deteriora o sono e faz com que explodamos as tripas, compondo a bela melodia que se faz dos primeiros dias de aula.

domingo, 31 de janeiro de 2016

Gabi!

Se um dia alguma Gabi ou qualquer outra pessoa chegar a ler este "poema", não se ofenda por ele.
Eu comecei a escrever apenas de brincadeira conversando com amigos, e no meio do poema, comecei a lembrar de coisas que aconteceram e acabou que o poema foi ganhando uma certa.. uma certa.... bem, eu não sei o quê, pra falar a verdade.
Esse poema é baseado em fatos reais (exceto a parte do xixi e do vaso..) que agora já fazem parte do passado distante que pode ser zoado sem grandes problemas.
Enfim, se preferir, simplesmente o ignore completamente!

Um dia fui fazer xixi.
Mas não pude crer no que vi.
Gabi!
Gabi!

Saindo de dentro do vaso.
Com seu cabelo avermelhado.
Gabi!
Gabi!

Tentei fugir assustado.
Mas, logo fui atacado.
Gabi!
Gabi!

Me deixou paralisado.
Seu cabelo alisado
Gabi!
Gabi!

Num belo por do sol laranja.
Ela apareceu de franja.
Gabi!
Gabi!

Não teve mais solução
E surgiu uma paixão,
Gabi!
Gabi!

Fui tentar me declarar
Meus sentimentos demonstrar
Gabi!
Gabi!

Mas level na cara um NÃO!
Era tudo ilusão!
Morri!
Morri!
Morri!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O dia em que o pâncreas explodiu de felicidade

Hoje eu terminei uma parte de um aplicativo que comecei segunda feira dessa semana.
Fui, com toda a insegurança do mundo mostrar pra um dos meus chefes, já achando que estava demorando demais, mas ele disse que o programa tinha ficado muito bom e que estava surpreso com o quão rápido eu tinha feito!!
Eu fiquei muito feliz com isso!
Quando você é absurdamente, patologicamente tímido e inseguro, um estímulo desses causa um alívio muito grande.
Principalmente porque, a minha pior preocupação é o tempo, sempre me achei tão lerdo que nem eu mesmo em câmera lenta conseguiria ser mais lento! E ele disse que eu fiz essa versão muito rápido!
Até agora tem ido quase tudo muito bem, tudo com grande potencial para dar certo!
Vamos ver como o pâncreas vai se sair afinal!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Poesia nasal

Doce é a poesia que sai de cada narina.
Canção viscosa que brilha como purpurina.
O lenço é a grande salvação.
Que nos acalma e alegra o coração.
O vento feroz grita para todo lado!
Como o trovão de catarro que deixa qualquer um atordoado!

domingo, 17 de janeiro de 2016

O fim de semana pâncreas-nútil

Bem, esse fim de semana eu desapontei um pouco alguns dos meus amigos.
Como sempre, fiquei devendo ir na casa de alguns, chamar alguns para a minha casa, sair com outros, e acabei só ficando em casa sozinho sem fazer nada.
Mas, dessa vez, isto não foi totalmente ruim.
Esse fim de semana, eu não fiz quase nada de útil, com uma única exceção: Passei no exame de direção!!
Sim! Com a chuvinha atrapalhando ainda!
Bastantemente legariótico!
Quando cheguei em casa, pensei "Já fiz algo muito útil nesse fim de semana, agora vou só fazer coisas inúteis até segunda feira."
E esse friozinho bom ajudou bastante a cumprir esse pensamento!
Não me orgulho muito, mas curti bastante essa inutilidade e tranquilidade!
Mas, foi só esse fim de semana mesmo! A partir de amanhã volto ao normal com minhas metas para 2016 (que mal começou e já está com potencial positivo extremamente elevado!)

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Enfim um janeiro chuvoso!

Eu não deveria estar escrevendo agora. Deveria estar indo dormir.
Mas faz tempo que estou querendo postar e nunca arrumo um tempo, então vai assim mesmo!

Finalmente! Finalmente voltaram as chuvinhas finas que duram vários dias!
Adoro este tempo chuvoso, o vento frio que sopra quase todo tempo, temperatura agradável, as luzes da cidade refletidas nas nuvens pesadas, a iluminação suave dos dias nublados.
Este ano já parece ter muito potencial.
Fui no cinema, saí com amigos, amigos vieram na minha casa, voltei a praticar guitarra, voltei a ler, tudo isso apenas no primeiro mês!
E já comprei reservas numa pousada para ficar hospedado com minha mãe um fim de semana no próximo mês!

Parece que eu estava morto e estou começando a voltar à vida bem lentamente, não sei como pude passar tanto tempo num estado tão estagnado.
Parece que a minha criatividade está, bem lentamente, começando a engatinhar de novo.
Meus posts ainda estão quase que puramente descritivos e sem abstração, eu ainda passo muito tempo fazendo coisas inúteis, mas bem de vez em quando, me surge alguma pequena estória na cabeça. Já cheguei a escrever uma à mão, pretendo passar para o blog em breve.
Me tem surgido alguns fragmentos de melodias também, enquanto toco guitarra. Tenho até gravado alguns trechos. Talvez, em breve eu consiga começar a construir músicas!

Na faculdade, neste semestre, não terei aulas no sábado!
A felicidade que isso me causou mal pode ser expressa em palavras!
Desde que comecei meu curso sonho com este momento!
Sem falar que, pelo menos por enquanto, parece que não haverá nenhum contato com uma certa ave...
Isso também me trouxe um grande alívio. Conto com a possibilidade de ela surgir em uma aula ou outra, pois ainda é tempo de fazerem matrículas. Mas, mesmo se surgir, creio que não será grande problema também. Se este ano alcançar metade de seu potencial, essa certa ave não será problema de forma alguma, pouco importando por onde voe rasgando os céus com suas asas venenosas...

Bem, ainda tenho muito o que escrever, mas realmente preciso ir dormir. Estou tomando uma série de atitudes (que hoje deixei de seguir para escrever esse post) para aumentar minha disposição durante o dia, e aparentemente está funcionando! Antes eu estava passando o dia com tanto sono que estava começando a entrar em pânico. Agora, tudo já parece bem melhor.
Enfim, até mais! Pretendo voltar a escrever em breve!