Onde você estava há 6 anos atrás?
Me conte o que fazia,
sobre o que pensava?
Por onda andava?
Porque eu acabei de chegar lá.
Estou há 6 anos atrás de agora.
Tenho, hoje, a mente que deveria ter há 6 anos atrás.
Acabei de chegar há 6 anos atrás.
Vejo velhos amigos e colegas que eu vou abandonar nos próximos 6 anos.
Vejo a lua com quem eu não saberei me envolver nos próximos 6 anos.
Tenho uma cultura interessante (para alguém 6 anos mais novo que eu), que eu vou demorar os próximos 6 anos pra adquirir.
Me diga por onde andava! Talvez possamos nos encontrar lá e mudar o presente e o futuro!
Mas tudo já está feito. Qualquer desvio não passaria de uma mera ilusão. E minha mente já andou perdendo a capacidade de se iludir.
Tenho o conhecimento de alguém 6 anos mais novo que eu.
Tenho a energia, disposição e vitalidade de alguém 80 anos mais velho.
Por onde andará o guilherme que deveria ter 21 anos?
Será que ele vai demorar muitos anos para aparecer?
Ou será que ele vai conseguir evoluir num ritmo bom, para tentar alcançar alguém da mesma idade dele?
Ou será que... (não havia nada de importante aqui)
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
Sobre qualquer coisa que não tenha a mínima importância
O zumbi que caminha pelo planeta deserto relembra suas velhas histórias com melancolia.
O sol sem luz visível, ultra quente, constante, incessante.
A estiagem, a umidade quase nula, a atmosfera ultra rarefeita.
A solidão, o desespero, o medo, a vontade, a frustração.
A gravidade elevada, a areia cortante voando em alta velocidade, os ventos quentes e ácidos.
O telefone toca. Ele se levanta da cadeira e corre para atender. Abre-se um buraco no meio do corredor onde ele cai eternamente. Ele jamais atendeu a ligação. Mas não importa, não era para ele. Ele caiu no deserto.
- Há algo de errado com seus olhos. Não consigo sentir a sua luz interior. Na verdade, parece até que os seus olhos são portais para o inexistente. Seus olhos sugam o que há ao redor sem transmitir qualquer tipo de energia.
O zumbi já não sabe mais quem ele é.
Aparentemente, isto já foi escrito em algum lugar, mas esta é a vida do zumbi: Um eterno loop, um paradoxo temporal não resolvido e não resolvível, um beco sem saída, um cão de três cabeças, uma trilogia de apenas dois capítulos, uma instância do abandono, uma chamada perdida, um teto sem chão, um eterno loop.
O zumbi mal consegue abrir os olhos. A tempestade de areia está excepcionalmente forte hoje.
Ele se senta no chão de areia fina do deserto e tenta escrever alguma coisa. Não dá muito certo. Ele acaba caindo no chão e dorme por ali mesmo.
O sol sem luz visível, ultra quente, constante, incessante.
A estiagem, a umidade quase nula, a atmosfera ultra rarefeita.
A solidão, o desespero, o medo, a vontade, a frustração.
A gravidade elevada, a areia cortante voando em alta velocidade, os ventos quentes e ácidos.
O telefone toca. Ele se levanta da cadeira e corre para atender. Abre-se um buraco no meio do corredor onde ele cai eternamente. Ele jamais atendeu a ligação. Mas não importa, não era para ele. Ele caiu no deserto.
- Há algo de errado com seus olhos. Não consigo sentir a sua luz interior. Na verdade, parece até que os seus olhos são portais para o inexistente. Seus olhos sugam o que há ao redor sem transmitir qualquer tipo de energia.
O zumbi já não sabe mais quem ele é.
Aparentemente, isto já foi escrito em algum lugar, mas esta é a vida do zumbi: Um eterno loop, um paradoxo temporal não resolvido e não resolvível, um beco sem saída, um cão de três cabeças, uma trilogia de apenas dois capítulos, uma instância do abandono, uma chamada perdida, um teto sem chão, um eterno loop.
O zumbi mal consegue abrir os olhos. A tempestade de areia está excepcionalmente forte hoje.
Ele se senta no chão de areia fina do deserto e tenta escrever alguma coisa. Não dá muito certo. Ele acaba caindo no chão e dorme por ali mesmo.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
O fantasma - Na pança de um bagre
Hahaha!! Eu sou realmente um fantasma!
Exatamente como diz naquela música...
Nunca vou quebrar "A corrente que me prende a minha ilusão"...
"A liberdade que eu sinto é acomodação"...
Em Setembro de 2012 eu caí na pança de um bagre, tudo deu errado e eu tive que reconstruir do zero, assim como estava escrito lá. Por incrível que pareça, no ano seguinte eu consegui construir todo um mundo de ilusões de novo!
E ele foi totalmente destruído de novo, até não sobrar nada.
Caí na pança do bagre de novo. Agora está acabando 2014, mais de 1 ano depois, e ainda lá estou eu, na Pança do bagre. E dessa vez, parece que cheguei para ficar.
Exatamente como diz naquela música...
Nunca vou quebrar "A corrente que me prende a minha ilusão"...
"A liberdade que eu sinto é acomodação"...
Em Setembro de 2012 eu caí na pança de um bagre, tudo deu errado e eu tive que reconstruir do zero, assim como estava escrito lá. Por incrível que pareça, no ano seguinte eu consegui construir todo um mundo de ilusões de novo!
E ele foi totalmente destruído de novo, até não sobrar nada.
Caí na pança do bagre de novo. Agora está acabando 2014, mais de 1 ano depois, e ainda lá estou eu, na Pança do bagre. E dessa vez, parece que cheguei para ficar.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Amizade de mão única
Quando toda sugestão é irrelevante.
Quando toda a confidência é escancarada.
Quando não há confiança, e não há resposta.
Quando as conversas são sempre na mesma direção.
Qualquer outra tentativa só retorna silêncio.
Amizade de mão única.
Realmente nunca acaba.
Enquanto durar a paciência infinita de um robô.
Quando toda a confidência é escancarada.
Quando não há confiança, e não há resposta.
Quando as conversas são sempre na mesma direção.
Qualquer outra tentativa só retorna silêncio.
Amizade de mão única.
Realmente nunca acaba.
Enquanto durar a paciência infinita de um robô.
Férias do pâncreas no ventilador
Férias bastantemente legarióticas.
Não tenho muito o que escrever agora,
Mas finalmente estou tendo um tempo pra mim.
Não tenho muito o que escrever agora,
Mas finalmente estou tendo um tempo pra mim.
sábado, 6 de dezembro de 2014
Liberdade!
Acabou uma etapa muito importante da minha vida, que foi um estágio de 3 anos.
Eu realmente gostava de trabalhar lá, mas estou muito feliz em estar finalmente de férias.
Eu realmente gostava de trabalhar lá, mas estou muito feliz em estar finalmente de férias.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
O dinossauro
Será que devo compartilhar aquela música "Socorro"?
- Mas por que?
- Porque eu posso.
...
Eu costumava escutar aquelas músicas dos Beatles e pensar sobre as letras.
Costumava conversar, imaginar, escrever cartas.
Agora já tenho um escudo contra tudo isto.
Eu realmente envelheci muito.
Eu sequei, enferrujei, me automatizei.
Eu desevoluí, retrocedi, murchei e morri.
Eu sou um robô.
Eu sou um velho, aposentado, um dinossauro de 21 anos.
Não que eu queira voltar àquele tempo, por favor, não!
A verdade é que nem eu sei o que eu estou querendo dizer e aonde quero chegar.
- Mas por que?
- Porque eu posso.
...
Eu costumava escutar aquelas músicas dos Beatles e pensar sobre as letras.
Costumava conversar, imaginar, escrever cartas.
Agora já tenho um escudo contra tudo isto.
Eu realmente envelheci muito.
Eu sequei, enferrujei, me automatizei.
Eu desevoluí, retrocedi, murchei e morri.
Eu sou um robô.
Eu sou um velho, aposentado, um dinossauro de 21 anos.
Não que eu queira voltar àquele tempo, por favor, não!
A verdade é que nem eu sei o que eu estou querendo dizer e aonde quero chegar.
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Uma boa luta
Acho que realmente não há muito de bom em mim.
Eu sou um sumidouro de coisas boas.
Por isto tudo que eu faço soa tão artificial.
Porque eu preciso fingir ter as boas características que as pessoas normais tem.
Enfim, não queria ser muito auto depreciativo hoje, mas acho que é o melhor que tá saindo.
Por mais pessimista que eu tente ser, a realidade sempre me surpreende, me mostrando o quão otimista e ingênuo eu realmente sou.
Só pra não fazer um post totalmente autodestrutivo, apesar de ter fracassado em duas matérias na única coisa em que eu deveria ser mais ou menos bom, eu não vou desistir. Ainda faltam duas últimas batalha a lutar. Podem até tentar tirar meu destaque acadêmico, mas não sem uma boa luta!
Eu sou um sumidouro de coisas boas.
Por isto tudo que eu faço soa tão artificial.
Porque eu preciso fingir ter as boas características que as pessoas normais tem.
Enfim, não queria ser muito auto depreciativo hoje, mas acho que é o melhor que tá saindo.
Por mais pessimista que eu tente ser, a realidade sempre me surpreende, me mostrando o quão otimista e ingênuo eu realmente sou.
Só pra não fazer um post totalmente autodestrutivo, apesar de ter fracassado em duas matérias na única coisa em que eu deveria ser mais ou menos bom, eu não vou desistir. Ainda faltam duas últimas batalha a lutar. Podem até tentar tirar meu destaque acadêmico, mas não sem uma boa luta!
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Prove que você não é um robô.
Eu sinto muito, mas, acho que não posso fazer isto.
Será que eu já escrevi este post antes? acho que sim.
Enfim, encontrei a letra desta música num blog bastante interessante.
Não poderia ter vindo em melhor momento.
Será que eu já escrevi este post antes? acho que sim.
Enfim, encontrei a letra desta música num blog bastante interessante.
Não poderia ter vindo em melhor momento.
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Levantando no deserto
Este fim de semana rendeu bastante, Doutor.
Não fiz tudo o que eu tinha que fazer, mas consegui fazer muita coisa e ainda ajudei bastante gente.
Talvez este tenha sido o primeiro fim de semana realmente produtivo deste semestre. Pena que tenha vindo tão tarde.
Agora estamos na reta final.
Talvez ainda haja tempo de recuperar alguma coisa.
Não fiz tudo o que eu tinha que fazer, mas consegui fazer muita coisa e ainda ajudei bastante gente.
Talvez este tenha sido o primeiro fim de semana realmente produtivo deste semestre. Pena que tenha vindo tão tarde.
Agora estamos na reta final.
Talvez ainda haja tempo de recuperar alguma coisa.
sábado, 15 de novembro de 2014
Uma Fênix doente
A Fênix está doente, Doutor.
Não sei o que ela tem, e nem ela sabe.
Ela já esteve doente algumas vezes este semestre.
Tento não pensar muito nisso, pois estou tentando remover o vírus dela da minha mente.
E também, é normal pessoas ficarem tristes e doentes.
Ela não é como eu, de aço.
Eu quase nunca fico doente.
Sou um verdadeiro desperdício de saúde.
Apesar de a minha debilitação mental compensar toda a minha saúde física.
Mas, de forma geral, este semestre realmente foi destruidor.
Eu conheci alguns cantos bem obscuros da minha mente e do deserto.
Enfim, eu não deveria interagir tanto assim com a Fênix, e deveria evitar ficar pensando nessas coisas.
Doutor, acho que já vou indo. Se eu continuar aqui, o vírus vai acabar ganhando força.
Talvez eu realmente não deva me preocupar com a Fênix.
Por mais dano que ela sofra, ela vai acabar ressurgindo das cinzas e se recuperando totalmente.
Ela já tem todo o apoio que precisa, vindo de pessoas que realmente merecem sua companhia.
Acho que eu devo me preocupar mais comigo mesmo, e por quanto tempo conseguirei seguir em frente na caminhada pelo deserto.
Não sei o que ela tem, e nem ela sabe.
Ela já esteve doente algumas vezes este semestre.
Tento não pensar muito nisso, pois estou tentando remover o vírus dela da minha mente.
E também, é normal pessoas ficarem tristes e doentes.
Ela não é como eu, de aço.
Eu quase nunca fico doente.
Sou um verdadeiro desperdício de saúde.
Apesar de a minha debilitação mental compensar toda a minha saúde física.
Mas, de forma geral, este semestre realmente foi destruidor.
Eu conheci alguns cantos bem obscuros da minha mente e do deserto.
Enfim, eu não deveria interagir tanto assim com a Fênix, e deveria evitar ficar pensando nessas coisas.
Doutor, acho que já vou indo. Se eu continuar aqui, o vírus vai acabar ganhando força.
Talvez eu realmente não deva me preocupar com a Fênix.
Por mais dano que ela sofra, ela vai acabar ressurgindo das cinzas e se recuperando totalmente.
Ela já tem todo o apoio que precisa, vindo de pessoas que realmente merecem sua companhia.
Acho que eu devo me preocupar mais comigo mesmo, e por quanto tempo conseguirei seguir em frente na caminhada pelo deserto.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
O meu blog
Pelas coisas que eu escrevo no Blog, pode parecer que eu sou um cara muito deprimido.
Mas até que, na realidade, não sou tanto assim.
Este é o meu blog, o meu lugar.
Onde eu posso desabafar sobre qualquer coisa.
O meu lugar para fazer tempestade em copo d'água,
reclamar de barriga cheia,
cuspir no prato em que comi.
É claro que eu exagero um bocado de coisa.
Se cada um tivesse um lugar onde pudesse colocar tudo para fora, acho que seria mais ou menos assim mesmo.
Aqui é onde eu posso fazer a coisa mais insignificante do mundo ganhar proporções monstruosas.
O lugar onde eu posso dizer e ser ouvido, mesmo que apenas por personagens imaginários da minha cabeça.
É o meu lugar para reclamar,
e eventualmente, comemorar também.
É como se fosse o meu pântano.
...
É claro que, na vida real, eu não sinto nada do que está escrito aqui, porque eu sou um robô, e robôs não tem sentimento algum.
Mas até que, na realidade, não sou tanto assim.
Este é o meu blog, o meu lugar.
Onde eu posso desabafar sobre qualquer coisa.
O meu lugar para fazer tempestade em copo d'água,
reclamar de barriga cheia,
cuspir no prato em que comi.
É claro que eu exagero um bocado de coisa.
Se cada um tivesse um lugar onde pudesse colocar tudo para fora, acho que seria mais ou menos assim mesmo.
Aqui é onde eu posso fazer a coisa mais insignificante do mundo ganhar proporções monstruosas.
O lugar onde eu posso dizer e ser ouvido, mesmo que apenas por personagens imaginários da minha cabeça.
É o meu lugar para reclamar,
e eventualmente, comemorar também.
É como se fosse o meu pântano.
...
É claro que, na vida real, eu não sinto nada do que está escrito aqui, porque eu sou um robô, e robôs não tem sentimento algum.
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Deixa pra lá
Espera!
Tinha uma coisa em que eu era bom..
aah, deixa pra lá, já estraguei isso também.
Tinha uma coisa em que eu era bom..
aah, deixa pra lá, já estraguei isso também.
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
O musical
Gostei muito da primeira música do musical do Shrek.
Eles falam:
"Este é um mundo grande, belo e brilhante
com felicidade à todo redor
e todos os sonhos se tornam realidade,
mas não para você.
Este é um mundo grande, belo e brilhante
com possibilidades em todos os lugares
e logo ali na esquina haverá um amigo ou dois,
mas não para você"
Me identifico bastante com o Shrek nesse musical.
Exceto pela parte que ele encontra a princesa.
Eles falam:
"Este é um mundo grande, belo e brilhante
com felicidade à todo redor
e todos os sonhos se tornam realidade,
mas não para você.
Este é um mundo grande, belo e brilhante
com possibilidades em todos os lugares
e logo ali na esquina haverá um amigo ou dois,
mas não para você"
Me identifico bastante com o Shrek nesse musical.
Exceto pela parte que ele encontra a princesa.
terça-feira, 11 de novembro de 2014
Desainer
Anestesiado pelo deserto,
o personagem caminha
como se fosse um sonâmbulo.
Desainer, desainer.
Eu sou desainer.
Eu criei uma máquina
que produz 10 litros de água
a partir de 100 g de fezes humanas,
Eu sou desainer.
O personagem vê uma miragem.
O personagem vê uma enorme lagoa no horizonte.
E corre em sua direção.
No meio do caminho, suas pernas ressecadas se quebram.
Caído no chão, ele continua se movendo
como se ainda estivesse correndo.
De barriga para cima, se remexendo no chão.
O sol queima seus olhos e ele pensa que vai chover.
Tempos muito bons estão a chegando,
ele pensa.
o personagem caminha
como se fosse um sonâmbulo.
Desainer, desainer.
Eu sou desainer.
Eu criei uma máquina
que produz 10 litros de água
a partir de 100 g de fezes humanas,
Eu sou desainer.
O personagem vê uma enorme lagoa no horizonte.
E corre em sua direção.
No meio do caminho, suas pernas ressecadas se quebram.
Caído no chão, ele continua se movendo
como se ainda estivesse correndo.
De barriga para cima, se remexendo no chão.
O sol queima seus olhos e ele pensa que vai chover.
Tempos muito bons estão a chegando,
ele pensa.
sábado, 8 de novembro de 2014
A última coisa que irá ler
Olha só, aquela é a minha namorada.
Você não está vendo porque ela não existe.
Sindo muito mas, você me escutou dizer a palavra "namorada".
Vou ter que te matar.
Esse assunto é tabu, é proibido.
Diga adeus à luz do dia.
Diga adeus a todos os seus amados.
Você não viverá mais um segundo agora.
Relaxe enquanto seus sentidos vão lhe abandonando.
Escute a boa música da morte.
Até que tudo se silencie.
O calor de seu corpo se esvai.
Agora quero sair com uma garota.
Mas outra garota me chamou para sair.
A primeira garota é simplesmente demais para mim.
Linda imagem de uma fênix planando no deserto.
E eu não a mereço.
A segunda já não faz muito meu tipo,
mas eu sairia com ela do mesmo jeito.
Talvez se eu não tivesse tanto medo de multidões.
Mas o que você está fazendo aí?
Você escutou o que eu acabei de dizer?
Não posso deixar você sair deste lugar com vida.
Sinto muito, mas esta é a última roupa que irá vestir,
A minha voz é a última que irá ouvir,
Seu sangue escorrendo pelo pescoço,
é a última coisa que irá sentir.
Tudo porque você me ouviu dizer
o que eu não posso dizer.
Porque eu não sou humano.
Não eu não sou humano.
Eu não faço nada disso.
Eu sou uma pedra.
Flutuante,
errante,
vazio,
vagando pelo espaço frio.
Você não está vendo porque ela não existe.
Sindo muito mas, você me escutou dizer a palavra "namorada".
Vou ter que te matar.
Esse assunto é tabu, é proibido.
Diga adeus à luz do dia.
Diga adeus a todos os seus amados.
Você não viverá mais um segundo agora.
Relaxe enquanto seus sentidos vão lhe abandonando.
Escute a boa música da morte.
Até que tudo se silencie.
O calor de seu corpo se esvai.
Agora quero sair com uma garota.
Mas outra garota me chamou para sair.
A primeira garota é simplesmente demais para mim.
Linda imagem de uma fênix planando no deserto.
E eu não a mereço.
A segunda já não faz muito meu tipo,
mas eu sairia com ela do mesmo jeito.
Talvez se eu não tivesse tanto medo de multidões.
Mas o que você está fazendo aí?
Você escutou o que eu acabei de dizer?
Não posso deixar você sair deste lugar com vida.
Sinto muito, mas esta é a última roupa que irá vestir,
A minha voz é a última que irá ouvir,
Seu sangue escorrendo pelo pescoço,
é a última coisa que irá sentir.
Tudo porque você me ouviu dizer
o que eu não posso dizer.
Porque eu não sou humano.
Não eu não sou humano.
Eu não faço nada disso.
Eu sou uma pedra.
Flutuante,
errante,
vazio,
vagando pelo espaço frio.
quinta-feira, 6 de novembro de 2014
"Estou feliz pelo" cocô
Fogos de artifício,
bombas,
apitos,
gritos,
sirenes,
assovios,
palmas.
Todo mundo está feliz,
feliz de bater a boca no chão.
Cotonete,
algodão,
palito de madeira,
palito de fósforo,
alfinete,
lapiseira,
chave de fenda.
"Estou muito feliz pelo"
Futebosta
de minas.
Futebosta.
Futebosta.
Futebosta.
Oi, tudo bem?
O meu nome é Marcos.
Você se importa se eu te der um soco na cara?
Oi, tudo bem?
O meu nome é Parque.
Você se importa se eu te levar para a loja de doces?
Você pode falar comigo se quiser,
mas terá que entrar na minha fila de atenção.
Porque eu não tenho tempo
pra jogar conversa fora com forever alone.
Me diga alguma coisa em Julho
e eu só respondo em Novembro.
Vou ver aqui, só deixar carregar.
O seu cérebro vai derreter.
Você vai fracassar e você merece isso.
A natureza coloca o caminho na sua frente.
Tudo o que você tem a fazer é chutar o chão e cair.
Nos vemos no fim de semana?
bombas,
apitos,
gritos,
sirenes,
assovios,
palmas.
Todo mundo está feliz,
feliz de bater a boca no chão.
Cotonete,
algodão,
palito de madeira,
palito de fósforo,
alfinete,
lapiseira,
chave de fenda.
"Estou muito feliz pelo"
Futebosta
de minas.
Futebosta.
Futebosta.
Futebosta.
Oi, tudo bem?
O meu nome é Marcos.
Você se importa se eu te der um soco na cara?
Oi, tudo bem?
O meu nome é Parque.
Você se importa se eu te levar para a loja de doces?
Você pode falar comigo se quiser,
mas terá que entrar na minha fila de atenção.
Porque eu não tenho tempo
pra jogar conversa fora com forever alone.
Me diga alguma coisa em Julho
e eu só respondo em Novembro.
Vou ver aqui, só deixar carregar.
O seu cérebro vai derreter.
Você vai fracassar e você merece isso.
A natureza coloca o caminho na sua frente.
Tudo o que você tem a fazer é chutar o chão e cair.
Nos vemos no fim de semana?
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
zig zag pâncreas
O que eu estou tentando dizer é que eu não sei o que eu estou tentando dizer.
Ele então se virou e começou a andar.
Primeiro o mundo foi perdendo a cor
até ficar apenas amarelo escuro e preto.
Depois foi perdendo a música
até que só houvesse ruído branco.
Então ele foi perdendo lucidez
até que só sobrasse solidão.
Por fim foi perdendo a substância
até que ele não soubesse mais o que queria dizer.
O que eu estou tentando dizer é que eu não sei o que eu estou tentando dizer.
Ele então se virou e começou a andar.
Primeiro o mundo foi perdendo a cor
até ficar apenas amarelo escuro e preto.
Depois foi perdendo a música
até que só houvesse ruído branco.
Então ele foi perdendo lucidez
até que só sobrasse solidão.
Por fim foi perdendo a substância
até que ele não soubesse mais o que queria dizer.
O que eu estou tentando dizer é que eu não sei o que eu estou tentando dizer.
domingo, 2 de novembro de 2014
Jornal
A cabeça explodiu,
todo mundo viu,
e achou legal,
saiu até no jornal.
Eu vi um ET que me disse "oi"
e depois pulou de um prédio.
Ninguém soube porque ele fez isso,
mas ele não morreu, ele só sumiu.
Todo mundo viu, e achou legal.
No outro dia até saiu no jornal.
Luís não crê no sobrenatural,
ET, fantasma, é besteira total.
Ele só acreditava no que saia no jornal.
As notícias de amanhã vão abaixar o seu astral.
Todo mundo viu, e achou legal.
No outro dia até saiu no jornal.
Eu peguei uma carona com uma barata e os cachorros começaram a latir. Meus ouvidos doeram com tanto barulho. A barata me viu e me deu um chute no saco, eu caí de 20 metros de altura numa rua de pedras pontiagudas. Eles me disseram que eu ia aparecer na TV, mas eu não podia ser visto. Por isto me vesti de mosca e ninguém notou a diferença.
Me desculpe se meu texto parece um pouco incoerente ou incoeso.
Tenho certeza que amanhã será um dia muito melhor.
Amanhã nós vamos todos viajar, cruzar o céu e cair no mar, ouvir o que as estrelas tem pra falar.
Eu estava deitado na minha cama quando tudo começou a cair pra cima e eu bati a cabeça no teto. Logo a cama caiu em baixo de mim, me pressionando mais ainda contra o teto.
Estava difícil sair daquela situação, por isto eu mandei uma carta pedindo ajuda para um famoso apresentador de TV. Ele me respondeu com outra carta dizendo que não podia fazer nada para me ajudar, pois não há salvação para quem já não acredita em si mesmo.
Depois de muita luta consegui me livrar daquilo. A gravidade então voltou ao normal, eu caí violentamente no chão e quebrei meu dedão da mão direita. Não sei o que estava acontecendo mas saí correndo por via das dúvidas. A casa começou a desmoronar atrás de mim e eu tinha que continuar correndo apesar da dor. Só que quanto mais eu corria, mais a porta estava longe. Demorei algumas horas para chegar do lado de fora. Mais alguns dias para chegar até o hospital.
Minha mão teve de ser amputada devido ao ferimento não tratado que infeccionou.
Eu fiquei tão solitário, realmente solitário, resolvi me matar com um tiro em minha têmpora direita.
Momentos após eu cair morto no chão, um pernilongo mordeu meu joelho e por isto ele ficou coçando muito.
Mas não fazia mal, agora eu podia ir dormir. Era hora de dormir
Tenho certeza que isto vai sair no jornal.
todo mundo viu,
e achou legal,
saiu até no jornal.
Eu vi um ET que me disse "oi"
e depois pulou de um prédio.
Ninguém soube porque ele fez isso,
mas ele não morreu, ele só sumiu.
Todo mundo viu, e achou legal.
No outro dia até saiu no jornal.
Luís não crê no sobrenatural,
ET, fantasma, é besteira total.
Ele só acreditava no que saia no jornal.
As notícias de amanhã vão abaixar o seu astral.
Todo mundo viu, e achou legal.
No outro dia até saiu no jornal.
Eu peguei uma carona com uma barata e os cachorros começaram a latir. Meus ouvidos doeram com tanto barulho. A barata me viu e me deu um chute no saco, eu caí de 20 metros de altura numa rua de pedras pontiagudas. Eles me disseram que eu ia aparecer na TV, mas eu não podia ser visto. Por isto me vesti de mosca e ninguém notou a diferença.
Me desculpe se meu texto parece um pouco incoerente ou incoeso.
Tenho certeza que amanhã será um dia muito melhor.
Amanhã nós vamos todos viajar, cruzar o céu e cair no mar, ouvir o que as estrelas tem pra falar.
Eu estava deitado na minha cama quando tudo começou a cair pra cima e eu bati a cabeça no teto. Logo a cama caiu em baixo de mim, me pressionando mais ainda contra o teto.
Estava difícil sair daquela situação, por isto eu mandei uma carta pedindo ajuda para um famoso apresentador de TV. Ele me respondeu com outra carta dizendo que não podia fazer nada para me ajudar, pois não há salvação para quem já não acredita em si mesmo.
Depois de muita luta consegui me livrar daquilo. A gravidade então voltou ao normal, eu caí violentamente no chão e quebrei meu dedão da mão direita. Não sei o que estava acontecendo mas saí correndo por via das dúvidas. A casa começou a desmoronar atrás de mim e eu tinha que continuar correndo apesar da dor. Só que quanto mais eu corria, mais a porta estava longe. Demorei algumas horas para chegar do lado de fora. Mais alguns dias para chegar até o hospital.
Minha mão teve de ser amputada devido ao ferimento não tratado que infeccionou.
Eu fiquei tão solitário, realmente solitário, resolvi me matar com um tiro em minha têmpora direita.
Momentos após eu cair morto no chão, um pernilongo mordeu meu joelho e por isto ele ficou coçando muito.
Mas não fazia mal, agora eu podia ir dormir. Era hora de dormir
Tenho certeza que isto vai sair no jornal.
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
A barata recolhe-se ao seu boeiro
Estamos todos vivendo no planeta deserto.
Onde não há vida e ninguém quer chegar perto.
Nossas mentes são castigadas por miragens e ilusão.
A atmosfera é composta por gás tóxico de solidão.
Onde não há vida e ninguém quer chegar perto.
Nossas mentes são castigadas por miragens e ilusão.
A atmosfera é composta por gás tóxico de solidão.
terça-feira, 28 de outubro de 2014
O tempo foi passando
Eu fui esfriando, esfriando e esfriando.
Meu conteúdo foi evaporando e eu fui secando.
O que era flexível se enrijeceu.
Hoje sou uma lata com uma pedra dentro.
Sou uma casca que guarda a ausência em seu interior.
Sou uma carcaça metálica preenchida de areia.
Meu conteúdo foi evaporando e eu fui secando.
O que era flexível se enrijeceu.
Hoje sou uma lata com uma pedra dentro.
Sou uma casca que guarda a ausência em seu interior.
Sou uma carcaça metálica preenchida de areia.
A poesia da meia noite
A poesia da meia noite continua a se escrever.
É a minha pérola crescendo mais e mais.
O vento lá fora massageia e assobia,
Nos pede para seguir em frente, para não desistir.
A noite é aconchegante e fria,
Músicas antigas acariciam mas fazem doer.
Uma segunda chance faz bem de vez em quando.
Mesmo que seja só em assuntos profissionais,
mesmo que o deserto ainda seja infinito
e não haja chance de escapar algum dia.
A natureza me sussurra no ouvido.
Diz que existem sim "meios" de escapar.
Mas o andarilho já experimentou certas coisas,
e sabe que algumas delas são piores que o deserto.
Não, não tenho o coração puro.
Sou podre e não confiável, pior que qualquer um.
Só porque sou idiota e ingênuo,
não quer dizer que eu seja bom.
E nem tenho obrigação de ser.
Tenho meus egoísmos e meus interesses.
Quase como se fosse humano,
só que sem a parte boa.
É a minha pérola crescendo mais e mais.
O vento lá fora massageia e assobia,
Nos pede para seguir em frente, para não desistir.
A noite é aconchegante e fria,
Músicas antigas acariciam mas fazem doer.
Uma segunda chance faz bem de vez em quando.
Mesmo que seja só em assuntos profissionais,
mesmo que o deserto ainda seja infinito
e não haja chance de escapar algum dia.
A natureza me sussurra no ouvido.
Diz que existem sim "meios" de escapar.
Mas o andarilho já experimentou certas coisas,
e sabe que algumas delas são piores que o deserto.
Não, não tenho o coração puro.
Sou podre e não confiável, pior que qualquer um.
Só porque sou idiota e ingênuo,
não quer dizer que eu seja bom.
E nem tenho obrigação de ser.
Tenho meus egoísmos e meus interesses.
Quase como se fosse humano,
só que sem a parte boa.
domingo, 26 de outubro de 2014
Tarde demais
O tempo mais uma vez escorreu por entre os dedos.
Agora é tarde demais.
Não há mais o que fazer.
A mediocridade nos paralisou e acelerou o tempo.
O olho fechou e quando abriu de novo já era a hora da entrega,
mas não havia nada pronto.
Já é uma boa hora para acabar este ano, não é, Doutor?
Não está tão bom assim e já deu o que tinha que dar.
Acho que já chegamos ao fundo do poço,
mas continuemos cavando a própria cova.
Sempre há como descer mais fundo.
No fim, tudo dará errado.
Se ainda tem alguma coisa boa,
é porque ainda não chegou o fim.
Agora é tarde demais.
Não há mais o que fazer.
A mediocridade nos paralisou e acelerou o tempo.
O olho fechou e quando abriu de novo já era a hora da entrega,
mas não havia nada pronto.
Já é uma boa hora para acabar este ano, não é, Doutor?
Não está tão bom assim e já deu o que tinha que dar.
Acho que já chegamos ao fundo do poço,
mas continuemos cavando a própria cova.
Sempre há como descer mais fundo.
No fim, tudo dará errado.
Se ainda tem alguma coisa boa,
é porque ainda não chegou o fim.
O show na montanha
O show da montanha foi tão bom, Doutor.
Porém extremamente solitário.
Logo após o fim do show,
eu era a perfeita metáfora para mim mesmo:
O andarilho solitário, caminhando à noite na chuva.
Porém extremamente solitário.
Logo após o fim do show,
eu era a perfeita metáfora para mim mesmo:
O andarilho solitário, caminhando à noite na chuva.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
Indeferido
Oi, eu sou indeferido.
Eu sou do nada, do vazio,
Eu sou lá do deserto.
Tá certo! indeferido.
Eu sou indeferido.
Eu vejo o jornal e olho pro outro lado.
Belisco minha pele,
Eu estou acordado.
Caio da cama e vejo o sol e o céu todo estrelado.
Eu também sou da América do Sul.
Também sou do mundo, sou Minas Gerais.
Nascido em Contagem, mas sou BH muito mais.
O passado eu deixei para trás.
Eu fui indeferido, meu coração não bate.
Eu sou indeferido e morro de saudade.
Eu não sou desejado, eu não sou querido.
Eu sou abandonado e sou indeferido.
Sou burro, mas honesto.
Idiota, porém íntegro.
Venho aqui e me manifesto.
Mas então sou indeferido.
Eu não penso, eu não ajo, e não tenho sentimento.
Minha mente é de metal e meu peito é de cimento.
Eu já sei o que vai dar, e por isto eu nem tento.
Eu vou ser indeferido. Vou dormir ao relento.
Vou tomar a atitude de um verdadeiro jumento.
Eu sou do nada, do vazio,
Eu sou lá do deserto.
Tá certo! indeferido.
Eu sou indeferido.
Eu vejo o jornal e olho pro outro lado.
Belisco minha pele,
Eu estou acordado.
Caio da cama e vejo o sol e o céu todo estrelado.
Eu também sou da América do Sul.
Também sou do mundo, sou Minas Gerais.
Nascido em Contagem, mas sou BH muito mais.
O passado eu deixei para trás.
Eu fui indeferido, meu coração não bate.
Eu sou indeferido e morro de saudade.
Eu não sou desejado, eu não sou querido.
Eu sou abandonado e sou indeferido.
Sou burro, mas honesto.
Idiota, porém íntegro.
Venho aqui e me manifesto.
Mas então sou indeferido.
Eu não penso, eu não ajo, e não tenho sentimento.
Minha mente é de metal e meu peito é de cimento.
Eu já sei o que vai dar, e por isto eu nem tento.
Eu vou ser indeferido. Vou dormir ao relento.
Vou tomar a atitude de um verdadeiro jumento.
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quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Indefinido
Se eu fosse escrever tudo que está passando pela minha cabeça agora, todo o espaço livre na internet não seria o suficiente.
Coisas pessoais, profissionais e até da faculdade.
O vírus conseguiu recuperar bastante território hoje.
É difícil me conter em minha não humanidade.
Mas tenho que ser muito forte para ignorar a Fênix.
Eu não sou humano. Eu não sou humano.
Eu não tenho coração e não tenho sentimento.
Eu preciso me isolar e me excluir.
Este semestre estou em uma infinita mediocridade.
O desânimo governa meus pensamentos e minhas ações.
Não estudo direito, tiro notas ruins.
Se continuar assim, vou perder meu destaque acadêmico.
Meu contrato de estágio termina neste Dezembro.
Então eu posso ser contratado como funcionário, ou demitido.
Eu queria poder me dedicar mais à faculdade.
Certamente não vou querer trabalhar 8 horas por dia.
Mas também não queria sair da empresa, nem ficar sem nenhuma renda.
Talvez eu procure alguma monitoria, ou estágio bem fácil.
Se eu tivesse mais tempo, poderia me dedicar a vários projetos que tenho em mente.
Meu futuro está incerto.
Mas eu fui sempre tão pé no chão,
talvez seja bom estar tudo tão indefinido assim.
Talvez eu precise mesmo tomar alguma decisão bem idiota,
deixar as coisas mais radicais.
Por enquanto eu permaneço uma pedra.
Vamos ver o que acontece em breve.
Coisas pessoais, profissionais e até da faculdade.
O vírus conseguiu recuperar bastante território hoje.
É difícil me conter em minha não humanidade.
Mas tenho que ser muito forte para ignorar a Fênix.
Eu não sou humano. Eu não sou humano.
Eu não tenho coração e não tenho sentimento.
Eu preciso me isolar e me excluir.
Este semestre estou em uma infinita mediocridade.
O desânimo governa meus pensamentos e minhas ações.
Não estudo direito, tiro notas ruins.
Se continuar assim, vou perder meu destaque acadêmico.
Meu contrato de estágio termina neste Dezembro.
Então eu posso ser contratado como funcionário, ou demitido.
Eu queria poder me dedicar mais à faculdade.
Certamente não vou querer trabalhar 8 horas por dia.
Mas também não queria sair da empresa, nem ficar sem nenhuma renda.
Talvez eu procure alguma monitoria, ou estágio bem fácil.
Se eu tivesse mais tempo, poderia me dedicar a vários projetos que tenho em mente.
Meu futuro está incerto.
Mas eu fui sempre tão pé no chão,
talvez seja bom estar tudo tão indefinido assim.
Talvez eu precise mesmo tomar alguma decisão bem idiota,
deixar as coisas mais radicais.
Por enquanto eu permaneço uma pedra.
Vamos ver o que acontece em breve.
sexta-feira, 17 de outubro de 2014
O deserto real
O calor excessivo e a baixa umidade dos últimos dias me imergem ainda mais no deserto.
O deserto não é mais apenas a minha condição mental, mas também aos poucos, minha condição física.
É claro que o deserto físico é centenas de milhares de vezes menos rigoroso que meu deserto mental, mas ainda assim o deserto físico também é absurdamente incômodo, solitário e doloroso.
Eu não tenho certeza se eu realmente estou escrevendo isto, ou se eu estou amarrado de cabeça para baixo em uma camisa de força internado em um hospital psiquiátrico.
O deserto não é mais apenas a minha condição mental, mas também aos poucos, minha condição física.
É claro que o deserto físico é centenas de milhares de vezes menos rigoroso que meu deserto mental, mas ainda assim o deserto físico também é absurdamente incômodo, solitário e doloroso.
Eu não tenho certeza se eu realmente estou escrevendo isto, ou se eu estou amarrado de cabeça para baixo em uma camisa de força internado em um hospital psiquiátrico.
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
Esperança em fim
Areia.
Poeira.
Cinzas.
Partículas da destruição.
Manifestações da solidão.
Materialização da depressão.
A esperança já foi a última que morreu.
Só quem sobrou fui eu,
Caminhando sobre o nada virtual.
Enfrentando sem visão o vendaval.
Tempestade sem chuva.
Dia sem sol.
Noite sem lua.
E o andarilho continua só.
Se for chorar, que seja sem lágrimas.
Não vá desperdiçar sua preciosa água no deserto.
Pois das lágrimas, nada voltará.
Continue caminhando, ande, corra!
Feche os olhos e corra pelo deserto!
Corra sem motivo!
Cruze o imenso nada à velocidade do som!
Corte o vento da solidão que gera o estrondo sônico!
Feche os olhos e siga em frente...
Corra pelo nada...
Sinta a solidão bombardear o corpo.
Sinta a energia se esgotar.
Durma por falta de opção.
Acorde por obrigação.
E em algum ponto, algo vai acontecer:
Um grande abismo no deserto vai se abrir,
E tudo vai acabar.
Pule e se entregue.
Deixe-se dissolver.
E tudo não deixa de ser esperança, enfim, em fim.
Poeira.
Cinzas.
Partículas da destruição.
Manifestações da solidão.
Materialização da depressão.
A esperança já foi a última que morreu.
Só quem sobrou fui eu,
Caminhando sobre o nada virtual.
Enfrentando sem visão o vendaval.
Tempestade sem chuva.
Dia sem sol.
Noite sem lua.
E o andarilho continua só.
Se for chorar, que seja sem lágrimas.
Não vá desperdiçar sua preciosa água no deserto.
Pois das lágrimas, nada voltará.
Continue caminhando, ande, corra!
Feche os olhos e corra pelo deserto!
Corra sem motivo!
Cruze o imenso nada à velocidade do som!
Corte o vento da solidão que gera o estrondo sônico!
Feche os olhos e siga em frente...
Corra pelo nada...
Sinta a solidão bombardear o corpo.
Sinta a energia se esgotar.
Durma por falta de opção.
Acorde por obrigação.
E em algum ponto, algo vai acontecer:
Um grande abismo no deserto vai se abrir,
E tudo vai acabar.
Pule e se entregue.
Deixe-se dissolver.
E tudo não deixa de ser esperança, enfim, em fim.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
O show dos Beatles
Não vou dizer que não tenho a quem chamar.
Apesar de estar extremamente forever alone,
alguns amigos iriam comigo se eu chamasse,
e seria bastantemente legariótico.
Mas mal tenho disposição para completar este post.
Não sei se vou.
Minha cabeça pesa dois campos de futebol.
Talvez eu vá, eu já prometi que não perderia essas coisas.
Mas realmente não sei.
Não quero tanto assim.
E tudo parece tão distante.
A tempestade de areia não me permite enxergar direito.
Não vejo um metro à frente no deserto.
Tudo está instável e estranho.
Queria poder dormir até a tempestade passar.
Mas só eu é quem posso fazer ela ir embora.
Sabe-se lá quando terei recursos e força de vontade para isso.
Me desculpem.. não há nada de bom em mim pra postar.
Apesar de estar extremamente forever alone,
alguns amigos iriam comigo se eu chamasse,
e seria bastantemente legariótico.
Mas mal tenho disposição para completar este post.
Não sei se vou.
Minha cabeça pesa dois campos de futebol.
Talvez eu vá, eu já prometi que não perderia essas coisas.
Mas realmente não sei.
Não quero tanto assim.
E tudo parece tão distante.
A tempestade de areia não me permite enxergar direito.
Não vejo um metro à frente no deserto.
Tudo está instável e estranho.
Queria poder dormir até a tempestade passar.
Mas só eu é quem posso fazer ela ir embora.
Sabe-se lá quando terei recursos e força de vontade para isso.
Me desculpem.. não há nada de bom em mim pra postar.
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
Mais um dia no deserto
Queria escrever algo, Doutor.
Mas estou meio sem palavras hoje.
Estou chateado pela morte do avô de um amigo.
E além disso, estou solitário e isolado.
Como uma criança que visita uma loja de brinquedos sem poder comprar nenhum.
Ou como um diabético viajando em um planeta feito de doces com rios de chocolate e neve de sorvete, sem poder comer nada.
Eu sou um robô, caminhando pelo planeta deserto, olhando o distante planeta dos humanos através de um telescópio.
Pelo telescópio, parece ser divertido gostar de alguém que não seja impossível, ou ter algum sentimento correspondido.
Mas agora, vou parar de caminhar e bisbilhotar os humanos. É hora de dormir
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
Lutando contra o vírus
Desta vez eu vou fazer diferente.
Não vou me confessar nem me declarar nem nada disso.
Vou lutar contra o vírus.
A Fênix nunca vai saber de nada.
Eu vou só me afastando aos poucos.
Até que um dia terei saído totalmente de sua vida.
Afinal, esta é a minha habilidade especial:
Sumir da vida das pessoas sem deixar rastros.
E ninguém sente falta.
Com a Fênix será assim,
Não vou mais me fazer de idiota criando falsas esperanças.
Vou enfrentar o que é real e seguir em frente.
Não vou me confessar nem me declarar nem nada disso.
Vou lutar contra o vírus.
A Fênix nunca vai saber de nada.
Eu vou só me afastando aos poucos.
Até que um dia terei saído totalmente de sua vida.
Afinal, esta é a minha habilidade especial:
Sumir da vida das pessoas sem deixar rastros.
E ninguém sente falta.
Com a Fênix será assim,
Não vou mais me fazer de idiota criando falsas esperanças.
Vou enfrentar o que é real e seguir em frente.
domingo, 28 de setembro de 2014
O vírus
O vírus sofreu mutação outra vez.
Agora utiliza o nome "Fênix".
A infestação começou há cerca de 1 ano e meio atrás.
No início era tão pouco significativo, que eu permiti a contaminação crescer por diversão.
Hoje o vírus tomou uma grande parte do meu cérebro.
Tem grande influência sobre meus pensamentos e minhas ações.
A cada dia o vírus se torna mais forte em minha mente.
O objetivo do vírus é interceptar a Fênix, e me unir a ela.
Quando o vírus chega a este estado, geralmente não há como escapar do golpe final.
O golpe final é a grande tentativa. É o ponto onde a vontade do vírus se sobrepõe a qualquer outra que exista no cérebro. Nada mais importa, apenas a interceptação.
O golpe final é uma grande tormenta que altera radicalmente o futuro à sua frente.
Daí para frente, nada é como antes.
Se a interceptação ocorrer com sucesso, dizemos que aconteceu um "final feliz", praticamente um conto de fadas. Nem preciso dizer que nunca ocorreu, e provavelmente nunca irá ocorrer.
Se a interceptação falhar, é como se uma gigantesca bomba nuclear devastasse todo o planeta mental.
O lado positivo, é que o vírus geralmente é quase 100% exterminado.
Mas quase todo o cérebro é destruído junto, todas as ilusões e falsas esperanças são perdidas.
É necessário reconstruir, recomeçar, prosseguir sem nenhum motivo.
Talvez, desta vez eu escape do golpe final. Pois a Fênix já disse que também possui um vírus em seu cérebro (direcionando-a para outra criatura, é claro). Esta ideia consome o meu vírus e também boa parte do meu cérebro, mas talvez seja menos destrutivo do que um golpe final.
Situações como esta geram longos, complexos e desagradáveis posts. Tanto para ler, como para escrever. Mas, as situações em si são longas complexas e desagradáveis, então escrever é preciso.
Tudo isto me deixa extremamente cansado física e mentalmente, desanimado e talvez até um pouco depressivo.
Estou deixando coisas da faculdade sem fazer, ou mal feitas, e estou querendo apenas ir dormir para acordar apenas daqui a vários meses.
Mas não estou totalmente derrotado, ainda tento sair por aí, com amigos ou sozinho, para fazer coisas legais, diminuir o desânimo e o progresso do vírus.
Acho que esta infestação está próxima de acabar.
Em breve o vírus vai acabar, de uma forma ou de outra.
E então outro vírus vai tomar conta de tudo
E o ciclo vai se repetir, até que algum golpe final obtenha sucesso (pouco provável).
Ou até que eu insira gentilmente um projétil de arma de fogo no interior do meu cérebro através da têmpora direita (provável, mas vai demorar muito tempo até que eu faça isso).
Agora utiliza o nome "Fênix".
A infestação começou há cerca de 1 ano e meio atrás.
No início era tão pouco significativo, que eu permiti a contaminação crescer por diversão.
Hoje o vírus tomou uma grande parte do meu cérebro.
Tem grande influência sobre meus pensamentos e minhas ações.
A cada dia o vírus se torna mais forte em minha mente.
O objetivo do vírus é interceptar a Fênix, e me unir a ela.
Quando o vírus chega a este estado, geralmente não há como escapar do golpe final.
O golpe final é a grande tentativa. É o ponto onde a vontade do vírus se sobrepõe a qualquer outra que exista no cérebro. Nada mais importa, apenas a interceptação.
O golpe final é uma grande tormenta que altera radicalmente o futuro à sua frente.
Daí para frente, nada é como antes.
Se a interceptação ocorrer com sucesso, dizemos que aconteceu um "final feliz", praticamente um conto de fadas. Nem preciso dizer que nunca ocorreu, e provavelmente nunca irá ocorrer.
Se a interceptação falhar, é como se uma gigantesca bomba nuclear devastasse todo o planeta mental.
O lado positivo, é que o vírus geralmente é quase 100% exterminado.
Mas quase todo o cérebro é destruído junto, todas as ilusões e falsas esperanças são perdidas.
É necessário reconstruir, recomeçar, prosseguir sem nenhum motivo.
Talvez, desta vez eu escape do golpe final. Pois a Fênix já disse que também possui um vírus em seu cérebro (direcionando-a para outra criatura, é claro). Esta ideia consome o meu vírus e também boa parte do meu cérebro, mas talvez seja menos destrutivo do que um golpe final.
Situações como esta geram longos, complexos e desagradáveis posts. Tanto para ler, como para escrever. Mas, as situações em si são longas complexas e desagradáveis, então escrever é preciso.
Tudo isto me deixa extremamente cansado física e mentalmente, desanimado e talvez até um pouco depressivo.
Estou deixando coisas da faculdade sem fazer, ou mal feitas, e estou querendo apenas ir dormir para acordar apenas daqui a vários meses.
Mas não estou totalmente derrotado, ainda tento sair por aí, com amigos ou sozinho, para fazer coisas legais, diminuir o desânimo e o progresso do vírus.
Acho que esta infestação está próxima de acabar.
Em breve o vírus vai acabar, de uma forma ou de outra.
E então outro vírus vai tomar conta de tudo
E o ciclo vai se repetir, até que algum golpe final obtenha sucesso (pouco provável).
Ou até que eu insira gentilmente um projétil de arma de fogo no interior do meu cérebro através da têmpora direita (provável, mas vai demorar muito tempo até que eu faça isso).
sábado, 27 de setembro de 2014
O turbilhão de areia
Olá, Doutor.
Eu estou em pedaços.
E não tenho sequer tempo para escrever sobre isto.
Minha mente está pesando várias toneladas e eu me arrasto pelo chão do deserto.
O turbilhão de areia me desorienta, o calor me confunde a mente.
A solidão me põe de joelhos e desfere um duro golpe na minha cabeça, me coloca para dormir.
O vírus retira minhas energias, me põe em contradição.
As lágrimas de sal, graxa, petróleo evaporam antes de atingirem o chão do deserto.
O trabalho que eu teria que entregar amanhã (na verdade, hoje) vale apenas 3 pontos.
Eu desisto de fazer.
Tenho um encontro com meus demônios nos sonhos que estão por vir.
Eu estou em pedaços.
E não tenho sequer tempo para escrever sobre isto.
Minha mente está pesando várias toneladas e eu me arrasto pelo chão do deserto.
O turbilhão de areia me desorienta, o calor me confunde a mente.
A solidão me põe de joelhos e desfere um duro golpe na minha cabeça, me coloca para dormir.
O vírus retira minhas energias, me põe em contradição.
As lágrimas de sal, graxa, petróleo evaporam antes de atingirem o chão do deserto.
O trabalho que eu teria que entregar amanhã (na verdade, hoje) vale apenas 3 pontos.
Eu desisto de fazer.
Tenho um encontro com meus demônios nos sonhos que estão por vir.
domingo, 21 de setembro de 2014
Particularmente desértico
Meu deserto hoje me envolve, me isola e sobrecarrega.
Uma tempestade de areia chega a me arranhar a pele.
Maus pensamentos rodopiam e dançam festivamente em minha mente.
Mas ouço uma música distante, então sei que vou sair dessa.
Em breve "vou sair outra vez".
Uma tempestade de areia chega a me arranhar a pele.
Maus pensamentos rodopiam e dançam festivamente em minha mente.
Mas ouço uma música distante, então sei que vou sair dessa.
Em breve "vou sair outra vez".
sábado, 20 de setembro de 2014
Miragens e mais miragens no deserto
Ontem eu estava apenas cansado.
Na verdade, hoje ainda estou.
Mas eu vou passar por isso.
Daqui a pouco tempo, vai ser só uma memória distante.
Na verdade, hoje ainda estou.
Mas eu vou passar por isso.
Daqui a pouco tempo, vai ser só uma memória distante.
As lágrimas curativas de uma Fênix
As lágrimas da fênix têm poder curativo.
Mas elas caem sobre mim abrindo dolorosas feridas.
A Fênix me abraça, me tirando a estabilidade, me tirando a firmeza e a clareza das minhas ideias.
Não sei mais o que está em minhas mãos, não sei o que estou fazendo aqui, não sei mais o que dizer, nem sei ao certo quem sou.
Por fora, não se vê nada disso.
Por fora eu sou apenas uma pedra, um objeto inanimado.
Minhas lágrimas são simplesmente urina de animais,
Meus sentimentos são trabalhos e tarefas a realizar.
Meus "amores" são apenas "amizades inocentes que eu interpretei mal" ou que "eu confundi as coisas".
Minhas ideias são linhas inválidas de pensamento.
Minhas palavras são ruídos no espectro sonoro audível, ou apenas rabiscos em um rascunho a ser descartado.
A Fênix bate as asas e vai embora com pressa.
De certa forma, ela não quer ser a próxima vítima.
Não vai querer ter que explicar o que já foi explicado tantas vezes.
Mas elas caem sobre mim abrindo dolorosas feridas.
A Fênix me abraça, me tirando a estabilidade, me tirando a firmeza e a clareza das minhas ideias.
Não sei mais o que está em minhas mãos, não sei o que estou fazendo aqui, não sei mais o que dizer, nem sei ao certo quem sou.
Por fora, não se vê nada disso.
Por fora eu sou apenas uma pedra, um objeto inanimado.
Minhas lágrimas são simplesmente urina de animais,
Meus sentimentos são trabalhos e tarefas a realizar.
Meus "amores" são apenas "amizades inocentes que eu interpretei mal" ou que "eu confundi as coisas".
Minhas ideias são linhas inválidas de pensamento.
Minhas palavras são ruídos no espectro sonoro audível, ou apenas rabiscos em um rascunho a ser descartado.
A Fênix bate as asas e vai embora com pressa.
De certa forma, ela não quer ser a próxima vítima.
Não vai querer ter que explicar o que já foi explicado tantas vezes.
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Algum lugar
Ando meio sem rumo,
meio perdido,
um tanto quanto solitário,
caminho pelo deserto.
Mas, mesmo que pesadamente, eu sigo em frente.
Ainda tenho esperanças de algum dia chegar em algum lugar.
meio perdido,
um tanto quanto solitário,
caminho pelo deserto.
Mas, mesmo que pesadamente, eu sigo em frente.
Ainda tenho esperanças de algum dia chegar em algum lugar.
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
O dia do Forever Alone
Dia 14 de Setembro de 2013: Estava o Forever Alone curtindo um excelente show na praça.
Encontrou uma Forever Alone igual a ele, e os dois fizeram companhia um para o outro.
Foi realmente uma linda noite no deserto do Forever Alone.
Ele talvez desconfiava, mas não sabia realmente que, nos próximos 365 dias, ele estaria totalmente só no deserto.
Dia 14 de Setembro de 2014: O Forever Alone retorna àquela mesma praça, e está tendo outro excelente show da mesma cantora do ano anterior. Desta vez, havia muito mais gente do que no ano anterior, mas o Forever Alone estava tão sozinho quanto era possível estar.
Tudo havia voltado ao normal.
O Forever Alone não é humano.
E segue sozinho, por mais indefinidos anos além.
Encontrou uma Forever Alone igual a ele, e os dois fizeram companhia um para o outro.
Foi realmente uma linda noite no deserto do Forever Alone.
Ele talvez desconfiava, mas não sabia realmente que, nos próximos 365 dias, ele estaria totalmente só no deserto.
Dia 14 de Setembro de 2014: O Forever Alone retorna àquela mesma praça, e está tendo outro excelente show da mesma cantora do ano anterior. Desta vez, havia muito mais gente do que no ano anterior, mas o Forever Alone estava tão sozinho quanto era possível estar.
Tudo havia voltado ao normal.
O Forever Alone não é humano.
E segue sozinho, por mais indefinidos anos além.
domingo, 14 de setembro de 2014
Escreve qualquer coisa aí
Eu ia escrever sobre alguma coisa esses dias, mas não tive tempo e agora esqueci o que era.
Boa noite.
Boa noite.
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
O abraço da Fênix
Apertado, duradouro e reconfortante.
O abraço da Fênix o faz parar por alguns instantes.
Instantes de forte consciência, pensamento, e talvez até algum certo tipo de "sentimento" primitivo.
Instantes em que seu corpo entra em perfeita harmonia com a mente, sabendo que tanto o corpo quanto a mente desejavam aquele instante com uma intensidade um tanto quanto exagerada.
O raciocínio lógico praticamente cessa durante aquele breve/longo período.
As palavras "voto" e "desistência" saem ecoando, meio que sem rumo pelos pensamentos.
Seu organismo sai levemente inebriado daquele abraço.
Sua auto-defesa mental faz um esforço gigantesco para que outros pensamentos passem pela mente, e que aquele momento fique para trás na memória, mas o fato de ele escrever sobre isto mais tarde, indica que aquele momento o tocou muito profundamente, e provavelmente não será esquecido jamais.
A Fênix vai embora e ele continua seu solitário caminho.
Ele segue caminhando pelo deserto tentando se recuperar e se estabilizar.
Tenta se convencer de que tudo foi apenas mais uma miragem do deserto.
O abraço da Fênix o faz parar por alguns instantes.
Instantes de forte consciência, pensamento, e talvez até algum certo tipo de "sentimento" primitivo.
Instantes em que seu corpo entra em perfeita harmonia com a mente, sabendo que tanto o corpo quanto a mente desejavam aquele instante com uma intensidade um tanto quanto exagerada.
O raciocínio lógico praticamente cessa durante aquele breve/longo período.
As palavras "voto" e "desistência" saem ecoando, meio que sem rumo pelos pensamentos.
Seu organismo sai levemente inebriado daquele abraço.
Sua auto-defesa mental faz um esforço gigantesco para que outros pensamentos passem pela mente, e que aquele momento fique para trás na memória, mas o fato de ele escrever sobre isto mais tarde, indica que aquele momento o tocou muito profundamente, e provavelmente não será esquecido jamais.
A Fênix vai embora e ele continua seu solitário caminho.
Ele segue caminhando pelo deserto tentando se recuperar e se estabilizar.
Tenta se convencer de que tudo foi apenas mais uma miragem do deserto.
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
6 Anos sem noção que só eu entendo!
Olá gente, fantasmas, seres extraterrestres e outros seres que estão lendo isso.
Hoje é o aniversário do meu blog!!
6 anos escrevendo meus pensamentos, minhas viagens e desilusões.
Muita coisa mudou desde aquele início.
Minha mente evoluiu consideravelmente.
Mas, outras coisas permanecem constantes, como a solidão e a melancolia.
Este lugar é uma válvula de escape pra mim.
É onde eu vou quando preciso conversar ou desabafar.
Um lugar protegido por um campo de desinteresse, que o torna invisível à quase qualquer pessoa.
Por tanto, apesar de ser livre para qualquer um na internet, acaba sendo o meu lugar secreto.
Sei que posso postar aqui e que muito provavelmente, ninguém jamais vai saber.
Estou muito feliz de ainda ter este lugar depois de tanto tempo, e que eu tenha superado todas as desventuras que registrei nele (algumas ainda estou superando, outras talvez jamais supere).
Espero poder contar sempre com o meu blog e com meus fieis leitores: os fantasmas, extraterrestres e (com menor frequência, mas não menos importantes) outros seres.
Gostaria de escrever mais, mas estou exausto agora.
Talvez no futuro eu escreva um post decente sobre isso.
Hoje é o aniversário do meu blog!!
6 anos escrevendo meus pensamentos, minhas viagens e desilusões.
Muita coisa mudou desde aquele início.
Minha mente evoluiu consideravelmente.
Mas, outras coisas permanecem constantes, como a solidão e a melancolia.
Este lugar é uma válvula de escape pra mim.
É onde eu vou quando preciso conversar ou desabafar.
Um lugar protegido por um campo de desinteresse, que o torna invisível à quase qualquer pessoa.
Por tanto, apesar de ser livre para qualquer um na internet, acaba sendo o meu lugar secreto.
Sei que posso postar aqui e que muito provavelmente, ninguém jamais vai saber.
Estou muito feliz de ainda ter este lugar depois de tanto tempo, e que eu tenha superado todas as desventuras que registrei nele (algumas ainda estou superando, outras talvez jamais supere).
Espero poder contar sempre com o meu blog e com meus fieis leitores: os fantasmas, extraterrestres e (com menor frequência, mas não menos importantes) outros seres.
Gostaria de escrever mais, mas estou exausto agora.
Talvez no futuro eu escreva um post decente sobre isso.
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Eu vou sair outra vez
Estamos bem, Doutor.
A barata está saindo do boeiro.
O abajur está se acendendo.
O andarilho continua, como sempre, caminhando sozinho pelo deserto.
E não há problema algum nisso.
A barata está saindo do boeiro.
O abajur está se acendendo.
O andarilho continua, como sempre, caminhando sozinho pelo deserto.
E não há problema algum nisso.
sábado, 30 de agosto de 2014
A barata sai do boeiro novamente
A barata está meio doente hoje.
E está meio desanimada também.
Mas mesmo assim, ela reúne forças e vai sair do boeiro novamente.
Ela não espera encontrar ninguém desta vez.
Vai apenas aproveitar a boa música na cidade.
Ela sabe que precisa de bons momentos para seguir em frente, mesmo que os tenha sempre sozinha e cause apenas nojo e tragédia por onde quer que passe.
E está meio desanimada também.
Mas mesmo assim, ela reúne forças e vai sair do boeiro novamente.
Ela não espera encontrar ninguém desta vez.
Vai apenas aproveitar a boa música na cidade.
Ela sabe que precisa de bons momentos para seguir em frente, mesmo que os tenha sempre sozinha e cause apenas nojo e tragédia por onde quer que passe.
terça-feira, 26 de agosto de 2014
O idiota idiota
Eu sou um idiota.
Por que?
Eu não sei!
Se eu soubesse, talvez eu não fosse tão idiota!
Por que?
Eu não sei!
Se eu soubesse, talvez eu não fosse tão idiota!
domingo, 24 de agosto de 2014
O abandono enlatado
Ele tem o dom de desfazer laços, repelir pessoas, envelhecer e enfraquecer bons sentimentos.
Expulsão, exclusão, separação, distanciamento, esquecimento.
Isolamento, solidão, falsa esperança, ilusão, desilusão, abandono.
Ele tem o poder de deprimir as pessoas, de trazer o desespero e a infelicidade.
A pessoa que é inserida em seu campo de negatividade se sente mal, fraca e carente.
Mas, em geral, as pessoas conseguem conforto com outras pessoas quando saem do campo de negatividade.
Elas pensam que ele é uma pessoa normal, não sabem explicar o porquê de "não irem com a cara dele".
Na verdade, todo mundo até finge que não há nada de errado, e as pessoas até, as vezes, voltam ao seu campo de negatividade, para evitar que alguém perceba o quanto o campo lhe fez mal.
Mas, é claro, ninguém se envolve profundamente, ou chega muito perto, pois o campo é realmente poderoso e extremamente prejudicial à saúde mental.
E mesmo que alguém tente se envolver, chegar mais perto, aí é que ele põe seu poder no máximo.
O dom de desfazer laços, repelir pessoas, envelhecer e enfraquecer bons sentimentos.
E aí ele garante que todos vão embora para bem longe.
Para então continuar sua caminhada pelo gigantesco, vazio e solitário deserto.
Expulsão, exclusão, separação, distanciamento, esquecimento.
Isolamento, solidão, falsa esperança, ilusão, desilusão, abandono.
Ele tem o poder de deprimir as pessoas, de trazer o desespero e a infelicidade.
A pessoa que é inserida em seu campo de negatividade se sente mal, fraca e carente.
Mas, em geral, as pessoas conseguem conforto com outras pessoas quando saem do campo de negatividade.
Elas pensam que ele é uma pessoa normal, não sabem explicar o porquê de "não irem com a cara dele".
Na verdade, todo mundo até finge que não há nada de errado, e as pessoas até, as vezes, voltam ao seu campo de negatividade, para evitar que alguém perceba o quanto o campo lhe fez mal.
Mas, é claro, ninguém se envolve profundamente, ou chega muito perto, pois o campo é realmente poderoso e extremamente prejudicial à saúde mental.
E mesmo que alguém tente se envolver, chegar mais perto, aí é que ele põe seu poder no máximo.
O dom de desfazer laços, repelir pessoas, envelhecer e enfraquecer bons sentimentos.
E aí ele garante que todos vão embora para bem longe.
Para então continuar sua caminhada pelo gigantesco, vazio e solitário deserto.
A barata (o show na praça)
A barata resolveu sair do boeiro.
Ir em um grande show gratuito na praça.
Tentou chamar alguém, ninguém quis ir com ela.
Nem responderam, pra falar a verdade.
Quem iria perder tempo falando com tal inseto imundo e asqueroso?
Foi mesmo assim, foi sozinha.
Tentar, talvez, encontrar alguém, sem muita esperança.
Coitada da barata.
Por sorte, ninguém pisou nela.
Tirando as dores, cansaço, fome, frio, solidão e dano psicológico por inveja das pessoas normais, o show foi muito bom!
Ela conseguiu sobreviver e até voltou para seu boeiro.
Deitou em sua cama de esgoto,
abriu seu computador
e foi escrever um post em seu blog sobre como foi o seu dia.
Ir em um grande show gratuito na praça.
Tentou chamar alguém, ninguém quis ir com ela.
Nem responderam, pra falar a verdade.
Quem iria perder tempo falando com tal inseto imundo e asqueroso?
Foi mesmo assim, foi sozinha.
Tentar, talvez, encontrar alguém, sem muita esperança.
Coitada da barata.
Por sorte, ninguém pisou nela.
Tirando as dores, cansaço, fome, frio, solidão e dano psicológico por inveja das pessoas normais, o show foi muito bom!
Ela conseguiu sobreviver e até voltou para seu boeiro.
Deitou em sua cama de esgoto,
abriu seu computador
e foi escrever um post em seu blog sobre como foi o seu dia.
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domingo, 17 de agosto de 2014
Doses de conta-gotas
Olá! Tudo bem com você?
São 3 da manhã de Domingo e eu estou aqui meio gripado vendo qualquer besteira na internet.
Resolvi vir aqui conversar um pouco porque estava sentindo um pouco de falta de conversar com alguém, mas não tem realmente ninguém com quem eu possa conversar agora.
Pois é, eu geralmente estou solitário a este ponto.
Eu vivo a vida em doses de conta-gotas.
Mas isso não é assim tão ruim.
Neste blog eu acabo exagerando demais as coisas, fazendo tempestade em copo d'água.
Na maioria do tempo eu estou bastante tranquilo.
É engraçado que, os meus colegas da época do ensino médio são muito mais animados que eu.
Estão correndo atrás de programas de intercâmbio, ir para outros países, etc.
Eu não tenho nenhuma perspectiva deste tipo.
Eu realmente tenho o ânimo de alguém cerca de 100 anos mais velho que eu, e a inteligência de alguém talvez 10 ou 15 anos mais novo.
Eu nem quero tirar habilitação para dirigir.
O mundo gira rápido demais pra mim.
Eu fico aqui sozinho no quarto ouvindo o meu relógio de corda fazendo tic-tac-tic-tac...
Bom, acho que vou indo dormir agora.
São 3 da manhã de Domingo e eu estou aqui meio gripado vendo qualquer besteira na internet.
Resolvi vir aqui conversar um pouco porque estava sentindo um pouco de falta de conversar com alguém, mas não tem realmente ninguém com quem eu possa conversar agora.
Pois é, eu geralmente estou solitário a este ponto.
Eu vivo a vida em doses de conta-gotas.
Mas isso não é assim tão ruim.
Neste blog eu acabo exagerando demais as coisas, fazendo tempestade em copo d'água.
Na maioria do tempo eu estou bastante tranquilo.
É engraçado que, os meus colegas da época do ensino médio são muito mais animados que eu.
Estão correndo atrás de programas de intercâmbio, ir para outros países, etc.
Eu não tenho nenhuma perspectiva deste tipo.
Eu realmente tenho o ânimo de alguém cerca de 100 anos mais velho que eu, e a inteligência de alguém talvez 10 ou 15 anos mais novo.
Eu nem quero tirar habilitação para dirigir.
O mundo gira rápido demais pra mim.
Eu fico aqui sozinho no quarto ouvindo o meu relógio de corda fazendo tic-tac-tic-tac...
Bom, acho que vou indo dormir agora.
sábado, 16 de agosto de 2014
Doente mental
Sim, eu sou um doente mental.
O que eu tenho?
Não sei, deve ser virose.
Virose mental.
Mas, fato é que eu sou doente mental.
Eu tenho um varal de rolos de papelão de papel higiênico no meu quarto.
Eu sou quase incapaz de criar e manter relações interpessoais.
Eu estou sozinho agora no meu quarto debaixo das cobertas.
E você é a única pessoa com quem eu posso conversar agora.
Eu vou ir sozinho no cinema assistir um filme da década de 60.
Você quer ir comigo?
Acho que não, né.
Mas não tem problema.
Eu não sei quem você é,
mas se está lendo isso, não deve ser alguém confiável.
Que tipo de gente leria uma conversa fiada dessas?
Bem, mas certamente é a única pessoa com quem posso conversar agora.
Saiba que, eu sou um doente mental.
Acho que eu nasci assim. Com virose no cérebro.
Virose.
Mas, afinal, que diabos você está fazendo aqui?
O que eu tenho?
Não sei, deve ser virose.
Virose mental.
Mas, fato é que eu sou doente mental.
Eu tenho um varal de rolos de papelão de papel higiênico no meu quarto.
Eu sou quase incapaz de criar e manter relações interpessoais.
Eu estou sozinho agora no meu quarto debaixo das cobertas.
E você é a única pessoa com quem eu posso conversar agora.
Eu vou ir sozinho no cinema assistir um filme da década de 60.
Você quer ir comigo?
Acho que não, né.
Mas não tem problema.
Eu não sei quem você é,
mas se está lendo isso, não deve ser alguém confiável.
Que tipo de gente leria uma conversa fiada dessas?
Bem, mas certamente é a única pessoa com quem posso conversar agora.
Saiba que, eu sou um doente mental.
Acho que eu nasci assim. Com virose no cérebro.
Virose.
Mas, afinal, que diabos você está fazendo aqui?
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
O humano
Aquele é o humano.
Ele sangra e sente cheiro.
Ele corre e bate.
Ele transpira e não se limpa.
Ele atende o telefone
e pode-se ouvir a voz do outro lado dizendo:
"Oi amor!"
Ele não se importa nem um pouco com a música,
apenas se importa com o momento.
Ele tem atitude, raiva e demostra tudo isso.
Suas imperfeições fazem com que outros gostem dele.
Ele fuma, bebe, se droga e se intoxica.
Ele pisa em todos em seu caminho.
O mundo gira ao seu redor.
Ele exibe a chave do carro do lado de fora do bolso.
Ele leva a garota para casa no fim do dia.
Não, o robô não faz nada disso.
O robô apenas caminha solitário pelo deserto.
Ele sangra e sente cheiro.
Ele corre e bate.
Ele transpira e não se limpa.
Ele atende o telefone
e pode-se ouvir a voz do outro lado dizendo:
"Oi amor!"
Ele não se importa nem um pouco com a música,
apenas se importa com o momento.
Ele tem atitude, raiva e demostra tudo isso.
Suas imperfeições fazem com que outros gostem dele.
Ele fuma, bebe, se droga e se intoxica.
Ele pisa em todos em seu caminho.
O mundo gira ao seu redor.
Ele exibe a chave do carro do lado de fora do bolso.
Ele leva a garota para casa no fim do dia.
Não, o robô não faz nada disso.
O robô apenas caminha solitário pelo deserto.
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Cuidado
Cuidado aí!
Criança andando pela loja de brinquedos!
Se tocar em qualquer coisa, a natureza arranca sua mão fora!
Cuidado aí você!
Faminto andando pela fábrica de chocolate!
Se botar qualquer coisa na boca,
a natureza arranca todos os seus dentes,
um por um, com um alicate gigante!
Ei, ei! Cuidado aí!
Você que está sem dormir há uma semana!
Se demorar muito pra piscar, a natureza te arranca os dois olhos!
Cuidado, cuidado!
Você que caminha pelo deserto há anos.
Suas pernas não aguentam mais,
mas você tem que continuar andando.
Se você se sentar, a natureza arranca seus braços e pernas!
Seja cuidadoso.
Resista à essa tentação.
Mesmo sem ser religioso
Enfrento tanta limitação.
Meu Deus é "a natureza".
E não tem nada de bom.
A natureza cerca a mente e a aprisiona.
E pune qualquer ousadia com muita severidade.
É como ter todo o mundo destruído.
De novo e de novo.
Ter que reconstruir tudo.
Para chegar mais alguém e destruir tudo de novo.
Limpar a mente e resistir.
Eu já não tô mais falando coisa com coisa.
É hora de ir dormir.
Criança andando pela loja de brinquedos!
Se tocar em qualquer coisa, a natureza arranca sua mão fora!
Cuidado aí você!
Faminto andando pela fábrica de chocolate!
Se botar qualquer coisa na boca,
a natureza arranca todos os seus dentes,
um por um, com um alicate gigante!
Ei, ei! Cuidado aí!
Você que está sem dormir há uma semana!
Se demorar muito pra piscar, a natureza te arranca os dois olhos!
Cuidado, cuidado!
Você que caminha pelo deserto há anos.
Suas pernas não aguentam mais,
mas você tem que continuar andando.
Se você se sentar, a natureza arranca seus braços e pernas!
Seja cuidadoso.
Resista à essa tentação.
Mesmo sem ser religioso
Enfrento tanta limitação.
Meu Deus é "a natureza".
E não tem nada de bom.
A natureza cerca a mente e a aprisiona.
E pune qualquer ousadia com muita severidade.
É como ter todo o mundo destruído.
De novo e de novo.
Ter que reconstruir tudo.
Para chegar mais alguém e destruir tudo de novo.
Limpar a mente e resistir.
Eu já não tô mais falando coisa com coisa.
É hora de ir dormir.
Resistir é preciso
O tempo vai passar.
A oportunidade vai passar.
A vida vai acabar.
Ótimo.
Eu vou me arrepender por desistir?
Isso eu decido depois.
Agora quero mais é que tudo passe e acabe mesmo.
Precisamos fugir!
Fugir
Distância, distância, distância!
Manter o foco!
Minha cabeça vai explodir!
A oportunidade vai passar.
A vida vai acabar.
Ótimo.
Eu vou me arrepender por desistir?
Isso eu decido depois.
Agora quero mais é que tudo passe e acabe mesmo.
Precisamos fugir!
Fugir
Distância, distância, distância!
Manter o foco!
Minha cabeça vai explodir!
terça-feira, 12 de agosto de 2014
A lei empírica
O fracasso não é mais uma dúvida ou possibilidade,
como costumava ser.
O fracasso já é uma consequência direta da tentativa.
Se tentarmos, vamos falhar.
Por que?
Não faço ideia!
É uma lei empírica,
baseada em todas as minhas tentativas passadas.
Existem sim teorias, mas não confio totalmente nelas.
Tão certo quanto os corpos caem:
Se eu tentar, chegarei ao fracasso.
Não se cogita mais aquela conversa fiada de
"Você nunca vai saber se não tentar."
Não preciso tentar, eu já sei.
Eu sou algo alheio à natureza.
Um erro da criação.
Sou a prova de que Deus não existe.
Sou o andarilho amaldiçoado do deserto infinito.
Eu sou o menino que pulava, tentando alcançar as estrelas,
que voltava violentamente ao chão de mãos vazias,
e que hoje se perde na imensidão, na vastidão do deserto.
como costumava ser.
O fracasso já é uma consequência direta da tentativa.
Se tentarmos, vamos falhar.
Por que?
Não faço ideia!
É uma lei empírica,
baseada em todas as minhas tentativas passadas.
Existem sim teorias, mas não confio totalmente nelas.
Tão certo quanto os corpos caem:
Se eu tentar, chegarei ao fracasso.
Não se cogita mais aquela conversa fiada de
"Você nunca vai saber se não tentar."
Não preciso tentar, eu já sei.
Eu sou algo alheio à natureza.
Um erro da criação.
Sou a prova de que Deus não existe.
Sou o andarilho amaldiçoado do deserto infinito.
Eu sou o menino que pulava, tentando alcançar as estrelas,
que voltava violentamente ao chão de mãos vazias,
e que hoje se perde na imensidão, na vastidão do deserto.
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terça-feira, 5 de agosto de 2014
Higiene
Sim, eu sou podre. Por dentro e por fora.
Sou putrefato, pútrido, fétido.
Sou o indesejado, o inamável, o insuportável.
Sou o anti-herói, o anticristo, o anti-humano.
Sou um antro de vermes, bichos e insetos.
Eu sou um zumbi, do qual as larvas se alimentam no cérebro.
Sou um corpo que caiu de um saco preto e saiu andando sem rumo.
Eu sou o inexistente, o inimaginável, o intocável.
Eu sou solitário por ser como sou.
Eu sou como sou por ser solitário.
Sou putrefato, pútrido, fétido.
Sou o indesejado, o inamável, o insuportável.
Sou o anti-herói, o anticristo, o anti-humano.
Sou um antro de vermes, bichos e insetos.
Eu sou um zumbi, do qual as larvas se alimentam no cérebro.
Sou um corpo que caiu de um saco preto e saiu andando sem rumo.
Eu sou o inexistente, o inimaginável, o intocável.
Eu sou solitário por ser como sou.
Eu sou como sou por ser solitário.
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domingo, 3 de agosto de 2014
O voto de desistência - Parte 3
O Voto de Desistência é um documento que define que o menino poderá caminhar ao lado da Fênix, mas jamais poderá tocá-la, ou criar qualquer prototipagem, ou imagem idealizada, dela em sua mente, ou qualquer tipo de laço de dependência com ela.
O Voto de Desistência dita que o ideal é a eliminação total de todo e qualquer indício de existência da Fênix em sua mente e cortar toda interação com ela, mesmo que a distância. Fingir que a Fênix nem mesmo existe.
O que o Voto de Desistência impõe ao menino, é uma resistência à tentação, um auto controle que vai quase o levar a loucura.
É como estar com muito sono, deitado na cama bem coberto em uma noite fria mas não poder dormir.
É como entrar em um armazém de chocolate e não poder comer nada.
É como mudar de assunto, mudar a rádio dentro da cabeça, toda vez que surgir qualquer pensamento que invoque a presença da Fênix.
É uma promessa que ele faz a si mesmo, de desistir de qualquer tentativa de contato, para evitar as destruições em seu planeta que foram observadas no passado, e que o tornaram um planeta deserto e gelado.
É, de fato, uma rendição.
Com muito pesar, o menino assina o Voto de Desistência.
Neste momento, a Fênix levanta voo e risca o céu, se tornando uma estrela lá no alto.
O menino continua sua caminhada no escuro e frio do deserto sem esperança.
Não entende por que as coisas precisam ser desse jeito para ele, enquanto os outros seres podem viver em bandos, em outros planetas exuberantes e cheios de vida.
Mas fato é que, ninguém gostaria de viver no deserto, ninguém gostaria de explorar aquele lugar, não há nada de bom lá.
Ele vai tentar cumprir o voto que assinou.
Deixando de olhar para o céu, abaixando a cabeça e seguindo em frente, ele continua a sua caminhada sem rumo pelo deserto.
O Voto de Desistência dita que o ideal é a eliminação total de todo e qualquer indício de existência da Fênix em sua mente e cortar toda interação com ela, mesmo que a distância. Fingir que a Fênix nem mesmo existe.
O que o Voto de Desistência impõe ao menino, é uma resistência à tentação, um auto controle que vai quase o levar a loucura.
É como estar com muito sono, deitado na cama bem coberto em uma noite fria mas não poder dormir.
É como entrar em um armazém de chocolate e não poder comer nada.
É como mudar de assunto, mudar a rádio dentro da cabeça, toda vez que surgir qualquer pensamento que invoque a presença da Fênix.
É uma promessa que ele faz a si mesmo, de desistir de qualquer tentativa de contato, para evitar as destruições em seu planeta que foram observadas no passado, e que o tornaram um planeta deserto e gelado.
É, de fato, uma rendição.
Com muito pesar, o menino assina o Voto de Desistência.
Neste momento, a Fênix levanta voo e risca o céu, se tornando uma estrela lá no alto.
O menino continua sua caminhada no escuro e frio do deserto sem esperança.
Não entende por que as coisas precisam ser desse jeito para ele, enquanto os outros seres podem viver em bandos, em outros planetas exuberantes e cheios de vida.
Mas fato é que, ninguém gostaria de viver no deserto, ninguém gostaria de explorar aquele lugar, não há nada de bom lá.
Ele vai tentar cumprir o voto que assinou.
Deixando de olhar para o céu, abaixando a cabeça e seguindo em frente, ele continua a sua caminhada sem rumo pelo deserto.
O voto de desistência - Parte 2
No planeta deserto onde o menino caminha, a noite é quase uma constante.
Devido a imensas formações gasosas no espaço próximo ao planeta,
existem épocas em que não há luas e nem estrelas,
apenas a escuridão, solidão, e as tempestades de areia.
As vezes, o menino se assusta com luzes que surgem do nada e iluminam fracamente o planeta.
As miragens então se iniciam.
O menino vê uma Fênix cruzando o céu.
Ela é linda, simplesmente linda. Ela faz o menino se perder em seus pensamentos e viajar novamente pelos mundos da ilusão.
Seus longos cabelos lisos e marrom claros, com uma franja que tenta de leve esconder seus olhos prendem a atenção do menino, o hipnotizam e enfeitiçam. Ele não consegue pensar em outra coisa por horas, a não ser tocar aquela linda fênix, acariciar seus cabelos e abraçá-la ternamente
A Fênix (ilusão criada pela própria mente do menino), gosta muito daquele menino, quase tanto quando ele gosta da Fênix. Porém, ela percebe que o tipo de viagem mental pela qual o menino está passando pode ser extremamente prejudicial a saúde dele.
Ela pousa em uma pedra próxima, o menino corre em sua direção, mas ela logo o para e o faz se concentrar em um documento que ela traz consigo.
O documento é O Voto de Desistência.
Devido a imensas formações gasosas no espaço próximo ao planeta,
existem épocas em que não há luas e nem estrelas,
apenas a escuridão, solidão, e as tempestades de areia.
As vezes, o menino se assusta com luzes que surgem do nada e iluminam fracamente o planeta.
As miragens então se iniciam.
O menino vê uma Fênix cruzando o céu.
Ela é linda, simplesmente linda. Ela faz o menino se perder em seus pensamentos e viajar novamente pelos mundos da ilusão.
Seus longos cabelos lisos e marrom claros, com uma franja que tenta de leve esconder seus olhos prendem a atenção do menino, o hipnotizam e enfeitiçam. Ele não consegue pensar em outra coisa por horas, a não ser tocar aquela linda fênix, acariciar seus cabelos e abraçá-la ternamente
A Fênix (ilusão criada pela própria mente do menino), gosta muito daquele menino, quase tanto quando ele gosta da Fênix. Porém, ela percebe que o tipo de viagem mental pela qual o menino está passando pode ser extremamente prejudicial a saúde dele.
Ela pousa em uma pedra próxima, o menino corre em sua direção, mas ela logo o para e o faz se concentrar em um documento que ela traz consigo.
O documento é O Voto de Desistência.
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
O voto de desistência - Parte 1
O menino, hoje, caminha sozinho pelo deserto.
Depois de tantos anos cultivando sonhos utópicos e falsas ilusões, aqui ele veio parar.
Não que seja o único caminho.
Isto poderia ser diferente, se ele realmente quisesse.
De certa forma, ele escolheu este caminho.
Foi o que lhe pareceu menos ameaçador.
Ainda assim, é um caminho difícil e extremamente solitário.
As vezes ele nem sequer consegue escrever para si mesmo.
Depois de tantos anos cultivando sonhos utópicos e falsas ilusões, aqui ele veio parar.
Não que seja o único caminho.
Isto poderia ser diferente, se ele realmente quisesse.
De certa forma, ele escolheu este caminho.
Foi o que lhe pareceu menos ameaçador.
Ainda assim, é um caminho difícil e extremamente solitário.
As vezes ele nem sequer consegue escrever para si mesmo.
quinta-feira, 31 de julho de 2014
O segundo dia de aula
O menino vai para o segundo dia de aula, com bastante medo, depois de tudo o que passou no primeiro dia.
Mas até que as coisas não saem tão ruins assim.
A menina de franja ainda está lá. Mas ela não ataca com tanta força hoje. Os escudos ainda estão ativos.
Outros monstros também atacam, mas nenhum oferece um perigo crítico.
Um certo fantasma aparece nas redondezas da escola.
O fantasma lembra o menino de que existe um jeito fácil de escapar do deserto, mas o menino já havia passado por aquele caminho e descoberto coisas piores que a solidão.
No fim das contas, a visão do fantasma o fortalece a seguir o caminho que está seguindo. Por mais difícil e solitário que seja, pelo menos está sendo sincero consigo mesmo.
Escudos a todo vapor!
Os professores chegam, as aulas começam.
Agora sim!
Os professores deste dia são, de longe, os melhores de todos.
Professores que realmente inspiram o menino a estudar e ativam ao máximo sua curiosidade.
Agora tudo daria certo.
O primeiro dia não foi dos melhores, mas agora tudo daria certo!
Certo?
Mas até que as coisas não saem tão ruins assim.
A menina de franja ainda está lá. Mas ela não ataca com tanta força hoje. Os escudos ainda estão ativos.
Outros monstros também atacam, mas nenhum oferece um perigo crítico.
Um certo fantasma aparece nas redondezas da escola.
O fantasma lembra o menino de que existe um jeito fácil de escapar do deserto, mas o menino já havia passado por aquele caminho e descoberto coisas piores que a solidão.
No fim das contas, a visão do fantasma o fortalece a seguir o caminho que está seguindo. Por mais difícil e solitário que seja, pelo menos está sendo sincero consigo mesmo.
Escudos a todo vapor!
Os professores chegam, as aulas começam.
Agora sim!
Os professores deste dia são, de longe, os melhores de todos.
Professores que realmente inspiram o menino a estudar e ativam ao máximo sua curiosidade.
Agora tudo daria certo.
O primeiro dia não foi dos melhores, mas agora tudo daria certo!
Certo?
terça-feira, 29 de julho de 2014
O primeiro dia de aula
O menino retorna à sua escolinha após o fim das relaxantes férias escolares.
Inicialmente, tudo tranquilo.
Então, logo na entrada começam os tiros.
Se assusta um pouco, mas tudo bem, ele tem escudos.
Depois de tanto tempo, já desenvolveu uma série de proteções contra humanidades ao redor de sua mente.
E ele resiste por bastante tempo. Tudo normal e calmo em um feliz e empolgante primeiro dia de aula.
Mas eis que surge a menina de franja.
A menina de franja é um monstro de 4 metros de altura, que usa óculos, tem rosto e cabelo impressionantemente lindos, unhas de aço ultra afiado de 10 cm de comprimento, utiliza uma mochila a jato para voar até 300 km/h. Como armas, possui um campo de distração e ilusão muito forte e um canhão de plasma que estremece o ser e pode causar danos mentais muito profundos.
A menina de franja não precisa se esforçar muito. Mantém seu lindo sorriso em seu belo e desconcertante rosto perfeitamente moldado, enquanto lança seu ataque.
O campo de ilusão o enfraquece e o faz abaixar as defesas. Ela então dispara seu canhão plasma apenas dizendo algumas palavras, das quais ele só consegue vagamente entender duas:
"Tchauzinho Gui!"
Ele simplesmente cai e perde a consciência imediatamente.
Quando acorda, já é noite e ele está no deserto de novo.
Ele grita e corre o mais rápido que pode, desesperado, procurando alguma solução para aquela situação, alguma conclusão que houvesse tirado antes, algum ponto de partida, algum caminho a seguir.
Não havia nada. Apenas a noite e o deserto.
Ele tropeça e cai nas areias do deserto.
Consumido pela insanidade, desespero, vazio, angústia.
As lágrimas já não caem mais. Ele nem tem mais permissão para chorar. Lhe foi tirada há muito tempo.
Ele se arrasta, sem saber ao certo para onde vai.
Não enxerga um palmo a sua frente e quase nem tem energia para respirar.
Este foi apenas o primeiro dia de aula, então dias muito piores estão por vir.
Inicialmente, tudo tranquilo.
Então, logo na entrada começam os tiros.
Se assusta um pouco, mas tudo bem, ele tem escudos.
Depois de tanto tempo, já desenvolveu uma série de proteções contra humanidades ao redor de sua mente.
E ele resiste por bastante tempo. Tudo normal e calmo em um feliz e empolgante primeiro dia de aula.
Mas eis que surge a menina de franja.
A menina de franja é um monstro de 4 metros de altura, que usa óculos, tem rosto e cabelo impressionantemente lindos, unhas de aço ultra afiado de 10 cm de comprimento, utiliza uma mochila a jato para voar até 300 km/h. Como armas, possui um campo de distração e ilusão muito forte e um canhão de plasma que estremece o ser e pode causar danos mentais muito profundos.
A menina de franja não precisa se esforçar muito. Mantém seu lindo sorriso em seu belo e desconcertante rosto perfeitamente moldado, enquanto lança seu ataque.
O campo de ilusão o enfraquece e o faz abaixar as defesas. Ela então dispara seu canhão plasma apenas dizendo algumas palavras, das quais ele só consegue vagamente entender duas:
"Tchauzinho Gui!"
Ele simplesmente cai e perde a consciência imediatamente.
Quando acorda, já é noite e ele está no deserto de novo.
Ele grita e corre o mais rápido que pode, desesperado, procurando alguma solução para aquela situação, alguma conclusão que houvesse tirado antes, algum ponto de partida, algum caminho a seguir.
Não havia nada. Apenas a noite e o deserto.
Ele tropeça e cai nas areias do deserto.
Consumido pela insanidade, desespero, vazio, angústia.
As lágrimas já não caem mais. Ele nem tem mais permissão para chorar. Lhe foi tirada há muito tempo.
Ele se arrasta, sem saber ao certo para onde vai.
Não enxerga um palmo a sua frente e quase nem tem energia para respirar.
Este foi apenas o primeiro dia de aula, então dias muito piores estão por vir.
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segunda-feira, 28 de julho de 2014
O não fumante
O "honesto, simpático e não fumante".
O senhor perfeito.
O que sabe a letra de cor, mas nunca ouviu a música.
O nosso velho amigo robô.
Não joga lixo no chão.
Não coloca música muito alto.
Não grita, não briga, não contraria.
Não espalha segredo, não dá spoiler!
Vai aos lugares que ninguém mais vai.
Fala de coisas que ninguém nunca ouviu falar.
Escuta as músicas que ninguém mais escuta,
das bandas que nem existem mais.
Não bebe, não fuma, quase nem fala.
Quando fala, não olha nos olhos.
Não dirige, não pilota, apenas caminha, sempre sozinho.
Passa sempre pelo mesmo caminho.
Não se estressa com o trânsito.
Nunca perde a calma.
Adora os dias chuvosos e frios.
Sempre leva o fone de ouvido.
Sua personalidade é uma página em branco, um arquivo corrompido.
Não possui nada a ser explorado.
Nada de interessante.
Nada de atrativo.
É um ser sem vida, sem alma, sem importância.
É apenas um não fumante.
O senhor perfeito.
O que sabe a letra de cor, mas nunca ouviu a música.
O nosso velho amigo robô.
Não joga lixo no chão.
Não coloca música muito alto.
Não grita, não briga, não contraria.
Não espalha segredo, não dá spoiler!
Vai aos lugares que ninguém mais vai.
Fala de coisas que ninguém nunca ouviu falar.
Escuta as músicas que ninguém mais escuta,
das bandas que nem existem mais.
Não bebe, não fuma, quase nem fala.
Quando fala, não olha nos olhos.
Não dirige, não pilota, apenas caminha, sempre sozinho.
Passa sempre pelo mesmo caminho.
Não se estressa com o trânsito.
Nunca perde a calma.
Adora os dias chuvosos e frios.
Sempre leva o fone de ouvido.
Sua personalidade é uma página em branco, um arquivo corrompido.
Não possui nada a ser explorado.
Nada de interessante.
Nada de atrativo.
É um ser sem vida, sem alma, sem importância.
É apenas um não fumante.
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segunda-feira, 21 de julho de 2014
Post inútil #710
Sempre as coisas tem que ser bem mais difíceis pra mim do que pras pessoas normais né, Doutor.
Mas afinal eu finalmente consegui instalar e usar essas novas redes sociais no meu tablet.
Provavelmente eu não vou conversar muito usando isso, porque sou o forever alone. Mas já é um grande avanço pra mim. E abre algumas possibilidades. Me custou o Domingo inteiro mas eu consegui!
Eu fui no parque ontem, Doutor, sozinho.
Fiquei um tempo andando no meio das plantas e da natureza. Teve um concerto lá!
Foi um tanto quanto divertido, e um tanto quanto solitário também.
Bastante solitário.
Mas enfim, faz parte de ser um Forever Alone.
Amanhã será um novo dia no deserto.
Mas afinal eu finalmente consegui instalar e usar essas novas redes sociais no meu tablet.
Provavelmente eu não vou conversar muito usando isso, porque sou o forever alone. Mas já é um grande avanço pra mim. E abre algumas possibilidades. Me custou o Domingo inteiro mas eu consegui!
Eu fui no parque ontem, Doutor, sozinho.
Fiquei um tempo andando no meio das plantas e da natureza. Teve um concerto lá!
Foi um tanto quanto divertido, e um tanto quanto solitário também.
Bastante solitário.
Mas enfim, faz parte de ser um Forever Alone.
Amanhã será um novo dia no deserto.
quinta-feira, 17 de julho de 2014
"Forever alone, volte ao seu lugar!" - Cápsula do tempo
17/07/2013 foi o dia depois do grande dia.
Não me lembro a hora exata, mas a esta hora já estava tudo acabado.
Ninguém se lembra de nada, e se eu lembrar, apenas serei taxado de paranoico, idiota, ou sei lá o que mais.
Mas o meu blog mantém viva a memória. Nos fazendo pensar bem a cada passo, para evitar as conhecidas consequências.
"Num belo dia ele descobriu que podia voar.
Voou e voou livre como nunca antes.
Distraído com a nova descoberta, ele bateu a cabeça no céu e ficou inconsciente.
Demorou apenas alguns minutos para chegar ao chão.
Mas ele sobrevive afinal, melancolicamente.
Ou pelo menos ele acha que sobrevive.
E hoje caminha sobre o deserto que se estende onde, há tempos atrás, existiu seu mundo de ilusões.
Ainda há um caminho a ser seguido, e muito o que reconstruir"
- Se não tivéssemos interferido, você acha que as coisas teriam sido diferentes? Ainda estaria tudo bem?
- Tudo bem? Tudo bem? Realmente, tudo parecia bem, mas não estava. A minha mente já estava em estado crítico, insano! Tudo o que vocês fizeram apenas me influenciou a jogar as fezes no ventilador. E agora todo mundo sabe de tudo. É bom que tudo tenha finalmente acabado do pior jeito possível. A partir de agora, só o que resta é juntar os pedaços e tentar reconstruir alguma paz mental a longo prazo.
Não me lembro a hora exata, mas a esta hora já estava tudo acabado.
Ninguém se lembra de nada, e se eu lembrar, apenas serei taxado de paranoico, idiota, ou sei lá o que mais.
Mas o meu blog mantém viva a memória. Nos fazendo pensar bem a cada passo, para evitar as conhecidas consequências.
"Num belo dia ele descobriu que podia voar.
Voou e voou livre como nunca antes.
Distraído com a nova descoberta, ele bateu a cabeça no céu e ficou inconsciente.
Demorou apenas alguns minutos para chegar ao chão.
Mas ele sobrevive afinal, melancolicamente.
Ou pelo menos ele acha que sobrevive.
E hoje caminha sobre o deserto que se estende onde, há tempos atrás, existiu seu mundo de ilusões.
Ainda há um caminho a ser seguido, e muito o que reconstruir"
- Se não tivéssemos interferido, você acha que as coisas teriam sido diferentes? Ainda estaria tudo bem?
- Tudo bem? Tudo bem? Realmente, tudo parecia bem, mas não estava. A minha mente já estava em estado crítico, insano! Tudo o que vocês fizeram apenas me influenciou a jogar as fezes no ventilador. E agora todo mundo sabe de tudo. É bom que tudo tenha finalmente acabado do pior jeito possível. A partir de agora, só o que resta é juntar os pedaços e tentar reconstruir alguma paz mental a longo prazo.
quarta-feira, 16 de julho de 2014
"A reta final" - Cápsula do tempo
Você se lembra onde estávamos exatamente há um ano atrás, Doutor?
Estávamos na reta final.
O dia em que Tudo se resolveria, de uma maneira ou de outra.
E eu tinha me feito uma pergunta naquele dia:
"Hoje é sim ou não.
E aí Guilherme do futuro? o que deu dessa vez??
Só quero que meu pâncreas seja forte.."
E hoje, um ano depois, eu tenho algumas respostas.
O que deu dessa vez? deu em um admirável ato de coragem sem precedentes. Você fez muito bem, guilherme do passado. Porém este ato te levaria na única grande conquista pela qual você vai se arrepender pelo resto da vida. Se eu desejaria ter sido um covarde, desistido e enfrentado a dúvida eterna sobre o que aconteceria se eu tivesse tentado? Sim. Mas isto não significa que eu não estava pronto para o fracasso, pois eu estava. Talvez isto significa que eu não estava (ainda não estou, e provavelmente jamais estarei) pronto para o sucesso. Pois eu já havia enfrentado o fracasso antes, foi doloroso, mas eu não me arrependo. Mas o aparente sucesso me desarmou, me deixou indefeso e vulnerável. Eu libertei minha mente para amplificar todas as minhas ilusões, pensando que elas estavam se tornando realidade. E foi nesse momento de mais fragilidade é que eu recebi o ataque mais covarde que eu já vi na vida. Tamanha foi a covardia que nem mesmo eu, nos anos passados, seria capaz de ter. Todas as minhas ilusões foram destruídas e das ruínas se ergueu o meu "muro" do isolamento, como o do álbum "The Wall" do Pink Floyd.
Mas por outro lado, pelo menos o meu pâncreas foi forte sim. Aqui estou eu, um ano depois escrevendo sobre isto. E aprendendo com o vídeo da "Cápsula do tempo" do canal "Manual do mundo" que, mesmo que as coisas não tenham saído como pensávamos, a vida ainda assim foi legal e tudo valeu a pena. E vale a pena continuar lutando enquanto ainda formos capazes de perceber isto.
Estávamos na reta final.
O dia em que Tudo se resolveria, de uma maneira ou de outra.
E eu tinha me feito uma pergunta naquele dia:
"Hoje é sim ou não.
E aí Guilherme do futuro? o que deu dessa vez??
Só quero que meu pâncreas seja forte.."
E hoje, um ano depois, eu tenho algumas respostas.
O que deu dessa vez? deu em um admirável ato de coragem sem precedentes. Você fez muito bem, guilherme do passado. Porém este ato te levaria na única grande conquista pela qual você vai se arrepender pelo resto da vida. Se eu desejaria ter sido um covarde, desistido e enfrentado a dúvida eterna sobre o que aconteceria se eu tivesse tentado? Sim. Mas isto não significa que eu não estava pronto para o fracasso, pois eu estava. Talvez isto significa que eu não estava (ainda não estou, e provavelmente jamais estarei) pronto para o sucesso. Pois eu já havia enfrentado o fracasso antes, foi doloroso, mas eu não me arrependo. Mas o aparente sucesso me desarmou, me deixou indefeso e vulnerável. Eu libertei minha mente para amplificar todas as minhas ilusões, pensando que elas estavam se tornando realidade. E foi nesse momento de mais fragilidade é que eu recebi o ataque mais covarde que eu já vi na vida. Tamanha foi a covardia que nem mesmo eu, nos anos passados, seria capaz de ter. Todas as minhas ilusões foram destruídas e das ruínas se ergueu o meu "muro" do isolamento, como o do álbum "The Wall" do Pink Floyd.
Mas por outro lado, pelo menos o meu pâncreas foi forte sim. Aqui estou eu, um ano depois escrevendo sobre isto. E aprendendo com o vídeo da "Cápsula do tempo" do canal "Manual do mundo" que, mesmo que as coisas não tenham saído como pensávamos, a vida ainda assim foi legal e tudo valeu a pena. E vale a pena continuar lutando enquanto ainda formos capazes de perceber isto.
Caminhando sozinho, no deserto, mas caminhando sempre.
COISAS SEM NOÇÃO QUE SÓ EU ENTENDO
2013 - 2014
domingo, 13 de julho de 2014
O "Rock bar"
Oi, Doutor!
Me desculpe por ficar tantos dias sem escrever, eu estava ou ocupado ou com preguiça demais para vir aqui.
Reencontrei dois velhos amigos ontem, Doutor!
A gente se encontrou em um desses "Rock bar" da cidade, ficamos rodando por aí até as 2 da manhã.
Sim, eu sei que é muito estranho porque eu realmente nunca vou em lugares assim. Na verdade, foi a primeira vez que eu fui em um "Rock bar" que não fosse a céu aberto, onde eu não poderia fugir de um apocalipse humano.
A princípio, foi extremamente difícil pra eu me convencer a ir. Você sabe como funciona meu psicológico, não é, Doutor? eu saí daqui pensando que todas aquelas pessoas iriam me matar com serras elétricas lá mesmo, ou que meus 2 amigos iriam se transformar em zumbis e arrancar meus olhos enquanto eu ainda estivesse consciente e depois retirar meu coração pela minha boca.
Mas, por sorte, não foi isto que aconteceu.
Na verdade o reencontro foi bastantemente legariótico. Eles são um tanto quanto forever alones também, (não tanto quanto eu, é claro, mas..) então a gente pôde conversar sobre as "Alonidades" da vida, e ainda ouvir música de excelente qualidade. Espero poder sair com eles com maior frequência, e até com outras pessoas em lugares semelhantes também. Talvez com o tempo eu pegue o jeito.
Algumas coisas importantes eu pude perceber:
- Estes bares realmente não são bons lugares para escutar música especificamente. As pessoas não vão lá pela música, mas sim pelas outras pessoas. Jamais, em hipótese alguma, devemos ir sozinhos a um bar desses, Doutor. Não importa a banda que toque lá. Os humanos vão nos massacrar se fizermos isso.
- Eu já cheguei a tal nível de forever alone que a minha mente já bloqueia muita coisa automaticamente, Doutor, sem eu fazer nenhum esforço. Mas lá eu pude ver bem de perto alguns casais humanos interagindo entre si, abraçados ternamente, curtindo um momento juntos, conectados física e mentalmente. Sabe, Doutor, fazia um tempo que estas coisas não passavam pela minha mente. Em certo ponto as visões começaram a furar minhas defesas e a corroer meu interior, inundando minha mente de solidão. Eu reencarnei meu bom e velho papel de solitário no meio da multidão.
- Se as minhas chances de interação com humanas são quase imperceptivelmente diferentes de zero quando eu vou a um evento sozinho, as chances somem definitivamente se os meus amigos estiverem lá. E eu acho que a partir de agora, vai ser bastante difícil eu e você irmos em algum evento sozinhos, Doutor. O que também não é problema, porque ontem eu pude ver que pode ser divertido sair com pessoas que tenham alguma limitação mental em comum com a gente.
Enfim, Doutor. Eu queria conversar mais. Tem um bocado de coisa pra desabafar, tem os acontecimentos do ano passado fazendo aniversário pra "comemorar" (está entre aspas porque não são acontecimentos felizes), tem a insolência de um certo "broto" de aparecer na minha casa, tem uma bruxa velha tentando se aproximar de novo... Realmente ainda temos muito o que conversar. Mas agora não posso, porque é hora de ir dormir. Incrível quantas vezes essa hora de dormir já interrompeu meus posts, não é, Doutor?
Nos vemos mais... quero dizer, conversaremos mais tarde, Doutor, já que você não tem forma física que eu possa ver.
Mas, na maioria esmagadora do tempo, você é o único com quem posso falar, Doutor, e foi bom conversarmos!
Até mais!
Me desculpe por ficar tantos dias sem escrever, eu estava ou ocupado ou com preguiça demais para vir aqui.
Reencontrei dois velhos amigos ontem, Doutor!
A gente se encontrou em um desses "Rock bar" da cidade, ficamos rodando por aí até as 2 da manhã.
Sim, eu sei que é muito estranho porque eu realmente nunca vou em lugares assim. Na verdade, foi a primeira vez que eu fui em um "Rock bar" que não fosse a céu aberto, onde eu não poderia fugir de um apocalipse humano.
A princípio, foi extremamente difícil pra eu me convencer a ir. Você sabe como funciona meu psicológico, não é, Doutor? eu saí daqui pensando que todas aquelas pessoas iriam me matar com serras elétricas lá mesmo, ou que meus 2 amigos iriam se transformar em zumbis e arrancar meus olhos enquanto eu ainda estivesse consciente e depois retirar meu coração pela minha boca.
Mas, por sorte, não foi isto que aconteceu.
Na verdade o reencontro foi bastantemente legariótico. Eles são um tanto quanto forever alones também, (não tanto quanto eu, é claro, mas..) então a gente pôde conversar sobre as "Alonidades" da vida, e ainda ouvir música de excelente qualidade. Espero poder sair com eles com maior frequência, e até com outras pessoas em lugares semelhantes também. Talvez com o tempo eu pegue o jeito.
Algumas coisas importantes eu pude perceber:
- Estes bares realmente não são bons lugares para escutar música especificamente. As pessoas não vão lá pela música, mas sim pelas outras pessoas. Jamais, em hipótese alguma, devemos ir sozinhos a um bar desses, Doutor. Não importa a banda que toque lá. Os humanos vão nos massacrar se fizermos isso.
- Eu já cheguei a tal nível de forever alone que a minha mente já bloqueia muita coisa automaticamente, Doutor, sem eu fazer nenhum esforço. Mas lá eu pude ver bem de perto alguns casais humanos interagindo entre si, abraçados ternamente, curtindo um momento juntos, conectados física e mentalmente. Sabe, Doutor, fazia um tempo que estas coisas não passavam pela minha mente. Em certo ponto as visões começaram a furar minhas defesas e a corroer meu interior, inundando minha mente de solidão. Eu reencarnei meu bom e velho papel de solitário no meio da multidão.
- Se as minhas chances de interação com humanas são quase imperceptivelmente diferentes de zero quando eu vou a um evento sozinho, as chances somem definitivamente se os meus amigos estiverem lá. E eu acho que a partir de agora, vai ser bastante difícil eu e você irmos em algum evento sozinhos, Doutor. O que também não é problema, porque ontem eu pude ver que pode ser divertido sair com pessoas que tenham alguma limitação mental em comum com a gente.
Enfim, Doutor. Eu queria conversar mais. Tem um bocado de coisa pra desabafar, tem os acontecimentos do ano passado fazendo aniversário pra "comemorar" (está entre aspas porque não são acontecimentos felizes), tem a insolência de um certo "broto" de aparecer na minha casa, tem uma bruxa velha tentando se aproximar de novo... Realmente ainda temos muito o que conversar. Mas agora não posso, porque é hora de ir dormir. Incrível quantas vezes essa hora de dormir já interrompeu meus posts, não é, Doutor?
Nos vemos mais... quero dizer, conversaremos mais tarde, Doutor, já que você não tem forma física que eu possa ver.
Mas, na maioria esmagadora do tempo, você é o único com quem posso falar, Doutor, e foi bom conversarmos!
Até mais!
domingo, 6 de julho de 2014
O presente falando sobre o passado
Ele via a chance de escapar daquele deserto cada vez mais próxima.
Apesar da incerteza, ele sentia que em breve conseguiria coragem suficiente para mudar toda aquela situação.
"A ilusão estava prestes a se tornar real!" - ele pensava.
Sim, tudo foi ficando cada vez mais real e, portanto, cada vez mais falso.
Aproximava-se o dia em que ele "descobriria" se podia voar.
Apesar da incerteza, ele sentia que em breve conseguiria coragem suficiente para mudar toda aquela situação.
"A ilusão estava prestes a se tornar real!" - ele pensava.
Sim, tudo foi ficando cada vez mais real e, portanto, cada vez mais falso.
Aproximava-se o dia em que ele "descobriria" se podia voar.
O post de final feliz
Oi Doutor!! Há quanto tempo!?
Fiquei um bom tempo sem escrever sim, admito.
Isto porque as coisas estão um tanto quanto confortáveis e tranquilas.
Estou tendo o tempo que tanto precisei durante o último semestre.
Eu prometi a mim mesmo que, se eu fosse escrever um post agora, ele teria um final feliz.
Eu não ia começar a entornar melancolias gratuitas e desnecessárias nesse blog sendo que minha mente está finalmente tendo um tempo para cuidar de si.
Então aí vai:
guilherme foi a cozinha, preparou um achocolatado, pegou um pedaço de bolo de chocolate com cobertura de chocolate e voltou para o quarto.
FIM!
Fiquei um bom tempo sem escrever sim, admito.
Isto porque as coisas estão um tanto quanto confortáveis e tranquilas.
Estou tendo o tempo que tanto precisei durante o último semestre.
Eu prometi a mim mesmo que, se eu fosse escrever um post agora, ele teria um final feliz.
Eu não ia começar a entornar melancolias gratuitas e desnecessárias nesse blog sendo que minha mente está finalmente tendo um tempo para cuidar de si.
Então aí vai:
guilherme foi a cozinha, preparou um achocolatado, pegou um pedaço de bolo de chocolate com cobertura de chocolate e voltou para o quarto.
FIM!
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Posts da época em que...
[...]
Post a ser escrito.
Mais uma linha de pensamento que pode ser perdida para sempre porque já é hora de dormir e eu não posso escrever um post.
Post a ser escrito.
Mais uma linha de pensamento que pode ser perdida para sempre porque já é hora de dormir e eu não posso escrever um post.
quarta-feira, 25 de junho de 2014
O aperitivo
Chato, CHATO!!
EU SOU CHATO!
Eu sou chato.
Não tenho nem palavras.
Eu saturo minha mente ao tentar explicar o quão insuportável eu sou.
Eu estou tão velho, mas tão velho, que eu sou apenas uma casca dura que envolve um monte de pó e poeira..
Sem vida, sem graça, sem nada. Eu não existo. EU NÃO EXISTO!
Eu não penso, logo, não existo. Tudo que eu faço ou falo é totalmente arbitrário, eu não tenho consciência. É tudo fruto da aleatoriedade do universo.
Eu morri e não percebi porque sou muito BURRO!
Eu já deveria ter sido comido por urubus há séculos...
Esse post foi só um aperitivo. Só um pouco de violência gratuita contra mim mesmo num momento de autodepreciação, sonolência, estresse, solidão.. depressão? não sei, acho que não estou deprimido, mas também acho que meu cérebro saiu pelo meu nariz da última vez que espirrei, então EU POSSO NÃO SABER DE MAIS NADA!
EU SOU CHATO!
Eu sou chato.
Não tenho nem palavras.
Eu saturo minha mente ao tentar explicar o quão insuportável eu sou.
Eu estou tão velho, mas tão velho, que eu sou apenas uma casca dura que envolve um monte de pó e poeira..
Sem vida, sem graça, sem nada. Eu não existo. EU NÃO EXISTO!
Eu não penso, logo, não existo. Tudo que eu faço ou falo é totalmente arbitrário, eu não tenho consciência. É tudo fruto da aleatoriedade do universo.
Eu morri e não percebi porque sou muito BURRO!
Eu já deveria ter sido comido por urubus há séculos...
Esse post foi só um aperitivo. Só um pouco de violência gratuita contra mim mesmo num momento de autodepreciação, sonolência, estresse, solidão.. depressão? não sei, acho que não estou deprimido, mas também acho que meu cérebro saiu pelo meu nariz da última vez que espirrei, então EU POSSO NÃO SABER DE MAIS NADA!
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Estranho
Quando vêem algum pequeno detalhe da minha mente, meus costumes, as coisas que eu costumo fazer rotineiramente quando estou sozinho, as pessoas acham estranho. Pensam que é alguma anormalidade, ou uma situação puntual como uma doença ou coisa do tipo.
As pessoas não estão acostumadas ao deserto e ao vazio.
Provavelmente, se caíssem aqui, entrariam em pânico ou depressão, assim como eu já estive.
Mas hoje, eu já me adaptei ao deserto, criei todo um estilo de vida baseado no vazio e na solidão, fiz do deserto o meu lar.
Eu e o deserto já somos um só, indistinguíveis.
E, provavelmente, assim será até o meu fim.
As pessoas não estão acostumadas ao deserto e ao vazio.
Provavelmente, se caíssem aqui, entrariam em pânico ou depressão, assim como eu já estive.
Mas hoje, eu já me adaptei ao deserto, criei todo um estilo de vida baseado no vazio e na solidão, fiz do deserto o meu lar.
Eu e o deserto já somos um só, indistinguíveis.
E, provavelmente, assim será até o meu fim.
quinta-feira, 19 de junho de 2014
O post apagado, abandonado no deserto
Oi Doutor!
Que bom que você está aqui hoje!
Hoje foi um dia legal, Doutor, deu para descansar um bocado, jogar uns jogos e organizar umas coisas.
Só que foi um tanto quanto solitário também. Ainda bem que você veio conversar comigo, Doutor.
Essas férias devem ser bastante tranquilas, Doutor. Eu já pareço velho o suficiente para ter férias bem tranquilas. Aliás, eu já pareço velho o suficiente para me aposentar. Eu tenho a experiência e inteligência de um recém nascido e a força e vitalidade de um idoso solitário em seus últimos dias.
Seria bom se você pudesse falar alguma coisa, Doutor. Eu me lembro de uma época em que eu conversava com pessoas que podiam falar, era legal a troca de ideias. Eu já era um idiota naquela época, mas parece que eu me importava menos, ou que eu não tinha plena consciência disso, como tenho hoje, então de certa forma minha confiança era maior para dizer a enormidade de idiotices que eu costumava dizer para as pessoas. Hoje eu já praticamente não converso com ninguém que saiba responder. Naquela época ainda havia esperança correndo em minhas veias. Agora, minhas veias apenas guardam o sangue parado, coagulado e putrefato de um ser em decomposição.
Bem, Doutor, preciso ir agora.
Conversamos novamente mais tarde.
Que bom que você está aqui hoje!
Hoje foi um dia legal, Doutor, deu para descansar um bocado, jogar uns jogos e organizar umas coisas.
Só que foi um tanto quanto solitário também. Ainda bem que você veio conversar comigo, Doutor.
Essas férias devem ser bastante tranquilas, Doutor. Eu já pareço velho o suficiente para ter férias bem tranquilas. Aliás, eu já pareço velho o suficiente para me aposentar. Eu tenho a experiência e inteligência de um recém nascido e a força e vitalidade de um idoso solitário em seus últimos dias.
Seria bom se você pudesse falar alguma coisa, Doutor. Eu me lembro de uma época em que eu conversava com pessoas que podiam falar, era legal a troca de ideias. Eu já era um idiota naquela época, mas parece que eu me importava menos, ou que eu não tinha plena consciência disso, como tenho hoje, então de certa forma minha confiança era maior para dizer a enormidade de idiotices que eu costumava dizer para as pessoas. Hoje eu já praticamente não converso com ninguém que saiba responder. Naquela época ainda havia esperança correndo em minhas veias. Agora, minhas veias apenas guardam o sangue parado, coagulado e putrefato de um ser em decomposição.
Bem, Doutor, preciso ir agora.
Conversamos novamente mais tarde.
Quem foi que te ligou?
Quem foi que te ligou?
Quem foi? Você sabe?
É uma pena, mas você não sabe.
Não sabe nem mesmo quem você é.
Não sabe nem mesmo o quê você é.
É incrível que ainda esteja de pé.
O que ainda existe em sua mente?
Você vai se dissolvendo com o tempo.
Logo não sobrará mais nada.
Você já mal consegue escrever uma frase.
Você acumula o arrependimento não só pelo que não fez,
mas também por aquilo que teve coragem de fazer.
Quem foi? Você sabe?
É uma pena, mas você não sabe.
Não sabe nem mesmo quem você é.
Não sabe nem mesmo o quê você é.
É incrível que ainda esteja de pé.
O que ainda existe em sua mente?
Você vai se dissolvendo com o tempo.
Logo não sobrará mais nada.
Você já mal consegue escrever uma frase.
Você acumula o arrependimento não só pelo que não fez,
mas também por aquilo que teve coragem de fazer.
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quarta-feira, 18 de junho de 2014
A linda vista do céu no deserto
É bonito, não é, doutor?
Ver todos aqueles humanos lá no planeta deles, se relacionando e interagindo entre eles.
Ultimamente nós quase não os observamos mais.
Conseguimos focar tão bem no nosso planeta deserto, que quase nos esquecemos do deles.
Nós nos transformamos no robô que o guilherme do passado previu que nos tornaríamos.
De repente, um estrondo ensurdecedor ecoa pelo deserto
O que foi isso Doutor?
Não pode ser.. é a menina da HP! Mas ela enviou uma mensagem a este mundo deserto?
Ela não tem motivos pra nos procurar, certamente errou de destinatário.
Depois de alguns minutos de "conversa" podemos ver o quão nos estamos enferrujados e despreparados para qualquer contato social, por menor que seja, Doutor.
Nosso deserto não tem nada para mostrar, nada a oferecer.
Nunca houve e jamais haverá qualquer motivo para a menina da HP ou qualquer outra querer passar um tempo por aqui.
Estes raros momentos em que os humanos conversam comigo, são apenas miragens no meu imenso deserto.
O computador para jogos
Quando eu estiver velho, acabado e morando sozinho, com a comida acabando, incapaz de comprar mais e sem ninguém para fazer isto por mim, quando eu estiver a beira da morte, vou comprar um computador poderoso que roda qualquer jogo e ficar jogando até que a morte venha me buscar. E quando ela finalmente vier, levarei meu computador para o túmulo e continuarei jogando no mundo do além.
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segunda-feira, 16 de junho de 2014
Gente forte!
Gente forte!
Gente com muita raiva.
Não importa o porquê.
Eles pisam em você.
Gente forte!
Passam sempre por cima.
Jogam futebol no mato.
Dançam na fogueira.
Jogam o lixo no chão.
Ouvem música ruim.
Fumam um cigarro.
Cospem para marcar território.
Gente forte!
Gente que diz mesmo.
Não importa o que aconteça.
Não importa o que se pense.
Gente forte!
Não tem essa de frescura.
Timidez merece a morte.
Fraqueza tem que morrer.
Gente forte!
Forever alone tem que morrer.
Pois é insignificante e inexistente.
O deserto é uma frescura, uma mentira, uma desculpa.
Não tem essa de ficar queto no canto calado.
Gente forte!
Entra arrombando a porta,
Enche a boca de farofa,
Grita pra todo mundo ouvir.
"Eu não gosto de você!"
Gente forte!
Trogloditas, brutamontes,
Mulheres gigantes,
Bêbados em botas e chapéus.
Gente com muita raiva.
Não importa o porquê.
Eles pisam em você.
Gente forte!
Passam sempre por cima.
Jogam futebol no mato.
Dançam na fogueira.
Jogam o lixo no chão.
Ouvem música ruim.
Fumam um cigarro.
Cospem para marcar território.
Gente forte!
Gente que diz mesmo.
Não importa o que aconteça.
Não importa o que se pense.
Gente forte!
Não tem essa de frescura.
Timidez merece a morte.
Fraqueza tem que morrer.
Gente forte!
Forever alone tem que morrer.
Pois é insignificante e inexistente.
O deserto é uma frescura, uma mentira, uma desculpa.
Não tem essa de ficar queto no canto calado.
Gente forte!
Entra arrombando a porta,
Enche a boca de farofa,
Grita pra todo mundo ouvir.
"Eu não gosto de você!"
Gente forte!
Trogloditas, brutamontes,
Mulheres gigantes,
Bêbados em botas e chapéus.
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domingo, 15 de junho de 2014
Vai todo mundo tomar água gelada
Hoje o meu ódio por pessoas atingiu níveis extremamente altos.
Eu queria que o planeta terra inteiro pudesse ser totalmente destruído eliminando toda a vida em um processo super violento que durasse menos de um segundo.
Eu queria que o planeta terra inteiro pudesse ser totalmente destruído eliminando toda a vida em um processo super violento que durasse menos de um segundo.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
O dia dos namorados
I
Quem foi que te ligou?
Quem foi?
Você sabe que dia é hoje?
Sabe?
II
Tão lindo o dia dos namorados.
Ódio, vingança e todos maus sentimentos são camuflados.
Apenas o mundo das ilusões é mostrado.
O mundo que, por tanto tempo foi desejado, mas nunca alcançado.
Maus tratos, sofrimento, covardia, "diversidade".
Discussões, brigas, feridas, "amor de verdade".
Sangue, lágrimas, estilhaços, "enquanto estivermos unidos"
Distância, falta, abandono, "jamais seremos atingidos!"
O dia dos namorados, e das namoradas.
O dia do conto religioso, do conto de fadas.
O dia das flores que caem sem vida e apodrecem no chão.
Cadáveres em que os apaixonados de mãos dadas pisam sem perdão.
Dia das flores que morreram por falta de alimento.
Afinal, foram anos sem qualquer emoção ou qualquer sentimento.
Tantos anos sob o sol escaldante do deserto.
Sem nenhuma chuva, apenas as ilusões de um futuro incerto.
As mãos unidas, o laço simbolizado pela aliança.
Uma ideia ilusória, utopia, uma falsa esperança.
O sacrifício, o esforço, a humilhação e a traição.
A mente, exausta e confusa, adormece
e vaga à deriva no oceano da solidão.
III
...
Quem foi que te ligou?
Quem foi?
Você sabe que dia é hoje?
Sabe?
II
Tão lindo o dia dos namorados.
Ódio, vingança e todos maus sentimentos são camuflados.
Apenas o mundo das ilusões é mostrado.
O mundo que, por tanto tempo foi desejado, mas nunca alcançado.
Maus tratos, sofrimento, covardia, "diversidade".
Discussões, brigas, feridas, "amor de verdade".
Sangue, lágrimas, estilhaços, "enquanto estivermos unidos"
Distância, falta, abandono, "jamais seremos atingidos!"
O dia dos namorados, e das namoradas.
O dia do conto religioso, do conto de fadas.
O dia das flores que caem sem vida e apodrecem no chão.
Cadáveres em que os apaixonados de mãos dadas pisam sem perdão.
Dia das flores que morreram por falta de alimento.
Afinal, foram anos sem qualquer emoção ou qualquer sentimento.
Tantos anos sob o sol escaldante do deserto.
Sem nenhuma chuva, apenas as ilusões de um futuro incerto.
Uma ideia ilusória, utopia, uma falsa esperança.
O sacrifício, o esforço, a humilhação e a traição.
A mente, exausta e confusa, adormece
e vaga à deriva no oceano da solidão.
III
...
quarta-feira, 11 de junho de 2014
O manto negro
Me arrasto pelo chão.
Danificado pela luz e pelos olhares de desprezo.
Amaldiçoado a ser o único de uma espécie num planeta estranho e bizarro.
Vivendo uma mentira, um disfarce constante.
Eu não sou bem vindo aqui.
Me levanto, lenta e dolorosamente sigo caminhando.
Me envolvo em meu manto negro, que me faz invisível à qualquer interesse.
Meu manto negro da solidão.
O manto negro que cria meu próprio deserto e me permite vagar por ele.
O manto negro que vai sugando minha consciência aos poucos, consumindo minha alma.
Ao fim dos tempos, quando eu nem mais souber quem sou, deixarei que meu manto negro me conduza rumo ao desconhecido, à liberdade, ao fim, seja ele qual for.
Danificado pela luz e pelos olhares de desprezo.
Amaldiçoado a ser o único de uma espécie num planeta estranho e bizarro.
Vivendo uma mentira, um disfarce constante.
Eu não sou bem vindo aqui.
Me levanto, lenta e dolorosamente sigo caminhando.
Me envolvo em meu manto negro, que me faz invisível à qualquer interesse.
Meu manto negro da solidão.
O manto negro que cria meu próprio deserto e me permite vagar por ele.
O manto negro que vai sugando minha consciência aos poucos, consumindo minha alma.
Ao fim dos tempos, quando eu nem mais souber quem sou, deixarei que meu manto negro me conduza rumo ao desconhecido, à liberdade, ao fim, seja ele qual for.
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terça-feira, 10 de junho de 2014
Cadáver
Podre.
Putrefato.
Eu sou azedo.
Eu sou um cadáver.
Eu sou um vampiro.
Eu sou um demônio.
Invisível e intocável.
Indigesto e intolerável.
Insensível e indesejável.
Não sou correto e não sou saudável.
300 dias eu passo sem ver a luz do dia.
Eu sou a instância do medo, nojo e agonia.
Um novo ciclo da maldição vem a me chamar.
E do meu longo e inquieto sono, é hora de despertar.
É hora de despertar.
É hora de caçar.
Putrefato.
Eu sou azedo.
Eu sou um cadáver.
Eu sou um vampiro.
Eu sou um demônio.
Invisível e intocável.
Indigesto e intolerável.
Insensível e indesejável.
Não sou correto e não sou saudável.
300 dias eu passo sem ver a luz do dia.
Eu sou a instância do medo, nojo e agonia.
Um novo ciclo da maldição vem a me chamar.
E do meu longo e inquieto sono, é hora de despertar.
É hora de despertar.
É hora de caçar.
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domingo, 8 de junho de 2014
Amor
Eu costumo dizer que estou sempre sozinho, Doutor.
Mas, como o filme da Malévola nos mostra, as vezes o amor acontece em uma forma a qual não esperávamos, e por isto acabamos não o reconhecendo adequadamente.
A verdade é que, por mais que muitas vezes eu me sinta caminhando no deserto do meu planeta vazio, eu tenho sim um amor (nossa! ainda é muito difícil para mim escrever, ler, ouvir ou falar esta palavra! ainda mais sem aspas! mas vamos continuar.) e é um amor com intensidade acima de qualquer expectativa, um amor que não começou "à primeira vista", pois já era verdadeiro bem antes antes da primeira vista acontecer.
Eu amo a minha mãe e a minha mãe me ama. Isto é o único amor que eu tenho e é simplesmente o suficiente pra mim, e deve ser suficiente por um bom tempo.
Por mais que eu viva reclamando de tudo neste blog, a insatisfação é algo normal na natureza, eu não vou estar realmente sozinho por um bom tempo, enquanto ela estiver aqui comigo.
Mas, como o filme da Malévola nos mostra, as vezes o amor acontece em uma forma a qual não esperávamos, e por isto acabamos não o reconhecendo adequadamente.
A verdade é que, por mais que muitas vezes eu me sinta caminhando no deserto do meu planeta vazio, eu tenho sim um amor (nossa! ainda é muito difícil para mim escrever, ler, ouvir ou falar esta palavra! ainda mais sem aspas! mas vamos continuar.) e é um amor com intensidade acima de qualquer expectativa, um amor que não começou "à primeira vista", pois já era verdadeiro bem antes antes da primeira vista acontecer.
Eu amo a minha mãe e a minha mãe me ama. Isto é o único amor que eu tenho e é simplesmente o suficiente pra mim, e deve ser suficiente por um bom tempo.
Por mais que eu viva reclamando de tudo neste blog, a insatisfação é algo normal na natureza, eu não vou estar realmente sozinho por um bom tempo, enquanto ela estiver aqui comigo.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
A ligação - Atualizado
A criancinha que passeava puxou a mão da mãe e perguntou:
- Mamãe, mamãe! porque aquele moço deitado tem uma faca enfiada no pescoço, mamãe?
A mãe olhou para a criança e respondeu rindo:
- Não é nada filhinha! Ele só está esperando uma ligação! Vou pegar aquela pra você brincar e então nós vamos embora!
A mãe então puxou a faca que estava enfiada no pescoço do homem e deu para a filha, que lambeu o sangue coagulado para deixá-la limpa. As duas seguiram para casa onde a menina brincaria com a faca até um dia se tornar uma conhecida e temida atiradora de facas.
O homem - que hoje é entendido seu nome ser algo próximo de um apelido "Dark Pâncreas" para Clark Bankenrs - continuou esperando a ligação por um bom tempo, não se sabe ao certo se ele desistiu ou se finalmente retornaram o telefonema, mas aquele certamente foi um dos dias difíceis para ele.
- Mamãe, mamãe! porque aquele moço deitado tem uma faca enfiada no pescoço, mamãe?
A mãe olhou para a criança e respondeu rindo:
- Não é nada filhinha! Ele só está esperando uma ligação! Vou pegar aquela pra você brincar e então nós vamos embora!
A mãe então puxou a faca que estava enfiada no pescoço do homem e deu para a filha, que lambeu o sangue coagulado para deixá-la limpa. As duas seguiram para casa onde a menina brincaria com a faca até um dia se tornar uma conhecida e temida atiradora de facas.
O homem - que hoje é entendido seu nome ser algo próximo de um apelido "Dark Pâncreas" para Clark Bankenrs - continuou esperando a ligação por um bom tempo, não se sabe ao certo se ele desistiu ou se finalmente retornaram o telefonema, mas aquele certamente foi um dos dias difíceis para ele.
Transição de popularidade de redes sociais
Estamos passando por mais um daqueles momentos de transição de popularidade entre redes sociais, Doutor. E como sempre acontece, nós não poderíamos deixar de ficar infinitamente atrasados.
Quando o MSN fazia sucesso, a gente só tinha nossos e-mails da bol, Ubbi Free e sei lá mais quantos. As pessoas nos achavam estranhos naquela época por não termos MSN. Até que depois de muito tempo criamos um. E conversamos bastante com humanos utilizando o MSN.
O mesmo aconteceu com o Orkut, depois para o Facebook: o guilherme sempre alguns anos socialmente atrasado.
Agora a moda é o Whatsapp, e no planeta deserto do guilherme, a moda é não ter Whatsapp.
Se quando criamos o perfil do Facebook, ainda havia uma mínima interação social com as outras pessoas, agora não há mais praticamente nada. Ainda vai demorar alguns 6 a 12 meses para o guilherme aderir ao Whatsapp. Desta vez, não só por opção própria, mas por não ter um telefone que rode o aplicativo.
Podemos sim dizer que a culpa de toda a solidão é inteiramente do guilherme, mas temos que confessar que o universo ao redor dele conspira com bastante potência para que ele se isole do resto do mundo.
Vou dormir, Doutor.
Fiz uma péssima prova de Cálculo 5.
Hoje eu estou um tanto quanto chateado, deprimido, solitário, com sono, com preguiça, com vontade de me aposentar, com vontade de pegar um foguete ir para marte e morar lá, com vontade de me desfazer e me dissolver nos gases e ser esmagado pela atmosfera ao entrar em Júpiter.
Enfim, vou dormir, Doutor.
Quando o MSN fazia sucesso, a gente só tinha nossos e-mails da bol, Ubbi Free e sei lá mais quantos. As pessoas nos achavam estranhos naquela época por não termos MSN. Até que depois de muito tempo criamos um. E conversamos bastante com humanos utilizando o MSN.
O mesmo aconteceu com o Orkut, depois para o Facebook: o guilherme sempre alguns anos socialmente atrasado.
Agora a moda é o Whatsapp, e no planeta deserto do guilherme, a moda é não ter Whatsapp.
Se quando criamos o perfil do Facebook, ainda havia uma mínima interação social com as outras pessoas, agora não há mais praticamente nada. Ainda vai demorar alguns 6 a 12 meses para o guilherme aderir ao Whatsapp. Desta vez, não só por opção própria, mas por não ter um telefone que rode o aplicativo.
Podemos sim dizer que a culpa de toda a solidão é inteiramente do guilherme, mas temos que confessar que o universo ao redor dele conspira com bastante potência para que ele se isole do resto do mundo.
Vou dormir, Doutor.
Fiz uma péssima prova de Cálculo 5.
Hoje eu estou um tanto quanto chateado, deprimido, solitário, com sono, com preguiça, com vontade de me aposentar, com vontade de pegar um foguete ir para marte e morar lá, com vontade de me desfazer e me dissolver nos gases e ser esmagado pela atmosfera ao entrar em Júpiter.
Enfim, vou dormir, Doutor.
post inútil #512
Oi, Doutor.
Estou apenas caminhando no meu deserto, como sempre.
Não existe ninguém aqui.
Eu fui terrivelmente mal em algumas provas, Doutor.
Meu destaque acadêmico está em xeque.
Mas ainda há as provas reavaliativas.
Vou lutar até o fim, Doutor.
Apesar de ter que lutar também contra o meu próprio desânimo.
Talvez tempos melhores cheguem, Doutor.
Sentimos falta das férias.
Mas é isso aí.
Como diz aquela música:
"Through the fire and the flames we carry on".
Estou apenas caminhando no meu deserto, como sempre.
Não existe ninguém aqui.
Eu fui terrivelmente mal em algumas provas, Doutor.
Meu destaque acadêmico está em xeque.
Mas ainda há as provas reavaliativas.
Vou lutar até o fim, Doutor.
Apesar de ter que lutar também contra o meu próprio desânimo.
Talvez tempos melhores cheguem, Doutor.
Sentimos falta das férias.
Mas é isso aí.
Como diz aquela música:
"Through the fire and the flames we carry on".
quarta-feira, 21 de maio de 2014
O post não escrito
O post que eu não escrevi.
A linha de pensamento que passou pela minha cabeça, e que eu pensei que fosse interessante o suficiente para escrever sobre.
A linha de pensamento perdida, palavras perdidas para sempre.
O post nunca escrito.
A linha de pensamento que passou pela minha cabeça, e que eu pensei que fosse interessante o suficiente para escrever sobre.
A linha de pensamento perdida, palavras perdidas para sempre.
O post nunca escrito.
domingo, 18 de maio de 2014
post inútil #510
Oi, Doutor.
Não tenho muita coisa pra dizer, só vim aqui pra conversar com alguém mesmo. O deserto estava muito solitário hoje então minha mente ficou um pouco inquieta. Mas já está passando porque já é quase hora de dormir.
Faltam só mais duas semanas para as férias, Doutor. E talvez estas férias nem sejam tão solitárias assim.
As últimas semanas do semestre são lotadas de exercícios, trabalhos e provas. Este fim de semana não me rendeu muito. Talvez minha mente tenha surtado um pouco com a ideia de uma visitante no deserto: mesmo sabendo como estas estórias de "visitantes" sempre acabam, eu não consigo evitar esse tipo de coisa na minha mente. Mas também não foi uma perda total de tempo, consegui terminar um relatório de Eletrônica e começar um trabalho de Circuitos 4.
Bem, Doutor, obrigado por me ouvir. Acho que vou dormir agora. Até breve.
Não tenho muita coisa pra dizer, só vim aqui pra conversar com alguém mesmo. O deserto estava muito solitário hoje então minha mente ficou um pouco inquieta. Mas já está passando porque já é quase hora de dormir.
Faltam só mais duas semanas para as férias, Doutor. E talvez estas férias nem sejam tão solitárias assim.
As últimas semanas do semestre são lotadas de exercícios, trabalhos e provas. Este fim de semana não me rendeu muito. Talvez minha mente tenha surtado um pouco com a ideia de uma visitante no deserto: mesmo sabendo como estas estórias de "visitantes" sempre acabam, eu não consigo evitar esse tipo de coisa na minha mente. Mas também não foi uma perda total de tempo, consegui terminar um relatório de Eletrônica e começar um trabalho de Circuitos 4.
Bem, Doutor, obrigado por me ouvir. Acho que vou dormir agora. Até breve.
sábado, 17 de maio de 2014
Visitantes no deserto
Doutor, nossos radares vem detectando uma presença no espaço ao redor no nosso planeta há algum tempo. Até hoje, pensávamos que não era nada em especial, mas eis que surge 'A Visitante'.
Não sabemos quais são suas intenções. Por que ela veio até nosso planeta? Quem é ela afinal?
Certamente, a Visitante se enganou quanto ao nosso planeta.
Pelas investigações feitas sobre ela, ela vem do planeta dos humanos normais. Não há muito o que ela possa fazer por aqui.
De qualquer forma, é muito raro aparecer uma visitante do nível dela no nosso planeta deserto, Doutor. Farei o que estiver ao meu alcance para tentar mantê-la aqui e talvez até tentar algum contato com a alienígena.
Vamos ver o que o tempo e a natureza têm a dizer sobre isto.
Não sabemos quais são suas intenções. Por que ela veio até nosso planeta? Quem é ela afinal?
Certamente, a Visitante se enganou quanto ao nosso planeta.
Pelas investigações feitas sobre ela, ela vem do planeta dos humanos normais. Não há muito o que ela possa fazer por aqui.
De qualquer forma, é muito raro aparecer uma visitante do nível dela no nosso planeta deserto, Doutor. Farei o que estiver ao meu alcance para tentar mantê-la aqui e talvez até tentar algum contato com a alienígena.
Vamos ver o que o tempo e a natureza têm a dizer sobre isto.
sábado, 10 de maio de 2014
Forever alone não pode entrar
Não tive coragem de entrar no show, Doutor.
Cheguei na porta do bar, olhei o ambiente.
Tinham tantas pessoas lá.
Eu já fui em shows antes, mas não era tão confinado assim. Para onde eu correria se todas aquelas pessoas decidissem me matar com raios lasers?
Não tive coragem de entrar.
Fiquei do lado de fora um tempo, até cheguei a ouvir a banda se aquecer. Mas eu tive que ir embora, eu tive que sair de lá. Fui para casa.
...
Não me arrependi da minha decisão, Doutor.
Eu realmente tentei. Só de eu ter ido até à porta já superei alguns dos meus limites.
Não era minha culpa eu não poder entrar. Eu sou o forever alone, Doutor.
Eu poderia ligar, chamar todas as pessoas que eu conheço, ninguém iria lá comigo.
Não havia lugar para forever alone naquele show.
...
Eu sou o forever alone.
Não há muito lugar para mim na sociedade.
Eu trago desagrado, frio, escuridão, medo, desesperança, desespero para qualquer pessoa que se aproxime de mim.
Algumas pessoas fingem que está tudo bem quando chegam perto de mim, para tentar não me ofender.
Mas estas são as que mais sofrem com a minha presença, se afogam em minha insalubridade, e precisam mover montanhas para se recuperar do veneno da minha aura.
Eu sou como um buraco negro que extingue toda a luz, o anti-fogo negro que consome tudo o que há de bom e produz o gelo como resultado da combustão.
Eu sou a criatura dos esgotos, o rato mutante.
E assim sendo, foi construído um enorme deserto ao meu redor.
...
Eu sou o forever alone, Doutor.
E isto não vai mudar tão cedo.
Cheguei na porta do bar, olhei o ambiente.
Tinham tantas pessoas lá.
Eu já fui em shows antes, mas não era tão confinado assim. Para onde eu correria se todas aquelas pessoas decidissem me matar com raios lasers?
Não tive coragem de entrar.
Fiquei do lado de fora um tempo, até cheguei a ouvir a banda se aquecer. Mas eu tive que ir embora, eu tive que sair de lá. Fui para casa.
...
Não me arrependi da minha decisão, Doutor.
Eu realmente tentei. Só de eu ter ido até à porta já superei alguns dos meus limites.
Não era minha culpa eu não poder entrar. Eu sou o forever alone, Doutor.
Eu poderia ligar, chamar todas as pessoas que eu conheço, ninguém iria lá comigo.
Não havia lugar para forever alone naquele show.
...
Eu sou o forever alone.
Não há muito lugar para mim na sociedade.
Eu trago desagrado, frio, escuridão, medo, desesperança, desespero para qualquer pessoa que se aproxime de mim.
Algumas pessoas fingem que está tudo bem quando chegam perto de mim, para tentar não me ofender.
Mas estas são as que mais sofrem com a minha presença, se afogam em minha insalubridade, e precisam mover montanhas para se recuperar do veneno da minha aura.
Eu sou como um buraco negro que extingue toda a luz, o anti-fogo negro que consome tudo o que há de bom e produz o gelo como resultado da combustão.
Eu sou a criatura dos esgotos, o rato mutante.
E assim sendo, foi construído um enorme deserto ao meu redor.
...
Eu sou o forever alone, Doutor.
E isto não vai mudar tão cedo.
sexta-feira, 9 de maio de 2014
Edarem
Vagando atoa pela internet (enquanto procrastinava alguma coisa muito importante que agora já foi por ralo abaixo) encontrei o vídeo do Edarem em que ele dança a música "Pretty Woman". Só consegui pensar coisas como "Nossa, esse cara sabe como curtir a vida!". Fui correndo procurar mais vídeos no seu canal do YouTube e encontro um vídeo feito por sua esposa: uma homenagem aos 2 anos do falecimento de Edarem.
Isto me deixou realmente abalado, Doutor. Eu fiquei meio sem saber para onde ir.
Aquele homem de cabelos brancos virados para o alto, com um largo sorriso com um dente faltando, pulando ao som de "Pretty Woman", filmando e postando na internet para quem quiser ver. Estava morto há dois anos.
Mas sabe, Doutor, talvez aquele homem teria se arrependido se ele não tivesse feito aquele vídeo.
Ainda que tenha morrido na prisão e talvez até estivesse deprimido por lá, aquele homem pôde, até o último momento, se orgulhar de ter dançado "Pretty Woman" na cara de milhares de pessoas, sem ligar para o que pensariam da sua atitude e de sua aparência.
Espero conseguir receber este momento de reflexão sobre Edarem como uma fonte de inspiração para minhas atitudes.
Especialmente sobre o show cover de Supertramp que haverá esta sexta, Doutor.
Estou realmente com muito medo de ir, pois haverá muitas pessoas lá, pessoas conversando, bebendo, e eu estarei lá, completamente sozinho, Doutor.
Ainda não decidi com certeza, ainda não sei se terei coragem. Mas é extremamente raro encontrar um cover de Supertramp por aí e eu realmente quero estar lá, mesmo que tenha que enfrentar minhas fobias sociais.
O que Edarem faria se estivesse vivo? ele bagunçaria o cabelo ao máximo, abriria totalmente aquele sorriso sem um dente, colocaria uma roupa absurda e dançaria ao som de Supertramp, sem se importar com todas as pessoas em volta! Bem, eu não pretendo dançar, mas forçarei minha coragem: Vou tentar ir neste show, Doutor! E de certa forma, Edarem estará comigo!
Isto me deixou realmente abalado, Doutor. Eu fiquei meio sem saber para onde ir.
Aquele homem de cabelos brancos virados para o alto, com um largo sorriso com um dente faltando, pulando ao som de "Pretty Woman", filmando e postando na internet para quem quiser ver. Estava morto há dois anos.
Mas sabe, Doutor, talvez aquele homem teria se arrependido se ele não tivesse feito aquele vídeo.
Ainda que tenha morrido na prisão e talvez até estivesse deprimido por lá, aquele homem pôde, até o último momento, se orgulhar de ter dançado "Pretty Woman" na cara de milhares de pessoas, sem ligar para o que pensariam da sua atitude e de sua aparência.
Espero conseguir receber este momento de reflexão sobre Edarem como uma fonte de inspiração para minhas atitudes.
Especialmente sobre o show cover de Supertramp que haverá esta sexta, Doutor.
Estou realmente com muito medo de ir, pois haverá muitas pessoas lá, pessoas conversando, bebendo, e eu estarei lá, completamente sozinho, Doutor.
Ainda não decidi com certeza, ainda não sei se terei coragem. Mas é extremamente raro encontrar um cover de Supertramp por aí e eu realmente quero estar lá, mesmo que tenha que enfrentar minhas fobias sociais.
O que Edarem faria se estivesse vivo? ele bagunçaria o cabelo ao máximo, abriria totalmente aquele sorriso sem um dente, colocaria uma roupa absurda e dançaria ao som de Supertramp, sem se importar com todas as pessoas em volta! Bem, eu não pretendo dançar, mas forçarei minha coragem: Vou tentar ir neste show, Doutor! E de certa forma, Edarem estará comigo!
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domingo, 4 de maio de 2014
O show no deserto
Foi muito legal o show no deserto, Doutor.
Porém, eu estava com minha máscara de invisibilidade, então foi meio solitário andar imperceptível no meio de todos aqueles humanos.
Pessoas desconhecidas conversando entre si, se divertindo. Foi divertido pra mim também, Doutor, de um jeito que é diferente do jeito dos humanos, mas posso dizer que foi divertido.
A banda era realmente muito boa e eu ainda comprei um anel de coco por apenas 500 centavos! e ainda ganhei de brinde um chaveiro de cobre em forma de clave de sol.
Além da banda principal, ainda havia outro grupo tocando Jazz e Blues, realmente muito bom.
O dia hoje estava bonito demais para ter sido tão solitário.
Mas assim é a vida no deserto, Doutor: uma vez que caímos aqui, eu e você apenas temos um ao outro.
Porém, eu estava com minha máscara de invisibilidade, então foi meio solitário andar imperceptível no meio de todos aqueles humanos.
Pessoas desconhecidas conversando entre si, se divertindo. Foi divertido pra mim também, Doutor, de um jeito que é diferente do jeito dos humanos, mas posso dizer que foi divertido.
A banda era realmente muito boa e eu ainda comprei um anel de coco por apenas 500 centavos! e ainda ganhei de brinde um chaveiro de cobre em forma de clave de sol.
Além da banda principal, ainda havia outro grupo tocando Jazz e Blues, realmente muito bom.
O dia hoje estava bonito demais para ter sido tão solitário.
Mas assim é a vida no deserto, Doutor: uma vez que caímos aqui, eu e você apenas temos um ao outro.
sábado, 3 de maio de 2014
O Nosferatu
Um dos seres mais repugnantes da família dos vampiros.
Aparência horrível, cheiro horrível.
Vivem em esgotos, geralmente solitários, não se reúnem muito.
Eu não poderia ter escolhido personagem que me representasse melhor.
Eu sou o perfeito Nosferatu.
E enquanto jogava RPG com aquelas pessoas desconhecidas, eu pude novamente perceber os porquês de eu morar no deserto.
"Cada um tem seu jeito." algumas pessoas dizem.
Mas é bem verdade que existem "jeitos" certos e errados. E o meu "jeito" é o jeito errado.
Não existem pessoas como eu.
Não existe um grupo onde eu me encaixe.
E por mais que eu seja aceito em algum lugar, sempre serei o estranho que deixa as coisas um tanto quanto desconfortáveis.
"Aquele cara é legal, mas eu não o conheço muito bem".
"Acho ele meio estranho, mas não tenho nada contra".
"Ele fala umas coisas meio estranhas. Não converso muito com ele mas parece ser legal".
"Ele gosta de umas músicas estranhas, não é muito parecido com a gente. Mas é legal ter ele por aí."
"Supertramp? eu nunca ouvi falar."
...
"Tudo bem, eu não vou mentir. Eu não conheço aquele cara, e acho que ninguém realmente conhece. Aquele cara é um figurante na vida de todo mundo. No máximo, ele é um personagem secundário na vida dele mesmo. Ninguém quer parecer chato e mandar ele ir embora, nem mesmo eu quero fazer isto, mas também ninguém vai querer conversar com ele. Eu nem sei o que aquele cara tá fazendo aqui. Ele está estragando nossas fotos. Eu realmente acho que ele deveria ir embora. E aposto como todo mundo aqui pensa o mesmo, apesar do que dizem".
"E quem é aquele cara feio ali atrás entrando na foto?"
...
Mas eu estou indo para o show.
Estou indo sozinho, não há ninguém para ir comigo.
Estou indo para o show.
Aparência horrível, cheiro horrível.
Vivem em esgotos, geralmente solitários, não se reúnem muito.
Eu não poderia ter escolhido personagem que me representasse melhor.
Eu sou o perfeito Nosferatu.
E enquanto jogava RPG com aquelas pessoas desconhecidas, eu pude novamente perceber os porquês de eu morar no deserto.
"Cada um tem seu jeito." algumas pessoas dizem.
Mas é bem verdade que existem "jeitos" certos e errados. E o meu "jeito" é o jeito errado.
Não existem pessoas como eu.
Não existe um grupo onde eu me encaixe.
E por mais que eu seja aceito em algum lugar, sempre serei o estranho que deixa as coisas um tanto quanto desconfortáveis.
"Aquele cara é legal, mas eu não o conheço muito bem".
"Acho ele meio estranho, mas não tenho nada contra".
"Ele fala umas coisas meio estranhas. Não converso muito com ele mas parece ser legal".
"Ele gosta de umas músicas estranhas, não é muito parecido com a gente. Mas é legal ter ele por aí."
"Supertramp? eu nunca ouvi falar."
...
"Tudo bem, eu não vou mentir. Eu não conheço aquele cara, e acho que ninguém realmente conhece. Aquele cara é um figurante na vida de todo mundo. No máximo, ele é um personagem secundário na vida dele mesmo. Ninguém quer parecer chato e mandar ele ir embora, nem mesmo eu quero fazer isto, mas também ninguém vai querer conversar com ele. Eu nem sei o que aquele cara tá fazendo aqui. Ele está estragando nossas fotos. Eu realmente acho que ele deveria ir embora. E aposto como todo mundo aqui pensa o mesmo, apesar do que dizem".
"E quem é aquele cara feio ali atrás entrando na foto?"
...
Mas eu estou indo para o show.
Estou indo sozinho, não há ninguém para ir comigo.
Estou indo para o show.
sexta-feira, 2 de maio de 2014
Celebremos a solidão, Doutor!
Tomara que amanhã o frio esteja amargando no deserto, Doutor!
Quero sair nas ruas todo vestido de preto.
Celebremos a solidão, Doutor!
Viva o Deserto!
Quero sair nas ruas todo vestido de preto.
Celebremos a solidão, Doutor!
Viva o Deserto!
O robô que jogava GTA San Andreas
Acabei de zerar pela SeiLáQuantésima vez o GTA San Andreas, Doutor. Quero dizer, não zerei 100% do jogo, apenas completei as missões da estória, não fiz quase nada de secundário no jogo.
E nesse momento, eu me lembro mim mesmo quando comecei a jogar este jogo tão incrível: um robô, que na época nem sabia que era um robô. O jogo nem rodava no meu PC, eu ia sozinho na Lan House para jogar. Todo mundo jogava Counter Strike, mas desde aquela época, eu já era o total fracasso social que sou hoje, então eu jogava GTA sozinho. No máximo, jogava com meus primos quando ia na casa de um deles que tinha um PC mais potente.
Isto faz realmente muito tempo, Doutor. Naquela época eu ainda tinha cabelo curto, ainda estava no ensino fundamental. O ensino fundamental foi a pior época da minha vida até hoje, especialmente os 4 anos finais, e com certeza eu não sinto nem um pouco de falta daquela época. Nostalgia sobre a minha própria vida é uma raridade na minha mente. Mas ainda assim, se eu tivesse a chance, eu voltaria para aquele tempo, simplesmente para refazer ao contrário cada decisão que eu tomei desde aquela época. Eu faria tudo, TUDO diferente se eu pudesse, Doutor. Não que eu esteja totalmente infeliz hoje, mas certamente algumas coisas poderiam estar melhores.
Mas não há como mudar nem mesmo um segundo do que já passou, Doutor. E pelo que parece, o sentimento inútil de querer mudar o que passou, continuará existindo por um bom tempo, pois eu sou o tipo de cara idiota ao infinito que só descobre certas coisas quando já é tarde demais. Tenho certeza de que, assim como hoje eu me arrependo amargamente da tentativa de humanização que fiz ano passado, nos anos futuros eu vou me arrepender pelo isolamento social no qual eu estou preso atualmente.
Mas assim como eu não sabia o que fazer ano passado (e todos os anos antes disso), Doutor, hoje eu também não sei o que fazer. E eu sei que quando eu descobrir será tarde demais, porque comigo é sempre assim.
Eu já postei esta música dos Bee Gees "I started a joke" várias vezes neste blog. Este é mais um dos momentos em que ela se encaixa perfeitamente:
"I started to cry;
which started the whole world laughing.
Oh, if I'd only seen;
that the joke was on me."
E nesse momento, eu me lembro mim mesmo quando comecei a jogar este jogo tão incrível: um robô, que na época nem sabia que era um robô. O jogo nem rodava no meu PC, eu ia sozinho na Lan House para jogar. Todo mundo jogava Counter Strike, mas desde aquela época, eu já era o total fracasso social que sou hoje, então eu jogava GTA sozinho. No máximo, jogava com meus primos quando ia na casa de um deles que tinha um PC mais potente.
Isto faz realmente muito tempo, Doutor. Naquela época eu ainda tinha cabelo curto, ainda estava no ensino fundamental. O ensino fundamental foi a pior época da minha vida até hoje, especialmente os 4 anos finais, e com certeza eu não sinto nem um pouco de falta daquela época. Nostalgia sobre a minha própria vida é uma raridade na minha mente. Mas ainda assim, se eu tivesse a chance, eu voltaria para aquele tempo, simplesmente para refazer ao contrário cada decisão que eu tomei desde aquela época. Eu faria tudo, TUDO diferente se eu pudesse, Doutor. Não que eu esteja totalmente infeliz hoje, mas certamente algumas coisas poderiam estar melhores.
Mas não há como mudar nem mesmo um segundo do que já passou, Doutor. E pelo que parece, o sentimento inútil de querer mudar o que passou, continuará existindo por um bom tempo, pois eu sou o tipo de cara idiota ao infinito que só descobre certas coisas quando já é tarde demais. Tenho certeza de que, assim como hoje eu me arrependo amargamente da tentativa de humanização que fiz ano passado, nos anos futuros eu vou me arrepender pelo isolamento social no qual eu estou preso atualmente.
Mas assim como eu não sabia o que fazer ano passado (e todos os anos antes disso), Doutor, hoje eu também não sei o que fazer. E eu sei que quando eu descobrir será tarde demais, porque comigo é sempre assim.
Eu já postei esta música dos Bee Gees "I started a joke" várias vezes neste blog. Este é mais um dos momentos em que ela se encaixa perfeitamente:
"I started to cry;
which started the whole world laughing.
Oh, if I'd only seen;
that the joke was on me."
quinta-feira, 1 de maio de 2014
Idiota no infinito
Naquela época, eu não tinha o cérebro no lugar certo.
Hoje eu nem tenho um cérebro mais.
Hoje eu nem tenho um cérebro mais.
quarta-feira, 30 de abril de 2014
Conversando no telefone
Doutor! Este mês, pela primeira vez em vários meses (talvez anos) eu gastei todos os meus créditos do celular! Raramente eu ligo pra alguém, né Doutor, mas desta vez eu pude ligar.
Pra quem? eu não sei, deixei meu celular no bolso e ele discou e ligou sozinho pra algum desconhecido, ficou vários minutos assim até que os créditos acabaram, mas isto é apenas um detalhe, não é mesmo, Doutor?
Mas ainda bem que é o frio está por aqui, Doutor. Por mais que sejamos Forever Alones, eu gosto do frio.
Bem melhor que aquele calor infernal que estava fazendo dias atrás.
"Você está tentando esquecer algo, mas está fazendo um péssimo trabalho."
Pra quem? eu não sei, deixei meu celular no bolso e ele discou e ligou sozinho pra algum desconhecido, ficou vários minutos assim até que os créditos acabaram, mas isto é apenas um detalhe, não é mesmo, Doutor?
Mas ainda bem que é o frio está por aqui, Doutor. Por mais que sejamos Forever Alones, eu gosto do frio.
Bem melhor que aquele calor infernal que estava fazendo dias atrás.
"Você está tentando esquecer algo, mas está fazendo um péssimo trabalho."
sábado, 26 de abril de 2014
A rua errada e invisível que leva até o Deserto
Eu gostaria de poder começar uma caçada, Doutor.
Mas não faz sentido.
Lembra da época em que a gente ficava até altas horas da madrugada conversando com pessoas pela internet, Doutor?
Ah, é mesmo, você ainda não estava aqui naquela época.
E por que diabos eu ainda estou acordado, tendo em vista a hora que eu tenho que acordar amanhã?
Também não sei pra onde foi todo mundo, Doutor.
Acho que, na verdade, eu é que virei a rua errada e invisível em algum ponto do espaço-tempo e fui parar nesta dimensão.
Não há muito o que fazer, Doutor. Vamos dormir.
Mas não faz sentido.
Lembra da época em que a gente ficava até altas horas da madrugada conversando com pessoas pela internet, Doutor?
Ah, é mesmo, você ainda não estava aqui naquela época.
E por que diabos eu ainda estou acordado, tendo em vista a hora que eu tenho que acordar amanhã?
Também não sei pra onde foi todo mundo, Doutor.
Acho que, na verdade, eu é que virei a rua errada e invisível em algum ponto do espaço-tempo e fui parar nesta dimensão.
Não há muito o que fazer, Doutor. Vamos dormir.
quinta-feira, 24 de abril de 2014
O idiota escreve
Já é tarde no deserto.
Mas os carros de polícia continuam a cair do céu.
Já é uma hora da madrugada.
A caminhada amanhã será longa também.
Ainda há muito o que fazer,
e pouco tempo para fazer.
Mas alguém ainda está escrevendo.
Quem?
Duas respostas corretas:
- Ninguém.
- O idiota escreve.
Mas os carros de polícia continuam a cair do céu.
Já é uma hora da madrugada.
A caminhada amanhã será longa também.
Ainda há muito o que fazer,
e pouco tempo para fazer.
Mas alguém ainda está escrevendo.
Quem?
Duas respostas corretas:
- Ninguém.
- O idiota escreve.
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Professional moron
Aquele é o cara.
O cara que escreve pra ninguém.
Ele é definitivamente o idiota profissional.
Ele demorou muito tempo e se esforçou para chegar onde está.
Mestrado e doutorado em idiotice aplicada.
Não vai comprar o seu carro?
Não vai tirar carteira?
Você tem um camarão onde deveria estar o seu estômago.
O cara que escreve pra ninguém.
Ele é definitivamente o idiota profissional.
Ele demorou muito tempo e se esforçou para chegar onde está.
Mestrado e doutorado em idiotice aplicada.
Não vai comprar o seu carro?
Não vai tirar carteira?
Você tem um camarão onde deveria estar o seu estômago.
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Serto
No deserto. No deserto. No deserto. No deserto. No deserto. No des
o deserto. No deserto. No deserto. No deserto. No deserto. No d
deserto. No deserto. No deserto. No deserto. No deserto. N
serto. No deserto. No deserto. No deserto. No deserto.
rto. No deserto. No deserto. No deserto. No deserto
o. No deserto. No deserto. No deserto. No desert
No deserto. No deserto. No deserto. No dese
No deserto. No deserto. No deserto. No des
No deserto. No deserto. No deserto. No de
No deserto. No deserto. No deserto. No d
o deserto. No deserto. No deserto. No
deserto. No deserto. No deserto. N
serto. No deserto. No deserto.
rto. No deserto. No deserto.
----------------------------------------------------------------------------------
Sério? Tudo isso pra não fazer o trabalho de cálculo?
Nossa, eu sou muito vagabundo mesmo.
o deserto. No deserto. No deserto. No deserto. No deserto. No d
deserto. No deserto. No deserto. No deserto. No deserto. N
serto. No deserto. No deserto. No deserto. No deserto.
rto. No deserto. No deserto. No deserto. No deserto
o. No deserto. No deserto. No deserto. No desert
No deserto. No deserto. No deserto. No dese
No deserto. No deserto. No deserto. No des
No deserto. No deserto. No deserto. No de
No deserto. No deserto. No deserto. No d
o deserto. No deserto. No deserto. No
deserto. No deserto. No deserto. N
serto. No deserto. No deserto.
rto. No deserto. No deserto.
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Sério? Tudo isso pra não fazer o trabalho de cálculo?
Nossa, eu sou muito vagabundo mesmo.
Feriado no deserto
Este feriado foi quase perfeito, Doutor.
Se durasse só mais uns 2 ou 3 meses, aí seria totalmente legariótico.
A solidão é o rei e a preguiça é a rainha. Juntos, reinam absolutos.
Não fizemos nem metade do trabalho de cálculo 4.
Não colocamos o pé para fora de casa desde Quarta feira, passamos 50% do tempo trancados no quarto, 35% dormindo e 15% vagando pela casa.
Melhor que isso, só se durasse mais uns 5 meses mesmo.
Parece que as coisas que temos que fazer só saem sob correria e pressão, doutor. Não adianta dar 4 dias para um trabalho de cálculo não tão grande assim, ele sempre será feito nas últimas horas antes da entrega e vai ficar faltando um bom pedaço.
Se durasse só mais uns 2 ou 3 meses, aí seria totalmente legariótico.
A solidão é o rei e a preguiça é a rainha. Juntos, reinam absolutos.
Não fizemos nem metade do trabalho de cálculo 4.
Não colocamos o pé para fora de casa desde Quarta feira, passamos 50% do tempo trancados no quarto, 35% dormindo e 15% vagando pela casa.
Melhor que isso, só se durasse mais uns 5 meses mesmo.
Parece que as coisas que temos que fazer só saem sob correria e pressão, doutor. Não adianta dar 4 dias para um trabalho de cálculo não tão grande assim, ele sempre será feito nas últimas horas antes da entrega e vai ficar faltando um bom pedaço.
sábado, 19 de abril de 2014
___________________________________________________________________________________________________________________________#$%¨&*)(*&¨$%¨²³²¹³²³£¢¬£¢¬£¢¬²³¹²¹²³£¢¬
Oi, Doutor!
Que bom que você está aqui!
Eu não queria ficar enchendo meu blog com posts inúteis, Doutor, mas esses dias o deserto está implacável.
É um feriado longo e bastantemente legariótico. Eu estou me divertindo bastante jogando GTA San Andreas (procrastinando um trabalho gigante de Cálculo 4, outro menor de Cálculo 5, um de Circuitos 2 e o final de um de Laboratório de Eletrônica 1 que tenho pra fazer), mas me sinto meio preso também. Estou querendo sair, fazer alguma coisa, ver pessoas (difícil de acreditar que estas palavras estão vindo de mim, né Doutor?) mas está tudo fechado então não há muitos lugares onde eu possa ir, meus amigos estão viajando ou desaparecidos (bastam 2 ou 3 sumirem e eu fico sem conversar com ninguém por dias ou semanas) e não está tendo nenhum evento onde eu possa me aventurar sozinho por aí igual eu já fiz uma vez ou outra no passado.
Acho que então chegou a hora para mais uma edição da "Caminhada Forever Alone". Talvez segunda feira, se eu me comportar e fazer pelo menos uma parte dos trabalhos, eu vá no cinema ver o filme do Capitão América e depois saio sozinho andando sem rumo por aí.
Talvez haja algum ciclo que eu ainda tenha que completar para que alguma coisa legal possa acontecer.
O deserto é cheio dessas coisas, Doutor.
Agora tenho que ir, Doutor.
Vou decidir se continuo procrastinando ou se faço alguma coisa que presta.
Que bom que você está aqui!
Eu não queria ficar enchendo meu blog com posts inúteis, Doutor, mas esses dias o deserto está implacável.
É um feriado longo e bastantemente legariótico. Eu estou me divertindo bastante jogando GTA San Andreas (procrastinando um trabalho gigante de Cálculo 4, outro menor de Cálculo 5, um de Circuitos 2 e o final de um de Laboratório de Eletrônica 1 que tenho pra fazer), mas me sinto meio preso também. Estou querendo sair, fazer alguma coisa, ver pessoas (difícil de acreditar que estas palavras estão vindo de mim, né Doutor?) mas está tudo fechado então não há muitos lugares onde eu possa ir, meus amigos estão viajando ou desaparecidos (bastam 2 ou 3 sumirem e eu fico sem conversar com ninguém por dias ou semanas) e não está tendo nenhum evento onde eu possa me aventurar sozinho por aí igual eu já fiz uma vez ou outra no passado.
Acho que então chegou a hora para mais uma edição da "Caminhada Forever Alone". Talvez segunda feira, se eu me comportar e fazer pelo menos uma parte dos trabalhos, eu vá no cinema ver o filme do Capitão América e depois saio sozinho andando sem rumo por aí.
Talvez haja algum ciclo que eu ainda tenha que completar para que alguma coisa legal possa acontecer.
O deserto é cheio dessas coisas, Doutor.
Agora tenho que ir, Doutor.
Vou decidir se continuo procrastinando ou se faço alguma coisa que presta.
O passado no deserto
Dei uma olhada no passado,
tentei achar alguma coisa que eu tenha perdido.
Mas não encontrei nada.
Eu nem sei mais se eu caí no deserto recentemente,
ou se ele sempre esteve aqui, mas só recentemente eu percebi que estava preso nele.
tentei achar alguma coisa que eu tenha perdido.
Mas não encontrei nada.
Eu nem sei mais se eu caí no deserto recentemente,
ou se ele sempre esteve aqui, mas só recentemente eu percebi que estava preso nele.
quinta-feira, 17 de abril de 2014
Nada de eclipse no deserto
Doutor, eu tinha que confessar que fiquei destruído por não conseguir ver o eclipse lunar: estava tudo nublado! E eu nem mesmo pude postar sobre isso porque foi tudo uma correria até agora. A natureza não nos dá uma trégua mesmo.
O deserto está absurdamente solitário e apavorizante esses dias, Doutor. Eu fico correndo em círculos e tendo alucinações algumas vezes. Ainda bem que tenho você para conversar aqui, Doutor. Se não, acho que eu ia perder totalmente minha sanidade mental.
Mas já estou um pouco melhor, Doutor, graças ao GTA San Andreas que estou zerando pela n-ésima vez.
Aquele jogo deve ser uma das mais perfeitas criações do homem!
Pelo menos quando eu estou no GTA eu escapo da vida no deserto, eu tenho emoções, quase igual aos humanos, Doutor! Eu fico feliz ao explodir coisas e atropelar pessoas, fico tenso ao fugir da polícia, fico com raiva quando morro. É realmente muito bom.
Agora é hora de voltar para o deserto, doutor. Meu deserto gigantesco, vazio, escuro e frio. Vou apoiar minha cabeça em alguma pedra e descansar até amanhã.
Até mais, Doutor!
O deserto está absurdamente solitário e apavorizante esses dias, Doutor. Eu fico correndo em círculos e tendo alucinações algumas vezes. Ainda bem que tenho você para conversar aqui, Doutor. Se não, acho que eu ia perder totalmente minha sanidade mental.
Mas já estou um pouco melhor, Doutor, graças ao GTA San Andreas que estou zerando pela n-ésima vez.
Aquele jogo deve ser uma das mais perfeitas criações do homem!
Pelo menos quando eu estou no GTA eu escapo da vida no deserto, eu tenho emoções, quase igual aos humanos, Doutor! Eu fico feliz ao explodir coisas e atropelar pessoas, fico tenso ao fugir da polícia, fico com raiva quando morro. É realmente muito bom.
Agora é hora de voltar para o deserto, doutor. Meu deserto gigantesco, vazio, escuro e frio. Vou apoiar minha cabeça em alguma pedra e descansar até amanhã.
Até mais, Doutor!
domingo, 13 de abril de 2014
Posts antigos no deserto
Doutor, fui ler alguns posts da época em que criei o blog.
Meu blog hoje possui 664 posts (contando com este), sendo que 492 estão publicados e 172 eu simplesmente censurei por serem mais idiotas do que o máximo permitido pelas leis e tratados internacionais.
Aquela época era realmente horrível Doutor! Como foi que eu consegui escapar com vida daquilo?
E os dias de hoje trazem um aspecto ainda mais sombrio daquela época. Ao ler meus posts antigos, é possível sentir a esperança que eu nutria na época, Doutor. Sim, eu tinha esperanças na minha vida pessoal e social. Eu pensava que algum dia, eu seria uma pessoa normal e tudo daria certo.
Mas, neste sentido, quase nada mudou desde aquela época Doutor, e isto é o aspecto ainda mais sombrio que os dias de hoje trazem sobre aqueles tenebrosos dias passados. Talvez, a maior mudança tenha sido justamente o fim de toda a esperança. E ainda dizem que a esperança é a última que morre!
Mas talvez tenha sido a esperança que me fez suportar tudo aquilo. Será que, se eu soubesse onde estou hoje, eu teria conseguido chegar até aqui? Ou eu teria desistido de tudo?
A obsessão fez de mim um cara bem deprimido naquela época, hoje eu consigo suprimir grande parde desta obsessão. Acho que a obsessão teria me derrotado se eu soubesse que continuaria sendo para sempre uma obsessão, e não uma realidade.
Sabe, Doutor, por mais que me dê até um aperto no pâncreas ao ler aqueles posts e saber que tudo que está ali são anseios, vontades e esperanças que nunca foram satisfeitas, fico muito feliz de ter escapado e chegado até aqui. Por mais que muita coisa tenha dado errado, muitas outras coisas deram certo. Apesar de ainda ter algumas recaídas, minha obsessão está ficando cada dia mais escassa, e eu estou encontrando muito sentido em muitas das coisas que eu estou fazendo no momento.
Talvez isto sirva para me dizer que, por mais que as coisas estejam péssimas e quase tudo com certeza vai dar errado no final, ainda vale a pena ter alguma esperança.
É quase como se estivesse no fim de um daqueles filmes onde quase todos os personagens bons morrem, mas o bem ainda consegue vencer.
Então é isto, Doutor! Continuarei trilhando meu caminho pelo deserto, por mais que eu pense que tudo o que eu vou encontrar é areia e solidão. Talvez eu chegue algum dia a algum lugar que hoje eu pense ser horrível, mas que quando eu chegar lá eu consiga enxergar sua beleza e me adaptar, assim como eu fiz com este gigantesco e vazio deserto que hoje eu chamo de meu.
A feiura no deserto
(1)
Ser feio, para algumas pessoas, é uma arte.
Não é só ser feio por fora.
Geralmente, uma pessoa pode se arrumar e ficar bonita.
Mas em alguns casos isto não acontece.
(2)
Eu sou feio por dentro, Doutor.
Minha feiura começa na mente.
Não é algo superficial, é algo profundo.
Não é um estado:
Eu não estou feio, eu sou feio.
(3)
Minha feiura vai saindo da minha mente,
e como se fosse um gás venenoso,
se prolifera pelo meu interior até me preencher completamente.
Então a feiura começa a transbordar e ser exalada por todos os caminhos, até mesmo pelos poros da pele.
As pessoas pressentem o gás toxico e saem correndo imediatamente.
É um dos motivos pelos quais eu vivo num planeta deserto, Doutor.
(4) Quando eu era mais novo, Doutor, na escola alguns meninos tinham uma brincadeira meio malvada:
Algum deles vestia uma luva imaginária, dava um tapa em mim e saia gritando: "Germes do guilherme! Quem encostar pega!" Todo mundo saia correndo, Doutor. Aquilo já era o gás da feiura se manifestando. Com a inocência que aqueles meninos tinham, eles eram capazes de ver o gás que saia de mim, e pensavam que aquilo era um germe qualquer. Para a sorte deles, não é contagioso, não é mesmo Doutor?
(5) No meu caso, Doutor, a feiura é uma causa e uma consequência em um ciclo vicioso. As pessoas fogem de mim porque eu sou feio, e eu me dou o direito de ser o mais feio, tosco e indesejável possível porque não tenho ninguém para ter que agradar.
(6) Mas eu estou vivendo bem com isto, Doutor. Minha fase de isolamento social ainda deve durar algum tempo. Talvez algum dia eu fique realmente nervoso e resolva tomar uma atitude, mudar alguma coisa, ou talvez o universo resolva parar de conspirar contra minha evolução social (essa eu acho mais difícil de acontecer). Mas por enquanto meu sistema está se adaptando bem ao deserto.
Ser feio, para algumas pessoas, é uma arte.
Não é só ser feio por fora.
Geralmente, uma pessoa pode se arrumar e ficar bonita.
Mas em alguns casos isto não acontece.
(2)
Eu sou feio por dentro, Doutor.
Minha feiura começa na mente.
Não é algo superficial, é algo profundo.
Não é um estado:
Eu não estou feio, eu sou feio.
(3)
Minha feiura vai saindo da minha mente,
e como se fosse um gás venenoso,
se prolifera pelo meu interior até me preencher completamente.
Então a feiura começa a transbordar e ser exalada por todos os caminhos, até mesmo pelos poros da pele.
As pessoas pressentem o gás toxico e saem correndo imediatamente.
É um dos motivos pelos quais eu vivo num planeta deserto, Doutor.
(4) Quando eu era mais novo, Doutor, na escola alguns meninos tinham uma brincadeira meio malvada:
Algum deles vestia uma luva imaginária, dava um tapa em mim e saia gritando: "Germes do guilherme! Quem encostar pega!" Todo mundo saia correndo, Doutor. Aquilo já era o gás da feiura se manifestando. Com a inocência que aqueles meninos tinham, eles eram capazes de ver o gás que saia de mim, e pensavam que aquilo era um germe qualquer. Para a sorte deles, não é contagioso, não é mesmo Doutor?
(5) No meu caso, Doutor, a feiura é uma causa e uma consequência em um ciclo vicioso. As pessoas fogem de mim porque eu sou feio, e eu me dou o direito de ser o mais feio, tosco e indesejável possível porque não tenho ninguém para ter que agradar.
(6) Mas eu estou vivendo bem com isto, Doutor. Minha fase de isolamento social ainda deve durar algum tempo. Talvez algum dia eu fique realmente nervoso e resolva tomar uma atitude, mudar alguma coisa, ou talvez o universo resolva parar de conspirar contra minha evolução social (essa eu acho mais difícil de acontecer). Mas por enquanto meu sistema está se adaptando bem ao deserto.
domingo, 6 de abril de 2014
Tudo conspira para manter o Forever Alone
Tenho que confessar uma coisa, Doutor.
Eu sou um robô velho que já passou da hora de aposentar.
Mas estou preso no corpo de um jovem robô.
Eu sou tão social que a praça da liberdade me da um chute na bunda e eu tenho que sair andando com minha bota que machuca o meu pé. Então meu pé sangra até a morte e eu morro de gangrena.
Agora, coisas aleatórias, porém muito importantes em seu contexto original, que 6 pessoas diferentes já me escreveram:
(1) "Eu mesmo, não gosto muito de mesmice. Por melhor que esteja a situação"
(2) "Eu também estou agarradão, fazendo 1001 coisas ao mesmo tempo, mas estão tendo muitas oportunidades legais para empreendedorismo em minas e no Brasil!" - "Esse tipo de experiência pode te ajudar a ficar mais humano, hein."
(3) "Bacana, você está mais social que eu! Cara, só fiquei no xbox. Só agora que resolvi dar uma parada." - "Ah mais você foi no parque, né. Você foi em dois lugares."
(4) "O que eu não entendo em você é porque você se sente tão frustrado em não ser como aquele cara gente boa que 'faz churrasco em casa e te apresenta meninas', esse mesmo cara pode estar frustrado em não conseguir tirar notas tão boas quanto você."
(5) "Foi até criativo. Toda vez que eu ler ou ver em algum livro o apêndice, vou lembrar do pâncreas"
(6) "Lembro de você sim. Quanto tempo! Não lembrava que a gente tinha trocado e-mail. Legal você me escrever!"
Hahaha!! Viu só, doutor? "Não lembrava que a gente tinha trocado e-mail." Essa foi boa mesmo, Doutor, eu ri demais!
(Na verdade a gente não tinha trocado e-mail. Eu descobri o e-mail por meus próprios meios)
Eu sou um robô velho que já passou da hora de aposentar.
Mas estou preso no corpo de um jovem robô.
Eu sou tão social que a praça da liberdade me da um chute na bunda e eu tenho que sair andando com minha bota que machuca o meu pé. Então meu pé sangra até a morte e eu morro de gangrena.
Agora, coisas aleatórias, porém muito importantes em seu contexto original, que 6 pessoas diferentes já me escreveram:
(1) "Eu mesmo, não gosto muito de mesmice. Por melhor que esteja a situação"
(2) "Eu também estou agarradão, fazendo 1001 coisas ao mesmo tempo, mas estão tendo muitas oportunidades legais para empreendedorismo em minas e no Brasil!" - "Esse tipo de experiência pode te ajudar a ficar mais humano, hein."
(3) "Bacana, você está mais social que eu! Cara, só fiquei no xbox. Só agora que resolvi dar uma parada." - "Ah mais você foi no parque, né. Você foi em dois lugares."
(4) "O que eu não entendo em você é porque você se sente tão frustrado em não ser como aquele cara gente boa que 'faz churrasco em casa e te apresenta meninas', esse mesmo cara pode estar frustrado em não conseguir tirar notas tão boas quanto você."
(5) "Foi até criativo. Toda vez que eu ler ou ver em algum livro o apêndice, vou lembrar do pâncreas"
(6) "Lembro de você sim. Quanto tempo! Não lembrava que a gente tinha trocado e-mail. Legal você me escrever!"
Hahaha!! Viu só, doutor? "Não lembrava que a gente tinha trocado e-mail." Essa foi boa mesmo, Doutor, eu ri demais!
(Na verdade a gente não tinha trocado e-mail. Eu descobri o e-mail por meus próprios meios)
A orquestra no deserto
O andarilho solitário foi à praça para ouvir a orquestra.
Mas ele estava atrasado.
Quando o andarilho chegou não havia mais orquestra.
Não havia mais música.
Não havia praça.
Não havia mais nada.
O andarilho solitário perdeu mais esta chance.
E tudo tinha se transformado em um gigantesco deserto.
Mas ele estava atrasado.
Quando o andarilho chegou não havia mais orquestra.
Não havia mais música.
Não havia praça.
Não havia mais nada.
O andarilho solitário perdeu mais esta chance.
E tudo tinha se transformado em um gigantesco deserto.
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Camisa do bátima
Oi, doutor.
Estou meio sem tempo hoje, temos que ir dormir.
Aquela camisa do bátima é legal, não é, doutor?
Aquela que aquela menina tava usando.
Ou seria a camisa do bátima que estava usando a menina?
Ou a menina é que seria legal?
Então a menina nos fez viajar por aquelas dimensões paralelas novamente, doutor. Aquelas dimensões ilusórias em que nós vamos nos adentrando pelo mundo dos humanos e fazendo as coisas que eles fazem.
A nossa mente ganhou o Oscar de melhor filme, doutor.
O melhor filme do ano:
"A menina que usava camisa do bátima na praça da liberdade"
Não! Não!! não era este o filme! era:
"A camisa do bátima que usava menina na praça da liberdade"
Nãão!! Tá errado, não é isso! Que menina é essa, de onde ela veio?
Não tem menina nenhuma!
Ou será que tinha a menina mas não tinha a camisa do bátima?
Não, a menina não estaria pelada.
Definitivamente tinha uma camisa do bátima.
Mas a camisa não se moveria sozinha!
Devia ter uma menina lá também!
Mas de onde veio essa praça da liberdade?
E por que a prova de cálculo 5 foi tão grande?
Eu desisto, doutor. Não sei de mais nada.
Já está na hora de dormir.
Eu fiquei muito mais tempo aqui do que o que eu deveria.
Pensando na praça da liberdade usando a menina na camisa do bátima.
Ah.. como eu queria sair com...
EI!
NÃO!! DROGA!! NÃO ERA ISSO!! AAAAH!!!!
Estou meio sem tempo hoje, temos que ir dormir.
Aquela camisa do bátima é legal, não é, doutor?
Aquela que aquela menina tava usando.
Ou seria a camisa do bátima que estava usando a menina?
Ou a menina é que seria legal?
Então a menina nos fez viajar por aquelas dimensões paralelas novamente, doutor. Aquelas dimensões ilusórias em que nós vamos nos adentrando pelo mundo dos humanos e fazendo as coisas que eles fazem.
A nossa mente ganhou o Oscar de melhor filme, doutor.
O melhor filme do ano:
"A menina que usava camisa do bátima na praça da liberdade"
Não! Não!! não era este o filme! era:
"A camisa do bátima que usava menina na praça da liberdade"
Nãão!! Tá errado, não é isso! Que menina é essa, de onde ela veio?
Não tem menina nenhuma!
Ou será que tinha a menina mas não tinha a camisa do bátima?
Não, a menina não estaria pelada.
Definitivamente tinha uma camisa do bátima.
Mas a camisa não se moveria sozinha!
Devia ter uma menina lá também!
Mas de onde veio essa praça da liberdade?
E por que a prova de cálculo 5 foi tão grande?
Eu desisto, doutor. Não sei de mais nada.
Já está na hora de dormir.
Eu fiquei muito mais tempo aqui do que o que eu deveria.
Pensando na praça da liberdade usando a menina na camisa do bátima.
Ah.. como eu queria sair com...
EI!
NÃO!! DROGA!! NÃO ERA ISSO!! AAAAH!!!!
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